Livro - MARAVILHAS E MENSAGENS DE DEUS (minuta II)
Ad Gloriam Dei
Dr Armando
Missioneiro
MARAVILHAS E MENSAGENS DE
DEUS
Encontros com Jesus,
Senhor e Amigo
[A receita, a fórmula – mágica e divina - para salvar o lar; por que receber e ter Jesus; a recomendação para se buscar, chegar mais perto e conhecer Jesus; o alerta para última chamada de Deus]
Bom é render graças ao Senhor e cantar
louvores
ao teu nome, ó Altíssimo... (Salmo 92).
S U M Á R I O
Dedicatória
e agradecimentos - (pág. 3)
Prefácio - (4)
Apresentação
- (5)
Capítulo
1 - O grande presente de Deus - (10)
Capítulo
2 – Primeiros contatos com o Amigo Invisível - (32)
Capítulo
3 – O afastamento da casa de Deus - (38)
Capítulo
4 – O grande encontro marcado por telefone - (42)
Capítulo
5 – Os três “recados” para o batismo nas águas - (47)
Capítulo
6 - Primeira convocação (salvar lares) -
(53)
Capítulo
7 – Santuário do Amor de Deus (a Tenda Sagrada) – (71)
Capítulo
8 – Nova e importante missão (ganhar almas) – (83)
Capítulo
9 – A última chamada de Deus – (95)
Capítulo
10 - Os sinais e a certeza da segunda vinda – (112)
Capítulo
11 - Praticando as lições recebidas – (122)
Capítulo
12 – Jesus, o Espírito Santo e a comunhão com Ele – (163)
Capítulo
13 – Outras manifestações do Amigo Celestial – (168)
Capítulo
14 – Mais maravilhas do Senhor - (204)
Capítulo
15 – Três casos emblemáticos do agir de Deus – (227)
Capítulo
16 – Frases inesquecíveis - (234)
Epílogo -
(252)
Buscai ao Senhor enquanto se pode achar;
invocai-o enquanto Ele está perto (Isaías 55:6).
Dedicatória e agradecimentos
Dedico este humilde
trabalho ao meu amigo Jesus Cristo (Senhor de todos nós), ao Deus Pai e ao seu
Santo Espírito.
Sempre a Deus em primeiro lugar, declino minha
gratidão aos meus falecidos pais,
Adélio Gracioli e Luzia Fernandes Gracioli, na pessoa de todos os seus
descendentes. E também aos tesouros que o céu enviou para me fortalecerem na
jornada: João Guérin, Giancarlo e Bianca Giulia (filhos); Guilherme Henrique
(enteado); Luiz Fernando, Maytê e Carlos Eduardo (netos), bem como às suas
mães, pois sem elas eu não os teria: Maria do Rosário, Rosangela Aparecida,
Sandra Bernardes e Letícia Canezin. E ainda: aos meus funcionários e
funcionárias; clientes; cuidadoras do lar; amigos e parentes; professores e
evangelizadores. Meu muito obrigado a
todos os anjos que Deus colocou em minha vida. A começar pelos chefes e patrões
que me ensinaram a trabalhar como contabilista: Natalino Cesário Cardoso, José Sabaini e Osvaldo Zacaria; meu primeiro
sócio na advocacia, o Dr. Egydio
Genaro Tucci. Além de outras figuras e luzes, saudosas, como: Sr Astrogildo
(meu 1º técnico), Eli Schmidt, Raul C. de Souza, Fahed Daher, Anyro de Araújo Jorge... Gente que de uma
forma ou de outra deixaram suas marcas em meu coração. Também não pode ficar de lado a Ivone “do Carlinhos” (praticou um gesto lindo em um momento delicado em minha vida). Merecem
também destaque: Casturina Duarte, Elizabeth (Beti) e Áurea Mello, Aparecida Superbi...(cuidaram da minha filha quando pequena, além de outros zelos); João Vieira (o João Padeiro), José
Manzoni Usso, Milton Lampe... Outros,
com quem muito aprendi, têm seus nomes narrados no decorrer da minha história, como no Capítulo das frases inesquecíveis.
Aquele que
habita no esconderijo do Altíssimo, à sombra do Onipotente descansará... (Salmo 91:01).
PREFÁCIO
Esta obra vem nos mostrar
como foram as experiências do autor com Deus. As revelações e visões recebidas
fizeram com que ele procurasse entender mais sobre sua vida, em uma busca
incansável de colocar em prática os frutos de sua conversão a Jesus Cristo.
Trata-se de um atalaia, termo que significa
anunciador ou o porta-voz de Deus, relatando as maravilhas e os milagres que
Jesus fez em sua vida e sua dedicação à obra do Senhor. Como efeito prático do
encontro com Cristo em sua jornada, o autor destaca como o evangelho pode
ajudar na defesa do casamento, além de descrever a visão que teve e a ordem que recebeu para a
construção do Santuário, o Marco das Colunas, lugar sagrado para
guardar o Livro da Tradição. Ainda, com muita propriedade, ele
compartilha as revelações que recebeu para que as pessoas aceitem e
recebam Jesus como Senhor e Salvador.
Diante disso, fica o apelo
para que o leitor colabore com esta
missão de salvar lares e almas.
Lourdes Martins Spaciari
APRESENTAÇÃO
Jesus
Cristo, além de Senhor e Salvador, é poderoso, bondoso, maravilhoso... Na
verdade ele é indefinível e ilimitado. Não podemos sequer imaginar sua
magnitude. Para o autor, porém, ele é
principalmente amigo. Amigo Celestial, Amigo do Além, Amigo
Invisível... Ele sempre mostrou ser de fato um grande e verdadeiro
amigo. Um companheiro e auxiliador. Sabemos, todavia, que quem fala conosco é o
Espírito Santo, a terceira pessoa da trindade divina. Ele é a voz, o
pensamento, a manifestação do Deus Pai e do Deus Filho.
Nas
páginas seguintes, falaremos do Amigo do Homem, com suas leis, mandamentos e princípios,
assim como dos seus “avisos” e da sua obra salvadora, sob a ótica de um
veterano advogado, que deixou de atuar em casos de divórcios em razão do
contato impactante com o Senhor Jesus no início do ano de 2004. Após outros
recados do alto, em 2019 abandonou também o estudo e o acompanhamento das leis
humanas. Concluiu que só a lei de Deus é justa e perfeita.
Para
tudo nesta vida há um projeto, um início ou fase preparatória. Segue-se o
desenvolvimento e, por fim, a conclusão ou consolidação do planejado. Assim, ao
que parece, são os planos de Jesus para conosco. Ele não escolhe os preparados,
mas prepara os escolhidos.
Esta obra é, em parte, um depoimento e, também, uma autobiografia. O autor – atalaia e/ou porta-voz de Deus – não é nenhum teólogo ou especialista em assuntos bíblicos. Pelo contrário, considera-se leigo na matéria. Seu aprendizado decorre de observações e experiências pessoais – visões e revelações – somadas ao que aprendeu com amigos, orientadores e irmãos de sangue que bem antes dele se converteram a Jesus.
O agora advogado aposentado era um afastado de Deus, com uma vida desregrada. Até que teve a primeira visão e as primeiras revelações, envolvendo fatos de sua profissão, aos 12 de abril de 2004. A partir de então, parou de fazer divórcios e passou a alertar os casais, retransmitindo o aviso que recebera do alto: Diga que quem se divorcia cai em um abismo de maldição e sofrimento. Tudo se deu dias depois da recusa de um trabalho para atuar em uma separação consensual, visto que sentiu pena do filhinho do casal e os aconselhou a procurar ajuda para não romperem o vínculo.
Nos meses seguintes, ocorreram-lhe outras experiências espirituais que mudariam ainda mais sua vida. Em 19 de agosto de 2019, após novos e incríveis encontros com seu Amigo do Além, transferiu o comando do escritório de advocacia ao seu filho, Dr. Giancarlo Gracioli. E, a partir daí, passou a atuar somente na obra para a qual foi chamado pelo Senhor, já que recebera outro alerta importante: Diga que Deus está fazendo a última chamada.
Mas tu lhes dirás as minhas palavras, quer ouçam, quer deixem de ouvir, pois são rebeldes (Ezequiel 2:7).
Chamada para quê? O recado não foi por ele bem
entendido no início, mas, com outros contatos, tudo ficou esclarecido. O Pai
chama para a salvação; para irmos até Ele, por meio do Filho (o único que
derruba o mal que nos impede de ir ao Deus Pai). É a última oportunidade porque
o tempo acabou. A espera tem fim; as portas da graça se fecham.
Primeiras palavras do “Misionero”
No
momento em que iniciei esta obra, o Brasil estava em quarentena por
determinação das autoridades sanitárias. Uma medida de proteção contra os males
que o coronavírus causa à saúde pública. A Covid-19 é uma
peste que assola toda a humanidade.
Uso,
aqui, o termo missioneiro, ou misionero, para homenagear os grandes
amigos e irmãos da República Dominicana. Quando lá estive no início de 2020, um
deles, para me apresentar, assim dizia: Este
es Armando Misionero, abogado
brasileño, em tom de brincadeira; em alusão ao famoso músico mexicano,
muito querido também pelos dominicanos, Armando Manzanero (falecido de Covid em 28 de dezembro de
2020).
Já
o termo “atalaia”,
cuja função é avisar, não foi bem uma escolha minha. Em 12 de abril de
2004, embora não tenha sido usado o vocábulo, foi-me deixado claro que, a partir
daquele momento, recebia eu a missão de alertar as pessoas. Depois, outro fato ocorreu
quando estava eu decidido a parar com tal incumbência, em vista dos comentários
maldosos que colocavam em dúvida meus relatos (diziam que eram “coisas da minha
cabeça” e não de Deus; que Ele não falaria com um “vida torta” etc.).
Sentindo-me
injustiçado com os boatos, apareceu em meu escritório uma pessoa desconhecida.
Era da Igreja Metodista de Apucarana, Denival Souza Lima, o Mansidão. Ele
veio no período da tarde, mas, como não pude atendê-lo, voltou no outro dia
pela manhã. Na minha sala, olhou para a obra original da Mensagem
Emoldurada, que se encontrava em
um armário pequeno atrás de minha cadeira, e disse: “Doutor, eu vim
saber o que significa isto? Como veio parar em suas mãos?” Ao que lhe respondi:
“Meu prezado, prefiro não tocar neste assunto. Recebi uma ordem, em sonho, no
sentido de que deveria eu avisar as pessoas; alertar para que não se divorciem,
porque é um pecado muito grande. Estou, porém, sendo muito atacado. Levando
muitas cacetadas. Não suporto mais. Vou largar tudo e não tocar mais no
assunto”. Momento em que, com uma Bíblia nas mãos e com o dedo indicador
separando-a em duas partes, ele me disse: “O senhor não pode parar, não. O
senhor foi escolhido como atalaia de Deus. Precisa avisar, sim, as
pessoas. Ontem vim aqui só para saber o significado, porque vi uma foto dela
(da moldura) na casa do meu patrão. Perguntei o que era, e ele me mandou
falar com o senhor. Pergunte para sua secretária se não foi isto que falei com
ela. Mas nesta noite tive um sonho e mandaram eu trazer esta palavra para o
doutor”. Olhei e fiquei assustado, emocionado: O atalaia de Israel (Ezequiel 3:16ss). Sem dúvida, a ele foi
dada a atribuição de transmitir-me um recado (mais um) de Deus. Eu estava de
fato precisando do estímulo para continuar. A felicidade foi
tamanha que me emocionei muito. Prometi – e venho cumprindo – nunca mais
pensar em desistir. Disse-me o Denival Mansidão, tempos depois: “Quando
fui ao escritório, havia acabado de sair de uma casa de recuperação. Comandada
por evangélicos e localizada na cidade de Marília, Estado de São Paulo. Então,
no calor do amor, orava muito pedindo a Deus que me mostrasse manifestações
dele aqui na Terra. Foi quando descobri a história das colunas”.
Tal encontro se deu no ano de 2005.
Atalaia ou Missioneiro? Mensageiro
ou Porta-voz?
Muito
tempo após o fato descrito, no ano de 2016, quando já estava eu alertando as
pessoas de que Deus está fazendo a última
chamada, fui procurar
uma irmã em Cristo, na cidade de Tarumã, Estado de São Paulo. Chegara a mim um
vídeo em que ela contava uma revelação que teve sobre a vinda de Jesus. Na
revelação foi-lhe dito para avisar as pessoas que o tempo acabou. Lá
chegando, encontrei-a com a Bíblia na mão, também separada em duas partes com
um dos dedos. Cumprimentou-me e disse: “Avisaram-me que o senhor queria falar
comigo. Então, busquei na Palavra sobre o que e quem era a sua pessoa. Saiu nesta
parte. O irmão também é um atalaia?”, perguntou-me a irmã, Missionária Rose. Respondi: “Parece que sim”. Ela abriu o Livro
Sagrado e me mostrou o texto. Era o mesmo que o Mansidão me
entregara em 2005; Ezequiel 3:16, o
Atalaia de Israel.
Em janeiro de 2022 ocorreram dois fatos interessantes sobre minha qualificação. Então já não sei mais se sou um atalaia ou se sou porta-voz (se bem que o título pouco importa). Em tom de brincadeira, dirigi-me à minha esposa e proferi uma palavra erótica. Sem maldade, mas que não agradou ao Senhor, por certo. Mal pronunciei e veio-me a ordem: “Pegue a Bíblia”. Lancei mão do único exemplar à minha frente. Abri aleatoriamente e saiu em Jeremias 15:19: ...se disseres palavras de valor, e não indignas, serás o meu porta-voz.. (Bíblia de Estudos Colorida – BVBooks – 1ª ed. 2014). Entendi o recado. Não importa a quem, e ainda que sem maldade, deveria eu escolher melhor as palavras a pronunciar. Passados alguns dias, em 28 de janeiro de 2022, testemunhando na cidade de Ponta Grossa (Igreja Ministério Fiéis Adoradores – Pastor Adilson), uma irmã, a Mariluz, assim se dirigiu a mim ao responder um “obrigado” que enviei a ela: De nada, meu querido irmão, porta-voz de Deus na terra. Creio que foi uma confirmação, e confesso que gostei do qualificativo. Relembro que atalaia é um sentinela e, da mesma forma, um guerreiro. Já o porta-voz é um representante que retransmite as mensagens que lhe foram entregues por seu representado.
(Obs.: Para melhor compreensão, ou reafirmação do
assunto, poderá surgir repetição de alguma frase, ou tema.)
Adesio Fernandes Gracioli (companheiro e evangelizador incansável que nunca
desistiu até ver o autor convertido) com sua esposa.
Batam palmas de alegria, todos os povos! Cantem
louvores a Deus em voz alta (Salmo 47).
Capítulo 1
O GRANDE PRESENTE DE DEUS
Uma
rápida passagem pela história da caminhada do homem criado por Deus. O plano
original do Senhor para a humanidade. A queda no Jardim do Éden. As
deslealdades e desobediências. As tentativas de recuperação e as alianças. O
projeto definitivo do Todo-Poderoso para a vida dos seus escolhidos e a atuação
do seu Filho Unigênito, Jesus Cristo.
Isto é o meu sangue, o
sangue da nova aliança, que é derramado por muitos, para remissão de pecados (Mateus 26:28).
1.1
Um
Deus de abundância, presentes e alianças
O Senhor, nosso Deus, é um Deus de
abundância. Tem de tudo para partilhar, gratuitamente, com todo aquele que lhe
obedece e anda nos seus caminhos. Um Deus de dádivas, que dá presentes aos
seus. A sua Palavra assim mostra já no primeiro livro, Gênesis. No paraíso, nada
faltava para Adão. O jardim do Éden era um armazém de suprimentos, sem ônus. Benesses
do Criador ao ser criado. Portanto, desde o primeiro homem o Pai celestial
evidencia ser um Deus de alianças, parcerias, companheirismo...
1.2
Relacionamento
com Adão, a primeira deslealdade do homem
No esporte, na condição de comentarista de
futebol, eu costumava usar uma expressão atualmente citada por grandes nomes da
crônica esportiva, que ouvi de um amigo, o Valter Moure. Ele deu uma “bronca”
em nosso goleiro devido a uma entrega errada de bola, dizendo: “Cidão, para de fazer lambança”. Para o
homem comum da minha terra, essa expressão representa atitude bizarra, coisa
grosseira ou feia. Na história da Bíblia, a primeira lambança contra Deus
se deu por Adão induzido por Eva, a qual ouviu Satanás. O casal foi desleal
para com o Altíssimo, interrompendo seu plano de uma Terra sem dor e sem morte.
Mesmo diante de tão grande erro, o Pai celestial não os abandonou por completo.
Providenciou vestes para o casal e lhes deu descendentes. Começando com Abel e
Caim. Este, movido por maus sentimentos, cometeu o primeiro homicídio na
história da humanidade; a primeira discórdia e inveja no meio familiar.
O Senhor, nosso Deus, mostra constantemente ao
homem, desde a criação da Terra, ao aqui colocar seu primeiro habitante, que
ele é ainda um Deus de amor e abundâncias. Tudo ele faz para o sucesso e
felicidade do homem. Um Deus amigo de verdade. Ampara suas criaturas
desde o instante que as criou. O ser humano, todavia, se mostra ingrato.
1.3 Aliança de Deus com Noé
As vidas existentes na Terra, geradas por Adão e Eva, e contaminadas pelo pecado, tornaram-se corruptas e maldosas, levando o Senhor a se arrepender de ter criado o homem. Tanto é que castigou a humanidade com o dilúvio. Quarenta dias de chuvas ininterruptas. Contudo, novamente, não perdeu a esperança no ser humano. Mostrando sua misericórdia, escolheu um dentre muitos homens para fazer aliança: Noé. Ao qual, e sua família coube prosseguir como povo representante da criação divina. Para marcar e lembrar de sua presença em um novo período de relacionamento com a sua gente; em uma nova era, o Todo-Poderoso disse:
Agora vou fazer a minha aliança com vocês, e com os seus descendentes, e com todos os animais que saíram da barca e que estão com vocês [...] O arco-íris será o sinal da aliança que estou fazendo com o mundo (Gênesis 9:9-13).
E assim se reiniciou a povoação do planeta Terra,
com Noé e os seus, ocupantes da arca. O arco-íris é sinal de aliança entre Deus
e o homem. Não deveria ser usado como sinal de grupos ou alianças espúrias,
muitos dos quais não adoram ao nosso Deus e até fazem chacotas com o nome do
Altíssimo.
1.4 Aliança de Deus com Abraão
Depois
de Noé, Enoque e outros, o próximo homem que mereceu a confiança amiga de Deus
foi Abraão (inicialmente Abrão), o pai da fé.
Você pode pensar que
Abraão era um homem especial pelo fato de Deus tê-lo chamado para se tornar o
pai de Israel, o povo escolhido de Deus. No entanto, ele era só um homem
simples. Deus, porém, tornou espetacular a vida de Abraão porque ele obedeceu a
tudo o que Deus lhe pediu para fazer. Quando Deus mandou deixar a sua família e
a sua pátria e ir ao lugar que ele havia escolhido, Abraão lhe obedeceu. Embora
não tivesse crescido numa família que servia a Deus, Abraão confiou que o
Senhor manteria sua promessa. Fiel à sua palavra, Deus abençoou Abraão com mais
descendentes do que ele poderia contar, e, por fim, por meio da sua linhagem,
veio Jesus. Não importa, também, quem você é ou de onde você vem. Deus pode
abençoar a sua vida de maneira surpreendente quando você se entregar a ele (BÍBLIA DAS DESCOBERTAS –
Para adolescentes – Sociedade Bíblica do Brasil, 2017, p. 20).
1.5 Aliança de Deus
com Isaque
Tanto
Abraão como Sara, sua mulher, eram de idade avançada – cem anos e noventa anos
respectivamente – quando geraram Isaque. O herdeiro foi uma promessa que eles
haviam recebido do Pai celestial, apesar de aparentemente impossível de se
concretizar em razão da longevidade do casal. Isaque – filho de Abraão e pai de
Jacó – foi outro homem escolhido e com quem Deus da mesma forma fez uma aliança
e o abençoou:
Sobrevindo fome à terra, além da primeira havida
nos dias de Abraão, foi Isaque a Gerar, avistar-se com Abimeleque, rei dos
filisteus. Apareceu-lhe o Senhor e disse: Não desças ao Egito. Fica na terra
que eu te disser; habita nela, e serei contigo e te abençoarei; porque a ti e a
tua descendência darei todas estas terras e confirmarei o juramento que fiz a
Abraão, teu pai. Multiplicarei tua descendência como as estrelas do céu e lhe
darei todas estas terras (Gênesis 26:1-4).
Outra
vez observamos que Deus nunca deixa de cumprir sua palavra no pacto com o ser
humano. Cabe ao homem de bom caráter cumprir a sua parte. Basta ver que, tendo
Abraão obedecido a Deus, as bênçãos vieram inclusive sobre o seu filho:
Na tua descendência serão abençoadas todas as
nações da terra; porque Abraão obedeceu à minha palavra e guardou os meus
mandados, os meus preceitos, os meus estatutos e as minhas leis (Gênesis 26:4-6).
1.6
Aliança de Deus com Jacó e Moisés
Jacó
era filho de Isaque e Rebeca. Primeiro ele se casou com Lia, a filha mais velha
de Labão, depois com Raquel, a mais nova. Coabitou também com as escravas
delas. Tais mulheres lhe deram 12 (doze) filhos (Aser, Benjamim, Dã, Gade,
Issacar, José, Judá, Levi, Naftali, Rúben, Simeão e Zebulom) e uma filha, Diná
(vinda de Lia). Vivia ele em Canaã, onde havia muita fome. Então, decidiu ir
para o Egito, levando tudo o que possuía. Deus falou com ele em uma
visão:
[...] Eu sou Deus, o Deus do seu pai. Não tenha
medo de ir para o Egito, pois ali eu farei com que os seus descendentes se
tornem uma grande nação. Eu irei para o Egito com você e trarei os seus
descendentes de volta para esta terra [...] (Gênesis 46:3-4).
O
povo de Israel sofreu no Egito por mais de quatro séculos. Serviam ao faraó na
condição de escravos. Até que Deus escolheu novamente um de seus filhos –
Moisés –, a quem confiou uma grande missão. Caberia a ele, amparado pelo
Criador, é óbvio, promover a libertação e retirar sua gente do jugo em terras
estrangeiras. Moisés tinha a incumbência de tirar o povo do Egito para que
chegassem a uma nova terra, a Terra Prometida.
Quarenta anos no deserto
Muitas
maravilhas e milagres foram realizados desde a saída da casa da servidão até o
novo berço preparado. Os israelenses viram e sentiram o agir de Deus nessa
empreitada comandada por Moisés e depois, ao final, por Josué. Entretanto,
mesmo assim murmuraram e por muitas vezes desobedeceram. O que resultou numa
jornada de quarenta anos para atravessar o deserto, quando poderiam tê-lo feito
em menos de quarenta dias.
1.7
Deus e os israelitas – nação organizada por leis divinas
No
caminho pelo deserto, depois da travessia do mar a pé, Deus entregou um código
de leis aos judeus. Normas de conduta para deixar bem claro, bem registrado, os
pecados ou transgressões e como deveriam se comportar. Na nova terra vieram
novos regulamentos. O povo de Deus estava, a partir de então, juridicamente
organizado num verdadeiro Estado, e nação: povo, leis e território.
Observemos
que na época de Moisés o povo de Israel era dado ao sacrifício e ofertas de
animais a divindades, seguindo os costumes de povos pagãos, que eram adoradores
de outros deuses. Tais povos, aliás, matavam até pessoas em oferendas, uma
prática que nunca foi permitida por Deus.
Repasse gradual da benção
Parece-nos
que Deus repassa gradualmente, em doses homeopáticas, suas bênçãos a alguém
como indivíduo ou ao povo em conjunto. Recordo que assim se deu comigo (as
experiências começaram em 1995, até chegar na principal delas, em 31 de agosto
de 2019). Da mesma forma, o Fabuloso, ao que tudo indica, não quis
extinguir de imediato o costume do povo de oferecer animais em holocausto. Era
uma prática arraigada, alicerçada, e se Ele a retirasse de imediato ao ditar
seus mandamentos, seria traumatizante. Poderiam surgir dúvidas, imagino, a
respeito da onipotência divina. Despontaria, no caso, um Deus completamente
diferente e até, no pensar deles, inferior aos deuses dos outros povos. De
qualquer forma, vemos que o Celestial, mesmo antes da vinda de Jesus Cristo ao
mundo, já sinalizava que tais ofertas não eram imprescindíveis; não lhe agradavam
plenamente:
[...] Estou farto dos holocaustos de carneiros
e da gordura de animais cevados e não me agrado do sangue de novilhos, nem de
cordeiros, nem de bodes (Isaías 1:11).
Não te repreendo pelos teus sacrifícios, nem pelos
teus holocaustos continuamente perante mim [...] Acaso, como eu carne de
touros? Ou bebo sangue de cabritos? Oferece a Deus sacrifício de ações de graça
e cumpre os teus votos para com o Altíssimo; invoca-me no dia da angústia; eu
te livrarei, e tu me glorificarás (Salmos 50:8, 13-15).
Ao
libertar Israel da escravidão no Egito e dar-lhe uma promissora terra, o Pai
celestial fez com eles, na pessoa de Moisés, uma nova aliança, um novo pacto.
Arquivou as lambanças antigas da raça. Esqueceu do pecado de Adão e Eva,
penalizados com a expulsão do paraíso, e das transgressões do povo no tempo de
Noé, punidas com o dilúvio. Na nova terra, o desejo do Senhor restava bem
claro, com normas bem definidas para a nação israelita. O sistema entregue ao
povo de Deus se resumia na seguinte bifurcação: (i) respeito e obediência aos
regulamentos catalogados resultariam em bênçãos divinas em favor do povo
eleito; (ii) desrespeito e desobediência levariam a maldições e penalidades
diversas contra o infrator. Na verdade, são princípios que persistem até os
dias atuais, no mundo ocidental civilizado. A bênção e a maldição dependem de
cada um. As regras de Direito Divino encontram-se bem patentes, definidas no
Livro da Lei:
Prestem atenção! Hoje
estou pondo diante de vocês a bênção e a maldição. Vocês terão bênção se
obedecerem aos mandamentos do Senhor, o seu Deus, que estou dando a vocês; mas
terão maldição se desobedecerem aos mandamentos do Senhor, o seu Deus, e se
afastarem do caminho que hoje ordeno a vocês, para seguir deuses desconhecidos (Deuteronômio 11:26-28).
O
Pentateuco (cinco primeiros livros da Bíblia: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números
e Deuteronômio) fornece regulamentos para todas as atividades humanas,
inclusive com normas de Direito, como: Direito de Propriedade, Direito de Família,
Direito Penal, Direito Processual, Direito Sucessório etc. Um corpo de leis
que, se quisesse alguma nação adotá-lo, seria perfeitamente aplicável na
atualidade.
Os
israelenses, no entanto, esquecendo-se de todas as bênçãos que Deus lhes
entregara desde a saída do Egito, uma vez mais insistiram em cometer
desobediências e rebeldias. A mais absurda delas foi submeter pessoas à
escravidão. (O escravo perde sua dignidade como
pessoa humana, porquanto fica equiparado a um verdadeiro animal, sujeito a toda
espécie de maus tratos.) Infringiram eles a ordem de Deus e não se lembraram de
que eles mesmos passaram por igual sofrimento no Egito. Aos olhos do Senhor, a
escravidão é uma prática abominável.
O
mau comportamento dos israelitas na nova terra levou o Senhor a permitir que
fossem derrotados por outros povos. Primeiro, o reino foi dividido. Israel, ao
norte, e Judá, ao sul da Palestina. Depois, foram dominados e até levados para
o exílio pelo vencedor. Na ocasião da vinda de Jesus, os israelitas estavam sob
o jugo dos romanos, na própria Palestina. Eram, portanto, uma nação sob domínio
estrangeiro dentro do seu território. Pagavam tributos a Roma e a ela se
sujeitavam.
[...]
Deus vai arrancar o povo de Israel desta terra boa que ele deu aos seus
antepassados e vai espalhá-lo para além do rio Eufrates porque eles o deixaram
irado, [...]
1.8
O presente recusado pelo povo judeu
Em
face do pecado de Adão e Eva, o homem foi destituído da glória de Deus e do
relacionamento direto com seu Criador. Os dias de encontro, comunhão, e até de
conversa diária no paraíso ao entardecer se findaram. A entrega da lei a
Moisés, a colocação do povo na Terra Prometida e demais demonstrações de afeto
pelo Pai não resgataram o homem do pecado e de suas consequências: sofrimento e
morte. Apesar de tudo, no entanto, o Senhor outra vez planejou, ou melhor, já
planejara desde há muito, uma nova e imensurável aliança com a humanidade, a
qual se daria através de um ser especialmente enviado.
No
projeto de aliança eterna com o homem, Cristo veio para ser o Rei dos judeus, o
Messias de que falavam as profecias no Antigo Testamento. Deus Pai, demonstrando seu imenso amor para com o mundo, em
mais um gesto de esperança, oferece seu Filho Unigênito para sacrifício. Um
sacrifício que previa a expiação da culpa, derramando sangue e pagando por toda
maldade humana. Anunciando o reino dos céus, Jesus veio para livrar o homem do
pecado e conduzi-lo à vida eterna. Como vemos no evangelho de João, ele veio
para os seus, o povo de Israel, mas não foi recebido (João 1:11). Ao contrário,
foi perseguido, humilhado, maltratado e condenado injustamente à pena de morte
– por crucificação – pelas mãos dos inimigos da nação judaica, os romanos. E, o
mais triste, o ser humano, como fez na época do sacrifício na cruz, continua
rejeitando-o, visto que a não aceitação equivale a uma rejeição.
1.9 Razões
da rejeição – acusações contra Jesus
A
rejeição e a perseguição a Jesus surgiram já no seu nascimento, em uma
estalagem em Belém. Seus pais, logo que ele veio ao mundo, levaram-no para o
Egito para escapar de ser morto pelos homens do rei Herodes.
E, tendo sido advertidos em sonho para não
voltarem a Herodes, retornaram a sua terra por outro caminho. Depois que
partiram, um anjo do Senhor apareceu a José em sonho e lhe disse: Levante-se,
tome o menino e sua mãe, e fuja para o Egito. Fique lá até que eu lhe diga,
pois Herodes vai procurar o menino para matá-lo (Mateus 2:12-13).
Mais
tarde, quando começou sua pregação, Jesus foi perseguido até, e principalmente,
por aqueles que falavam de Deus: os religiosos, os “maiorais do templo”, os
sacerdotes e os escribas. Em geral, saduceus e fariseus. E por que? A
Bíblia diz que Pilatos tinha conhecimento de que aqueles que pediam a morte de
Jesus, assim o faziam por inveja: Porque sabia que, por inveja, o tinham
entregado (Mateus 27:18). Provavelmente houveram outras razões,
outros motivos... Poder e ganância. Medo de
perderem seus cargos e privilégios.
Jesus
comovia as multidões com suas pregações e milagres. Sua fama chegou à cúpula
dos líderes religiosos, autênticos representantes políticos do povo judeu,
inclusive perante o dominador romano. Acusavam o Cristo (principalmente os
fariseus) de desrespeitar as leis de Deus, deixadas por Moisés, assim como a
tradição dos anciãos. Outro motivo da indisposição teria se aflorado quando
Jesus se indispôs diante dos negociantes no templo de Deus.
E foram para Jerusalém. Entrando ele no templo,
passou a expulsar os que ali vendiam e compravam; derribou as mesas dos
cambistas e as cadeiras dos que vendiam pombas. Não permitia que alguém
conduzisse qualquer utensílio pelo templo; também os ensinava e dizia: Não está
escrito: A minha casa será chamada casa de oração para todas as nações? Vós,
porém, a tendes transformado em covil de salteadores. E os principais
sacerdotes e escribas ouviam estas coisas e procuravam um modo de lhe tirar a
vida; pois o temiam, porque toda a multidão se maravilhava de sua doutrina (Marcos 11:15-18).
Talvez
já prevendo que seria contestado em seu ministério, pela forma de interpretação
e aplicação da lei, advertiu Jesus: Não penseis que vim revogar a Lei
ou os Profetas; não vim revogar, vim para cumprir (Mateus 5:17). Os judeus, no entanto, que
eram inimigos de sua pregação, nunca aceitaram seus argumentos ou defesas. A
todo instante, preparavam armadilhas contra ele, com o fim de obterem palavras
que o levassem a uma condenação e consequente extinção do seu ministério. Prova
das artimanhas para incriminar o Salvador conferimos em Mateus 22:15-17:
Então, retirando-se os fariseus, consultavam entre
si como o surpreenderiam em alguma palavra [...] Dize-nos, pois: que te parece?
É lícito pagar tributo a César ou não?
Ora,
em nenhum momento o Filho de Deus pregou que o povo não deveria pagar tributo
aos romanos. Pelo contrário, disse: Dai a César o que é de César e a Deus o
que é de Deus (Marcos 12:17). Todavia, diante de Pilatos,
recebeu mais essa acusação:
E ali passaram a acusá-lo, dizendo: encontramos
este homem pervertendo a nossa nação, vedando pagar tributo a César e afirmando
ser ele o Cristo, o Rei (Lucas 23:2).
Outra
tentativa dos inimigos de Cristo para criar um fato de modo a provarem sua
desobediência à lei mosaica vemos no episódio da adúltera. Os escribas e
fariseus lhe trouxeram uma mulher surpreendida em adultério, indagando se ele
iria ou não cumprir a lei de Moisés, que mandava apedrejar os adúlteros:
E na lei nos mandou Moisés que tais mulheres sejam apedrejadas; tu,
pois, que dizes? (João 8:5). Obviamente, pretendiam deixá-lo
em um “beco sem saída”. Sabiam que ele pregava o amor. Caso dissesse para não
apedrejar, seria acusado de descumprir a lei. A solução veio da sabedoria
divina do Mestre. Não excluiu a sanção prevista, mas somente apresentou uma
condição: [...] Aquele que dentre vós estiver sem pecado seja o
primeiro que lhe atire pedra (João 8:7).
Outras
e variadas acusações eram apresentadas contra o Filho de Deus, como o simples
fato de comer com os publicanos (cobradores de impostos) e pecadores (Mateus
9:11); de não levar seus discípulos a praticarem o jejum (Mateus 9:14); de não
guardar o sábado (Mateus 12:2); de não obedecer ao costume de lavar as mãos
antes de comer (Mateus 15:1-2).
Em
seu julgamento pelo Sinédrio, a principal acusação era de que ele cometia crime
de blasfêmia por se dizer Filho de Deus. Confira-se adiante o que dizem os textos sagrados, no Novo Testamento,
sobre os diálogos no Sinédrio:
Jesus, porém, guardou silêncio. E o sumo sacerdote
lhe disse: Eu te conjuro pelo Deus vivo que nos digas se tu és o Cristo, o filho
de Deus. Respondeu-lhe Jesus: Tu o disseste; entretanto, eu vos declaro que,
desde agora, vereis o Filho do Homem assentado à direita do Todo-Poderoso e
vindo sobre as nuvens do céu. Então o sumo sacerdote rasgou as suas vestes,
dizendo: Blasfemou! Que necessidade mais temos de testemunhas? Eis que ouvistes
agora a blasfêmia! Que vos parece? Responderam eles: É réu de morte (Mateus 26:63-68).
Perante
Pilatos, seus inimigos apresentaram outras categorias de acusação, além
daquelas iniciais, no Sinédrio. Outro absurdo, falando em termos jurídicos. O
acusador não pode inovar, ou renovar, a acusação.
Disse Pilatos aos principais sacerdotes e às
multidões: Não vejo neste homem crime algum. Insistiram, porém, cada vez mais,
dizendo: Ele alvoroça o povo, ensinando por toda a Judeia, desde a Galileia,
onde começou, até aqui. [...] Então, reunindo Pilatos os principais sacerdotes,
as autoridades e o povo, disse-lhes: Apresentastes-me este homem como agitador
do povo, mas, tendo-o interrogado na vossa presença, nada verifiquei contra ele
dos crimes de que o acusais (Lucas 23:4-5, 13-14).
[...] Que acusação trazeis contra este homem?
Responderam-lhe: Se este não fosse malfeitor, não to entregaríamos (João 18:29-30).
Os
Evangelhos apontam que desde o início, quando lhe apresentaram Jesus, Pôncio
Pilatos se esquivou de condená-lo à morte por crucificação. Melhor dizendo, de
executar a pena de morte, pois condenado ele já estava pelo Sinédrio. Pilatos
chegou até mandá-lo para Herodes, por entender que caberia a este resolver o
caso. Porquanto, como Galileu, Jesus se subordinava à jurisdição do
representante de Roma, designado para a Galileia. Em linguagem processual,
houve um “conflito negativo de jurisdição”. Ambas as autoridades se julgando
incompetentes para o ato.
1.10 O
julgamento de Jesus – quem o condenou?
Mesmo nos dias atuais, nem sempre o juiz ou tribunal
que julga (culpado ou inocente) é o mesmo que define a pena (prisão de “x” anos
ou outra pena). Há ainda um outro, segundo ou terceiro juízo: que julga o
recurso do condenado; que realiza, que cumpre ou executa o cumprimento da pena
(fase ou juízo de execução).
Para
entender o julgamento de Jesus é preciso ter em vista que, na época, eram os
romanos que dominavam a região. Os judeus estavam subjugados; sujeitavam-se a
pagar tributos e a cumprir as determinações do Império de Roma. Pelo que se
deduz do Livro Sagrado, o povo dominador permitiu, no entanto, que a nação
dominada permanecesse com o poder de aplicar sua lei criminal e julgar seus
cidadãos, parcialmente.
Replicou-lhes, pois, Pilatos: Tomai-o vós outros e
julgai-o segundo a vossa lei. Responderam-lhe os judeus: A nós não nos é lícito
matar ninguém (João
18:31).
Embora
haja quem entenda que o julgamento e a condenação devam ser atribuídos a
Pilatos, governador nomeado por Roma, os Evangelhos esclarecem que Jesus foi
julgado e condenado pelo Sinédrio. Tribunal e, ao mesmo tempo, órgão (setor do
governo) político e religioso da nação judaica. Uma espécie de parlamento
nacional, encarregado de questões legislativas, judiciais e, também,
religiosas. O Grande Sinédrio sediado em Jerusalém era composto por 71 ou 72
membros (não se sabe o número exato). Da mesma forma, há dúvidas quanto ao
número em um Sinédrio Menor, localizado em cada cidade (algo em
torno 23 membros, pouco mais ou pouco menos). Ao que tudo indica, e segundo
verificações que fizemos, o colegiado (grupo de pessoas) era formado por
sacerdotes (os principais), anciãos e escribas. Quase todos, senão todos, da
linhagem dos fariseus e saduceus.
Os
judeus, como antes dito, não tinham plenos poderes para julgar os cidadãos,
nacionais ou estrangeiros. Os dominadores limitaram suas atribuições
(competências). No caso de condenação de alguém à morte, por exemplo, a
sentença somente poderia ser cumprida (realizada ou executada) com a aprovação
do representante de Roma, o governador. Razão pela qual os judeus responderam a
Pilatos (João 18:31) que não lhes era lícito (permitido) matar ninguém. Na
verdade, em linguagem processual penal, a eles – judeus do Sinédrio – cabia o
juízo de condenação, mas não o juízo de execução da pena, em especial, a de
morte. Outras condenações mais leves talvez, sim, fossem-lhes permitidas também
a execução. Pena capital, mesmo contra judeus, jamais o Sinédrio poderia
executar. Por igual motivo, não poderiam executar nenhuma pena e, em alguns
casos, nem mesmo condenar, quando o acusado fosse cidadão romano.
Diante
do poder que lhe foi outorgado, Pilatos poderia livremente recusar o
cumprimento da pena, tornando, assim, sem efeito a condenação imposta pelo
Sinédrio. Contudo, a pressão popular, sob o comando dos “principais dos
sacerdotes”, colocou o governador romano em uma situação crítica, visto que ele
ficou na condição de um mandatário (encarregado) preocupado em se manter no
cargo. Não desejava se desgastar com a nação subjugada (dominada), que
possivelmente levaria o ocorrido ao conhecimento do governo central, em Roma.
Entendo
que Pilatos não queria matar Jesus. Por mais de uma vez ponderou que não via
nenhum crime nele. Chegou a propor aos manifestantes que
crucificassem outro criminoso – Barrabás – e que fosse solto o Filho de
Deus. Todavia, falhou. Antes disso, como já vimos, tentou se esquivar do
julgamento enviando o acusado para outra autoridade romana, entendendo caber a
ela julgar a questão. Ao que parece, no entanto, Herodes também não concordava
com a condenação à morte, tanto é que não quis decidir nada.
O
presbítero André Sanchez[1],
na página eletrônica Esboçando Ideias, faz as seguintes e bem
didáticas considerações sobre o Sinédrio:
[...] tinha o poder de julgar
diversas questões locais com autorização de Roma. Ele funcionava como um
tribunal (principalmente no julgamento de causas religiosas dos judeus). O
Sinédrio podia sentenciar pessoas à morte se julgasse conveniente, porém, a
execução dessa sentença só era permitida se fosse validada pelas autoridades
romanas. Daí eles levarem Jesus a Pôncio Pilatos: ‘Ao romper o
dia, todos os principais sacerdotes e os anciãos do povo entraram em conselho
contra Jesus, para o matarem; e, amarrando-o, levaram-no e o entregaram ao
governador Pilatos’ (Mateus 27:1-2). Mas
temos alguns casos em que o Sinédrio tinha o poder dado por Roma também para
executar a pena capital, como no caso da morte de Estevão (v. Atos 7:59). Mas
não sabemos ao certo como eram essas regras.
Em trabalho intitulado Estilo
Adoração, encontramos ensinos de Daniel Conegero[2]
bastante precisos e que tiram dúvidas sobre o julgamento de Jesus. Tece ele
boas considerações e esclarecimentos sobre o órgão colegiado da nação judaica,
até então sob o comando dos romanos. Estes, por muito tempo, foram
conquistadores e expansionistas no mundo:
O Sinédrio era a suprema corte dos judeus. O mais
alto tribunal que se reunia em Jerusalém. O significado da palavra Sinédrio
transmite a ideia de assembleia, concílio e tribunal, e vem do grego synedrion.
Essa palavra também podia ser usada para designar tribunais inferiores, ou
seja, qualquer tribunal de justiça.
[...] o Sinédrio exercia jurisdição civil e até
criminal [...] julgava as causas e tomava as decisões com base na lei judaica.
Apesar disso, em alguns assuntos, [...] não possuía total autonomia. [...] até
reunia provas, colhia testemunhos, formulava uma acusação formal e decidia a
sentença, mas dependia do parecer final do governo romano na província, que
naquela época era liderado pelos procuradores. Pôncio Pilatos, por
exemplo, foi um desses procuradores.
O Senhor Jesus Cristo foi julgado pelo
Sinédrio. Esse episódio, no entanto, serve como exemplo das falhas e dos
desvios morais da jurisdição do Sinédrio. O próprio Jesus foi acusado de
blasfêmia e condenado à pena capital sob falso testemunho (Mateus 2:59-61).
[...] Após 70 d.C., o Sinédrio deixou de existir, sendo substituído por outro
tipo de tribunal de julgamento cujas decisões ficavam restritas apenas ao campo
teórico.
Em
suma, Jesus foi condenado à morte pelo próprio povo judeu, através do seu
tribunal, o Sinédrio. O povo romano, representado por Pôncio Pilatos, muito
embora tivesse poder para revogar (anular ou desfazer) a sentença, simplesmente
deu cumprimento ao desejo da nação judaica e mandou executar a pena de morte,
já decretada pelo Sinédrio.
1.11
A
pregação de Jesus e a primazia dos judeus
Outro fator apontado por estudiosos como causa
para os judeus perseguirem Jesus: ele igualava os povos gentios (“estrangeiros”) aos judeus. Dizia o Salvador
que Deus não faz discriminação de pessoas, que todos merecem igual tratamento e
salvação. Os descendentes de Abraão, entretanto, consideravam-se, e os textos
sagrados confirmam, um povo especial escolhido pelo Criador dentre muitos
outros. Abraçavam – e por certo ainda abraçam – referida condição como
algo de valor inestimável. Uma distinção transcendental. Entendiam que a
igualdade preconizada pelo Messias importava numa divisão. Para eles, enfim, Jesus falar que todos são iguais diante do Criador,
seria retirar a primazia que lhes fora concedida.
Há
registros indicando que uma das razões pelas quais os nazistas tanto
perseguiram os judeus seria justamente por eles se julgarem “superiores”; um
povo eleito. Adolf Hitler e sua cúpula afirmavam o contrário. Algo assim: “O
povo melhor, mais forte, mais inteligente e trabalhador... é o alemão, a raça
ariana”. O ódio de Hitler e seu governo ao povo judeu resultou no que se chama de
holocausto – o assassinato de milhões de israelenses civis, em campos de
concentração, durante a Segunda Guerra Mundial. Uma das maiores barbáries da
história humana, largamente divulgada pela imprensa livre.
1.12
Indução à rejeição
O
povo de Israel esperava um messias guerreiro. Um libertador para livrá-los do
poder romano. Continuam esperando até hoje pelo messias das escrituras. Jesus,
para muitos deles, era um enganador, um mago, um mágico ou mesmo um charlatão. Diz
o texto sagrado: Ele veio para os seus, mas os seus não o receberam (João
1:12). “Os seus”, os do seu povo, os judeus.
Induzidos
ou conduzidos por religiosos e outros integrantes da liderança política da
nação, os judeus de Jerusalém foram manobrados para pedir a condenação e
crucificação de Jesus. Basta observar que, antes da semana do julgamento,
multidões se reuniam para ouvir sua palavra ou para serem milagrosamente
curadas. Os planos para tirar a vida de Jesus, porém, foram bem preparados
pelos principais dos sacerdotes e fariseus, a começar pelo suborno de Judas
Iscariotes, o filho da perdição. Traidor do filho de Deus que, poucas horas
antes, havia participado de uma ceia com o Cristo.
1.13 A última, nova e superior aliança de
Deus
Em
Jeremias 31:31-33, o Senhor promete outra e grande aliança, desta vez com
caráter definitivo, tendo em vista a forma de sua celebração:
Vêm dias, diz o Senhor, em que farei uma nova
aliança com a casa de Israel e com a casa de Judá [...] porei a minha lei no
seu interior, e as escreverei no seu coração. Eu serei o seu Deus, e eles serão
o meu povo.
Conquanto
não tenha o povo judeu aceitado Jesus, o Mestre confirmou a nova aliança que
Deus prometera. Antes de morrer por nós, disse: Isto é o meu sangue, o
sangue da nova aliança, que é derramado por muitos, para remissão de pecados (Mateus
26:28). O texto fala que o sangue da nova aliança é derramado por
muitos. Por muitos, mas não por todos. Por
que será? Porque nem todos aceitaram (ou aceitam) Jesus como Senhor e
Salvador. Logo, nem todos terão os pecados remidos. Deus, uma vez mais, mostra
liberdade à criatura. Esta pode aceitar, ou não, a aliança divina.
1.14
O legado de Jesus para o homem
O sistema jurídico-legal
nas mãos do povo de Israel
O
sistema jurídico-legal divino, entregue por Deus ao povo de Israel através de
Moisés, imperou até a vinda de Jesus. Este, sem revogar os escritos antigos,
promoveu uma radical alteração nos Códigos Sagrados com o surgimento do
Evangelho da Graça. Adveio uma
“super lei”, visando
implantar o reino de Deus na Terra. Assim, o amor de Deus deve, ou
deveria, sobrepor-se à própria lei que ele antes criou, uma vez que, com o
sacrifício de Jesus, o véu se rasgou e um novo tipo de relacionamento foi
estabelecido pelo Criador. Não creio que as normas do velho testamento deixaram
de existir, mas a sua extensão e execução passaram a exigir novas lupas. Todavia, é uma questão bem
intrincada, em face da magnitude do poder e da sabedoria do alto, diante da
nossa insignificância.
Entendem
alguns que não obstante haver Cristo afirmado que ele não veio revogar a lei,
mas cumpri-la, o Novo Testamento surgiu, sim, para revogar o Velho. Citam como principal exemplo o
fato de Jesus proceder de modo que a adúltera (crime, na época, sujeito à pena
de morte por apedrejamento) não fosse castigada pelo povo. Na minha modesta
opinião, não houve, de fato, revogação do
Antigo, mas sim uma sobreposição. Os pecados por homicídio, adultério,
idolatria, cobiça não foram extintos. Quando muito, foram extintos os
sacrifícios ou holocaustos de animais, além de alguns outros rituais e
cerimônias religiosas inaplicáveis ou irreconciliáveis com o pacto da nova
aliança. Cada norma até então vigente deveria (ou deve) ser interpretada e
aplicada com base no amor de Deus e na reconciliação através do martírio de
Jesus Cristo, agora, mais do que nunca, colocados à disposição do homem. A lei
entregue por Moisés fica, então, abaixo do grande princípio geral; abaixo do
amor do Pai, na pessoa e no sacrifício do seu Filho. Recentemente, observei um
pregador na TV, pastor Luiz Gonçalves, fazer uma interessante ilustração a
respeito da revogação ou não da lei dada no Antigo Testamento. O pecado não é
transgressão da lei? Logo, se não há lei, então não há pecado. Mas sabemos que
existe o pecado. A lei, segundo ele, é um espelho que nos mostra como estão
nossas atitudes, se estamos ou não no pecado.
Continuo
afirmando que a lei, prevista no Velho Testamento, persiste, ao menos em parte.
Agora, porém, com nova roupagem, com nova
interpretação. Em especial, na aplicação da pena. Agora está em vigor, e acima
da própria lei, um princípio maior: o amor, a graça e o poder de Deus contra o
pecado, manifestos em Cristo Jesus, integrante consolidador da nova aliança.
Quando
Jesus perdoou a adúltera, não disse que o crime de adultério estava extinto. Ao aplicar a pena, entretanto, concedeu-lhe uma espécie de sursis, uma suspensão
condicional da pena, com base no amor: o perdão divino, sob a condição de que
não voltasse a pecar: [...] vai e não
peques mais (João
8:11). Sem a vinda do Mestre, referido benefício seria impossível. Adulterou,
pena capital: morte.
Com
todo o respeito às opiniões contrárias, indago: onde está a revogação da lei?
Se, porventura, tivesse havido revogação, não se teria mais o crime de
adultério. O próprio Jesus, no entanto, afirmou que o crime (pecado) persistia, ao alertar a
mulher para não pecar mais. O mesmo aconteceu com a guarda do sábado. Jesus, na
minha opinião, também não revogou tal mandamento, tão somente esclareceu que
ele, o Cristo, é superior ao sábado e, ainda, que lícito é praticar boas ações
(amor ao próximo) no sétimo dia: a fraternidade, a caridade, acima do formalismo
religioso. Da mesma forma, na questão de alimentar-se sem lavar as mãos.
O Mestre colocou o amor acima do texto frio da lei. Uma vez mais, porém, não
desaprovou o costume por completo.
Sem
dúvida, o tema é relevante e reconheço minhas limitações. As várias
denominações apresentam suas divergências. A Assembleia de Deus defende que
após a vinda de Cristo prevalece a graça e que não estaríamos mais sujeitos aos
rigores da lei do Antigo Testamento. Por outro lado, os Adventistas do Sétimo Dia adotam praticamente todas as normas e
leis entregues a Moisés: guarda do sábado, regras sobre alimentação
etc.
Os
gentios da Palestina e das regiões próximas, povos de outras nações, aproveitaram-se
do presente rejeitado pelo povo judeu. Jesus Cristo e suas promessas, seus
ensinamentos, foram abraçados por seus discípulos. E, a custo de muito
sacrifício, inclusive com o próprio sangue, foram divulgados mundo afora.
Poucas partes do planeta ainda não ouviram o Evangelho da Graça.
O Libertador da humanidade, agora, não é de ninguém em especial. Não é de
nenhum povo, mas sim de todo aquele que o recebe como Senhor; que crê no seu
nome, que acredita ser ele o Filho de Deus, ressurreto dos mortos. Esta crença,
no entanto, para produzir efeitos, deve ser
manifestada, exercida, verbal e publicamente.
[...]Todo
aquele que confessa que Jesus é o Senhor, será salvo (RM
10:13).
1.15 A grande dádiva da nova aliança, Jesus
Cristo – presente, direito e poder
Em
resumo, com Adão e Eva Deus iniciou a humanidade; com Noé impediu que ela fosse
extinta. Através de Abraão e seus descendentes, principiando-se na terceira
geração com Jacó e seus 12 filhos, formou a nação de Israel. Através de Moisés,
tirou seu povo da escravidão no Egito e, daí sim, transformou um simples
agrupamento – povo errante – em um Estado soberano: nação/povo, leis e
território. O que era apenas uma família quando foi para o Egito,
voltou como nação, governada por juízes (ou profetas) e, depois, reis. Fez e
padeceu em guerras, sofreu como exilada no território do vencedor.
Séculos
depois da sua fundação, entretanto, o Senhor
tinha algo mais especial e maravilhoso, não apenas para a nação de Israel, mas
para toda a humanidade: uma nova e preciosa dádiva. Uma nova e eterna aliança,
não mais comandada por um ser humano comum, sujeito a erros e pecados. A grande
dádiva, o grande presente, a verdadeira e total libertação chegou: seu Filho
Unigênito, Jesus Cristo. O
próprio Ser Supremo em carne e osso, Deus feito homem; um com Deus, como
ele me disse um dia.
Sempre
gosto de tratar Jesus – até porque, de fato, ele é – como um presente à
disposição do homem. Entretanto, o prazo para a aceitação da dádiva tem fim.
Não se sabe o dia exato, mas com certeza vai se extinguir o período da espera
de Deus. Desde a sua vinda, há mais de dois mil
anos, o ser humano tem possibilidade de acolher o Filho de Deus e, com ele,
voltar para a casa do Pai.
Adiante,
darei meu testemunho a respeito da grandeza e das maravilhas de Jesus na minha
vida; o que ele fez por mim e, sem dúvida, pode e quer fazer por você também.
Tudo para deixar bem claro que sua próxima vinda é certa e iminente. Sua
palavra, mais do que qualquer outra, sempre se cumpriu e será, uma vez mais,
cumprida. Ele voltará para libertar e salvar os seus. Desta vez, definitiva e
completamente. Sem qualquer chance para seu inimigo desfazer o que Ele
determinou.
Jesus,
repito, é um grande presente de Deus para o homem, para a humanidade. É também
direito e poder à nossa disposição. Direito, e
não obrigação, porque somos livres para aceitar ou não a dádiva. Direito que,
uma vez aceito, gera outros direitos. Poder, porque todo poder no céu e na
terra lhe foi entregue pelo Deus Pai. Logo, para se ter poder – em especial
contra o mal –, necessário se faz ter o Salvador enviado, estar com ele. Glória
a Deus! Aleluia, Cristo Jesus!
Missionário Luiz Gracioli, com a esposa, irmã Claudete – O primeiro líder religioso a apoiar a missão do Atalaia Missioneiro.
Nos capítulos seguintes, veja como cheguei a essas conclusões. Por que dou testemunho e conto meus encontros com o Invencível, as mensagens e as maravilhas que seu Espírito Santo me transmitiu e ensinou.
Uma coisa peço ao Senhor e a buscarei: que eu possa morar na sua casa todos os dias da minha vida, para contemplar a sua formosura e aprender no seu templo (Salmo 27:4).
Capítulo 2
PRIMEIROS CONTATOS COM O
AMIGO INVISÍVEL
A infância pobre do autor.
Os fatos inexplicáveis e extraordinários em sua vida. Os acidentes com perigo à
vida. Da situação humilde em fazendas no norte velho do Paraná à formação
profissional e atuação como professor universitário.
“O
motorista morreu?... Não. O motorista sou eu.”
2.1 O personagem de branco
Digo que meus encontros com o fabuloso Amigo do
Além começaram quando eu tinha 8 anos, em 1958,
e morava em uma fazenda de gado no município de Santo Antônio da Platina, no
Paraná, região da Água das Araras. Meu pai era campeiro e retirava leite das
vacas. Tinha eu o costume de, nas madrugadas, acordar para urinar. No interior
da simplória casa de madeira não havia sanitário e, para não sair, eu abria a
janela de modo a, em pé sobre a cama, aliviar a bexiga. Certa madrugada, ao
assim fazer, vi à minha frente, pelo lado direito e próximo a um pé de laranja,
o vulto branco de uma pessoa. Era o invisível quase visível. Aparentava ser um
homem e muito alto. Não me assustei. Depois contei o fato para minha mãe,
Luzia, que disse: “Não tenha medo. Se estava de branco, é do bem. É o seu anjo
da guarda”. O fato se repetiu mais algumas vezes e nunca fiquei amedrontado.
2.2 O exame escolar – como fui aprovado
Na mesma fazenda, minhas três irmãs mais velhas e eu íamos a uma escola cursar o primário. Dona Nadir era a professora. No exame no fim do ano, realizado por outra professora que vinha da cidade, eu não contava com a menor chance de aprovação, porque ainda não havia aprendido a ler as lições da cartilha Caminho Suave. Não gostava de ir à escola; faltava muito às aulas. Todavia, minha irmã mais velha, a Anita, já no terceiro ano e bem alfabetizada, durante a noite e sob a luz de uma lamparina lia-nos a “História do Jabuti”. Assim fez ela por várias vezes.
Chegado o dia do exame, falei com minha mãe
(naqueles dias as mães tinham mais tempo para os filhos): “Vou ser reprovado,
ainda não aprendi a ler”. Ela disse: “No caminho, você vai pedindo ao seu anjo
da guarda; ele vai ajudar você”. Muito bem! Assim fiz. Chegada a minha vez de
ler perante a examinadora, ela abriu a cartilha justamente na página da
“História do Jabuti” e falou: “Leia”. Disparei a falar, não porque sabia ler,
mas por ter decorado as palavras que minha irmã pronunciara durante as várias
leituras. “Li” o começo da história e, quando parei de narrar – empaquei
porque, afinal, não consegui decorar tudo –, a professora afirmou: “Tá bom”.
Deu-me nota 10 e fui aprovado.
Cheguei
em casa dando pulos. Não acreditava na “vitória”. A partir daí, fiquei
empolgado e, durante as férias, aprendi tudo que não havia aprendido antes. Ou
seja, primeiro recebi o salário, o prêmio, e depois fui trabalhar, estudar.
Estava preparado para o segundo ano primário, equivalente hoje à segunda série.
A partir de então, não parei mais, salvo por dois períodos, diante da ausência
de escolas no lugar em que morávamos. Concluí o curso primário no Colégio Estadual Guilherme da Mota Correa,
ginasial no Colégio Nilo Cairo,
Escola Técnica de Comércio (Técnico em Contabilidade), Bacharelado em Ciências
Econômicas, Bacharelado em Ciências Contábeis (todos em Apucarana, PR) e
Ciências Jurídicas, na UEM – Universidade Estadual de Maringá, PR. Cidade
distante 60 km de Apucarana e que me exigiu muito sacrifício de tempo, dinheiro,
preocupações...
O
acontecimento no primeiro ano da escola primária, ao contrário do que gostam de
alegar ateus ou incrédulos, não foi obra do acaso, coincidência ou simples
sorte. Muito tempo depois, o Amigo Celestial me mostraria que o ocorrido, a
exemplo de outros fatos extraordinários como relatarei adiante, provinha das
mãos dele; estavam todos em seu total e absoluto controle. Não deve ser
novidade para ninguém que o Senhor Jesus a tudo controla.
2.3 Acidente grave – o primeiro milagre
Contava
eu com 9 anos, na mesma fazenda e na casa com forro de madeira, menos na parte
da cozinha, onde não havia nenhuma proteção abaixo das telhas. Não sei como,
mas subi para pegar bananas maduras para comer (meu pai colocava cachos verdes
no teto). Não me lembro de todos os fatos, mas lá em cima, ao passar do cômodo
da sala para um dos quartos, caí no piso duro da cozinha, lesionando a cabeça.
Perdi os sentidos. Nossa morada era longe da cidade e meu estado foi piorando.
Levado aos médicos, primeiro em Santo Antônio da Platina (Doutor Alicio) e depois em Jacarezinho, PR, foram constatadas várias
fraturas no crânio.
Pelo
que ouvi de meus pais e irmãs mais velhas, sei que um dos médicos teria dito
que eu deveria ser levado para morrer em casa. Cheguei a ficar no colo da minha
mãe enquanto meu pai colocava velas acesas em uma das minhas mãos (costume
católico), esperando pelo meu último suspiro. Inesperadamente, recuperei-me.
Jesus me livrara da morte. O que também ele me mostraria depois de muitos anos. O inexplicável foi que, apesar
das fraturas ósseas, não ocorreu hemorragia; o cérebro não foi atingido.
Minha
falecida mãe, católica e devota, fez promessa para a Senhora Aparecida. Os
católicos têm a virgem Maria e outros santos como intercessores; ao contrário
dos evangélicos, que fazem pedidos somente por meio do Filho ou do Espírito
Santo de Deus. Não vou opinar nem me aprofundar nessa questão. Cada religião
possui doutrina e costumes próprios, e eu, nesta obra, pretendo falar para
todos.
Foi
nessa época, 1959, que Fidel Castro tomou o poder em Cuba e implantou sua
ditadura comunista, que vigora até hoje. No Brasil, o Presidente da República
era Juscelino Kubitschek de Oliveira. O mundo, politicamente, era dividido
entre dois sistemas: capitalismo (liderado pelos Estados Unidos da América e
países europeus da OTAN – Organização do Tratado do Atlântico Norte) e
comunismo/socialismo totalitário (dominado pela União das Repúblicas
Socialistas Soviéticas – URSS/Rússia e seus países satélites). Havia o muro de Berlim e os esquerdistas
usavam de luta armada, atos de terrorismo e guerrilha para tomar o poder nos
países democráticos e alinhados com os Estados Unidos da América do Norte.
Em
1964, o poder político no Brasil passou para as forças armadas, que o assumiram e comandaram a nação até o ano de
1985. Quando a direção da pátria voltou
para os civis, com eleições diretas para Presidente da República.
2.4 O extravio do documento valioso e como
foi encontrado
O tempo passou. Anos depois, agora morando em
Apucarana, PR, receberia eu outras e inesquecíveis ajudas do meu Amigo do Além. Já casado e atuando como contabilista desde os meus
21 anos, desapareceu de meu escritório um contrato particular. Era a única
prova da compra de um terreno que adquiri, localizado em um bairro da cidade. O
dono – que antes havia vendido o imóvel a outra pessoa, que depois me vendeu os
direitos – mudara-se para outro país. Seu procurador somente assinava a
escritura definitiva para quem tinha o contrato (o documento que havia eu
perdido). Revirei todos os lugares do escritório e não o encontrei. Era o meu
primeiro e único bem imóvel. Precisava dele para construir uma casa para minha
família.
Depois de tanta aflição, em sonho, o Amigo
Maravilhoso me mostrou que o documento se encontrava na residência de um
cliente do escritório, no meio de um pacote de livros fiscais e outros papéis
que ele levara embora em razão do fechamento de sua empresa. Tudo estava
embaixo do assoalho de sua casa de madeira. Por descuido, com certeza, ao
entregar-lhe os vários comprovantes contábeis da firma, coloquei junto o meu
Contrato Particular de Compra e Venda. Muitos anos depois, o grande e bondoso Amigo Invisível me esclareceria que essa
ajuda também veio dele. Na verdade, tudo vem a nós através de suas
mãos.
2.5
A ajuda para fazer as provas na universidade
No curso de Direito, na cidade de Maringá
(bacharelado no 1º semestre/1986), por muitas vezes não consegui me preparar
para as provas, em razão das inúmeras tarefas no meu escritório de
contabilidade, especialmente nas épocas de apresentação de Declarações de
Rendimentos à Secretaria da Receita Federal. Oportunidades em que, no caminho,
inexplicavelmente vinham à minha mente as questões que o professor iria
apresentar. O interessante é que o fenômeno só acontecia quando eu não dispunha
de tempo para estudar a matéria. Anos depois o Amigo Invisível me
mostraria que tal auxílio também era obra sua. Naqueles tempos, porém, como me
encontrava totalmente afastado de Deus, creditava o fato a algum “poder do
subconsciente”, intuição, telepatia etc.
2.6
Os acidentes com destruição dos veículos
Década de 1980. Além de
contador, passei a exercer também a profissão de advogado. Dirigindo um veículo
Ford Escort XR3 (um carro que “matou” muita gente em razão de sua enorme falta
de estabilidade, por defeito de fabricação), no trecho entre Ponta Grossa e
Curitiba, no Paraná, com a pista molhada, passei por uma poça d´água. O carro
se desgovernou. Quem vinha atrás me disse que meu veículo parecia um jornal
levado pelo vento. Capotou várias vezes. As pessoas que paravam não
acreditavam que eu era o motorista e não sofrera nenhum arranhão, pois a parte
mais atingida pelos impactos foi o lado do condutor. Uma delas, ainda sem saber
detalhes do ocorrido, perguntou-me: “O motorista morreu?” Respondi: “Não. O
motorista sou eu”. Ela retrucou: “Como? Milagre! Olha para o lado do carro onde
você estava. Não tem espaço para um gato”.
Sem dúvida, não havia explicação para eu estar são e salvo (talvez em
razão de eu abandonar meu banco e pular sobre meu filho mais novo e ao meu
lado, para protegê-lo). Após ouvir a pessoa perguntar sobre o motorista,
emocionei-me. Comecei a chorar. Conforme os casos anteriores, no futuro o Fabuloso me mostraria que o livramento no terrível acidente foi
obra de suas mãos.
Sofri outro acidente,
com um Fiat Tempra Turbo, novíssimo. Na época, era o carro nacional com maior
potência no motor. Praticamente um presente do meu amigo e então principal
cliente de advocacia, Osmar Amaral. A exemplo do acidente anterior, eu poderia
ter morrido. Era uma tarde de domingo, no trecho rodoviário entre Apucarana e o
Distrito de Pirapó. Estávamos somente eu e outro motorista na rodovia. O Tempra
foi atingido na parte traseira pela perua Ford Belina. O condutor, apelidado de
Belo, estava distraído e
mexendo no rádio do carro. O choque me jogou contra um ponto de ônibus e uma
enorme pedra na margem da pista. Com o impacto, perdi os sentidos, mas antes
senti os meus ouvidos e orelhas cheios de sangue, vindo de dentro da cabeça
(não imagino o que teria provocado o sangramento). Quando recobrei a
consciência, e sozinho, a primeira coisa que fiz foi levar as mãos à cabeça, às
orelhas. Estava tudo bem, com exceção do carro, totalmente destruído; perda
total. No futuro, em julho de 1995, Jesus me explicaria que, outra vez, ele me
livrara da morte.
(P.S. Os acontecimentos narrados neste capítulo
foram maravilhosos, mas meramente preparatórios. Outros mais belos e
conclusivos viriam no futuro. Vem comigo!)
Pastor Nestor Frey e Missionária Gema Marchioro Frey,
em 05/Set/2019.
Mas ele respondeu: As coisas que são impossíveis aos homens são possíveis a Deus (Lucas 18:27).
Capítulo 3
O AFASTAMENTO DA CASA DE DEUS
Os momentos tristes de
um adolescente que pretendia ser padre. Os descuidos e o despreparo de
religiosos ao tratarem de assuntos importantes perante vidas cujo caráter ainda
está em formação.
“Se você existe, eu quero uma prova.”
3.1
A participação e a decepção na “feira de religião”
Garoto pobre, 14 anos, morando em Apucarana e já
trabalhando havia dois anos como faxineiro e cobrador de um escritório de
contabilidade. (emprego que consegui através de meu primo em segundo grau, Natalino
Cesário Cardozo, homem digno e contador competentíssimo, a quem sou muito
grato).
Ao contrário das distantes propriedades agrícolas na
região do Norte Velho do Paraná, agora estava eu perto da igreja católica. Nela
houve uma exposição, uma feira de religião. Os meninos de minha idade expunham
seus trabalhos quando ocorreu um episódio muito triste e que me fez sentir
discriminado pelos encarregados da premiação. Meu trabalho era o mais elogiado
pelos visitantes, porém foi desclassificado pela organização e nem chegou à
fase final. Atribuí tal atitude suspeita ao fato de ser eu o mais pobre de
todos os concorrentes. Estes, na sua maioria, adolescentes filhos de ricos
produtores de café que muito ajudavam a igreja.
Peguei meu trabalho e levei para casa. Sob os
protestos de minha mãe, destruí toda a peça a golpes de machado
(instrumento usado para rachar lenha para o fogão de cozinha). Uma obra com
vidro e madeira, lindamente trabalhada e envernizada, formando a moldura para
um quadro da virgem Maria com o menino Jesus no colo. Em virtude do ocorrido e
também por ver justamente naqueles dias o sofrimento de minha genitora com suas
lutas em casa, revoltei-me contra Deus. Fui a um capão de mato e xinguei-o
(esqueci-me do gesto por muito tempo, mas fui dele relembrado pelo Amigo
Invisível durante “o grande encontro marcado por telefone”). Nunca mais
coloquei os pés na igreja, salvo para celebrar meu casamento ou para assistir
àqueles de parentes ou amigos.
Passei também a conviver com um ateu por muitos
anos. No início do nosso relacionamento, não sabia da sua descrença; no
entanto, lentamente ele tentava me convencer de suas convicções. Embora
afastado das coisas de Deus, eu não aceitava principalmente a parte do seu
discurso quando ele falava: “Morreu, morreu. Está tudo acabado. Nada mais
existe. Desaparecemos como qualquer matéria”. Conversa que me incomodava muito.
Não queria ser “extinto” ao morrer. Nessa insatisfação, a partir dos meus 20 e
poucos anos, não desejando ir a qualquer igreja, católica ou evangélica, passei
a desafiar, a questionar Deus nestes termos: “Se você existe, eu quero uma
prova”. Falava mesmo com ele, a sós e em pensamentos durante a noite, antes de
dormir, para que ele me fizesse ver, sentir sua existência.
3.2 A
busca fora da Bíblia e das igrejas cristãs
Oscilante e revoltado, passei a buscar Deus através
de tudo que entendia ser místico ou misterioso, menos no instrumento certo, a
Palavra Sagrada. Eu julgava a Bíblia uma obra esquisita, bastante difícil de
entender, sem sentido. “Como pode o mar se abrir? Adão e Eva só podem ser uma
lenda. Dilúvio? Nunca existiu”.
No espaço de tempo entre os meus 23 até os 45 anos
de idade, a primeira incursão que fiz, visando descobrir o oculto, foi
ingressar – por indicação de um amigo (Ataliba Felizardo) – na AMORC (Antiga e
Mística Ordem Rosacruz), cuja sede, no Brasil, é em Curitiba, PR, no bairro do
Bacacheri. Depois, em 1976, fui admitido na Ordem Maçônica.
Um parêntese: tire de sua cabeça que essas
instituições são do diabo. Não dão aulas sobre questões bíblicas. Não se
aprofundam no estudo da Palavra de Deus, mas nada têm de diabólicas. Nada fazem
de mal aos seus membros ou terceiros. Pelo contrário, apresentam grandes ajudas
emocionais e até materiais aos filiados. A maçonaria, em especial, é uma grande
defensora da pátria, da democracia e dos princípios cristãos, como poucas
instituições fazem. Tanto uma como outra instituição contém ensinamentos
filosóficos, éticos e morais maravilhosos. A Rosacruz transmite conhecimentos
milenares sobre a evolução moral e psicológica do homem. Faço,
porém, questão de ratificar que em nada
superam ou se igualam à Palavra de Deus. Os rosacruzes, em geral, não expressam, mas implicitamente admitem a
teoria da reencarnação. O que, para mim, e diante do que me foi mostrado em
revelação, não tem fundamento bíblico; ao
homem é dado morrer uma só vez.
Além das instituições mencionadas, passei pela
Seicho-No-Ie. Ali fiquei durante algum tempo. Presenciei atos, estudei, li um
pouco sobre PL (Perfect Liberty), Mahikari, Igreja de Jesus Cristo dos Santos
Últimos Dias (os mórmons), Espiritismo, Umbanda, Quimbanda,
Candomblé, Islamismo, Budismo, Discos Voadores (OVNIs - Objetos Voadores Não
Identificados)... Tudo fiz na esperança de obter alguma prova da existência de
Deus, do outro mundo, de que a vida não acaba com a morte. Essa era a minha
busca. Uma jornada que se iniciou no começo dos anos 1970 e perdurou por mais
de vinte anos, até o primeiro e forte encontro no Hotel San Martin em São
Paulo.
Em 1965, nos meus quinze
anos, meus pais e os demais da família se mudaram, voltaram para a zona rural.
Fiquei morando sozinho na cidade, dormindo em um sofá velho que meu patrão, José
Sabaini – dono do Escritório de Contabilidade –, concedeu-me em um cubículo
nos fundos. Almoçava na casa de uma tia. À noite, lanchava e ia às aulas. Nos
fins de semana deslocava-me para o sítio para ficar com a família.
Em 1971, com 21 anos, era
eu técnico em contabilidade, o contador ou guarda-livros. Casei-me e fui morar
em uma residência pequena de madeira, mas aconchegante, amavelmente cedida pelo
meu querido sogro, Luiz Colauto, sitiante e motorista de caminhão. Homem fiel e
amigo de jornada que muito me ajudou, inclusive nas decisões financeiras, para
que eu conseguisse comprar parte de um pequeno escritório contábil.
Em 1986, passei a
advogar. Antes, graduei-me em Ciências Econômicas e também em Ciências
Contábeis. Neste curso, fui
aluno e ao mesmo tempo professor da primeira turma, na FFECEA/ Apucarana –
Fundação Faculdade Estadual de Ciências Econômicas, Contábeis e de
Administração de Empresas. Designado que fui por
Portaria do MEC, na condição de contador prático, visto que na época não havia
professores titulados para ministrar as aulas. Assim, candidatei-me para obter
a vaga, ao mesmo tempo em que me inscrevi no curso para obter o título de
Bacharel em Contabilidade. Na disciplina que eu era professor, a Congregação da
Faculdade se reunia e aplicava a prova para eu obter a nota de aprovação. Foi a
“saída” administrativa para o aluno/professor poder colar grau.
Santuário, a Tenda Sagrada, visão noturna.
Alegrai-vos sempre no Senhor; outra vez digo: alegrai-vos (Filipenses 4:04)
Capítulo 4
O GRANDE ENCONTRO MARCADO
POR TELEFONE
A primeira grande maravilha do Amigo Invisível na
vida de um buscador sincero que, havia décadas, o desafiava a provar-lhe sua
existência. Como foi marcado o encontro. O filme da vida e a conclusão do
encontro.
“E agora, você acredita?”
Preliminares
Alguns anos antes do encontro marcado por telefone,
na cidade de São Paulo, por volta do ano de 1988 (não recordo a data exata),
aconteceu um fato inesquecível e digno de registro. Meu amigo e cliente de
advocacia, o querido e amável João Esquilino Filho, juntamente com um
irmão seu, o Josué, convidou-me para assistir a um culto na sua igreja,
a Congregação Cristã, no
Bairro do Brás (foto adiante). No caminho, paramos em uma banca de jornais e
revistas, onde ele e o irmão compraram jornais e colocaram dentro de suas
pastas.
Eu, como era de costume, achando que na volta o
estabelecimento estaria fechado, comprei uma revista masculina (nada
recomendável moralmente) e da mesma forma guardei na minha pasta. Adentramos no
templo, subimos pela escada e sentamos em cadeiras no mezanino. À certa altura,
um dos irmãos da plateia, no auditório, pediu a palavra (soube depois ser o
momento da palavra revelada). Disse
ele, em linhas gerais: “O Senhor mostra-me que, aqui dentro, tem uma pessoa que
veio acompanhando dois irmãos. Os quais
pararam em uma banca e compararam jornais, mas você comprou uma revista
‘feia’ e está com ela aqui. É para lhe dizer que
Deus tem algo muito bonito para você. Uma coisa que nunca ninguém teve, mas ele
não pode lhe entregar enquanto você estiver envolvido com essas coisas do
mundo”. Fiquei pasmo. Olhei para os meus
companheiros e pensei: “Será que eles contaram àquele homem o que fiz na
banca?” Porém, era algo impossível, pois além de não terem saído de perto de
mim, não viram eu fazer a compra da revista.
Templo
da Congregação Cristã no Brasil, São Paulo (bairro do Brás).
Meu cliente, por quem fui contratado para atuar em
uma causa no Fórum da capital paulista, ponderou ao fim do ato religioso:
“Veja, você tem um chamado. Quantas pessoas havia lá dentro e a palavra veio
justamente para você”. Brinquei: “Não me diga que vou ter que virar crente, pastor...?
Não brinque, não”. Replicou ele: “Não sei o que é. Mas que tem chamado, tem.
Com certeza”. E tinha mesmo. Com início em 12 de abril de 2004.
4.1
A desistência do pastor em continuar me evangelizando
Essa experiência também está entre as maiores, se
não for, de fato, a maior da minha vida. Razão pela qual merece um capítulo
próprio.
Com mais de 40 anos, nada havia conseguido de
concreto em relação à prova da existência de Deus. Advogado trabalha com provas;
administra-as. E eu não as tinha. Meu irmão Adesio tentava com orações e
periódicos convites levar-me para sua igreja, a Presbiteriana Renovada de
Apucarana. Em 1995, um pastor muito amável, chamado Rubens Gentil,
durante várias semanas falou-me amorosamente de Deus; no entanto, quando ele me
perguntava ao final de cada encontro: “E daí, doutor, agora o senhor
acredita?”, eu respondia: “Como? O senhor falou, falou, mas eu não vi”.
Até que certo dia ele chegou ao meu escritório e
disse que não viria mais falar de Deus para mim: “Doutor, estou vindo aqui pela
última vez. O Espírito Santo revelou-me esta noite que viesse aqui apenas para lhe comunicar ser esta a minha última visita e pedir
ao senhor para que leia a Bíblia. O senhor tem Bíblia?” Respondi de forma afirmativa.
“Então leia. Se o senhor ler todo o Livro e não encontrar o que busca,
comunique-me, mas se Ele falou para ler, tenho certeza de que, ao final, o
senhor terá alguma resposta de Deus”. Ele estava com a razão. Finda a
leitura, tive a resposta.
4.2
O encontro no Hotel San Martin
Assumi o compromisso e, mesmo sem gostar da leitura,
principalmente do Velho Testamento, fui lendo página por página da Bíblia. Ao
final, faltando apenas três ou quatro folhas, devia eu, naquela noite de julho de 1995,
embarcar no avião em Londrina com destino a São Paulo a fim de participar de um
congresso jurídico. Por volta das 16 horas, uma sensação estranha tomou conta
da minha mente, mandando-me, empurrando-me, para ler as últimas páginas das
Escrituras. Diante daquilo, pensei: “Será que vou morrer nessa viagem e Deus
não quer que eu fique devendo o compromisso que assumi?” Falei dele em situação
de quase desespero, mas a verdade é que, até aquele dia, eu ainda duvidava da
existência do Pai Celestial.
Lembro que, poucos dias antes, eu havia recebido um
telefonema de um homem (ele me disse seu nome, mas esqueci), perguntando se eu
podia atendê-lo em São Paulo, pois tinha um assunto para tratar comigo.
Acreditei ser alguma questão jurídica e combinei o encontro no mesmo hotel em
que ficaria hospedado no dia do congresso, para a parte da manhã do primeiro
dia. Já instalado em São Paulo, no hotel San Martin (Rua Martinho do
Prado), acordei com um clarão, uma luz maravilhosa que iluminou tudo. As lâmpadas
estavam apagadas. Olhei para a direção da porta e vi um ser todo de branco
transpassando-a. Parou em pé na minha frente. Fiquei perplexo, mas, antes que
me assustasse, ele olhou-me e começou a falar comigo, sem emitir voz,
simplesmente entrando no meu pensamento. Imediatamente me tranquilizou. Depois,
tomou conta do meu ser. Entrou em mim e comandou minha mente por completo.
O primeiro quadro que o Amigo Invisível – e
só Jesus tem poder para tanto – me apresentou foi um fato do qual eu me havia
esquecido: o gesto de revolta que já falei, quando, em um capão de mato, atrás
da igreja, onde me senti discriminado e injustiçado por meu trabalho não ser um
dos escolhidos, na feira de religião. Daí por que passei a chutar pequenos
tocos de madeira no chão e a xingar Deus: “Você não existe. Se existisse, eu
não sofreria essa injustiça; minha mãe não estaria chorando...” Após este
quadro, ele foi reprisando outros em minha mente, como se passasse um filme em ordem
cronológica, desde minha infância. O exame e aprovação na escola primária; as
fraturas no crânio; a localização do documento; as questões das provas no curso
de Direito; os livramentos nos acidentes de carro... Enfim, apresentou-me tudo
aquilo que eu imaginava ter sido sorte ou obra do acaso.
Concluída a apresentação da “película espiritual” da
minha vida, ele surgiu novamente em pé à minha frente e falou de novo ao meu
cérebro, perguntando: “E agora, você acredita?” Glória a Deus! Levantei,
peguei em objetos, toquei em mim mesmo, queria sentir que estava de fato
desperto e consciente; acordado. Tive uma crise de choro. Muita emoção. Olhei
para o relógio, era 1h40min da madrugada. O mais incrível ainda estava por vir;
o trabalho do Amigo de Além ainda não se completara.
Como disse, havia um encontro marcado para a manhã
daquele dia com a pessoa que me telefonara em Apucarana. Acordei com o chamado
telefônico da recepção do hotel. Afirmavam ter recebido um recado de um homem
que disse haver combinado uma entrevista comigo e era para me avisar que ele
não viria mais, pois o que tínhamos para resolver já estava solucionado, e eu
sabia do que se tratava. Glória a Deus! Sem dúvida, ele resolvera o assunto
pendente entre nós dois, pelo qual eu esperava resposta havia muitos
anos.
O Fabuloso, o Maravilhoso, o Celestial, o Invisível
e Invencível, o Eu Sou... (não existe nome nem definição para ele)
não falou naquela madrugada, mas mostrou-me que, apesar de eu duvidar da sua
existência, ele nunca me abandonou. Sempre esteve e sempre estará ao meu lado.
E, afirmo-lhe, ele está também com você, pode ter certeza. Ainda que sejas,
como eu fui, um ser descrente.
A partir de então, minha vida se transformou muito.
Ganhei uma grande satisfação interior, mas a verdade é que ainda continuava a
cometer asneiras na vida. Acreditava em Deus, mas não andava nos seus caminhos.
Festas e orgias eram o meu roteiro. Jogos, vinho, armas, bailes. O Senhor
evidenciou o quanto fizera por mim, mas eu continuava nada fazendo por ele.
(Por muito tempo tentei localizar a direção do tal hotel e conseguir dados detalhados sobre minha estadia no local, onde ocorreu tão marcante encontro com meu Amigo Invisível).
Sala de reunião transformada em sala de oração.
Louvai ao Senhor, porque o Senhor é bom... (Salmo 135:3)
Capítulo 5
OS TRÊS “RECADOS” PARA O BATISMO NAS ÁGUAS
Testemunho sobre os acontecimentos que antecederam ao batismo – por imersão – do autor. Os fatos ocorridos ao longo de mais de oito meses. A primeira certeza de que, com os mensageiros de Deus, aparecem da mesma forma mensageiros do lado oposto. Os atuantes em favor do império das trevas.
“Pronto, filho meu, faz o que você tem que fazer para mim. Eu já a retirei daqui.”
Preliminares
Desde já adianto que o relato a seguir é apenas testemunho, mais um. Não pretendo entrar no mérito sobre qual sistema ou qual prática batismal está ou não conforme as Escrituras. Não faço juízo de valor. Deixo para cada leitor tirar suas próprias conclusões. Sob a inspiração do Espírito Santo, a verdade virá, com certeza.
Quando recebi a visão e revelação da Mensagem Emoldurada, em 12 de abril de 2004 (relato adiante), era católico não praticante. Semanas depois, meu irmão Adesio, que tentava sempre me levar à sua igreja, Presbiteriana, sugeriu que passássemos a fazer orações para os casais em uma sala (a maior e melhor) do meu escritório de advocacia.
Parece-me que nossos encontros começaram no início do ano de 2005. Nas reuniões de oração, compareciam evangélicos, católicos, espíritas, budistas, muçulmanos etc. Era um grupo ecumênico. Na minha cidade já corriam comentários sobre o fato de haver eu parado de aceitar procurações para atuar em casos de separações judiciais e divórcios. Antigamente, salvo situações excepcionais, os casais só podiam se separar judicialmente e, após dois anos, não havendo reconciliação, convertiam a separação em divórcio. Após extinto o vínculo, completamente, poderiam se casar outra vez com outra pessoa.
No mês de março de 2008,
depois da oração no escritório, onde reservamos uma sala para tanto, houve um
debate sobre o batismo, envolvendo meu irmão e um senhor católico praticante,
bastante conhecedor da Bíblia Sagrada. Parece-me que era diácono ou ministro
ligado à Mitra Diocesana de Apucarana. O primeiro defendia o sistema de batismo
da sua igreja (imersão nas águas depois de adulto). O segundo defendia o
batismo por aspersão, mesmo sendo a pessoa ainda criança. Ao encerrarem o
debate – ao qual assisti calado – e sem concordância entre ambos, meu irmão
olhou-me e disse: “Você ficou na dúvida, não é mesmo?” Ao que respondi: “Claro,
quem sou eu para dizer qual de vocês dois está certo?” Respondeu o Adesio:
“Então, por que você não pergunta para Deus? Pergunta, o Espírito Santo vai te
responder. Você tem comunhão com ele”.
5.1 O primeiro recado do Amigo
Invisível
Fui para casa e, antes de dormir, orei a Deus. Pedi que ele me esclarecesse em sonho, se fosse o caso, qual dos dois bons e cultos debatedores estava com a razão; que ele me mostrasse se queria que eu me batizasse nas águas. Relembro que foi em março de 2008.
Passaram-se os dias e,
em 8 de abril de 2008 (Sexta-Feira Santa), na minha casa, ao abrir um livro de
Direito, não consegui ler. Aconteceu algo muito estranho. As letras se moviam,
embaralhavam-se, pulavam uma na frente da outra. Tirei os óculos, voltei a
colocar, mas o fenômeno persistiu. Olhei para a estante, para outros livros, e
me fixei direto na Bíblia. Entendi o “recado mudo”; era para eu ler a Palavra
de Deus (sempre foi assim; quando surge algum acontecimento estranho, devo
ficar atento).
Saí do sofá, peguei e abri o Livro Sagrado aleatoriamente. Olhei para a página e minha visão foi em cima de Mateus 3:13, o batismo de Jesus. Dessa vez, as letras não “dançaram”. Li normalmente e, quando estava na parte final, tive uma espécie de arrebatamento mental; uma visão. Observei na minha frente, como se eu estivesse acima do quadro que olhava, um rio de águas límpidas. Dentro dele, dois homens de branco. Um submergia o outro na água. Era o quadro de um batismo. Voltei ao normal e, emocionado, fui até a cozinha falar com minha esposa. Contei-lhe o episódio no escritório ocorrido no mês anterior, minhas orações pedindo a direção de Deus e o que havia acontecido naquele instante. Ponderei-lhe que iria me batizar nas águas, pois a resposta ao meu pedido em oração chegara. Com certeza, era o Celestial manifestando-se mais uma vez na minha vida. Ele desejava que eu fizesse aquilo que meu irmão muito aspirava, mas nunca me pedira.
No momento em que falei à minha esposa que ia descer às águas, ela nada respondeu. Ficou em silêncio. Dias depois, todavia, emitiu opinião contrária: “Você não precisa se batizar. Quando Deus te deu a visão, você não era crente. Por que agora se tornar? Você gosta de beber vinho, jogar baralho, jogar futebol, dançar... Depois não poderá mais. E eu, então, não poderei usar as roupas de que gosto etc.” Ao que lhe respondi: “Não sei. Vou me batizar, mas não pretendo me filiar a nenhuma igreja, mesmo na do Adesio. Não vou me sujeitar a nenhuma ordem de pastor ou disciplina religiosa. Só atenderei ao que Deus está mandando”. Por várias vezes, sempre que eu tocava no assunto, pois queria a anuência dela, ouvia de sua parte argumentos contrários. Tornar-se crente, para ela, era algo ruim.
5.2 O segundo recado
Os
dias se passaram e, no início de agosto de 2008, ainda sem me batizar nas
águas, foi ao meu escritório uma advogada recém-formada. Uma católica fervorosa
que frequentava as missas na Catedral regularmente (eu a via passar em frente à
minha sala de trabalho). Disse-me ela que um cliente a procurou para elaborar
um contrato empresarial, todavia estava encontrando dificuldades, pois nunca
executara serviço semelhante. Não conseguira comprar livros contendo um modelo.
Havia consultado outros colegas, juízes, promotores, mas sem sucesso. Então me
disse: “Fui deitar na noite passada com essa preocupação. Como fazer o serviço
pendente? O tempo passa e preciso executá-lo. E não é que tive um sonho,
doutor! Por isso, estou aqui. Antes de contar o sonho, diga-me: o senhor é
evangélico?” Respondi que meu irmão e outros do grupo de oração eram, mas eu
não. Ao que ela continuou o relato: “Ah! Agora, entendo tudo. No sonho,
apareceu uma pessoa que me disse para procurá-lo porque o senhor poderia me
ajudar a elaborar o contrato, dado que o senhor já elaborou muitos do mesmo
tipo, porém falou-me ainda para lhe entregar um
recado: é para o doutor se batizar logo; ele já lhe pediu,
faz tempo”. Fiquei surpreso e contei-lhe todos os acontecimentos nos meses
anteriores. Ela ponderou: “Então, doutor, os crentes estão certos?”
Respondi-lhe: “O que você acha? Ao menos para mim, está sendo dito, pela
segunda vez, que devo descer às águas”. Falamos mais um pouco sobre o assunto e
entreguei-lhe um modelo para a confecção do referido contrato.
O fato acima aconteceu em uma quarta-feira. Poucos dias depois, fiquei sabendo que ela se batizara nas águas. Havia procurado um pastor e se tornado evangélica. Uma enorme surpresa para mim, visto conhecer sua dedicação na religião anterior.
5.3 O terceiro e final recado
Contei
à minha esposa o ocorrido com a colega advogada. Novamente, ela nada disse na
hora, mas nos dias seguintes sempre apresentava argumentos contrários ao meu
batismo. Assim foi até o dia 14 de novembro de 2008, quando programamos, com
familiares dela (pai, mãe, irmãos, cunhadas...), uma viagem até a cidade de
Salto del Guairá, no Paraguai, para compras no dia seguinte (15 de novembro),
feriado nacional. Era por volta das 22h30min quando eu estava lendo deitado no
sofá e o Amigo Celestial falou à minha mente: “Você não vai, filho meu”. Fiquei
surpreso e comecei a meditar: “Não ir? Por quê? Será que acontecerá algo? Se
for isso, então não deixarei minha esposa, nossa filha e meu enteado irem”.
Antes de eu decidir, falou-me de novo: “Não acontecerá nada, filho meu. Só
obedece, fica!” Acalmei-me e fui até minha esposa: “Eu não vou ao Paraguai
amanhã. Vão vocês com a turma (os parentes)”. No início, ela – uma libriana de
caráter muito forte – quis ficar brava, mas quando arrumei dinheiro para
comprar presentes, tudo se acalmou. Decidi não ir, porém não sabia o que estava
para acontecer.
Era
por volta das 5h30min da manhã quando, retirado o carro do quintal, ouvi o
portão bater e, em seguida, a voz do alto a me dizer: “Pronto, filho meu, faça
o que você tem que fazer para mim. Eu já a retirei daqui”. Ufa! Entendi tudo. Era o batismo que eu estava
“devendo” para ele. E ela, minha esposa, estava sendo usada como “pedra de
tropeço” para me impedir. Na verdade, quando qualquer pessoa tem como objetivo
fazer o que Deus manda, através de revelações, aparecem não só os mensageiros
do reino dos céus, mas também os mensageiros das trevas.
Minutos depois de viajarem, liguei para meu irmão Adesio
e disse: “Quero me batizar, e hoje mesmo. Não pode ficar para depois, mas não
vou me filiar à sua igreja. Seremos só eu, você e Deus. Não quero que divulgue
para ninguém (eu ainda tinha vergonha de falar das coisas de Deus para as
pessoas). Chamarei mais dois amigos nossos, o Joel e o José ‘da
Multidão’ Alves (ambos já falecidos). Certo?” Ele concordou, e assim foi
feito, ainda na parte da manhã, nas águas correntes do meu sítio, em
Califórnia, PR. Tive uma sensação difícil de descrever. Um impacto, um
turbilhão, me revirou. Senti como se “algo” muito grande estivesse saindo do
meu corpo e outro “algo”, também muito grande e agradável, entrando. Mais uma
experiência transcendental, indescritível. Não há palavras para descrevê-la.
Saí emocionado e feliz. Com alegria, dizia a todos a
quem encontrava pela frente que havia me batizado
nas águas.
5.4
Ato realizado, o inimigo ataca
Quando
minha esposa voltou, à noite, comuniquei-lhe o fato. Seus olhos se tornaram
vermelhos ao extremo. Seu rosto ficou horrível e ela gritou: “Você me traiu!” O
leitor pode não acreditar, mas
aconteceu. Não era ela, por certo. Não havia motivo para tanta ira e
revolta. Nos meses seguintes, enfrentei enorme tormento conjugal, o primeiro e
grande atrito, quase chegando ao divórcio.
Ainda
sem entrar no debate sobre qual sistema de batismo seja o correto, ou incorreto,
registro que, após descer às águas, começaram as revelações, mais seguidas e
mais fortes. A meu ver – e falo como advogado – tanto o batismo como o ato de
aceitar a Jesus têm a natureza de ato jurídico (divino). Logo, entendo que a
melhor forma de realização é aquela em que a pessoa demonstre vontade livre e
consciente.
Quadro com a Mensagem Emoldurada, no lar.
O Senhor é o meu pastor e nada me faltará (Salmo
23).
Capítulo 6
PRIMEIRA CONVOCAÇÃO (salvar lares)
Um exemplo da multiforme graça de Deus. A incompreensão de muitos estudiosos e teólogos diante da atuação excepcional do Senhor. Como ele age para preparar os escolhidos despreparados. A demonstração da santidade do casamento e das consequências contra quem burla o pacto sagrado. A “receita divina”, para se evitar a queda no lar.
“Para lembrarem que são um
só; um comigo”.
No ano de 1997 tive um sonho, no qual via em uma
das salas do meu escritório de contabilidade, a Dinâmica Sociedade Civil, uma circunferência com a frase “Eu sou o
Senhor teu DEUS”. Comentei com uma das funcionárias, a Margarete de Fátima
Gracioli, que o fato devia ser em razão de eu haver visto no portão de
entrada de uma chácara de um amigo, a frase “O Senhor é o meu Pastor”. Dias depois, o sonho se repetiu. A
mesma mensagem; nada mais. Comentei no escritório: “Quer saber de uma coisa? Na
dúvida, pedirei para alguém desenhar a figura do sonho e colocarei aqui
dentro, bem lá no alto. Pouca gente verá, mas, se for algum pedido do céu,
estou atendendo”.
Meu
filho mais velho, o Jotagê,
que havia comprado seu primeiro computador pessoal naqueles dias, reproduziu a
imagem do sonho perfeitamente e a imprimiu. Contratamos uma pessoa que
trabalhava com jato de areia, e ela transpôs o desenho sobre uma circunferência
de vidro. A peça foi colocada inicialmente dentro de uma pirâmide, depois mudei
de ideia e a deixei no alto, exposta e iluminada, na entrada do escritório ao
lado de uma escada. Alguns anos depois, em 2004, viria outro sonho. Agora, mais
que um sonho. A circunferência entre e acima de duas colunas.
6.1
A preocupação com os casos de divórcio; o casal e seu filho
Chapa em vidro jateado, com a frase vista em sonho.
Início
do século XXI, anos de 2002 a 2004. Nessa época, as causas de separação
judicial e divórcio já vinham me trazendo preocupação. Ganhava dinheiro, mas em
seguida entristecia-me ao saber de fatos dolorosos na vida do casal e de seus
filhos. Tragédias mesmo. Depressão, alcoolismo, drogas e até morte, por
suicídio ou homicídio. Eu tentava ajudar os casais, porém não conseguia. Quando
eles procuram um advogado é porque a situação já está muito grave e raramente
aceitam conselhos para desistirem da separação. Perguntava eu, em tom de
revolta, a Deus: “Qual é a causa das discórdias entre os casais? Por que,
muitas vezes, o amor se transforma em dor? Por que alguns lares vivem
em harmonia e outros não? Como evitar o fracasso conjugal? Quem foi,
quem é Jesus Cristo?”
Levando
uma vida sem esperança, diante dos meus problemas de saúde, com vários órgãos
vitais comprometidos e sem expectativa de sobreviver, recebi em meu escritório um jovem casal – nenhum dos dois tinha mais de 30
anos – que queria pôr fim ao casamento, amigavelmente.
Eles
traziam consigo o filho pequeno, com 6 anos. Ao olhar para a criança e
pressentindo sua dor, não tive dúvidas: disse-lhes que não aceitava o caso e os
aconselhei a procurarem auxílio de algum líder religioso para uma reconciliação.
Nada falaram da minha sugestão e foram embora.
Sala onde o
casal, com a criança, foi atendido.
No
mesmo dia, à noite, não conseguia eu dormir; demorei muito. Uma preocupação
enorme tomou conta de mim. A imagem do menino e a possibilidade da separação de
seus pais não saíam da minha mente. Imaginava: “Eles vão procurar outro
advogado, e o menino sofrerá muito”. Questionei a Deus: “Eu não tenho dom
algum. Gostaria de tocar algum instrumento musical, mas não consigo. Queria
fazer pinturas e, da mesma forma, não levo jeito, apesar do esforço. Queria que
o Senhor me concedesse somente um dom, agora mesmo, já... Que eu fosse até à casa deles e os
convencesse a não se separarem”. Ao acordar, ainda pensava no dilema e na
“causa” da criança. Desejei, mas não pude “advogar” para ela. No entanto,
muitos anos depois, eu saberia que o casal acatara meu conselho; festejei
sozinho.
6.2
O sumiço do projeto para confecção da obra de arte
Certo
dia, depois da visita do casal (não me lembro quanto tempo), começaram a acontecer
coisas estranhas dentro do meu escritório. A mais marcante foi o
desaparecimento, por duas vezes, do desenho de uma peça de arte a ser
confeccionada em madeira e metal por um artista – Sr. Paraílio – de Pinhais, bairro de Curitiba, PR. Eu
apreciava obras de arte e queria o trabalho de acordo com meu projeto. Desejava
substituir as armas (garruchas e espadas), feitas com metais – cobre e bronze –
derretidos, fixadas no quadro de madeira (foto adiante), por um brasão com as iniciais do meu nome. Uma
pequena alteração na sua obra tradicional.
O
esboço se encontrava sobre minha mesa de trabalho com outros papéis, mas,
quando fui pegá-lo para levar pessoalmente ao artista, não o encontrei.
Perguntei para minha secretária se ela havia visto o desenho e ela respondeu
que não. Liguei, então, ao desenhista e indaguei se ele guardara uma cópia (ele
costumava fazer isso). Respondeu-me que sim. Trouxe-me a cópia ao escritório,
no período da noite. Dessa vez, guardei-a com todo cuidado dentro de uma
gaveta. Ao chegar ao escritório na manhã seguinte, novamente o papel havia
desaparecido do local onde deixei. Pronto! Minha cabeça virou uma caixa
explosiva de pensamentos. E o pior é que não dava para falar com ninguém, pois,
entre a noite anterior e a hora em que abri a gaveta, nenhuma pessoa entrara em
minha sala.
Trabalho
artístico do Paraílio, que seria alterado com o brasão do desenho.
Outro
fato estranho ocorreu no escritório também após a visita do casal com o garoto.
Peguei a pasta de um serviço de separação judicial – cuja procuração eu havia
aceitado – mas, ao tentar datilografar a petição ao juiz, não consegui
escrever. Meus dedos não conseguiam tocar nas teclas; ficavam rígidos; não se
movimentavam... Parecia haver alguém do meu lado mandando deixar aquele
serviço. Por mais de uma vez tentei e a sensação impeditiva se repetiu.
Passei o trabalho para uma sócia fazer.
Quase
maluco por não encontrar explicação para o sumiço do desenho da escultura,
viajei para tirar uns dias de folga em São Paulo, porquanto não conseguia
sequer trabalhar. Meu filho mais velho estava nos visitando em Apucarana e
resolvi levá-lo de carro. “Venda, transfira, sua passagem. Vou sair para
refrescar a cabeça. Estão acontecendo umas coisas aqui no escritório. Não sei
se são de Deus ou do diabo”. No entanto,
não adiantou. A dúvida e o dilema sobre o sumiço não me abandonaram. Só
aumentavam a cada dia que passava. Já não dormia nem comia direito.
6.3
A Mensagem Emoldurada e a advertência
Retornei
de São Paulo, no dia 11 de abril, ainda com a mente transtornada. Na madrugada
de 12 de abril de 2004, aconteceu outro “contato” forte com o meu Amigo do Além
(na época, não possuía eu a menor ideia sobre quem me entregava tais
revelações). Tive um sonho. Uma visão e, em simultâneo, uma revelação. Primeiro
ouvi uma voz me ordenando colocar aquela circunferência com a frase – entregue
a mim no passado – entre e acima de duas colunas. Depois vi a figura da estampa
composta pelas colunas (foto adiante) e, no meio, a circunferência com a frase “Eu sou
o Senhor teu DEUS”, que ele, o Amigo
Invisível, chamou de Mensagem
Emoldurada. Como dito antes, eu havia visto apenas a frase em
circunferência, no sonho de 1997, mas não apareceu ninguém nem me falaram nada.
No
último encontro (12/abril), foi-me dito que era para fazer aquela peça em
substituição à obra do esboço desaparecido, colocar o nome do homem na primeira
coluna e o da mulher na segunda e ter aquilo em casa. Além disso, era para
alertar os casais que quem se divorcia (obviamente sem a permissão de
Deus) cai em um abismo de
maldição e sofrimento. Explicou-me,
ainda, que aquele encontro se dava em razão do meu comportamento com o casal do
menino de 6 anos; que era para eu continuar com aquela postura, ou seja, não
aceitar serviço de divórcio e alertar as pessoas a não destruírem o lar. Em
seguida, acordei e vi, numa parede branca e vazia do meu quarto, a Mensagem
Emoldurada refletida, bem
grande, como a imagem de uma tela de cinema. Atrás de mim, ao virar, observei a
imagem de uma pessoa de branco saindo do quarto. Eu morava sozinho naquela
época. Dormi e acordei emocionado. Ao fazer uma ligação telefônica, não
consegui falar, perdi a voz. Somente na parte da tarde voltei a me expressar
normalmente.
Mensagem
Emoldurada (o versículo embaixo foi incluído depois).
Uma
semana depois do contato acima, meu irmão de sangue, o Adesio (aquele que durante muitos anos tentava me levar para sua
igreja), chegou ao escritório logo cedo. Disse haver recebido uma revelação do
Espírito Santo naquela noite, o qual mandou-lhe falar comigo, porque eu havia
recebido algo de Deus, mas estava escondendo, com medo de falar, e era para ele
me ajudar. Lembro-me das palavras que trocamos. Disse ele: “Vim ver você e
estou feliz. Penso que, depois de muito tempo, Deus ouviu minhas orações por
você”. Disse-lhe então: “Atendi um casal com um menino, e depois começaram a
acontecer coisas estranhas. A mais incrível foi na madrugada do dia 12, mas não
estou querendo falar. Estou mesmo escondendo, porque ninguém acreditará em mim,
vão dizer que estou mentindo ou ficando louco”. Ao que ele retrucou: “Fala,
rapaz! Por que estou aqui? Pode ninguém acreditar em você, mas eu acredito”.
Então, detalhei o acontecido aos 12 de abril para ele.
Contratamos
o desenhista para a reprodução da estampa vista no sonho e providenciamos o
molde para fundir e concluir a peça. Em 12 novembro de 2004, exatamente sete
meses depois, ficou pronta: as colunas de metal e a circunferência com a
frase “Eu sou o Senhor teu DEUS”, em vidro jateado. Na época,
embora tivesse um compromisso sério com a mãe da minha filha, costumava eu ir
aos bailões sozinho. Retirei a moldura da oficina do profissional que fez a
montagem final – o moldador José
Fernandes – e coloquei no carro. Eu havia deixado minhas chaves de casa no
escritório e não encontrava ninguém para abrir o local. Com medo de deixar a
escultura no carro e ser roubada, antes de ir para o baile, fui até à casa do Adesio
e pedi-lhe que a guardasse para mim até o dia seguinte. Acordei com um
telefonema dele: “Armando, você vem buscar as colunas? Quero lhe dizer que as
colunas é mesmo coisa de Deus, pois deixei a peça na mesa da sala e olha o que
aconteceu: acordei várias vezes durante a noite, mas não me sinto cansado, e
todas as vezes que olhei para a sala, vi as colunas iluminadas; brilhavam no
escuro. Então venha pegar e cuide bem porque é coisa sagrada”.
Na
elaboração do desenho para reproduzir a visão, também aconteceu algo incrível.
Explico o porquê: Como eu não queria reproduzir a visão, mandar fazer o
quadro, mas, sim, o meu irmão, expliquei a imagem muito superficialmente para o
desenhista. Ele disse: “Doutor, providenciarei um esboço, dois, três... Nunca
ficará igual à imagem que o senhor viu; é impossível”. Respondi-lhe: “Tudo bem,
por mim nem faria nada, mas o Adesio quer; então, vá em frente!”
Passaram-se uns quinze dias e o desenhista compareceu ao meu escritório de
advocacia para me mostrar o primeiro – e único – esboço. Quando ele abriu a
folha, levei um susto. O desenho estava perfeito. Era cem por cento do que
apareceu no sonho. Disse-lhe: “Está ótimo! É assim mesmo. Não mexa em nada.
Como pode? Eu não falei com você a respeito destes detalhes (saliências,
profundidade e outros). Como você fez isto?” Ele respondeu-me: “Esta madrugada
acordei, perdi o sono. E do jeito que me veio à cabeça fui desenhando.”
6.4
O Livro da Tradição e o lugar para guardá-lo; o Marco das
Colunas
Após
a confecção do original, foram entregues três réplicas a três casais: Adesio
e
Neusa, Odilon e Dionir, W. e D. Isto pronto, tive novo encontro
espiritual. Só ouvi uma voz mandando-me preparar um livro. Disse ser o Livro da Tradição. Nele eu deveria escrever os nomes dos casais a quem eu
entregara a Mensagem Emoldurada.
Depois,
no ano de 2005, vieram orientações mostrando-me onde devia ser levado e
guardado o tal Livro. Em um lugar bem distante, mais de 400 km da minha
residência. Lá (km 188 da Rodovia Castello Branco, SP), segundo o Amigo
Invisível, seria o “Marco das Colunas”.
6.5
A explicação para a frase “Eu sou o Senhor teu Deus
Diariamente,
antes de dormir, indagava eu a Deus o porquê da frase “Eu sou o Senhor teu Deus”. Não
podia ser outra, como: “Deus é fiel”, “o Senhor é o meu Pastor...?” Os
dias, meses, se passaram até que, na tarde de certo dia, enquanto brincava
com uma cadelinha Pit Bull, a Arusca, na casa do meu irmão Adesio, minha
mente foi tomada, arrebatada, e ouvi assim: “Lembre-se sempre: Adão e Eva
só caíram em sofrimento porque se esqueceram de quem era o Senhor deles”. Fiquei muito emocionado,
porquanto, no catecismo da Igreja Católica, aprendi que Adão e Eva caíram
porque desobedeceram. É verdade, mas, naquela tarde, Deus estava me mostrando
que antes da desobediência vem o esquecimento. Eles se esqueceram do Criador.
Esquecendo-se, perderam a comunhão. Sem esta, ficaram sem a proteção, e o
inimigo de nossas almas dominou os dois.
Na mesma época, recebi outras e iluminadas explicações. Família é criação sagrada, como era a Arca da Aliança. Não toque, não interfira, não destrua. A Arca da Aliança era coisa sagrada. O tal Uzá foi morto, fulminado por Deus, no mesmo instante em que tocou no objeto. O qual não podia ser manuseado por qualquer pessoa (alguns teólogos dizem que a atribuição era exclusiva do sacerdote escolhido), sem a ordem de Deus. Não importava que o homem estivesse bem-intencionado. Logo, o fato de estar eu em um serviço profissional não me autorizava a interferir no casamento. Ninguém pode se imiscuir na família, muito menos destruí-la, sem ter contra si a ira de Deus.
Livro da Tradição – 24 casais em cada página.
6.6
Mostrando a santidade do casamento; a família
é sagrada, não toque, não interfira, não destrua!
Acatando
a ordem do grande Amigo
Invisível, eu já não aceitava mais atuar em
casos de divórcio. Previamente, já alertava os interessados a respeito de meu
posicionamento. No entanto, uma provação viria contra mim. Uma senhora
procurou-me, com um patrimônio altíssimo, desejando que eu aceitasse sua procuração
judicial e providenciasse o seu pedido de divórcio. Ela não aceitava ser
representada por nenhum outro escritório da cidade nem por algum colega do meu
grupo de trabalho. Os valores, a título de honorários, eram significativos,
proporcionais ao valor dos bens a serem partilhados. Os meus associados
ponderavam que deveria eu aceitar o contrato, afinal era a minha profissão.
Durante a madrugada, veio-me a ordem para abrir a Bíblia. Assim o fiz, de
maneira aleatória, e o texto em que abri foi o de 2 Samuel 6:6:
Quando chegaram à eira de Nacom, Uzá estendeu a
mão para segurar a arca de Deus, porque os bois tropeçaram. Então a ira do
Senhor se acendeu contra Uzá, e Deus o feriu ali por esta irreverência. E Uzá
morreu ali, ao lado da arca de Deus.
Enquanto
lia, veio-me a explicação: “Tá vendo, não importa que é sua profissão. Uzá
estava bem-intencionado. Mas foi falado para não tocar; não toque.” Ufa!
Entendi! Na mesma semana do fato acima, a dona Rosângela veio comunicar-me que
uma amiga sua encontrava-se hospitalizada havia algum tempo, em razão de grave
acidente de veículo, a qual desejava falar comigo a respeito de uns documentos
envolvendo seu namorado. Eu não conhecia a pessoa e, de repente, sem pensar,
saiu de mim a seguinte pergunta: “Diga-me uma coisa: o namorado dessa sua amiga
é casado?” Ao que ela me respondeu: “É, sim, mas e daí, por que você quer
saber?” Respondi: “Minha querida, avisa sua amiga que ela está tocando em coisa
sagrada. Diga-lhe para terminar o relacionamento. É muito perigoso. Ela precisa
ser obediente a Deus e orar para receber a cura”. Contei-lhe a experiência e
expliquei que o casamento é como a Arca da Aliança. Ela retrucou: “Ah vá! Você
fica com essas coisas das Colunas na cabeça. Ela está boa. Talvez receba alta
hoje mesmo e volte para casa”. Concordei em, posteriormente, dar as orientações
jurídicas necessárias e calei-me, não sem antes alertar novamente: “Penso que
você deveria aconselhá-la”. Pois bem, no dia seguinte, no momento em que ela
seria liberada do internamento hospitalar, teve uma recaída inesperada e
inexplicável; veio a óbito três dias depois. Uma semana após a morte da
referida mulher, chegou ao nosso escritório a esposa do “tal namorado” e
contou-me o quanto vinha sofrendo em razão do adultério do seu marido com a
falecida. Em outra ocasião, já atuando na missão em favor dos casais, em crise
e querendo colocar fim no relacionamento com minha então companheira, mas já
mãe de minha filha, veio-me de madrugada a “ordem” para abrir a Bíblia. Assim o
fiz aleatoriamente, e saiu em 1 Samuel 4:21-22, texto que fala da morte de Eli
e da tomada da Arca da Aliança:
[...] foi-se a glória de Israel. Isto ela disse,
porque a arca fora tomada e por causa de seu sogro e de seu marido. E falou
mais: Foi-se a glória de Israel, pois foi tomada a arca de Deus.
Junto
com o texto sagrado veio a iluminação divina. Sem dúvida, com o divórcio vai-se
a honra da família. O tumulto se instala entre os integrantes da casa extinta.
A paz, a harmonia, as relações sociais e outros valores desaparecem, ao menos
por algum tempo (às vezes para sempre). Nessa fase, costumam surgir as doenças,
as tragédias. Uso de álcool, drogas, depressão... E até mortes, por homicídio
ou suicídio.
6.7 A
revelação mostrando o que um cônjuge é para o outro
O
lar é o bem mais precioso que um ser humano tem nesta vida. Por norma, é também
o menos valorizado. Na família, o Senhor me mostrou que um cônjuge é presente
de Deus para o outro. Fato pouco observado por muita gente. Ninguém constrói um
lar sozinho. São duas colunas unidas por Deus e seu mandamento.
O
surgimento e a confirmação dessa mensagem divina decorrem de três acontecimentos, nos anos de 2015, 2016 e
2017. O primeiro se deu no dia 3 de outubro de 2015. Um amigo, que participava
do nosso grupo de orações para casais, afirmou e eu anotei em uma
agenda: “Quando não honramos um presente que Deus nos dá, perdemos o
presente”. Depois
disso, no mês de setembro de 2016, recebi uma revelação determinando o
seguinte: escrever na estampa da Mensagem Emoldurada (pela primeira vez
em se tratando de pessoas ainda solteiras) o nome de um casal de noivos (G. H.
e R. M.) e dizer a eles que um era presente de Deus para o outro.
Não
liguei o primeiro fato com o segundo. Na verdade, já havia me esquecido daquela
frase dita pelo amigo e anotada na agenda: “presente que não se preza se perde”. Em 30 de
novembro de 2017, estranhamente, desapareceu minha carteira de bolso, onde eu
guardava a Carteira Nacional de Habilitação. Precisava encontrar tanto uma como
a outra coisa. Procurei muito o documento. Na última tentativa, eu e mais três
pessoas reviramos as gavetas de uma mesa. Retiramos todos os papéis e objetos,
mas nada encontramos. Resolvi suspender as buscas e orar. Como se confirmaria
depois, uma vez mais o Senhor fez desaparecer um objeto para chamar a minha
atenção e dar-me uma nova revelação; uma nova lição sobre o casamento.
Assim
sendo, no dia 2 de dezembro de 2017, orei antes de dormir para que luzes do
alto me mostrassem o que estava acontecendo. Ao acordar de manhã, peguei a
Bíblia, e abri aleatoriamente para ver se vinha algum texto me orientando. Nada
apareceu que explicasse a perda do documento, porém, em seguida, lancei os
olhos para o lado e vi uma agenda do ano de 2015 em cima do armário. Pedi para
minha filha pegá-la, e, ao folhear a esmo, saiu justamente na página que
indicava o dia 3 de outubro, onde estava anotado o recado do meu amigo a
respeito da perda daquilo que recebemos de presente e não damos valor. Essa é uma regra inquestionável. E
recordemos que Jesus Cristo também é um presente. Muito mais que isto.
Atentei
para os detalhes: sumiço estranho e falta de atenção para as coisas. Daí que me
lembrei da revelação para os noivos e, maravilhado, entendi o recado que o
Senhor estava me dando: aquilo que não cuidamos, perdemos. Era essa
mensagem que eu devia, também, repassar aos casais. Um cônjuge é presente de
Deus para o outro. E, como todo presente, como qualquer coisa, inclusive uma
CNH, se não cuidarmos, se não dermos valor, perderemos. Depois, como eu havia
previsto, entendido o recado, a carteira apareceu, e justamente no local onde
foi tanto procurada por três pessoas ao mesmo tempo: em uma das gavetas da
minha mesa de trabalho. Nós, em três, a reviramos e não vimos o papel; todavia,
uma vez entregue e recebida a mensagem, o documento surgiu à minha frente, sem
esforço algum. Essa é mais uma razão, mais uma das muitas causas de
divórcio. A pessoa esquece que seu cônjuge é um presente de Deus para ela e
deixa de cuidar da inestimável doação, sobrevindo a perda. Perde-se algo muito
precioso e, posteriormente, desperta-se para o descuido; para a desatenção. Mas
infelizmente já é tarde. Resta o sofrimento; o arrependimento. Presente que não se preza se perde; é
lei natural.
Primeira
bênção que se deve buscar
Certa
vez, um outro amigo e companheiro de jornada, o pastor Cícero Pires, alertou aos presentes no culto que a primeira bênção
que se deve buscar em Deus é para o casal: “Sem o casal estar bem, em harmonia,
outras bênçãos não vêm”. Necessário se faz que, primeiro, haja paz no lar, para
depois, sim, recebermos bênçãos financeiras, na saúde e até na área espiritual.
Prevalece o princípio de que tudo começa no lar.
As
Escrituras alertam o homem, e implicitamente também a mulher, sobre a
interrupção das orações, ou seja, as intercessões que não chegam a Deus (sei
pela prática do dia a dia que tal isto é
verdade):
Maridos, vós igualmente,
vivei a vida comum do lar, com discernimento; e, tendo consideração para com a
vossa mulher como parte mais frágil, tratai-a com dignidade, porque sois,
juntamente, herdeiros da mesma graça de vida, para que não se
interrompam as vossas orações (1 Pedro
3:7).
6.8
Diga a cada um deles: “Deus te ama”;
agrada a Deus ser adorado em grupo
Estava
com a minha família passeando na casa de parentes e amigos (Joaquim e Cirleide
– a “Fia”) em Guarulhos, SP. A volta seria na segunda-feira seguinte, mas já na
sexta-feira de manhã, veio-me uma vontade intensa, incontrolável, de retornar
naquele mesmo dia. Não conseguindo resistir àquela sensação, aprontamos as
malas e retornamos. Na rodovia, já a altas horas da noite, passando ao lado da
cidade de Assis, SP, comecei a questionar na minha mente as razões daquele
desejo repentino de antecipar o retorno. Seria por que o Senhor desejava que eu
não faltasse à reunião de oração no escritório? (Eu a presidia todos os
sábados, mas quando estava ausente, o meu irmão a dirigia). A resposta veio
imediatamente. O Amigo do Além foi
me explicando: desejava, sim, que eu estivesse presente na oração e que era
para eu dizer a cada um que lá comparecesse: “Deus te ama”. Naquele tempo, bem antes da Covid,
compareciam várias pessoas à reunião de oração: parentes, amigos, clientes...
Além
disso, eu deveria entregar mais alguns recados pessoais e diretos aos
companheiros que lá iam orar comigo: “O Orlandino é uma fortaleza; a Silvana é
uma guerreira; o Denival
tem a mansidão de uma pomba; ao
José (Alves), diga que uma multidão espera por ele; à Edna, diga para não
deixar nada tirar a sua paz...” Dito acontecimento me mostrou que o Senhor está
em todo lugar, todavia seu Espírito se manifesta mais onde houver maior número
de seus filhos em comunhão. A ordem para dizer “Deus te ama”
sinaliza que agrada ao Senhor o fato de o adorarmos juntos em sua casa. Outras
experiências, além daquela aconselhando a orar o Pai-Nosso em grupo e de mãos
dadas, confirmam o ocorrido.
6.9
A receita (divina e mágica) da vitória – altar e oração (frente ao Altar da
Aliança) em casa
Após
vários anos do aparecimento da Mensagem Emoldurada, já sabendo eu que ela servia
para formar um canto de oração, uma mesa ou altar para Deus em casa, no ano de
2018, recebi novas experiências e definitivas revelações, para concluir o
assunto. Descreverei as principais, as mais marcantes.
O
casal mais lindo e feliz que já vi
Era
uma quarta-feira do mês de abril de 2018. Havíamos nos programado, eu e minha
filha, Bianca Giulia, para ir no final de semana à Exposição Agropecuária em
Londrina, PR, entretanto, de uma hora para outra, senti um desejo irresistível,
quase que uma ordem, para lá estarmos naquele mesmo dia. Chamei-a e, com seu
namorado, partimos para o local. Chegamos por volta das 14h30min. No meio de
tanta gente, um casal me chamou a atenção. Evidenciando uma certa idade, eles
passeavam de mãos dadas, com tremenda alegria em seus rostos e gestos. Algumas
vezes cruzamos com o casal, sempre no mesmo clima, como se fossem dois
adolescentes apaixonados. Chegou a noite e, na hora do jantar, fui surpreendido
com a presença do lindo par tomando assento em uma mesa ao lado da nossa.
Apresentei-me e puxei conversa. Disse-lhes que estava surpreso e curioso, pois
jamais havia visto um casal tão romântico. Perguntei a idade de ambos (os dois
mais novos que eu) e o tempo de casamento. Indaguei, ainda, qual era o segredo
para ter aquele clima conjugal. Ao que o marido me respondeu: “Doutor, desde o
primeiro dia do nosso casamento (já eram avós), temos um pacto, um compromisso
com Deus: não ir dormir sem antes orarmos juntos. Se, por acaso, algum
empecilho surge, nós o vencemos, mas não quebramos nossa obrigação; cumprimos
com o prometido a Deus”. Bingo! Glória a Deus! Estou certo de que foi o
Espírito de Deus que antecipou o passeio para eu me encontrar com os dois.
Nunca
deixar a Mensagem Emoldurada encostada
Na
semana seguinte, outro fato viria ao meu conhecimento, para confirmar a
história do casal feliz que conheci na Exposição em Londrina. Saindo do meu
escritório, vi à minha frente, atravessando a rua, uma antiga conhecida, a quem
não via por muito tempo. Perguntei como ela e a família estavam. Contou-me então:
“Doutor, agora eu e o Nego (apelido do marido) estamos muito bem, mas passamos
por momentos difíceis. Estivemos a um passo do divórcio. Lembra daquele quadro
que o senhor me deu? Eu estava arrumando as minhas coisas e o Nego as dele.
Íamos cada um para o ‘seu canto’; para casas diferentes. Então, mexendo em uma
gaveta do armário, vi e peguei a estampa com a Mensagem Emoldurada.
Nisso, lembrei que o doutor falou para não a deixar guardada, mas sim colocá-la
num quadro e orar. Na mesma hora, usei um porta-retratos que dava certinho para
pôr o cartão. Como ele estava lá, chamei meu marido e disse: ‘O Armando me deu
isto para colocar num quadro e eu nunca fiz. Deixei jogado, abandonado. Vamos
orar o Pai-Nosso de mãos dadas, nem que seja a última coisa, a última oração
entre nós dois?’ Ele
topou. Quando terminamos de orar, um olhou para o outro e dissemos juntos a
mesma coisa: ‘O que estamos fazendo com a nossa vida?’ Em seguida, uma coisa gostosa tomou conta de nós. Fomos ao
advogado e mandamos interromper o divórcio. Mudamos daquela casa, compramos uma
própria e hoje estamos muito felizes. Meu quadrinho está lá e sempre oramos
diante dele. Louvado seja o nome do Senhor!” A oração diante do Altar da
Aliança foi eficaz; atendida por Deus.
Casal orando
de mãos dadas em frente ao Altar da
Aliança.
Por que orar
o Pai-Nosso de mãos dadas
Diante
dos dois acontecimentos em tão curto espaço de tempo, não tive mais dúvidas.
Tudo era providência de Deus. A ordem era para o casal orar o Pai-Nosso, de
mãos dadas, todos os dias, em frente ao Altar da Aliança. No entanto, faltava ainda um toque final, uma confirmação, que
viria na tarde do sábado seguinte, no Culto das Mulheres, na Igreja Comunidade Cristã Projeto Vida, em Apucarana,
comandada pelo Pastor Cícero Pires.
O
pregador era um irmão de Cambé, pastor Nilson. Falava ele de Abraão, o pai da
fé, o qual, em cada lugar por onde passava, erguia um altar para Deus. Nunca
havia me visto, mas, quase que apontando para mim, disse que ali havia alguém
que também gostava de fazer altares. Continuou sua pregação e mencionou a
importância das orações em casa e que um cônjuge deve ser o principal
intercessor a Deus pelo outro.
Santuário p/ guardar o livro – Preparação do
terreno para a construção.
Naqueles
dias já estava convicto de que minha missão se iluminara de vez, comecei a
questionar a Deus, em minha mente, se o Pai-Nosso não podia ser recitado
por um só (assim procedi porque não vinha conseguindo trazer minha esposa para
orar comigo diariamente). Recebi a resposta de imediato, com outra pergunta do
Celestial: “Por que você imagina que está no plural?” Eu nunca ouvira nem lera nada a respeito; nunca ouvi
nenhum pregador falar sobre tal. Por que a oração está no plural e não no
singular? A oração ensinada
pelo fabuloso amigo, Jesus, foi criada para se realizar entre duas ou mais
pessoas. Por que não é: “Pai meu,
perdoa as minhas dívidas...?” Muito bem! Glória a Deus! A melhor
revelação, todavia, ainda viria. Foi quando eu
questionava: “Mas por que de mãos dadas?” A
isto, da mesma forma, o Grande Invisível me
respondeu: “Para lembrarem que são um só; um comigo”. Aleluia, Jesus Cristo
amado! Glorificado seja o seu nome!
Muito
tempo depois, ouvindo uma parente de minha esposa, nossa querida Eliane
"do Marcelo" (falecida em razão da Covid), acrescentei outro
ingrediente à receita divina que
recebi para a sobrevivência do lar. Sua falecida mãe lhe ensinava que o casal
não deve ir dormir em atrito, brigados, em camas separadas, pois quando tal
acontece, “o diabo entra no meio dos dois”. Ela sempre agiu assim e também
ensinou a lição às filhas. A prática tem respaldo no Livro Sagrado: [...] não se ponha o sol sobre sua ira (Efésios 4:26).
Dentro do Santuário do Amor de Deus,
após o acima ocorrido, recebi uma revelação no sentido de que se deve perdoar um ao outro, ao invés de
acusar, condenar e julgar. Agir assim é trabalhar para o inimigo.
[...] tira as sandálias dos pés, porque o lugar em que pisas é santo (Êxodo 3:5) – Santuário do Amor de Deus, concluído.
Local escolhido por Deus para ser levado e guardado o livro com os nomes dos casais e onde o atalaia missioneiro tem que ir (um dever que lhe foi imposto), a cada mês, para orar em favor dos mesmos.
Capítulo
7
SANTUÁRIO
DO AMOR DE DEUS (a Tenda Sagrada do Livro)
A construção de uma obra sagrada para guardar um
livro, o Livro da Tradição. A observância do “Manda quem pode, obedece quem tem
juízo”. A viagem para buscar pedras decorativas para escrever a palavra de
Deus. Os desafios durante o trabalho. A chuva que se desviou.
“... Lá é o Marco das Colunas, onde
você guardará as coisas que estou lhe entregando.”
7.1
Construção do Santuário; o Marco das
Colunas
A
primeira visualização do lugar
Voltando de minha viagem à cidade de São Paulo, onde
fui para tentar esfriar a cabeça (bem “quente” em razão do sumiço do desenho da
obra de arte), passei em frente a uma localidade muito bonita, com algumas
casas rurais esparsas, no meu lado direito, à margem da Rodovia Castello
Branco, km 188. Meu olhar se dirigiu, em especial, para uma área com duas casas
amarelas, ao pé de um morro. Fato ocorrido na tarde de 11 de abril. Chegando a
Apucarana, na madrugada do dia 12, em casa, tive a visão da Mensagem
Emoldurada, seguida da revelação do que deveria eu fazer com ela e da frase
para alertar aos casais que quisessem se separar. Costumo dizer que 12 de abril
é o dia do meu segundo aniversário.
O
retorno para a Rodovia Castello Branco
No
início do ano de 2005, quando o original da Mensagem Emoldurada já
estava pronto, assim como o Livro da Tradição, com a
inscrição dos nomes dos casais que receberam a moldura, voltou à minha mente as
imagens daquela localidade na Rodovia. Algo estranho tocava tanto em mim, que,
mesmo sem saber ao certo, chamei minha esposa (nossa filha Bianca tinha apenas
2 anos de idade), também meu irmão Adesio Gracioli e minha cunhada Neusa,
para irmos até o local.
Passamos
em frente ao referido morro e, chegando ao próximo retorno, no km 183 (trevo
para a cidade de Bofete), paramos em um posto de combustível; Posto Castelão.
Então apareceu em minha frente um cidadão que, a poucos metros de mim, disse:
“O senhor está me procurando?” Respondi: “Não, mas o senhor pode me ajudar.
Estou interessado em visitar uma propriedade aqui (relatei qual era). Será que
o dono teria interesse em vendê-la?” O homem, cujo nome é José Benedito Tobias, membro da Igreja Assembleia de Deus, respondeu ser corretor de imóveis e que
deveríamos ver outras chácaras, pois aquela o dono não venderia em hipótese
alguma.
O
interessante é que, no caminho até ali, enquanto mentalmente questionava: “O
que estaria me forçando ir àquele lugar?”, veio-me a seguinte mensagem: “Fique
tranquilo, quando você chegar, já terá alguém te esperando”. Este alguém pode
ser José Benedito, o Zé Dito, que
estava no posto, como também o Boaventura
Camargo da Silva, o Tura, que
estava em sua casa, ao lado da chácara que eu havia visto. Ambos me ajudaram
muito na minha missão e na construção do Santuário.
"Lá
é o Marco das Colunas...”
Visitamos
várias chácaras, e nenhuma me interessou, além daquela da “casa amarela”. Ao
retornar, no dia seguinte, meu filho mais novo me questionou: “Pai, por
que o senhor foi lá na Rodovia Castello Branco? São mais de 400 quilômetros
daqui até lá”. Disse-lhe: “Nem sei ao certo, filho, mas gostei de uma chácara
lá e penso em comprá-la. Talvez para instalar um haras”. Ele me deu uma tremenda
bronca: “Para que ir tão longe? Nem das coisas daqui o senhor cuida direito.
Vai é arrumar trabalho para mim”. Ele já me ajudava a cuidar dos imóveis. Eu
lhe dei razão e disse que não voltaria mais para o lugar, porém a vontade do
Amigo Invisível era outra. Para minha insatisfação, na época, novo
encontro e recado deixariam claro que eu voltaria para a localidade distante.
Na
noite daquele mesmo dia em que levei a “bronca” do meu filho, tive um sonho, em
que alguém me disse (só ouvia a voz – sem nenhuma imagem): “Você falou ao seu
filho que não vai voltar lá (na Rodovia Castello Branco, SP), mas vai, sim. Lá
é o Marco das Colunas, onde você guardará as coisas que estou lhe
entregando”. Acordei preocupado e até triste com o sonho. A distância era, é,
muito longa.
Minha
filha sendo usada: “Quero que você compre a casa amarela”
Como
“manda quem pode e obedece quem tem juízo”, uns 60 dias após a
primeira viagem, convidei meu irmão e partimos de madrugada para a Rodovia
Castello Branco novamente. Encontramos o corretor Zé Dito. Diante da sua confirmação de desinteresse de venda por
parte do dono da chácara da “casa amarela”, visitamos outros imóveis do mesmo
porte. Ao chegar de noite em casa e abrir a porta, minha filha Bianca Giulia, à
época com apenas dois anos e meio de idade, já foi dizendo: “Pai, o senhor foi
ver outras casas, mas eu não quero nenhuma delas. Quero que você compre a casa
amarela”. Levei um susto, pois nem eu, nem a minha esposa havíamos dito
qualquer coisa a ela sobre a ida ao Estado de São Paulo para comprar imóvel.
De
imediato, liguei para o Adesio e contei-lhe o ocorrido. Disse ele: “Então o
lugar é aquela chácara mesmo que você gostou desde a primeira vez”. Respondi:
“Mas o dono não vende”. Replicou ele: “Vende, sim, se Deus mandar, ele vai vender”.
O que de fato viria a acontecer.
Pela
terceira vez, voltamos a Bofete. Exigi que José Benedito nos levasse ao dono da
chácara da casa amarela, Sr. Décio. Conversação demorada. Ofereci um preço bem
superior ao de mercado, para adquirir metade do imóvel. Ele se manteve
irredutível. Voltei triste. Antes de dormir, falei para o Amigo Invisível: “O
Senhor disse pela Bianca que é lá, no entanto o dono não vende. Então, não irei
mais atrás da compra”. Já queria mesmo um pretexto para desistir, era muito distante.
Falei
que não voltaria para aquele local, mas o Invisível não concordou.
Acordei com um telefonema. Era o proprietário do imóvel dizendo que se eu
mantivesse o valor da proposta, ele concordava em me vender metade do imóvel.
Pediu que eu fosse lá para concluir e documentar o negócio. Achei estranho o
fato de o cidadão de Bofete, São Paulo, mudar de ideia de forma bastante
repentina.
Deus
manda o proprietário vender o terreno
Em Bofete, alguns dias depois, indaguei ao
proprietário a respeito da sua mudança de postura. Ele respondeu: “Doutor, sou
viúvo e católico não praticante. Fui a uma igreja evangélica, em Botucatu, com
minha namorada, no dia em que o senhor esteve aqui. O pregador olhou-me e
disse: ‘Você foi procurado hoje por um homem – e deu todas as suas
características – que queria comprar um imóvel seu. Você não quis vender. Deus
te manda vender, porque ele precisa do terreno para cumprir uma missão que lhe
foi entregue. Então venda’. Por isso telefonei disposto a vender. Agora me
diga, por que você precisa da chácara terreno?” Contei-lhe minha história. Ele
afirmou que jamais me venderia o imóvel se não viesse a revelação na igreja.
Chegando em Apucarana, contei para minha filha a aquisição. Ela ficou muito
feliz. Pegou seu travesseiro e disse: “Então hoje vou dormir na sua casa”. Ela
nunca havia feito tal coisa, por mais que eu pedisse. A mãe dela alertou: “Não
leva, porque ela não dorme longe de mim. Vai acordar de madrugada e você terá
que trazê-la”. Nada ocorreu; ela dormiu bem a noite toda.
O
lugar exato para a edificação da obra – outra visão
Realizada
a compra do imóvel, outro problema surgiu. Aonde, na chácara, deveria ser colocado o Livro da Tradição? Ele, sim, em especial, era para ficar no pé do morro.
No entanto, logo veio a definição. Quando se realizava uma oração na garagem de
minha casa, tive uma visão: a pessoa do pastor sumiu e, atrás dele, na parede
branca, apareceu uma pequena estrada e em suas margens por flores, findando no
meio de duas árvores. Imediatamente identifiquei-as; faziam parte de um pasto
existente na casa amarela. Não tive dúvidas, era a resposta. Era também o pior
lugar do terreno. Um alagado que me exigiu dois anos de gastos financeiros
enormes, com trabalhos de maquinários, terraplenagem e preparação do platô para
edificação do Santuário. A primeira contratação de máquinas já me deu dor de
cabeça. O maquinista deixava o motor ligado e saía do local. Trator parado, mas
o relógio rodava.
O projeto
que não correspondia à vontade de Deus
Preparado
o terreno, viria a parte da construção. O projeto era no formato das duas
colunas unidas com a circunferência contendo a frase “Eu sou o Senhor teu
Deus”. Embaixo, num pequeno espaço subterrâneo, seria o lugar para
guardar o Livro da Tradição. Todavia, não conseguia eu colocar um tijolo
sequer. Quando pensava que tudo estava acertado com o construtor, ele desistia.
Contratava outro, e a mesma coisa. Havia algo de errado. Até que apareceu em
meu escritório a Silvana de Fátima "Guerreira" Costa, na época
morando em Campo Grande, MS. Ao ouvir meu lamento, ela ponderou: “Você não está
tentando fazer as coisas do modo errado?” Na hora “caiu a ficha”. De fato, eu
não observava o que me foi dito no dia da primeira visão e revelação: “Tenha isto
em casa”. Ora, se a Mensagem Emoldurada era para se ter em casa,
como fazer uma construção deixando as colunas e a mensagem ao ar livre? Por
mais bonita e grande que fosse a obra, Deus não concordava, certamente. Até
porque, gravados os nomes, ela se torna um altar; o Altar da Aliança.
Coloquei
o primeiro projeto na gaveta e, pronto, no dia seguinte, tive uma visão do
Santuário. Providenciei novo projeto e, daí, sim, a obra foi iniciada. Também
com muitas dificuldades. O primeiro construtor, um irmão da Assembleia de Deus,
não levou a obra até o fim (ter-lhe-iam dito que a construção era coisa do
diabo), o que me obrigou a contratar outro profissional, o irmão Dirceu, da
Congregação Cristã do Brasil, para concluí-la. Além dos nomes já mencionados, e
outros que mencionarei, não posso deixar de fora o bondoso amigo e grande
colaborador, arquiteto Dr. Leonardo Briticci. Filho de outro
digno e honrado apucaranense, Armando Briticci. Com benevolência
e espírito cristão, auxiliou-me na missão em todas as oportunidades que
solicitei. Que o Senhor o recompense e também ao seu irmão, arquiteto Dr. Eduardo Briticci.
Execução
dos trabalhos – Homens de Deus
Adquiri
o terreno em outubro de 2005, mas o Santuário só ficou pronto, foi consagrado,
em 12 de novembro de 2011. Seis anos depois. Imagine o sacrifício e as
dificuldades. Era uma construção de apenas 12 m2 (doze metros
quadrados) de área coberta, aproximadamente, porém cada detalhe foi feito de
acordo, penso, com a vontade de Deus. Inclusive a cor e as flores do jardim.
Cada item possui uma história à parte. Cada trabalhador que executou os
serviços não o fez por acaso. Todos eram homens de Deus. O pintor, por exemplo,
o Francisco “da Mercedes”, era
membro da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, os mórmons.
A
cor da pintura da construção
Construção concluída, mas
ainda sem pintura, o Santuário para guardar o livro. Meu outro grande
companheiro, o pastor Cícero Pires,
no dia em que lá esteve para a instalação elétrica, vendo o que faltava,
indagou-me: “Doutor, de que cor o senhor irá pintar?” Respondi: “Gosto muito do
lilás e do azul, cores da DINÂMICA – Escritório Contábil que guarda a primeira
circunferência com a frase “Eu Sou o Senhor teu Deus” –, mas estou esperando uma confirmação de Deus. Já sei que não
adianta eu fazer como quero. Sempre devo agir conforme a vontade dele.
Aguardarei mais alguns dias; se não vier nenhuma confirmação ou sinal, serão
com essas cores”.
No outro dia, já em minha
cidade, visitei o avô de minha esposa, Sr. Eurípedes Neves (in memoriam),
uma pessoa experiente; um cacique de boas jornadas. Ao me ver, já foi falando:
“Armando, sonhei com o seu Santuário esta noite. Estava todo pintado,
brilhava”. Eu, mais que depressa, e torcendo para serem as minhas cores
preferidas, perguntei: “Que cor era, vô?” Resposta: “Amarelo, brilhava como
ouro”. Era a resposta do Grande Amigo Invisível. Uma vez mais, meu desejo estava superado
pela vontade do Superior.
Pedras
ornamentais para escrever a palavra de Deus no interior do Santuário
Um dos primeiros textos bíblicos que vieram a mim,
após o término do original da Mensagem Emoldurada, foi: Eu amo
os que me amam, e os que de madrugada me buscam me acharão (Pv 8:17). Muito tempo depois, na fase final
da construção do Santuário, ocorreu-me que era para escrever no seu interior a
frase, reduzida: Eu amo os que me amam. Mas como? Com qual
material? De que jeito? Pois bem, vindo de camioneta da Gleba Aurora, região
rural de Tamarana, PR, apareceu no banco do passageiro uma pequena pedra
incolor, transparente, muito bonita, do tamanho de uma bola de gude. Mais uns
dias e sonhei que ornamentava o interior do Santuário com várias daquela pedra.
Porém não sabia sequer o nome para identificá-la.
O
problema era como conseguir as pedras. Conversei com diversas pessoas do ramo,
mas ninguém me ajudou. Não sabiam onde encontrá-las. Já quase desistindo,
veio-me em sonho uma frase: “Você achará em Teófilo Otoni”. Fui até
a cidade mineira, viagem de mais de 1.500 quilômetros. Lá chegando e comprando
algumas, soube que em Bom Despacho, MG (bem mais próximo do Paraná),
encontraria as mesmas pedras com preço mais barato. A questão agora era: por
que fui levado a um lugar tão longe se poderia ter ido a uma cidade mais perto?
É
simples. Porque eu precisava passar por experiências naquele lugar. A maior e
mais marcante foi um encontro com um senhor – Guilherme – que estava padecendo,
quase falecendo mesmo, em decorrência de obras de macumba realizadas contra
ele. Nunca presenciei coisa igual. O cidadão começava a gritar de um instante
para outro. Segundo ele, fizeram-lhe um “despacho vodu". Quando
espetavam com uma agulha o boneco feito com partes de roupas suas, ele sentia
no próprio corpo. Orei por ele e deixei-lhe um exemplar da Mensagem
Emoldurada. Fiz um altar para ele e o orientei a orar, mas também a
procurar um pastor para receber cura e libertação. Poucos dias depois, ele me
telefonou. Estava curado. Deus agira na vida dele.
Outra
coisa que o Amigo Invisível me fez ver naquela cidade: muita
riqueza material, joias e pedras preciosas, mas pessoas muito pobres pelas
ruas. Negociantes que conheci eram todos muito ricos, porém a maioria
tremendamente ambiciosa e insegura. Desconfiavam da própria sombra. Quadro
triste. Saí rápido daquela terra.
Na
ida, aconteceu um fato interessante. Minha esposa, sempre um tanto cética sobre
as mensagens que o Amigo Invisível me passava, já a meio caminho da viagem,
entrando no Estado de Minas, começou a ficar inquieta: “Armando, você tem
certeza de que precisa ir tão longe e buscar as tais pedras? Olha quanto já
rodamos. E se não for nada do que você está pensando?” Respondi-lhe: “Abra a
Bíblia, se Deus não responder na Palavra que as pedras são para o Santuário,
faremos retorno e voltamos”. Ela abriu o Livro Sagrado a esmo e saiu justamente
em uma parte que tinha como subtítulo “Os preparativos para edificar o
templo” (1 Reis 5:13-18), onde está escrito que o
rei Salomão mandou trazer pedras, grandes e preciosas; pedras lavradas para
edificar o templo... Ela ficou surpresa e eu feliz.
Seguimos,
mas, poucos minutos depois, voltou a duvidosa a questionar-me; pensou que a
abertura na palavra foi simples coincidência. Disse-lhe: “Está bem, pegue a
Bíblia novamente e abra. O que é de Deus, ele confirma”. Repetindo o gesto,
manuseou as folhas em leque, de um lado para outro, até que parou. Bingo! Na
mesma página da vez anterior. Louvado seja o nome do Senhor! Fizemos rápida
parada para dormir, na cidade de João Monlevade, depois de rodar em um trecho
muito perigoso, após passar por Belo Horizonte. Teófilo Otoni é bem
próxima do Estado da Bahia.
O
jardim de uma só flor; lírio amarelo
Para fazer o jardim no Marco das Colunas
foi outra batalha. Contratei um profissional e escolhi as flores. Todas foram
plantadas, mas, após formadas, ficavam completamente secas. Novo contrato, novo
plantio e novamente outra decepção. Não vingou nada. Mandei arrancar tudo para
de novo plantar, exceto a parte de pingo-de-ouro, visto que essa planta vingara
um pouco e era só completar. Também nada feito. Sem explicação, veio uma chuva
de granizo e acabou até com aquilo que eu julgava que daria para aproveitar.
Após
tanto fracasso para formar o jardim, ao chegar em casa, triste, retornando do Marco
das Colunas, vi a Bíblia aberta sobre a mesa em 1 Reis 7:15;
subtítulo: As duas colunas do templo. Era
minha empregada que havia feito aquilo (disse-me que abriu a Bíblia e deixou
daquele jeito porque acreditou que eu ia me interessar e ler). No outro dia, no
escritório jurídico, na reunião de oração, meu amigo Fortaleza abriu
o Livro Sagrado aleatoriamente. Ao ver que se tratava do mesmo trecho do dia
anterior, em casa, estranhei a coincidência e dessa vez resolvi ler todo o
texto. Cheguei ao versículo 22: No
alto das colunas, estava a obra de lírios. E, assim, se acabou a obra das
colunas. Não tive dúvidas, a flor deveria ser lírio, e não as que eu
antes escolhera. A questão era: qual tipo de lírio? Também tive resposta: uma
espécie amarela, que por acaso encontrei em Porto Ubá, localidade à margem do
Rio Ivaí, na casa da Dona Arminda,
amiga do Tonho Baiano, a qual me
presenteou com várias mudas. Plantei e vingou e até hoje é a flor - a única – que
margeia o caminho que leva do portal de entrada até o Santuário, como me apareceu
na visão definindo o lugar para pôr o livro.
7.2
A consagração do Santuário; lutas até o último instante
Depois
de muita luta, sacrifícios e provações, a construção para guardar o livro – Livro da Tradição – estava pronta: o Santuário
do Amor de Deus, como assim denominou minha filha, então com 9 anos, mas
que também chamo Tenda Sagrada do Livro (nome trazido a mim pela irmã
Romilda). A consagração da obra a Deus coube ao missionário Luiz Gracioli. A única data que ele
tinha disponível naquele final de ano era 12 de novembro. Exatamente 7 anos e 7
meses após a primeira revelação, em 12 de abril de 2004. Ele mora em Ibema, PR,
distante quase 400 km. de Apucarana.
O
Boaventura adoece e não participa da inauguração
Uma
ausência muito sentida no ato de consagração foi a do amigo e companheiro que
me ajudara desde o primeiro dia em que cheguei à região, o Boaventura Camargo da Silva, o
Tura. Semanas antes, ele foi acometido por um Acidente Vascular Cerebral,
que o impossibilitou de realizar suas atividades. Encontra-se de cama até os
dias atuais (julho/2022). Ele sempre gostou de escrever trovas e letras de
músicas; presenteou-me com uma falando da minha missão.
Nos
quinze dias que antecediam a inauguração, uma série de dores começaram a
atingir meu corpo. Até conjuntivite contraí. Chamei minha esposa,
Rosângela, e meu falecido irmão Airton
e lhes disse: “Parece que não querem que eu vá ao Santuário dia 12. Então,
vocês se preparem para levar e acompanhar meus convidados” (uma van havia sido
alugada). Continuei: “Eu vou já. Vou enganar o inimigo”. Entrei no meu carro e
parti de imediato, com o pintor Francisco.
Chico era um amigo antigo que conheci em um dos campos de futebol de
Apucarana.
O
susto e o desvio da chuva
Estávamos,
eu e o pintor, Francisco da Mercedes, preparando os últimos detalhes para a
festa de consagração no dia seguinte. Pintávamos com cal as pedras para ornarem
a grama e as passagens quando, para meu desespero, um grande temporal se
formou. Ao observar as nuvens, enorme preocupação tomou conta de mim. Além de
perder os adornos prontos, o local ficaria tremendamente enlameado. Pensei em
cancelar a viagem do grupo que sairia de transporte coletivo. Um grande
fenômeno, porém, aconteceu, um verdadeiro milagre. A chuva veio de forma
torrencial e caiu por todos os lados. Chegou a provocar enxurradas, mas não
caiu um pingo de água no Santuário nem na chácara. Também não choveu na
estradinha do portal até a construção. Quando o pessoal chegou, no sábado, tudo
estava normal. Solo seco; sem lama. Até hoje digo: “Obrigado, Jesus, por
controlar a chuva”. Só maravilhas!
7.3
Normas para entrar no Santuário; ordens do Celestial.
Uma
pessoa – ou família – a cada vez
Poucos dias antes da consagração do Santuário, chegou ao nosso escritório de advocacia uma senhora evangélica (irmã Romilda), que eu nunca havia visto. Perguntou-me: “O senhor está construindo uma tenda; uma Tenda Sagrada?” Ao que respondi: “Não dei este nome, mas posso dizer que sim. Por quê?” Ela completou: “Eu não te conhecia. Não sabia quem era sua pessoa, mas esta noite tive uma revelação – lendo Êxodo 25:8 - Os israelitas deverão fazer uma Tenda Sagrada para mim a fim de que eu possa morar no meio deles – e foi dito para eu vir aqui e dizer para o doutor não realizar missa nem culto evangélico lá dentro; nada com várias pessoas no lugar ao mesmo tempo. O doutor deve permitir a entrada de uma pessoa só ou, então, apenas um casal (homem e mulher – macho e fêmea) de cada vez e seus filhos”. E assim é feito desde a consagração.
Tirar os sapatos
Terminada a consagração, comuniquei ao pessoal
presente que, a partir daquele instante, para entrar no interior do Santuário,
seria necessário tirar os calçados. Senti em meu coração a vontade de estabelecer
essa conduta. Ao voltarmos para casa, minha esposa ponderou se eu não estaria
exagerando, criando rituais que Deus não havia pedido. Fiquei na dúvida; ela
tinha fortes argumentos. Dias depois, fui com o missionário Luiz Gracioli à
cidade de Guarapuava, PR, para dar testemunho. Eu estava com os questionamentos
de minha esposa ainda em mente. Ao final do culto, um irmão, o José,
procurou-me dizendo: “Doutor, quero ir ao ‘seu’ Santuário. Enquanto o senhor
falava, eu me vi na porta dele e lá eu tirava os sapatos para entrar”.
Incrível! Eu não lhe havia dito nada a respeito. Ao usar da palavra, não toquei
no assunto. Todavia, o que ouvi foi confortador. No caminho de volta, chorei de
alegria por ouvir aquele irmão. Era uma confirmação de Deus. E assim mantive a
determinação: tirar o calçado para entrar. Depois, ao levar um parente de minha
esposa para visitar o local, antes que lhe dissesse algo sobre a tal norma, ele
me relatou que teve um pressentimento de que deveria tirar o sapato ao adentrar
no recinto.
Entrar
e sair só quando Deus mandar
O aviso de sair somente quando Deus mandar veio em
sonho, por uma das filhas do missionário Luiz Gracioli, a Patrícia. Confesso que tenho dificuldades para cumprir tal norma. Não
sei e nada posso dizer a respeito, concretamente. Ela é uma mulher de Deus e
confio no seu relato. Quando lá entro, costumo orar por muito tempo e só saio
quando sinto algo que me indica poder concluir. O local é muito prazeroso e agradável. Uma
brisa acolhedora nele faz morada, porém, como já narrei, foi construído
especificamente para guardar o Livro da
Tradição. As entradas de pessoas são restritas.
O autor com o Padre José Hadada
(no dia do batizado do seu neto na Igreja Espírito Santo - Católica Ucraniana
de Apucarana.
Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu filho
unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida
eterna (João
3:16).
Capítulo 8
NOVA E PRINCIPAL MISSÃO (ganhar almas)
As mensagens diretas ao Atalaia. Os avisos através de outras pessoas. Só orar pelos casais e fazer altar não era o suficiente. Havia algo mais a ser feito. As advertências e transtornos em razão do não atendimento ao chamado.
“Vá lá e avise
aquele homem que hoje é a última chance para ele”.
8.1
O aviso recebido em sonho por um amigo –
missão ainda incompleta
Após
a inauguração e consagração do Santuário, em 12 novembro de 2011, eu imaginava
que as tarefas estavam concluídas e que descansaria, pois a construção não
havia sido fácil. Minha pretensão era deixar alguém morando na casa,
cuidando do templo, e ir lá duas ou três vezes ao ano. Ledo engano! Um amigo
aparece no escritório e fala que, em sonho, uma pessoa o mandou me dizer que
aquilo já feito – a Mensagem Emoldurada, o Livro, o
Santuário, alertar casais... – não era tudo. Outras tarefas viriam.
Fiquei preocupado. Como disse, desejava que não surgisse mais nada de novo. O
trabalho já não era pequeno. Questionei o visitante sobre outros detalhes, mas
ele respondeu não ter.
8.2
“Diga que Deus está fazendo a última chamada”
Passaram-se
alguns dias do recebimento do recado acima, fui à cidade de Londrina, PR,
próximo ao Bairro 5 Conjuntos, com meu amigo de jornada, o Orlandino Fortaleza Beviláqua. Lá encontramos uma
senhora – vendedora em uma barraca de lanches – que, após ver a Mensagem Emoldurada, foi logo me dizendo
que eu deveria falar da salvação da alma para as pessoas. Na ocasião, lembrei
que, em uma madrugada, veio-me à mente – como se sonhasse com uma voz – uma
ordem para eu avisar as pessoas que “Deus
está fazendo a última chamada”. Em outra oportunidade, disse-me: “Fala
do reino. Fala da vinda...” Isto, a nova mensagem, foi no final do
ano de 2011 ou início de 2012, não me recordo o dia exato.
Comentei
sobre tais recados com uma ou duas pessoas de minha confiança, mas, no fundo,
não dei importância a eles. Depois dos sessenta anos, eu queria era
sossego. Pensava: “Que coisa mais esquisita, estranha mesmo. Como vou me
aproximar de alguém e dizer que Deus está fazendo a última chamada? Chamada
para quê? Por que é a última? Se houver mais esclarecimentos, vou adiante, caso
contrário, não falarei nada”. Talvez em consequência da minha má
vontade, nenhuma outra mensagem me foi dada de imediato sobre o assunto.
Aprendi que Jesus nos dá um pequeno sinal, ou mensagem, mas só dá sequência, e
novos contatos, se nos interessarmos em atendê-lo. Percebi ainda que, devido ao
desinteresse, ele nos deixa meio que sem proteção, em desconforto, deprimidos,
até que atendamos ao chamado.
8.3
A primeira advertência por não atender à nova ordem
O
tempo passou e, apesar de alguns pequenos toques do Celestial me cobrando a
missão, insisti no meu silêncio, na recusa em divulgar o alerta e dizer
que Deus está fazendo a última chamada. Até que, no final do ano de
2015, fui tomado por dores físicas terríveis, tormentos emocionais dolorosos,
sintomas de doenças para as quais já havia eu recebido a cura de Deus, mas
voltaram a se manifestar. Fui ao médico, fiz exames, e não havia nada de
irregular. No entanto, as dores permaneciam.
Então,
em uma noite de dezembro, antes de me deitar, clamei ao Senhor: “Pai, se queres
me recolher porque já fiz as três obras que determinaste (a Mensagem Emoldurada, o Livro da
Tradição e a Tenda Sagrada do
Livro), que assim seja. Chega de tanta dor. Se não é isso, mostra-me onde
estou falhando para que lhe obedeça e deixe de sofrer. Não é justo ser
castigado sem saber a razão”. Foi o que
bastou, ao acordar, ele me respondeu. Queria que eu dissesse às pessoas o que o
Espírito me revelara havia mais de três anos. Acordei falando para minha
esposa, que estava de saída para ir à sua massagista: “Diga à fulana (falei o
nome dela) que Deus está fazendo a última chamada”. Ela levou um
susto, e eu também, mas, em seguida, lembrei-me da oração ao deitar, clamando
pelo fim de tanto sofrimento. Assim, falei com ela novamente: “Nem precisa
dizer, já sei por que falei, sem pensar. É uma resposta ao que pedi a Deus
antes de dormir”. Aquela frase espontânea, sem pensar, era uma renovação da
ordem que eu relutava em aceitar. Imediatamente, improvisei escrevendo a frase
revelada no verso (depois fiz um carimbo) de alguns cartões contendo minhas
páginas sociais (blog e Facebook)
e os coloquei no bolso.
Ao
entrar no setor de brinquedos do Shopping Center Catuaí (Londrina), levando
meus netos para se divertirem, de um instante para outro, após entregar um
cartão pequeno com a frase “Deus está fazendo a última chamada”, no verso, fui
tomado de uma sensação gostosa no corpo, um refrigério. A dores sumiram
totalmente, para para nunca mais
voltarem.
8.4 Quando
Ele me disse pela primeira vez que era meu Amigo
Poucos
dias após o fato acima, fui a uma festa. Um encontro de final de ano (2015) com
familiares de minha esposa, na cidade de Limeira, SP, na chácara do meu amigo
Robinson Fermino, o "Bazão". Em meio ao grupo, portando os
cartõezinhos com a frase “Deus está fazendo a última chamada” carimbada no verso (foto adiante), eu pensava: “O que
faço com isso? Como falarei com as pessoas? O que digo ao lhes entregar o
cartão?” Sem eu esperar, a resposta veio na hora: É simples, filho meu, diga que um amigo seu pediu para você entregar. Entrei em um dos quartos da casa e
chorei de emoção. Desde então, tenho certeza: ele é meu Amigo Invisível,
meu Amigo Celestial. Glória a Deus! Aleluia! Obrigado, Amigão! O grande e
verdadeiro amigo de todos nós. Morreu na cruz, porém até hoje seu ato não foi
reconhecido por muitos.
Eu
só entregava os cartões acrescentando verbalmente a frase que o Celestial me
deu em revelação: “Um amigo meu pediu para te entregar”. Eu não possuía mais
informações sobre a frase. Entretanto, meu neto Luiz Fernando Gracioli, com apenas 8 anos, disse algo que me marcou
muito quando lhe perguntei: “Luiz, para que você acha que Deus está nos
chamando?” Ele respondeu: “Ora, vô, chama para a gente ir para o lado dele”.
A cada dia sinto esta verdade se confirmar. Deus chama o homem, há muito tempo, para ir ao seu lado. A cada dia o ser humano se afasta mais do Pai e se deixa levar pelo inimigo. A cada instante, milhões de almas estão passando para o império das trevas, recusando e perdendo a oportunidade de entrar e viver no reino de Deus. Não ouvem a voz do Pai. As pessoas estão encantadas pelas coisas do mundo e não têm tempo, não dão atenção, para Jesus.
Cartão da
missão, anotado com a mensagem revelada (dez/2015).
Tempos
atrás, em um desmoronamento no município de Capitólio (MG), distante poucos
metros da tragédia, alguém gritava desesperadamente para as pessoas que estavam
no barco atingido: “Saiam daí, saiam...” Mas ninguém ouviu o alerta e o
paredão caiu, ceifando várias vidas. Os que festejavam dentro do barco não
ouviram. Assim é com o chamado Deus; muitas pessoas não ouvem. Estão ocupadas,
deslumbradas, com outras coisas ou “vozes”.
8.5
Novas experiências e explicações
para a nova missão
Relembrando.
A mensagem sobre a última chamada veio a mim no final de
2011 ou início de 2012, mas fiquei postergando o seu anúncio até o final de
2015. Depois disso, passei a divulgá-la, porém de maneira um tanto descuidada,
sem a dedicação que Deus esperava de mim, penso. Por isso, no futuro, cairia eu
de novo no deserto. Senti o Senhor “afastar-se de mim” em razão da minha
desobediência, desídia.
Em
dezembro de 2018, durante uma viagem à Suíça e na volta, em um hotel em
Guarulhos, bem como depois, em 31 de agosto de 2019, em um assentamento
indígena – Água Branca – perto do Rio Tibagi, PR, surgiram novos fatos e
explicações, de modo a deixar bem claro o objetivo do alerta.
A chamada é
para irmos para o lado de Deus, e o primeiro passo é aceitar Jesus Cristo como
Senhor e Salvador. Ninguém vai ao Pai senão pelo Filho. Pois só ele derruba o
mal que impede nossa ida ao reino dos céus. É a última chance porque o tempo se
finda. As portas se fecham. Ele não esperará mais. Pelo que sinto, parece que o
Grande Amigo precisa “fechar o grupo” e aliviar sua Igreja de tanto tormento
aqui na Terra. Ou, por outro lado, talvez esteja esperando que eu, você e
outros mensageiros seus ganhem mais almas para ele.
8.6 Encontro na Suíça e a confirmação em
Guarulhos – muitos não serão mais avisados
Suíça,
na Comuna de Lauterbrunnen – perto de Interlaken e Grindelwald – Cantão de Berna. Noite
do dia 22 de dezembro de 2018, no Horner
Pub Hotel. Acordei (não vi que horas eram), e o quarto que dividia com meu
amigo João Buscarini (Kaê e Fabrício usavam outro) repentinamente clareou, como
naquela noite no Hotel San Martin, em
São Paulo, sem ter sido acesa lâmpada alguma. Deslumbrado, comecei mentalmente
a perguntar: “O que é isto? O que está acontecendo?” Resposta:
“Faça e peça para fazer: busque, chegue mais perto e conheça Jesus”.
Fui ao banheiro e voltei a dormir. No
retorno, em São Paulo, veio-me um reforço dessa mensagem. Todas sinalizando que
a espera se finda; que o tempo acaba; que as portas da graça se fecham... O
Amigão, como é de seu estilo, constantemente avisa, previne, chama.
Dia vinte e oito do mesmo mês de dezembro/2018, cheguei da Europa, por volta das 10 horas da manhã, ao aeroporto de Guarulhos. Curiosamente, perdi o voo para Londrina, PR, às 16h40min. Motivo: cheguei ao portão de embarque com cinco minutos de atraso, pois havia parado para comprar um lanche. Foi o que bastou para perder o voo. A companhia não anunciou o voo, não fez nenhuma chamada, nem sequer anunciou meu nome como passageiro faltante. Reclamei, mas não adiantou. O avião já estava na pista. A companhia aérea, reconhecendo que também falhou, colocou-me em um hotel próximo ao aeroporto, com todas as despesas pagas, para eu embarcar no dia seguinte. Revoltado, até questionei a Deus sobre as razões daquele absurdo; uma provação.
Horner Pub Hotel – Lauterbrunnen – Suíça.
Por que acontecera aquilo? Voo não anunciado, nome
não chamado, perda do embarque estando desde cedo no aeroporto... Quanta
vergonha iria passar! A resposta veio logo, confirmando a anterior revelação de
que “está sendo feita a
última chamada” (essa
frase de advertência é usual em todas as estações de embarque): “Por que você
ficou esperando para ser chamado? Você sabia que devia estar na porta de
entrada. Por que você parou para fazer outras coisas, para olhar ao lado?
Assim será, está sendo, para muitos. Não haverá mais chamada para eles. Não
serão mais avisados”. Com
isso, aprendi que Deus nos chama de diversas maneiras, por muito tempo, mas
chega um ponto em que ele não dá mais oportunidade para a pessoa; desiste dela.
Os
acontecimentos que antecederam minha viagem à Europa me convenceram de que
Jesus fez tudo para, naquela localidade onde pousei, entre as montanhas geladas, ditar a frase acima.
A qual, juntamente com uma anterior – “diga
que Deus está fazendo a última chamada” – somada a outras (vindas no hotel em Guarulhos e na pequena Igreja
no Assentamento Água Branca), confirmam que o mundo deve se preparar. O
princípio das dores já começou, imagino, e o arrebatamento pode acontecer de um
momento para outro.
8.7
Trabalho
incompleto e novos transtornos – outra vez à beira da morte
Desde
dezembro de 2018, até o início do mês de agosto de 2019, com tantos contatos do
Amigo Invisível, e em todos me mostrando suas maravilhas, continuava eu sendo
desleixado e não ouvia; não saía para a missão. Não cumpria direito, não me
dispunha a cumprir o que o Senhor mandava, o que Ele queria de mim. Diante do
meu comportamento, no primeiro semestre do ano de 2019, caí em tormento
emocional e psíquico como nunca senti em toda minha vida. Enfrentei, de novo, uma
série de problemas pessoais de ordem sentimental, familiar e
profissional. Entrei em depressão profunda. Não comia nem dormia direito.
Remédios prescritos por meu psicólogo e médico psiquiatra, inclusive tarja
preta, não davam resultado.
Sujeito
a contrair uma doença grave, pressentindo que poderia morrer a qualquer
instante, joguei-me nos braços de Jesus. E o grande Amigo Invisível, uma vez
mais, com toda sua misericórdia, livrou-me do mal novamente, no dia 17 de agosto de 2019. Falei, na parte
da manhã, na sala de oração em meu escritório de advocacia, na presença de meu
irmão de sangue, o Airton (falecido de Covid-19 em fevereiro de 2021), do
missionário Nestor Frey e do meu amigo Orlandino Fortaleza Beviláqua, que queria me entregar totalmente a Jesus. Assim
feito, o Celestial naquele mesmo dia me atendeu.
Uma bênção à
tarde e outra à noite
A primeira bênção foi no
período da tarde, na Igreja Evangélica Rocha Viva Eterna, em Arapongas, quando
o pastor, meu amigo e irmão, Ataíde
Santos, falou em sua pregação que, em certo momento da sua existência,
dissera para si próprio: “Chega de tanto sofrer por não obedecer a Deus”. Senti que aquela palavra era
para mim. Estava eu em desobediência por relutar em realizar a segunda – ou
extensão da primeira – obra de Deus. À noite, dessa vez na Igreja Tenda
Missionária Cristo Liberta, sob o comando do pastor Nestor Frey, a pregação do
então Evangelista Admilson Leal dos
Santos, de São Paulo (hoje pastor), foi entrando em meu ser, e a tristeza,
o abatimento, a ansiedade, que até aquele momento eu sentia, desapareceram,
pelo poder da Palavra penetrante.
Terminado o culto, o
missionário, que vinha acompanhando meu drama (ele havia me visto quase
desfalecer de sono na oração no escritório às 11 horas da manhã quando
confessei desejar ter Jesus), olhou-me e disse: “Doutor, seu semblante mudou”.
Verdade. Jesus me tocou e me transformou. Libertou-me, uma vez mais, de um mal
que a medicina fracassara em combater. Tanto é que, três dias antes, eu havia
jogado todos os medicamentos fora. Além do pastor, minha então empregada
doméstica foi testemunha da repentina transformação. Naquele mesmo dia dormi
melhor e passei a me alimentar normalmente.
Na segunda-feira, 19 de
agosto de 2019, comuniquei ao meu filho e sócio no escritório de advocacia que
iria me dedicar completamente ao serviço do Senhor. Foi o início de uma nova
caminhada. A partir de então, além das orações e orientações aos casais para
evitar o divórcio, comecei a ganhar almas para Jesus. Entretanto, antes de entrar
de fato na missão, mais duas experiências marcantes o Celestial me
proporcionaria, para bem atuar na sua obra. A primeira em um assentamento
indígena, perto do Rio Tibagi; a segunda, no Santuário do Livro.
8.8 Um fato para explicar o que é a “última chamada de Deus”
No dia 31 de agosto de
2019, no Assentamento Indígena Água Branca, no Município de Tamarana, PR, próximo à barranca do rio
Tibagi, eu e o pastor Nestor fomos a um culto em uma humilde igreja (foto
adiante) fundada por ele (começaram em barraca de lona plástica escorada por
bambus). Enquanto ele pregava, eu o escutava em um banco na primeira fila,
próximo ao púlpito. Então, o Amigo Invisível, primeiro, mandando-me virar para
trás e, em seguida, mostrando-me um cidadão em pé na entrada do templo, disse:
“Vá lá e avise aquele homem que hoje é a última oportunidade para ele”.
Tratava-se do ato para ele confessar Jesus (infelizmente não me lembro qual o
termo exato que ele usou: “Aceitar”, “receber”... ou outro, razão pela qual
minha dúvida a respeito ainda persiste).
Um tanto surpreso, relutei
por uns instantes, porém a ordem se repetiu mais fortemente, por duas vezes.
Então, olhei para o lado, para um irmão desconhecido, e perguntei: “Você
conhece aquele homem (mostrei-lhe)? Ele é convertido?”
O interlocutor respondeu-me que conhecia e que o cidadão não era convertido, mas
apenas sua esposa e filhas. Saí do meu assento e fui até a entrada transmitir
àquele homem o aviso revelado: “Você quer aceitar Jesus? É sua última chance?”
Ele disse: “Desse jeito, não tenho como não aceitar”. Pedi para aguardar. Fui à
frente e comuniquei meu pastor do ocorrido. Ele chamou o tal e agiu como de
praxe. Mais tarde, soube por que era sua última oportunidade. Até então, pelo
que me disseram, ele causava alguns transtornos à esposa e filhas, já
batizadas, por não concordar com a ida delas aos cultos regularmente.
Algumas horas depois, já em minha casa, foi-me
mostrado em revelação que algo muito grave lhe aconteceria no dia seguinte, se
não tivesse ouvido a chamada. Seria retirado – não sei de que forma – da vida
das irmãs fiéis (esposa e filhas). Com isso, aprendi que não se deve
perturbar, atrapalhar um(a)
convertido(a) que se dedica a ouvir a Palavra e adorar ao Senhor na casa Dele.
Depois disso, ainda que no meio das ruas, não importa o lugar, se eu encontrar
alguém que não fez a declaração de aceitação, tento obtê-la. Se há negativa,
advirto: “Deus está fazendo a última chamada”.
Templo da Igreja Assembleia de Deus – Assentamento Água Branca.
8.9 O esclarecimento definitivo no Marco das Colunas – o nome no Livro da Vida
Eu não estava plenamente
convicto das orientações do querido e esforçado pastor Nestor, que na época me orientava
sobre o trabalho de ganhar almas para Jesus. Dizia ele: “Doutor, quando a
pessoa aceita Jesus, seu nome é escrito no Livro da Vida e
ela se torna filha de Deus”. Sua esposa, a irmã Gema Marchioro Frey, também sempre entendeu ser muito importante “fazer
o apelo”. Tanto é que, no passado, quando o marido começou a evangelizar, ela
já o exortava a assim proceder. Eu imaginava, no entanto, mas não lhes dizia,
que não podia ser tudo tão simples assim: “Basta a pessoa declarar verbalmente
e, pronto, já tem o nome no Livro de Deus? Será mesmo tão fácil e rápido
tornar-se cidadão do reino? Não precisa nem se batizar?” A resposta viria logo.
Jesus não me deixaria em dúvida por muito tempo.
Tudo é, sim, muito
singelo, sem complicação. Basta crer de coração, estar convicto pela fé e
declarar verbalmente, para que o nome seja escrito no Livro da Vida. A confirmação da tese do casal veio
no dia 5 de setembro de 2019,
quando visitávamos o Santuário do Amor de Deus. Na ocasião, ouvi outra vez da
irmã que bastava a pessoa aceitar, declarar, receber, confessar o Mestre, para
ter seu nome escrito no Livro. Mentalmente,
questionei de novo: “Será que é verdade, o que ela fala?” Foi perguntar e,
pronto, resposta na hora. A iluminação do alto interrompeu meu raciocínio e me
disse, em resumo: “Assim como você põe no Livro da Tradição o nome daquele que aceita a Mensagem
Emoldurada (um presente seu), também é posto no Livro da Vida o nome daquele que aceita Jesus (um presente de
Deus)”. Que revelação esclarecedora e maravilhosa! Glória a Deus!
Livro da Tradição – fechado e guardado no Santuário
8.10 Vínculo entre a salvação do lar e a salvação da alma
Questionava eu, ao Altíssimo: O que tem a ver o divórcio, com a última chamada de Deus? Resposta: Tudo começa no lar, inclusive a
salvação. Aprendi rápido que um cônjuge é responsável pela salvação
do outro. Quando um tem compreensão e compaixão pelo seu cônjuge, libera perdão
e dedicação. Quem salva o lar está ao mesmo tempo salvando seu parceiro e, ambos,
seus filhos. Salvas tua alma, salvando
teu lar. Família
que ora unida, permanece unida. Casa que tem oração não tem separação. Dias antes disso, Deus já havia usado um homem de minha família
para me informar que, em sonho, apareceu-lhe uma pessoa mandando ele me dizer
que era para eu “não abandonar” a Mensagem
Emoldurada. Ou seja, continuar fazendo e pedindo para se fazer altar para o
Senhor, orar em casa e não se divorciar. Além de executar, é óbvio, a nova
missão (falar da última chamada de Deus).
João Mateus Buscarinni, esposa Neusa, filhas (Gislaine e Gisele) e genros (Kaê e Fabricio) - Natal de 2018 em Paris/França.
Aquietai-vos e sabei que Eu Sou Deus;... (Salmo 46:10).
Capítulo 9
A ÚLTIMA CHAMADA DE DEUS
A salvação da alma e a segunda
vinda de Cristo. A forma de manifestação da vontade para aceitar Jesus. O prazo para a realização do ato. As
consequências da aceitação e da não aceitação de Jesus.
“Faça e peça
para fazer: Busque, chegue mais perto e
conheça Jesus”.
9.1 A
principal mensagem do Celestial às pessoas
Como já visto, muitas
foram as mensagens que recebi do Senhor e Amigo Celestial. A seguir, focarei
naquela que julgo ser a principal, uma das últimas, pois entendo que todas as
anteriores foram preparatórias desta: Diga
que Deus está fazendo a última chamada. Claro que ele chama, sempre
chamou, para irmos para o seu lado, como disse meu neto, Luiz Fernando. Por que
é a última? Confesso que não tenho a resposta precisa para essa questão.
Contudo, considerando que Jesus é o grande presente de Deus para nós, ao que
tudo indica, ele, o Senhor, não vai mais esperar. Seu tempo de espera, de
paciência, tem limite e se finda. Se é que já não se findou. Quem não aceita o
presente – Jesus –, está rejeitando. Quem a ele não se entrega, o mal carrega.
Não tem meio-termo.
Para o homem ir a Deus, só
existe um caminho, um meio, uma chave, uma porta, um condutor, um
intermediário: Jesus Cristo. Não tenho mais dúvida, até porque a Escritura
Sagrada assim explica. Logo, o primeiro passo para chegarmos a Deus e viver no
seu reino é aceitar, confessar... receber seu Filho Jesus, como Senhor. Estamos
sendo, há mais de dois mil anos, chamados para realizar referido ato de
aceitação; um pacto com
Jesus. Isto feito – recebido ou aceito o Salvador – (alguns
preferem o termo confessar), são necessárias ainda mais algumas atitudes, como:
renunciar ao mundo e se entregar cada vez mais. Caminhar com ele. Viver em
obediência ao seu evangelho.
Qual seria o vocábulo mais
correto: aceitar, confessar ou receber? Os dicionários ensinam: aceitar = receber coisa oferecida, admitir,
aprovar, assumir, reconhecer; confessar = declarar,
revelar, relatar, admitir como seu um ato ainda sem autor; receber = admitir,
acolher, hospedar, aceitar em pagamento.
Os estudiosos da Bíblia
não definem, e as traduções variam. Assim, persiste a incerteza. Aceitar,
receber ou confessar. No meu exemplar, tradução de João Ferreira de Almeida Revista
e Corrigida, em João 1.12 registra-se que [...] todos quantos o receberam. Em
Romanos 10.9, diz: [...] se,
com a tua boca, confessares ao Senhor Jesus.... Confessar,
repita-se, tem o sentido de admitir como seu; declarar, revelar...
9.2 Natureza do ato
de aceitação de Jesus
Em
termos jurídicos, o ato de aceitar (ou receber) Jesus pode ser explicado da
seguinte maneira, pelo que pude deduzir com a ajuda do Amigo Invisível. No
reino de Deus, assim como nas relações humanas, os atos decorrentes de acordos
entre pessoas (atos de manifestação da vontade), são formalizados, registrados,
e produzem efeitos (passam a valer) a partir da sua realização completa.
Exemplificando: quando realizamos compra e venda, contratação de empregado, locação de imóvel
ou outro contrato qualquer, estamos praticando um ato (ou negócio) jurídico. O
vendedor quer (tem vontade de) vender, e o comprador quer (tem vontade de)
comprar. O patrão precisa do trabalhador, e este quer o emprego. Estando eles
acertados nas condições e cláusulas estipuladas para o negócio, o ato é
concluído. Houve um acordo entre as vontades manifestadas, e o ato jurídico
torna-se definitivo, perfeito e acabado.
Como antes dito, Jesus é
um presente de Deus para o homem. Através dele, Jesus, e só por ele,
tornamo-nos filhos de Deus e podemos ir ao Pai, ao reino dos céus (ou reino de
Deus). Nessa parte – reino –, da mesma forma não sei qual das duas é a
expressão correta. Já ouvi teólogos afirmarem que o reino de Deus é uma coisa e
o reino dos céus é outra. Alguns dizem ter o mesmo sentido. Eu, sinceramente,
não sei a distinção. Por isso, nesta obra usarei ambas, ou então, simplesmente reino.
Até porque, sendo de Deus,
mesmo que distintos, são com certeza bons lugares para o homem. Voltemos ao
tema. O Senhor, nosso Deus, como grande democrata que é, está dizendo mais ou
menos assim: “Eu te criei, te quero como filho e no meu reino. Mas você me quer
como Pai? Você quer ser salvo das garras do inimigo? Quer entrar na minha
casa?” O Pai Celestial está expondo, já declinou seu desejo, no entanto,
só sua vontade não basta para a realização do ato. Faz-se necessário que a
outra parte, que cada ser humano, também manifeste sua intenção de aceitar a
proposta de Deus, recebendo o presente ofertado.
Ninguém
vai ao Pai senão através do Filho. Deus outorgou (transferiu) poderes ao seu
Filho Unigênito para tanto. Só a ele foram dados força e instrumentos; estão na
lei divina. Quer queiramos ou não, é assim. Ninguém consegue levar sua causa ao
juiz se não for através de um advogado. Para tudo existem regras,
ordenamento.
9.3 Prazo para a
prática do ato de aceitação ou recebimento de Jesus
O ato jurídico divino de
recebimento de Jesus é um direito, uma faculdade (opção) da pessoa, que, a
exemplo do direito secular, carece de manifestação do interessado. Além da
manifestação, faz-se necessário que o pronunciamento do agraciado se dê em
tempo hábil. Por exemplo, o cidadão faz jus ao benefício da aposentadoria, por
tempo de serviço ou por idade, no entanto, se ele não requerer tal direito, o
benefício não virá. Além disso, há um prazo para o exercício dessa faculdade
(direito ou opção), sob pena de se incorrer no fenômeno da prescrição ou
decadência do direito, que, na linguagem comum, chamamos de caducar. Se você não buscar,
não exigir, postular... um direito que o Estado lhe garante, na forma e no
tempo devido, tal direito não virá em seu favor. A inação leva ao perecimento. Outro exemplo: o
empregado tem o direito de receber uma indenização, uma vantagem financeira, em
caso de acidente de trabalho. No entanto, é preciso que ele peça, manifeste sua
vontade, exigindo a importância que a lei lhe faculta, na forma e no prazo
legal. Se não realizar (praticar ou executar) o ato que lhe compete, não
receberá o valor monetário. Seu silêncio implica renúncia ou desistência. Da
mesma forma ocorre entre o indivíduo e o grande presente que Deus lhe oferece,
Cristo. O silêncio e a omissão resultam em perda. Muito embora a lei divina não
mencione expressamente qual seja a data para o exercício do direito à
disposição, há um espaço de tempo, um período de espera, o qual não é
infindável. Por enquanto, individualmente, o aguardo dos céus vai do dia em que
a pessoa tem conhecimento da Palavra até o momento de sua morte, penso eu. Assim
é nos dias atuais, porque se houver o arrebatamento, o prazo para aceitá-lo ou
recebê-lo estará extinto, visto que ele virá para buscar aqueles que já o
acolheram (vivos ou mortos) e que, portanto, fazem parte do seu povo. Enfim, a
sua igreja, plenamente constituída e reconhecida pelo reino. Porém, nunca
deixemos as coisas de Deus para depois. Relembro a revelação que recebi, no
sentido de que muitos não serão mais avisados. Estes, penso eu, podem de uma
hora para outra perderem o presente do
Altíssimo à disposição do mundo.
9.4 Forma de
manifestação da vontade para realização do ato jurídico divino; pacto pessoal
com Jesus
No Direito profano são bem
definidas quais as formas de manifestação da vontade, como elas se
materializam, como se faz para concluir e registrar o ato jurídico. Nas nações
civilizadas, as manifestações de vontade (os atos jurídicos) podem acontecer
sob duas formas, dependendo de cada ato: a) escrita; e b) verbal. A
forma escrita envolve dois tipos: (i) documento particular, elaborado por qualquer
pessoa e com a assinatura das partes; e (ii) documento público, formalizado em
repartição pública com a chancela de funcionário nessa condição, sempre
subscrito pelas partes envolvidas. A forma verbal se dá com o pronunciamento de
pessoa maior e capaz. Por norma, exige-se que seja diante de duas testemunhas.
Atualmente, com o advento dos recursos da tecnologia moderna e dos sistemas
eletrônicos, temos também os pronunciamentos verbais gravados por
videoconferência, segundo as regulamentações do Poder Judiciário. Atualmente, as
audiências agora são presenciais e semipresenciais.
E quanto ao ato jurídico
divino de manifestação da vontade humana – Deus já manifestou a dele – para a
aceitação do presente do Pai à disposição do homem, e final libertação do
pecado e salvação eterna, como deve ser? Declaração verbal. A Palavra Sagrada
afirma: Veio para o que era seu, e os seus não o receberam. Mas a
todos quantos o receberam, deu-lhes o direito de serem feitos filhos de Deus
[...] (Jo 1:11-12). Receber denota o ato de obter
para si; recepcionar alguém ou alguma coisa. A declaração, ou confissão,
recebendo Jesus traz consequências imediatas: dá ao declarante a condição de
filho de Deus e escreve seu nome no Livro da Vida (tenho plena convicção que é
assim). Uma vez que tal beneplácito foi também a mim confirmado por revelação. Em
Atos dos Apóstolos, lemos o seguinte diálogo:
Disse
o eunuco: Eis aqui água; que impede que seja eu batizado? Filipe respondeu: É
lícito, se crês de todo o coração. E, respondendo ele, disse: Creio que Jesus Cristo é o Filho de
Deus (Atos 8:36-37).
Independentemente da
expressão usada, é inegável a necessidade de uma manifestação verbal, de um
pronunciamento com palavras, as quais são exigidas pelo texto sagrado, mesmo
sem mencionar precisamente a frase a ser utilizada. A norma do Novo Testamento menciona: “Confessar com a tua boca, se creres de coração”. Sem
crença, não tem validade a confissão do aceitante. Assim afirma o apóstolo
Paulo na carta aos Romanos 10:9-11:
Se, com a tua boca, confessares Jesus como Senhor
e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo.
Porque com o coração se crê para justiça e com a boca se confessa a respeito da
salvação. Porquanto a Escritura diz: Todo aquele que nele crê não será
confundido.
A confissão, ou declaração
verbal, obviamente há que ser precedida de uma convicção íntima de fé; crer de
coração. Na verdade, é necessário primeiro crer de coração e, depois, sim,
confessar com a boca. O vocábulo confessar, no
texto de Romanos 10, tem o sentido de admitir, declarar espontaneamente.
“Confesso que errei” (admitir), “confessar um crime” (admitir que praticou o
fato). Logo, confessar Jesus como Senhor é admitir, é recebê-lo como tal. Essa
declaração não precisa ser por escrito, mas também não pode ser apenas mental.
E, ainda, deve ser antecedida de crença interior, porque com o coração se crê (Romanos
10:10).
Costuma-se, entre as
muitas denominações evangélicas, pedir a manifestação verbal da pessoa
interessada em receber (aceitar ou confessar) Jesus, no momento do batismo nas
águas. Via de regra se faz a seguinte pergunta: “Você aceita Jesus como seu
único e suficiente salvador?” Obtido o “sim”, faz-se a imersão do corpo, e o
líder religioso que preside o ato afirma: “Eu te batizo em nome de Jesus” ou “Eu te batizo em nome do
Pai, do Filho e do Espírito Santo”.
Na Congregação Cristã do
Brasil, pelo que soube, em alguns templos não se faz nenhuma pergunta antes da
imersão do corpo. Ouvi de líderes de tal denominação que a pessoa, ao ser
preparada espiritualmente ao longo dos dias, quando decide descer às águas é
porque intimamente já foi tocada pelo Espírito, já recebeu Jesus. Eles não veem
necessidade da declaração verbalizada.
Tenho um grande respeito
por essa denominação. Foi na sua sede em São Paulo que um dos seus membros foi
usado para me trazer uma revelação e prever meu chamado, que se iniciaria 16
anos depois. Todavia entendo que a manifestação de vontade, a declaração de
viva voz recebendo de Jesus é fundamental, deve preceder ao ato de imersão.
Assim digo em face do que consta dos textos da lei divina. Se podemos fazer o
mais completo, por que fazê-lo de forma simplificada? A meu ver, a verbalização
é importantíssima. O próprio Deus verbalizou quando criou o mundo: E disse Deus: Haja luz. E houve luz (Gênesis
1:3). Também Jesus nos ensina a importância da palavra verbalizada: [...]
se disseres a esta montanha:
Passa daqui para acolá, e ela passará [...] (Mateus
17:20).
9.5 Palavras para o
ato de confissão de Jesus como Senhor
Com base nos textos
bíblicos e nas revelações que recebi, primeiramente faço algumas perguntas, as
quais entendo serem indispensáveis, ao ainda não inscrito no Livro da Vida,
como: (i) “Alguém já falou de Jesus para você? (ii) Você acredita que Jesus é o
Filho de Deus, que o ressuscitou dos mortos? (iii) Você crê, de coração, no
nome de Jesus e quer recebê-lo como seu Senhor e Salvador? Sendo as respostas
afirmativas, peço para repetir comigo as seguintes palavras: “Eu (dizer o
nome), te recebo Jesus Cristo, Filho de Deus, como meu Senhor e Salvador”.
O ato comporta variações: “De coração, eu te recebo, Jesus Cristo”; “Eu te
aceito, Jesus Cristo, como meu único e suficiente Salvador” etc. Todavia, se
bem observarmos o texto bíblico, basta confessar que ele, Jesus, é o Senhor e
que, como tal, vai te salvar, te livrar, te libertar... Não é demais
acrescentar o pedido de perdão pelos pecados e de inserção do nome no Livro da Vida.
Se o pedido de perdão não fez parte da declaração, incluo na oração que faço
logo em seguida à manifestação da vontade do novo ingressante no reino de Deus.
Varia em cada caso e conforme o que vem ao nosso coração no momento.
9.6 Necessidade (ou
não) de testemunhas para o ato
Outro detalhe para o qual
não consegui ainda uma conclusão diz respeito à necessidade ou não de
testemunhas para o ato de aceitação ou recebimento de Jesus como Senhor. As
Escrituras Sagradas não apresentam resposta direta, porém sinalizam que o
melhor é que o ato seja presenciado por outra pessoa. Devemos nos sentir
orgulhosos da declaração em público, com testemunhas. Porém, tenho conhecimento
do testemunho de um irmão que aceitou Jesus e declarou em alta voz que ele é o
seu Salvador, no momento em que estava sendo “agarrado”, com sensação física,
pelo inimigo de Deus. No entanto, é salutar recordarmos as palavras do
Mestre: [...] aquele que me
negar diante dos homens, também eu o negarei diante de meu Pai (Mateus
10:33). O que a lei divina pede é a declaração verbal, a manifestação da
vontade de viva voz. Costumo dizer que se você não deseja pronunciá-la diante
de alguém, faça-o sozinho, no silêncio do seu quarto, mas faça. Tenha certeza
de que estará realizando o ato (jurídico divino) – a declaração ou confissão –
mais importante de sua vida. Melhor fazer a sós do que se omitir. Todavia
insisto que, diante de testemunhas, a formalização será mais completa. Até
porque o normal é que a pessoa que presencia ou preside a confissão faça uma
oração, faça pedidos ao Deus Pai. Confira o texto abaixo a avalizar que a
declaração em público é a mais recomendada:
Com toda a certeza vos asseguro que tudo o que
ligardes na terra terá sido ligado no céu, e tudo o que desligardes na terra
terá sido desligado no céu. Uma
vez mais vos asseguro que, se dois dentre vós concordarem na terra em qualquer
assunto sobre o qual pedirem, isso lhes será feito por meu Pai que está nos
céus. Porquanto,
onde se reunirem dois ou três em meu nome, ali eu estarei no meio deles (Mateus 18:18-20).
Na dúvida, quanto às
coisas de Deus, podendo fazer o mais, não faça o menos. Por exemplo, quanto ao
comer carne de porco e guardar o sábado, podendo, não ingira tal alimento; não
trabalhe no sétimo dia da semana, mesmo não sendo você um adventista, para quem
a norma do antigo testamento está plenamente em vigor.
Eu não pertenço à referida
denominação, mas não realizo tarefas no sábado. Faço assim também porque vivi
uma memorável experiência justamente em tal dia, quando certa vez pretendia eu
deixar de realizar orações pelos casais no meu escritório de advocacia. Um
cidadão, desconhecendo que não haveria o ato naquele final de semana, lá
compareceu. Eu disse: “Não tem oração, mas já que você veio, vamos entrar na
sala e orar”. O cidadão abriu a Bíblia a esmo e saiu em Isaías 56:6-8. Ele,
que inclusive tem dificuldades para usar da palavra, tomado pelo Santo
Espírito, passou a explanar o assunto de maneira tão enfática, tão empolgante,
que, ao terminar, decidi naquele momento que iria continuar fazendo os
encontros aos sábados, no local. Para mim, foi um recado sobre a santidade do
sábado. Alguém pode dizer que o pronunciamento dele estaria só mostrando o
desejo de Deus para que as orações não se encerrassem. Para mim, todavia, foi
também uma explanação superior sobre o sétimo dia. Até porque sinto que o
sábado é um dia diferente; mais confortante que os demais.
9.7 Orientações ao
aceitante logo após o pacto divino
Após
a confissão aceitando (recebendo) Jesus, deve-se aconselhar a pessoa a agir da
seguinte forma: (i) tomar consciência de que se tornou um filho de Deus e, como
tal, deve crer que tem amplas condições de invocar o nome de Jesus e receber
suas bênçãos; (ii) preparar um ambiente de oração em casa e nele adorar, pedir
e agradecer a Jesus, no mínimo com um Pai-Nosso (de mãos dadas se for casado)
diariamente; (iii) ler a Bíblia Sagrada; (iv) pertencer a uma denominação
religiosa e ir à casa de Deus; (v) ler, ouvir e obedecer a Palavra
Sagrada.
9.8 Entregando-se a
Jesus – a oposição diabólica
Descrevo aqui um fato
ocorrido com uma pessoa de minha íntima relação e que muito me atingiu. Ela
aceitou Jesus, batizou-se nas águas, porém escondeu o fato de seus pais,
especialmente de sua mãe, católica fervorosa. Certa vez, a mãe lhe teria dito
preferir ver a filha morta ao invés de evangélica. Algum tempo depois, a
convertida afastou-se da igreja. A consequência, como bem está na Palavra
Sagrada, foi desastrosa. Até o momento em que iniciava este capítulo, ela ainda
não saíra do abismo para onde lhe arrastaram as forças das trevas. Ela culpa a
tudo e a todos pelo ocorrido, todavia a verdade é que aceitou, mas não se
entregou a Jesus, não fez renúncias, não vigiou... Logo, descuidou-se e caiu
espiritualmente. Em razão de tal fato, sempre insisto: uma vez aceito ou
recebido Jesus, outra conduta cabe ao novo cidadão do reino de Deus, qual seja:
a de caminhar com o Senhor da sua vida. Começar, de fato, a jornada rumo aos
céus. Renunciar às coisas do mundo. Buscar, chegar mais perto e, cada vez mais,
conhecer o Salvador.
.
Não é tão fácil se
entregar ao Mestre, pois o maligno entra em cena, como no caso acima, e tenta
com todas as forças trazer o fiel para o seu lado, tirando-o da trilha Divina.
A partir deste ponto, os ensinamentos do evangelho de Cristo carecem estar
presentes na mente e no coração. É preciso estudar e viver na Palavra de Jesus. Saber o que é certo e não o fazer é a maior
das injustiças.
Basicamente, a caminhada
para o reino dos céus – uma vez aceito Jesus como Senhor e Salvador – é feita
através da obediência às normas do evangelho e da renúncia às coisas do
mundo. Ou, primeiro, atentando-se para os dois mandamentos fundamentais: (i)
amar a Deus sobre todas as coisas; e (ii) ao próximo como a si mesmo. Rápida ou
lentamente, para o andar do iniciante da jornada, o essencial é lembrar que seu
nome está escrito no Livro da Vida, manter a comunhão. Assim, não
importa o que aconteça, Jesus não deixará nunca que ele seja levado por Satanás
ou seus enviados. Obstáculos virão, mas o Senhor Jesus com certeza derrubará a
todos.
9.9 A luta constante
neste plano
Particularmente,
continuo nessa etapa de entrega. É uma luta constante, onde só permanecem
aqueles que não se acovardam. O reino dos céus é conquistado com esforço. E,
como não sou nenhum professor ou pregador, mas sim pecador – e dos grandes –,
não pretendo ser guru de ninguém. Diante disso, limito-me a dizer que a busca
pela santificação é uma meta a se alcançar, mas ninguém sabe a que distância se
encontra dela. Fazer o bem e se afastar do mal é uma regra a ser sempre
lembrada.
9.10 O nome pode ser excluído Livro da Vida?
As opiniões dos religiosos
com quem tenho falado divergem a respeito da possibilidade de se perder a
salvação após aceitar Jesus e ter o nome no seu livro. Uns dizem ser possível,
sim, a retirada do nome do Livro da Vida. Outros já afirmam que, uma vez
escrito, jamais será retirado. Uma vez filho, sempre filho. Na minha modesta
opinião, em casos excepcionais, o nome da pessoa pode, sim, ser retirado do
Livro. O que equivaleria, em nosso plano terreno, a uma perda da cidadania; da
condição de cidadão nacional (em Apocalipse consta que estará condenado aquele
que não tiver o nome no Livro). Três textos bíblicos fazem menção à
retirada do nome do Livro da Vida:
[...] eu te rogo, perdoa-lhes o pecado; se não,
risca-me do teu livro que escreveste. Respondeu o Senhor a Moisés: Riscarei do
meu livro todo aquele que pecar contra mim (Êxodo 32:32-33).
Pois perseguem aqueles que tu feres e comentam a
dor daqueles a quem castigas. Acrescenta-lhes pecado sobre pecado; não os
deixes alcançar a tua justiça. Sejam eles retirados do livro da vida e não
sejam incluídos no rol dos justos (Salmos 69:26-28).
O vencedor será igualmente vestido de branco.
Jamais apagarei o seu nome do livro da vida, mas o reconhecerei diante do meu
Pai e dos seus anjos (Apocalipse 3:5).
O detalhe a se observar no
primeiro texto é que quando o Senhor disse a Moisés que riscaria do Livro o
nome de todo aquele que pecasse contra Ele, não estávamos vivendo sob a graça.
Foi antes da vinda de Jesus. No entanto, importante lembrar que foi o próprio
Jesus Cristo quem afirmou que o pecado
de blasfêmia contra o Espírito Santo não tem perdão.
No
segundo texto, constata-se um pedido do salmista ao Criador, mas não se sabe se
o pedido foi acolhido ou não. Contudo, se o requerente o fez, é porque via
alguma possibilidade de retirada do nome. Em Apocalipse, a Palavra Sagrada
afirma que algumas pessoas jamais terão seu nome apagado do Livro da Vida; os
vencedores. Em uma tradução, Jesus diz:
O
que vencer será vestido de vestes brancas, e não apagarei de maneira
nenhuma o seu nome do Livro da Vida. Quem é o vencedor? O
próprio texto responde: [...] umas
poucas pessoas que não contaminaram as suas vestiduras e andarão de branco (Apocalipse
3:4,5).
O versículo mostra que só
os de “vestes brancas” não terão os nomes riscados do Livro. Portanto, em
sentido contrário, outras pessoas podem, sim, ter seus nomes excluídos
do Livro
da Vida; em situações excepcionais, como no caso de se cometer
pecado de blasfêmia contra o Espírito Santo de Deus.
9.11 Distinção entre o ato de aceitar Jesus e
o ato de batismo
Já
vi muitos indivíduos, inclusive religiosos evangélicos, não bem preparados, é
claro, considerarem o batismo e a aceitação como sendo o mesmo ato, um ato
único ou conjunto. Tanto é que uma senhora de Porecatu, PR, veio a mim, na sua
simplicidade, reclamar que desejava receber Jesus, mas não conseguia. Seu
pastor se recusava a batizá-la, porque ela ainda não estava legalmente casada
com seu companheiro. Ao longo da conversa, constatei que seu pastor
interpretava mal vários preceitos bíblicos. A exigência que o líder religioso
fazia (casar-se legalmente) tem cabimento para o ato de batismo (alguns líderes
entendem que mesmo para o batismo não se deve fazer qualquer exigência), mas
não para se aceitar Jesus. No mesmo dia, obtive dela, na forma apropriada e
objetiva, a declaração verbal recebendo Jesus como Senhor e Salvador, até porque
assim me foi mandado fazer. O ato de aceitar (ou receber) Jesus é uma
manifestação unilateral e verbal da pessoa que crê em Seu nome, confessando (ou
admitindo) que ele é o seu Senhor e, por decorrência, salvador. O ato do
batismo é distinto e posterior ao ato de aceitação ou recebimento. Destina-se
ao arrependimento e perdão dos pecados, à busca da santificação, ao desejo de
transformação... Ouvi certa noite (dia 9 de outubro de 2021): “A
água lava, a água leva; limpa, purifica”. Na minha maneira
de ver, a pessoa deve pedir o batismo se pretende, se de fato deseja, ser uma
nova pessoa, "nascer de novo", começar uma nova vida.
Sobre o batismo nas águas,
um pastor assembleiano me
afirmou que sua denominação de fato exige daquele que for descer às águas uma
conduta à altura de, posteriormente, receber a santa ceia. Em vista disso,
carece estar livre de vícios, com o relacionamento amoroso legalizado etc.
Todavia, alguns pregadores são menos rigorosos. Batizam a pessoa mesmo que ela
ainda não esteja liberta de certas situações, como o vício em cigarro ou
álcool. Contudo, aqui não temos o objetivo de discutir, aceitar ou recusar
esta ou aquela doutrina. Meu irmão de sangue, o Adesio, afirma que não se
deve negar o batismo a ninguém. Uma vez pedido, o ato deve ser realizado em
favor da pessoa. Se ela depois não seguir na trilha do Evangelho, arcará com os
seus atos. No Brasil, várias denominações não exigem o discipulado (uma
preparação ou acompanhamento para ver se o candidato faz renúncias).
9.12 Sequência e
consequências da aceitação
Vida eterna como cidadão
do reino de Deus
Aceitar ou receber Jesus é
o primeiro passo da jornada em direção ao Senhor e seu reino, mas não o único,
outros mais são indispensáveis. Depois que a pessoa aceitou ou recebeu Jesus e
teve seu nome escrito no Livro da Vida, vem a entrega do corpo e da alma
ao Mestre, para que ele possa ser o dono e comandante da nossa existência. Ou
seja, primeiro vem a aceitação, depois a entrega e a renúncia.
Não há entrega sem
renúncia. Portanto, ao buscador de Jesus exige-se renunciar às coisas do mundo
para tê-Lo em lugar delas. O texto bíblico balizador desses passos está em
Mateus 13:44:
Também
o reino dos céus é semelhante a um tesouro escondido num campo que um homem
achou e escondeu; e, para alegria dele, vai, vende tudo quanto tem e compra
aquele campo.
Obtida a condição de
cidadão do reino de Deus, a pessoa terá uma série de prerrogativas. A mais
ampla é aquela que lhe possibilita vida eterna na casa do Pai. Porém, para
chegar ao ápice, e enquanto estiver no plano terreno, necessitará cumprir
obrigações e enfrentar as lutas comuns que advêm a todo e qualquer ser humano,
com ou sem o nome no Livro da Vida.
A empreitada do inimigo de Deus consiste sempre em bloquear a mente da pessoa
para que ela não receba Jesus ou, se já o recebeu, infiltrar-se no seu
pensamento para desviá-la do caminho para a Luz. Tem o “encardido” mil
instrumentos ou maneiras auxiliares para agir nos dois objetivos.
Uma pergunta a mim mesmo:
com a aceitação de Jesus já estou salvo? Penso que sim, se a partir deste
momento eu caminhar com ele. Como antes dito, o ato de aceitar, ou receber, é o
primeiro passo, mas não o único. Ouvi de um irmão da CCB, o Leonardo,
interessante observação: “A Bíblia diz que todo aquele que crê e for
batizado será salvo,
o que é diferente de está
salvo. Portanto, mesmo após o batismo, tudo indica que algo
mais se faz necessário”. Gostei
do lembrete. Além
disso, uma coisa é a salvação, outra é o galardão no céu. Assim sendo, para
receber o galardão, um lugar de destaque, entendo – pelo que aprendi até agora
– ser necessário outros esforços e conquistas, como, e a título de exemplo, as
obras para evangelizar e ganhar almas para Jesus Cristo.
Obrigações impostas ao
cidadão do reino
Resumo as obrigações do
cristão em duas palavras: amar
e obedecer. Não é preciso
discorrer muito sobre elas. Estão nos dez mandamentos e nas demais normas de
Direito Divino do velho testamento, as quais, Jesus, sempre facilitando as
coisas para o homem, resumiu em duas: amar
a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo (Mateus
22:37-39). Nossa
obrigação reside em cumprir as duas normas. Amar a Deus envolve respeitar sua
Palavra e cumprir suas ordens; obedecer sem questionar. Amar ao próximo implica se comportar bem para
com o outro, conforme manda todo e qualquer preceito detalhado nas Escrituras
Sagradas. Fazer para o outro aquilo que queremos que seja feito a nós.
Para
que ninguém alegue ignorância, as regras para as nossas condutas neste mundo
encontram-se esmiuçadas nas Escrituras Sagradas. Atualmente, as mais violadas
são aquelas atinentes ao casamento e à família, além da destruição da natureza,
é claro. Homem e mulher decidiram, por conta própria e para a satisfação do seu
orgulho e vaidade, jogar no lixo e dar interpretação egoística aos regulamentos
ditados por Deus. Tema que trataremos mais adiante, no tema “Salvando
Lares”.
Prerrogativas do filho de
Deus
Outra grande prerrogativa
daquele que aceita ou recebe Cristo como Senhor e Salvador e obtém sua
inscrição no Livro da Vida consiste em fazer pedidos ao Criador em nome de
Jesus. Mas não como antes, quando a frase “em nome de Jesus” era simples
repetição ou imitação do que fazem outras pessoas, aceitantes ou não. A partir
do novo marco de existência, o requerente (aquele que requer ou faz pedido)
poderá dizer: “Em nome de Jesus, a quem tenho como meu Senhor e Salvador”; “Eu
o aceitei e me entreguei a ele”; “Creio na sua Palavra”; “Ele é o nome acima de
todo nome”, etc. Enfim, o que antes a pessoa fazia como simples criatura, passa
a ser feito com o status de
filho, com o timbre de quem aliou sua vontade à vontade do Pai. Isso, por si
só, já muda as coisas. A manifestação de vontade expressada verbalmente deu-lhe
um toque especial, divino e poderoso. Não só para ir morar no céu, como também
para vencer todas as batalhas neste plano terreno.
Jesus, como antes dito,
além de presente e direito para nós, é poder e, também, energia. Todo poder, no céu e na terra, foi-lhe dado pelo Deus Pai.
Logo, quem tem Jesus tem poder. Poder, e energia, bem entendido, não para
sobrepor-se ao seu semelhante, mas para resistir e combater o mal; para se
livrar do pecado. Penso que o poder guarda proporção com o amor, senão
seria mal usado.
9.13 O Altar da Aliança e a declaração
aceitando Jesus
A Mensagem Emoldurada,
como já mencionado, veio ao atalaia missioneiro como ato inaugural no
trabalho com os casais. Como instrumento material para compor um canto de
oração em casa, para nele se lembrar do Senhor e adorá-lo com cânticos e
orações. Todavia, nada impede que as pessoas solteiras, e individualmente,
realizem o mesmo gesto e adotem a mesma prática. Nada mais útil e louvável a
alguém que acaba de pronunciar a declaração de aceitação de Jesus do que
instalar seu altar para, além de orar, conversar com Jesus Cristo, ter o
grande amigo dentro de sua casa.
9.14 Críticas à
missão de obter declaração de aceitação
Como não poderia deixar de
ser, pois só não é atacado quem nada faz, recebo críticas e ataques devido à
minha missão de pedir à pessoa para declarar verbalmente que aceita Jesus como
seu Senhor, a exemplo da recomendação aos casais para instalarem o altar e
orar em casa. Os argumentos mais comuns são: “Em nada adianta a pessoa dizer
que recebe Jesus, mas continuar vivendo como antes”; “não resolve a pessoa
receber Jesus e não ser discipulada, evangelizada” etc.
Pregadores e amigos: Missionária Cláudia Moreno e pastor Luis Bello.
Nossa resposta a essas
críticas consiste em esclarecer que, primeiro, o trabalho não se encerra com a
declaração/confissão de recebimento de Jesus. Ao contrário, continua com a
anotação do nome do aceitante em um livro, o Livro da Declaração, para receber
orações periódicas, pedindo a intercessão do Espírito Santo em sua vida.
Segundo, a pessoa é instruída a ler a Bíblia e a procurar uma igreja para
continuar ouvindo e aprendendo a Palavra Sagrada. Se ela não possuir Bíblia, é
presenteada com uma. Terceiro, e finalmente, importa é que assim foi mandado
fazer: obter a declaração verbal. Ainda que mais nada seja realizado, o
nome dela estará no Livro da Vida.
A maneira como Deus age
não é totalmente compreensível para o ser humano. O roteiro normal, entre
os assembleianos, é: (i) receber Jesus; (ii) ser discipulado; (iii) ser
batizado. Há casos, porém, em que a pessoa recebe de imediato o “toque” ou o
batismo com Espírito Santo antes mesmo de descer às águas, razão pela qual pede
para ser batizada; já está de fato envolvida, ou guiada por Jesus. Não
obstante, continuo acreditando e faço conforme me ordenaram. Peço a aceitação
de Jesus, verbalmente, a quem crê de coração, é lógico. Já presenciei vários
irmãos serem tocados pelo Espírito Santo logo no momento em que fizeram a
confissão recebendo (ou aceitando) Jesus como Senhor e Salvador. O
Altíssimo com cada um age de um jeito.
Saudoso Airton F. Gracioli – O grande guerreiro abatido pela
Covid-19.
Eu sou o Senhor, teu Deus,
que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão. Não terá outros deuses
diante de mim (Êxodo 20:2-3).
Capítulo 10
OS SINAIS E A CERTEZA DA SEGUNDA VINDA
O
espírito do anticristo. A pandemia. O que diz a Palavra Sagrada e os atos
atuais do homem. As desobediências do homem, do primeiro ao último mandamento.
A era do desamor. A eficácia da lei de Deus. A diferença entre os
cristãos e os não cristãos quando ocorrer a vinda de Jesus. A razão dos sinais.
“Tudo que Deus afirma nas Escrituras se cumpre; será cumprido, integralmente. Foi assim em todas as épocas, quer o homem creia ou não.”
Preliminares
Nas
últimas décadas, não bastassem os sinais na natureza, o comportamento humano
evidencia como nunca que estamos na fase que antecede a grande tribulação. A
segunda vinda de Jesus está bem próxima; por um piscar de olhos. A significativa
alteração no moderno modo de viver, levando ao aumento do número de ateístas na
sociedade judaico-cristã, coincide com a expansão da doutrina política do
socialismo ou esquerdismo. O comunismo, para enganar, muda de nome assim como o
camaleão muda sua cor.
Tal
doutrina, ou ideologia, fundada no século XIX pelo filósofo alemão Karl Marx,
prega abertamente que a religião é o ópio do povo, que a família é opressora,
que em casa começa a desigualdade social... Segundo os marxistas, ambas –
religião e família – carecem ser destruídas, submetidas ao poder do governante
e à ditadura do proletariado. Enfim, os “vermelhos” tudo fazem
para afastar a pessoa daqueles que a levam a Deus, quais sejam, seus familiares
e líderes religiosos. Por certo, os marxistas não conseguem seus objetivos sem
o mando político. Para tanto, com mentiras e atos diabólicos, manobram –
através da mídia e dos intelectuais – grandes massas populares e, assim, ganham
apoio para tomarem o poder e transformarem democracias autênticas e benéficas em
ditaduras, declaradas ou disfarçadas.
A
meta do socialismo não era, não é, propriamente o poder político, mas sim o
domínio da mente das pessoas. Plano que Karl Marx deixou claro ao dizer que seu
objetivo era destronar Deus (vemos,
então, que ele era pior que um ateu). Como você tira um rei do trono sem o
matar (não se pode matar Deus)? Primeiramente afastando, retirando, seus
súditos, conduzindo-os à desobediência. Sob outra vertente: como se destrói o
criador? Sem dúvida, destruindo ou desnaturando sua criatura. Em consequência,
levam, tanto homens como mulheres a se tornarem ateístas para, em seguida, via
de regra, mudarem sua preferência sexual natural. Assim procedem retirando as
pessoas do seu círculo religioso e do âmbito familiar (ambos taxados como
opressores). Maliciosamente e de forma constante, agem para destruir a
família, o caráter e a dignidade das pessoas e, claro, a própria vida. Basta
ver que são favoráveis ao aborto. Não só isso. Apoiam abertamente a liberação
do uso e comércio de drogas.
Opressão
é a palavra de comando dos socialistas para ganharem votos e adeptos. Segundo
eles, o patrão oprime a classe trabalhadora, os brancos oprimem os negros, o
homem oprime a mulher, os heterossexuais oprimem os homossexuais e assim por
diante. Como solução, eles surgem e se intitulam defensores das minorias e
dos oprimidos. Uma tática de persuasão que, não obstante mentirosa, tem se
mostrado eficaz. Tão eficaz que buscam legislação para, dentre outras infrações
à Palavra de Deus, legalizar o aborto, o casamento homossexual, o uso e o
tráfico de drogas.
Em
síntese, o anticristo (um sistema, e não apenas uma pessoa) está presente e se
alastra. Traz consigo o ateísmo e a destruição da sociedade conservadora
tradicional. Os socialistas, com sua internacional bandeira vermelha, cor do
sangue de milhões de pessoas por eles assassinadas (a maioria por obra do
comunismo soviético e chinês), são os grandes inimigos dos cristãos em todas as
partes do mundo. Satanás já mostrou sua cara, e também sua cor. Não vê quem não
quer. Cristãos não solidificados na Palavra Sagrada são vítimas frequentes da
armadilha dos mensageiros do diabo. Até religiosos, padres e pastores, aliam-se
aos agentes do maligno. Alguns por desconhecimento e outros por safadeza mesmo
(lobos com pele de cordeiros). Pregam a Palavra de Deus, mas agem de braços
dados com o cão. Conheço um que age descaradamente. Seus atos se tornaram
públicos e notórios na comunidade.
Os
socialistas não têm nenhum interesse em ver um povo sob o comando da Palavra de
Deus, divulgada por religiosos e chefes familiares. Um indivíduo sob a palavra
de Jesus é indivíduo com luz. Nessa condição, jamais será subjugado por nenhum
sistema político ou governamental. O inverso também é verdade. Povo sem Jesus é
povo sem luz e, portanto, facilmente escravizado. Concluindo: o fim visado
pelos socialistas é levar uma nação a desobedecer a Deus para, por decorrência
lógica, obedecer cegamente ao chefe do poder dominante.
10.1
Desobediência – a marca do homem atual
Na
época da pandemia do Covid-19, o homem sem Deus se
encontrava em clima de incerteza. Se antes seu pensamento era voltado para a
obtenção de bens materiais, de modo a se sentir seguro, depois passou a se
debater com as incertezas do dia a dia. Quantos morrerão? Por quanto tempo
perdurarão as restrições governamentais? Quais as consequências na economia?
Poucos procuraram descobrir qual era a vontade de Deus ao permitir tal
acontecimento. O ser humano, apegado às realizações científicas, conforto e
luxo e, em especial, às doutrinas políticas nefastas, afastou-se do
Criador. Virou as costas para ele. Todos têm tempo e se reúnem para
festejar, comer e beber, mas poucos se aglomeram para glorificar ao Senhor
Todo-Poderoso.
O
homem se afasta, esquece e, em consequência, desobedece a Deus, muitas vezes
para obedecer ao governante humano. Tal desobediência se mostra gigantesca e
aumenta a cada dia em todos os setores do globo. Todas as nações e povos são
conduzidos pela corrente vermelha, como antes visto. Afastar-se do
Criador conduz a ter desamor para com o próximo. Tal conduta de abandonar (ou
esquecer) a Deus e não amar ao próximo, leva o ser humano a se despir do escudo
divino. E assim, em uma situação de desamparo, possibilita a entrada do mal em
sua vida. Gradual ou repentinamente, o inimigo o aprisiona e o arrasta para as
trevas, para a ausência de Luz. Quando toma consciência, já é tarde, não
consegue escapar. Caiu na cilada do encardido. Adeus viola. “Dormiu de
toca”, como se diz na gíria.
O
resultado de se esquecer de Deus e não amar ao próximo, é o afundamento nos
pecados e nas suas consequências. Desonra aos pais, idolatria,
adultérios, homicídios, furtos, cobiça e falso
testemunho. Além do constante uso do nome de Deus em vão e
da não observância da guarda do sábado.
Esses são
preceitos máximos da Lei de Deus, não obstante entenderem alguns que não
tenham mais cabimento após a vinda de Cristo. A meu ver, e com todo
respeito, ainda são ordens ainda vigentes, em que pese as ressalvas registradas
por Jesus, como a guarda do sétimo dia e a redução de dez para dois
mandamentos: amar ao Pai sobre todas
as coisas e ao próximo como a ti mesmo. Por óbvio que quem ama não comete adultério,
não mata, não rouba... Reserva um “dia especial” para adorar Deus. Enfim, tem comportamento ético e moral
que bem definem um cristão.
10.2 Resumo das
desobediências e rebeldias
Desamor
e esquecimento de Deus
O
deus do homem moderno é o dinheiro: [...]
nos quais o deus deste século cegou o
entendimento dos incrédulos[...] (2
Coríntios 4:4). E, por vezes, o chefe ou líder político torna-se o deus da
pessoa. Longe da natureza, de onde tirava diretamente o necessário para a sua
subsistência, o ser humano ficou dependente da moeda – e da ajuda do governo –
para todas as suas necessidades. Nem água para beber ele consegue se não tiver
numerário. Logo, sem dinheiro, a pessoa sem Deus se sente insegura. Com isso,
sempre atrás de mais e mais segurança, a busca por valores materiais tornou-se
o maior objetivo dos indivíduos. A riqueza financeira é o foco principal,
quando este deveria ser a presença do Criador. Com o dinheiro, pensam,
compra-se de tudo: casas suntuosas, carros de luxo, barcos, aviões, joias,
roupas e até a atenção da “pessoa amada”. Avalia-se o semelhante pelo que possui
economicamente e não por seus valores imateriais, como caráter, personalidade,
comunhão com Deus.
Idolatria
A adoração (veja que falo em adoração,
e não simplesmente exposição ou apresentação) de imagens e
personalidades, terrenas e sobrenaturais, também se multiplica a cada dia.
Ídolos de todas as espécies surgem a todo instante. Abandona o homem a casa de
Deus e o tempo para Ele, de modo a se debruçar e se fixar nos pronunciamentos
de artistas, futebolistas e outras figuras do esporte. Adora (isto mesmo: adora) figuras políticas e até
pregadores diabólicos, disfarçados de homens de Deus. Infelizmente, há um apego
exagerado ao dinheiro e bens de alto custo, luxo e pompa. O encantamento pelo
corpo, seu e do outro, faz parte da idolatria moderna. Muito tempo se dedica
aos exercícios físicos, não propriamente para melhorar a saúde, mas para
satisfação do narcisismo. Os gastos, inclusive por aqueles que não têm
condições, com salão e produtos de beleza são enormes. Prejudicam o necessário
para a manutenção da pessoa e do seu lar. Tratamentos e clínicas artificializam
o corpo, especialmente o feminino. Por vezes ficamos sem saber o que é natural
e o que é postiço. Coisas e costumes que fogem a um normal cuidado com a
conservação da saúde e beleza do corpo. Lógico que por ser este o templo do
Espírito, sua manutenção torna-se indispensável. Mas falamos do excesso, da
extravagância... Jamais do razoável. As palavras do Apóstolo Paulo carecem
estar presentes: Tudo me é permitido, mas
nem tudo me convém.
Abuso
e chacota com o nome de Deus
O terceiro mandamento determina não usar o nome do
Senhor em vão. Porque sua divindade, representada pelo seu nome, sempre carece
de respeito. No entanto, é comum constatarmos o uso do nome sagrado até em
piadas e gracejos. Pior que isso, no Brasil montaram encenações e quadros com
pilhérias e desmoralização do sagrado, com a pessoa de Jesus, como aconteceu no
Carnaval de 2020 e em desfiles de grupos homossexuais. Os comunistas adoram
escarnecer o nome sagrado do Senhor. “Deus, foi inventado pelas religiões que,
assim, dominam a mente das pessoas”, dizem.
Não
observância da guarda do sétimo dia
Sem entrarmos em pormenores se o quarto mandamento
se refere ao sábado ou ao domingo (ou que não existe mais a guarda do 7º dia), a
verdade – assim penso – é que ao menos um dia da semana precisa ser reservado
para dedicarmos mais tempo de louvor e oração ao Senhor. Para lembrarmos de sua
grandeza (Êxodo 20) e do seu poder de libertação (Deuteronômio 5). Desprezou-se
essa norma, estão negligenciando-a. Não se guarda mais o sétimo dia. Pelo
contrário, usam-no somente para festas e passeios.
Desonra
aos pais
Desonrar é deixar de conferir honra, desrespeitar.
As alterações promovidas na legislação familiar brasileira nas últimas décadas
findaram por subtrair completamente o poder de comando e disciplina dos pais
sobre os filhos. Tais mudanças proíbem os pais de darem palmadas no traseiro de
uma criança. O Estado, aliado às ideias pecaminosas, muito propagadas pela
internet, e também às doutrinações diabólicas promovidas por esquerdistas,
transformou filhos e filhas em inimigos dos pais na própria casa. Sem falar nos
algozes de idosos que, impotentes, sofrem calados. Jovens e adolescentes não
aceitam, em hipótese alguma, direção cristã paterna ou materna. O que resulta em
um grande número de viciados em álcool e drogas. Seres que entregam seus corpos
em relações carnais abomináveis, antes e fora do casamento. Poucos casais
conseguem educar sua prole consoante as leis de Deus. O homem desrespeita a
Deus, a mulher desrespeita o marido e seus descendentes desrespeitam a ambos e
a tudo.
Adultério
Lembremos
que o adultério não se caracteriza apenas pelo ato de trair o cônjuge, mas
também de macular todo pacto, sagrado ou particular. Adulterar é introduzir
alteração, falsificar, defraudar, corromper, deformar, desfigurar,
descaracterizar, estragar, viciar, violar, macular a natureza e/ou a pureza de
algo. O adultério familiar, como os demais pecados, provém primeiro do desamor
a Deus e ao próximo. Matrimônio é um pacto entre três: homem, mulher e
Deus. O adultério destrói a família e traz tristes consequências à vida do
casal e dos filhos. A desagregação leva o casal a um abismo de maldição e
sofrimento. Gera filhos inseguros e revoltados, sujeitos a toda espécie de
ataque do maligno. Este consegue levar os filhos à droga, ao alcoolismo, à
prostituição, aos furtos e roubos, etc. Os presídios, em sua maior parte, são
compostos por seres com lares desagregados, cujos pais se separaram ou vivem em
atrito.
Homicídio
No homicídio, a pessoa pratica um ato cuja
atribuição cabe exclusivamente ao Senhor. Ele é o dono da vida e o único que
pode tirá-la. A ninguém mais cabe essa prerrogativa. Penso haver diversos tipos
de morte. Não se mata só a vida. Mata-se também a esperança, a felicidade, a
fé, a paz... Tanto em um como em outro caso, há pecado.
O
homicida traz dentro de si o sentimento oposto ao do amor, explodindo, então, o
ódio. O homicida é, em muitos casos, um elemento medroso, inseguro. Muitos
matam por medo da vítima, ou por imaginar que ela venha a lhe fazer mal em um
futuro próximo ou remoto. Ou, ainda, para cometer outro pecado, como roubar ou
furtar. Outras emoções negativas precedem ao ato de matar: a ira momentânea, o
desejo de vingança, o medo incontrolado, a cobiça... E o suicídio? Penso ser um
erro mais grave ainda.
Furto
ou roubo
Em
ambos os casos, o objetivo do pecador é subtrair coisa móvel que pertence ao
seu semelhante. A diferença, em termos legais, reside no fato de que, para o
furto, ao contrário do roubo, o criminoso e pecador não usa violência ou grave
ameaça. O ladrão tem contra si uma maldição, um vício. Sente um prazer mórbido,
uma tentação, em apropriar-se do que é alheio. Rouba de quem puder, não importa
a categoria de relacionamento. Estranho, amigo, parente... Para ele, tanto
faz. Importa é que seu desejo seja atendido. O vício leva-o constantemente
a subtrair o que é de outro, de seu
semelhante.
Falsidade
Representa
a ausência ou a distorção da verdade. Ou seja, prevalece a mentira. No nono
mandamento, o pecado consiste em dar falso testemunho contra seu próximo. Mais
adiante, a Palavra Sagrada registra que a mentira é filha do diabo (João 8.44)
e os que a amam e/ou praticam não entrarão no reino de Deus (Apocalipse 22:15).
Ela é usada por políticos para enganar seus eleitores, pela mídia para
atrair a atenção popular, pelo sonegador para burlar o erário, pelo cônjuge
para trair ou esconder algo do seu par, pelo vendedor para ludibriar o
comprador e, lamentavelmente, até por religiosos para captar fiéis e renda para
sua denominação.
Cobiça
Cobiçar é o mesmo que desejar com avidez; ambição e cupidez; é a intenção de possuir algo imerecido ou pecaminoso, sem comprar ou adquirir de forma lícita. No décimo mandamento da Lei de Deus está escrito:
Não cobice a casa do teu próximo. Não cobice a mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma que pertença ao teu próximo (Êxodo 20:17).
Assim como o orgulho e a vaidade, a cobiça tem
origem na substituição do amor ao próximo pelo apego a si mesmo, à satisfação
do próprio ego. O orgulho se destaca mais no homem e a vaidade na mulher, porém
ambos são sujeitos às mesmas paixões negativas. O egoísmo, a vaidade e o
orgulho levam o ser humano às mais sórdidas ações. Ganância e ambição o
dominam.
10.3
Os sinais da vinda
Os
sinais da vinda de Jesus estão mais que visíveis. Tudo previsto em Lucas
21:10-13:
E continuou: Uma nação vai guerrear contra outra,
e um país atacará outro. Em vários lugares haverá grandes tremores de terra,
falta de alimentos e epidemias. Acontecerão coisas terríveis, e grandes sinais
serão vistos no céu. Mas antes de acontecer tudo isso, vocês serão presos e
perseguidos.
Nos
últimos anos, após a Segunda Guerra Mundial, tivemos: guerra da Coreia, guerra
do Vietnã, guerra das Malvinas, guerra Iran x Iraque, guerra do Golfo, guerra
do Afeganistão, invasão da Ucrânia pela Rússia, guerra do tráfico, guerras
civis na África, ataques terroristas, ataques do Estado Islâmico, etc.
Segundo
a Organização das Nações Unidas – ONU, o número de catástrofes naturais
aumentou dez vezes nos últimos vinte anos: furacões, terremotos, tsunamis,
vulcões em erupção, chuvas torrenciais, inundações, aquecimento do planeta.
Quando jovens, aguentávamos um dia todo trabalhando abaixo do sol quente, mas
hoje não suportamos duas horas sequer. Os sinais no
céu, durante o dia, ou a noite, são inúmeros. Embora possam algumas fotos ser
produto de truques ou montagens, não é crível que todos os relatos sejam
mentirosos.
10.4 A perfeição da lei de Deus
O atalaia, além do fato de que, obrigatoriamente, precisava
atender ao chamado de Deus, abandonou a lei do homem também por constatar que
esta não tem a perfeição maravilhosa e a eficácia ilimitada da lei sagrada.
Basta ver uma lei humana com três ou quatro artigos e encontraremos nela
inúmeras falhas e até contradições. Tente fazer o mesmo com a lei divina. Nos
milhares de versículos distribuídos em dezenas de livros (a quantidade deles na
bíblia católica é maior que na evangélica) não se aponta uma contradição
sequer. E, o
mais importante, eles se cumprem a cada dia.
Em
Jeremias 33:3, por exemplo, o Senhor diz: Invoca-me, e te
responderei; anunciar-te-ei coisas grandes e ocultas, que não sabes. Dou
testemunho de que não tive, até hoje, nenhuma invocação para a qual o Senhor
não tenha me dado resposta. Pode até demorar, mas ele responde. Daí que se diz,
com base nas escrituras, que a palavra do Celestial é viva e eficaz. Tudo que
Deus afirma nas Escrituras se cumpre; será cumprido, integralmente. Foi assim
em todas as épocas.
Lauro Pedro Ozório, Padre Douglas Felipe (no dia da sua ordenação) e o autor.
Ao Senhor teu Deus temerás, a Ele servirás, e a Ele te chegarás, e pelo seu nome jurarás (Deuteronômio - 10:20).
Capítulo 11
PRATICANDO AS LIÇÕES RECEBIDAS
Em
se tratando de salvação, o que vem primeiro, a família ou a pessoa? Sem dúvida,
ambos têm importância imensurável. Encontram-se no mesmo nível e interligados,
em especial para quem vive de forma coletiva em uma morada. Todavia, as
revelações sobre a família vieram primeiro.
Parte
A – Salvando Lares
“Um cônjuge é presente de Deus
para o outro. Presente que não se preza se perde. Ore por ele e com ele.”
As
considerações a seguir destinam-se principalmente aos que desejam orientar e
auxiliar casais. Elas constituem o manual que criei – e sempre o atualizo –
para a vida conjugal. Advêm de experiências profissionais como advogado,
aliadas ao que recebi por contatos espirituais com o Grande Amigo e dos textos
sagrados. No entanto, e antes de tudo, o fundamental é: aceitar Jesus,
entregar-se a ele e viver de acordo com seus ensinamentos.
11.1 Crises
conjugais (como surgem e quem as provoca – como vencê-las)
A
causa de todas as quedas do ser humano sempre foi, sempre será, a mesma. A
pessoa se esquece de quem é o seu Senhor e, sem comunhão, desobedece-lhe. Em
consequência, cai em sofrimento. Esquecer-se do Pai significa perder sua
proteção. A partir daí, o mal entra em cena. Através de alguém ou de algo, o
inimigo enche o indivíduo de orgulho e vaidade e lhe dá uma força
sinistra que infla seu ego. A criatura recebe alertas, mas não escuta, não
os vê. Assim, ela toma decisões erradas
acreditando estar certa. Cai na armadilha, no laço do inimigo. Adultérios e
divórcios são seguidos de dor, às vezes de tragédias mesmo, na vida do casal e
dos filhos. De tudo o que se tem ouvido, a suma é: teme
a Deus, e guarda os seus mandamentos (Eclesiastes 12.13). Muitos não temem
nem tampouco guardam.
Tendo
em vista a causa primitiva acima, há um rol de pessoas que, em razão do seu
comportamento, precisam de orientação e até censura por parte do cristão
mensageiro de Deus. Por isso, alertamos que interfere e destrói a família todo
aquele que: i) envolve-se com pessoa casada; ii) aconselha, por qualquer
motivo, alguém a se separar; iii) quando o casal se desentende, dá razão a
uma das partes [dito popular: “a razão é o cavalo do diabo”]; iv) intromete-se
ou dá palpites na vida do casal; v) adultera ou induz alguém a adulterar; vi)
coloca ou permite coisas malditas em casa; vii) tem o hábito de criticar o
cônjuge, seu ou de outra pessoa.
11.2
Regras fundamentais do casamento
Lembrar
do Senhor e obedecer a sua Palavra
Sabemos que o casamento é uma união sagrada,
indissolúvel e intocável, entre o casal (homem e mulher, macho e fêmea) e Deus.
Este pacto foi criado para prevalecer "até que a morte os separe".
Nessa união, nenhuma outra pessoa deve intervir ou se intrometer. A não ser para
levar a Palavra do Senhor ou para orar pelo casal. Nem o homem, nem a
mulher podem quebrar a aliança sagrada sem sofrer as sérias consequências da
lei do Senhor, a qual está sujeito também todo aquele que toca na vida
conjugal.
Em Mateus
19:6, lemos: Portanto, o que Deus uniu não separe o homem. O
divórcio representa a queda do casal. Uma queda idêntica e até pior que a de
Adão e Eva, pois estes caíram em um mesmo abismo e depois saíram juntos para
enfrentar as lutas. Já o casal que se divorcia tem destinos diferentes. Cada um
cai em seu próprio abismo, que pode ser maior ou menor que o do outro, variando
de acordo com o grau ou volume de culpa de cada desobediente. A causa das quedas, como antes dito, tanto no
passado como hoje, é o fato de as pessoas se esquecerem (ou se afastarem) do
Senhor. Em razão dessa atitude, vêm a rebeldia e a desobediência. O
primeiro casal caiu em sofrimento porque, ao se esquecer de quem era o seu
Senhor, ficou sem proteção. E, assim, eles desobedeceram à Palavra. Homem e
mulher devem obediência ao Senhor, nosso Deus. Essa é a regra principal e que,
por si só, já bastaria, não havendo necessidade de outras que são simples
detalhes ou complementação desta.
O
sucesso e a vitória são sustentados por dois pilares: obediência a
Deus e resistência às tentações do mal, que quer nos levar à
rebeldia. Afinal, a serpente continua solta e, pior, falando. Fala de
diversas maneiras, por diversos meios de comunicação, inclusive. Da mesma
forma, por más amizades, “amiguinhas” noturnas...
Se atentamente ouvires a voz do Senhor teu Deus,
tendo cuidado de guardar todos os seus preceitos que hoje te ordeno, o Senhor,
teu Deus, te exaltará sobre todas as nações da terra. Se ouvires a voz do
Senhor, teu Deus, virão sobre ti e te alcançarão todas estas bênçãos (Deuteronômio
28:1-2).
Portanto,
para ser um vencedor nesta vida, o segredo é lembrar-se do Senhor e obedecer a
sua Lei. Ele não mudou e não muda sua palavra. Muitos fatos, palavras e
pensamentos surgem na vida do casal para levar o homem e a mulher a
desobedecerem à lei divina. Porém, tal só ocorre quando a pessoa não está em
comunhão com Deus; ao não se colocar Jesus no coração e no lar. Assim sendo,
saibamos que: NINGUÉM VAI AO PAI SEM ANTES TER SEU FILHO. Só Jesus leva. Para
tanto, o primeiro passo é aceitá-lo como Senhor e Salvador. Depois, estar e
caminhar com ele. Renunciar e se entregar. Buscar, chegar mais perto e
conhecer Jesus. Reconhecer que somente Ele tem poder, outorgado pelo
Pai (o tema da outorga de poder no
mundo espiritual é interessante). Observo que, quando se assina uma procuração,
o cliente outorga poderes ao advogado, mas a causa – o direito – é dele,
cliente.
Filho meu, não se esqueça da minha lei, mas guarde no seu coração os meus mandamentos,
pois eles prolongarão a sua vida por muitos anos e lhe darão prosperidade e paz
(Provérbios 3:1-2).
Quando
Deus fala para a pessoa não adulterar é porque ele sabe que, se ela assim o fizer,
terá desgraças sobre si. A paz e a prosperidade desaparecem, ao menos por algum
tempo. Às vezes, para sempre. Notemos que esse pecado está na tábua dos Dez
Mandamentos: Não adulterarás (Êxodo 20:14). O adultério
é uma falha muito grave porque quebra a promessa de fidelidade entre o casal e
o próprio juramento a Deus. O ato é repugnante aos olhos do Criador. Adultério
é deslealdade. Não deixa de ser ainda uma covardia.
Há outra coisa que vocês fazem: Enchem de lágrimas
o altar do Senhor; choram e gemem porque ele não dá atenção às suas ofertas nem
as aceita com prazer. E perguntais: Por quê? É porque o Senhor é testemunha
entre você e a mulher da tua mocidade, pois você não cumpriu a sua promessa de
fidelidade, embora ela fosse a sua companheira, a mulher do seu acordo
matrimonial (Malaquias
2:13-14).
A
palavra das Escrituras é dirigida ao homem como raça humana, o que envolve
também a mulher. A infidelidade é uma deslealdade, uma falsidade. Atitude
negativa que agride o pacto sagrado e a lei de Deus, causando rejeição das
"ofertas" que a pessoa faz ao Senhor. Creio que hoje tais ofertas
correspondem às orações e louvores. No Novo Testamento, Jesus repete a ordem de
Deus:
Não cometerás adultério. Eu, porém, vos digo que
qualquer que atentar numa mulher para a cobiçar já em seu coração cometeu
adultério com ela (Mateus 5:27-28).
Como
antes dito, a palavra “adultério”, na sua etimologia, não significa traição,
como muitos pensam, mas sim modificação ou alteração da natureza de algo;
rompimento da pureza, destruição... Logo, quem trai comete adultério porque
destrói, corrompe, macula, tira a validade do casamento, visto que quebra o
juramento perante o altar de Deus e para Deus. Provérbios 6:32
adverte: Mas o homem que comete adultério não tem juízo; todo aquele
que assim procede a si mesmo se destrói.
Um alerta: o adultério sempre começa com simples pensamentos ou pequenos
gestos errados, que vão se ampliando até a queda fatal. Quando alguém comete
adultério, é porque seu coração já vinha
se contaminando. O germe da tentação pelo "fruto proibido" já estava
instalado na mente do traidor.
Principal
regra para não cometer adultério: não dê oportunidades para o mal, afaste-se
das tentações carnais. Até o inimigo de Deus você pode dominar, invocando o
nome de Jesus, mas os desejos carnais são mais difíceis. Basta você ficar perto
de pessoas tendenciosas a dita categoria de pecado, e não haverá escapatória. A
atração sexual chega a tal ponto que o homem ou a mulher, por mais
santificado(a) que esteja, não consegue dominá-la, penso eu. É o instinto da preservação da espécie
falando mais alto. Portanto, muito cuidado, esteja sempre alerta e obediente a
Deus.
O Senhor disse a Caim: Por que você está furioso?
Por que se transformou o seu rosto? Se você fizer o bem, não será aceito? Mas
se não o fizer, saiba que o pecado o ameaça à porta; ele deseja conquistá-lo,
mas você deve dominá-lo (Gênesis 4:6-7).
O
lar só permanece firme se houver obediência constante à Palavra do Senhor.
Disse, certa vez, meu neto mais novo, Carlos Eduardo Gracioli, o Kadu,
na época, com apenas 6 anos: “Vô, se ninguém obedece ‘o Deus’, então ele
não existe; não é Deus”. Sim, desobedecer a Deus é o mesmo que negar sua
existência. A obediência constante só é obtida através da comunhão permanente. Oração
e louvor no lar. A lei divina ordena que homem e mulher sejam fiéis e
leais entre si; que santifiquem a casa e cumpram, cada um, a sua missão. Nunca
devemos adotar os “modismos” mundanos que nada mais fazem a não ser desviar as
pessoas das Escrituras. Em Hebreus 13:9, lemos: Não vos deixeis
envolver por doutrinas várias e estranhas.
A
missão do homem (rei, sacerdote e profeta) é comandar, prover e proteger a casa
e a mulher, ser carinhoso para com esta. A missão da mulher (rainha,
sacerdotisa e profetisa) é auxiliar, ajudar e incentivar o marido em sua
missão. O apego a doutrinas e discursos profanos leva a pessoa ao sofrimento e
à tristeza. O mundo está infestado de grandes "pregações" diabólicas:
ideologia de gênero, marxismo, feminismo, socialismo e outros "ismos"
satânicos.
É
uma desobediência enorme aos princípios divinos afirmar que a mulher é igual ao
homem, que ela não deve aceitar o que está determinado na Palavra Sagrada. Nada
disso! Ambos jamais serão idênticos. Cada qual tem sua própria natureza e
chamado, bem definidos pelo Criador desde o início do mundo. O feminismo
afirma, em síntese, que a esposa não está sujeita à direção do marido. Ora, tal
discurso contraria o que está dito em Gênesis 3.16: [...] o teu
desejo será para o teu marido, e ele te governará.
Os
homens, por seu turno, costumam valer-se do machismo, o qual incute em suas
mentes que eles serão tanto mais másculos quanto mais mulheres tiverem e/ou
maltratarem. Quem entra nessa armadilha jamais terá felicidade no lar. O homem
que despreza a mulher ou abandona seu lar torna-se também culpado pelos erros e
sofre pelos desvios da esposa. Porquanto não atentou para o seu dever de pai e
marido ao se deixar levar por "outras leis". O salmo 4:2
adverte: Ó homens, até quando tornareis a minha glória em vexame, e
amareis a vaidade, e buscareis a mentira?
A
mulher, quanto mais tenta ser independente para se igualar ao homem, mais se
destrói, visto que abandona o propósito de Deus para sua vida e torna-se um ser
corrompido, espiritualmente deformado. De tanto afirmarem serem iguais ao
homem, muitas mulheres acabam adotando os mesmos desejos masculinos, passando
inclusive a gostar de mulheres, quando não caem em outra espécie de maldição
que escraviza o ser humano. O apóstolo Paulo afirma: E, por
haverem desprezado o conhecimento de Deus, o próprio Deus os entregou a uma
disposição mental reprovável, para praticarem coisas inconvenientes (Romanos
1:28).
Desse
modo, aquela que não se sujeita ao marido torna-se rebelde. Entra em
desobediência e acaba levando-o a não lhe dedicar carinho e a prescindir o
comando do lar. Daí para frente é um jogo de empurra. Um culpando o outro pelas
desavenças. Enquanto isso, as sementes do mal vão se implantando e germinando
na vida dos dois. Eles começam a pensar que o “amor” de fora é melhor, numa
constante tentação pelo "fruto proibido". Quem se afasta do
caminho da sensatez repousará na companhia dos mortos (Provérbios 21:16).
A
submissão ao marido não quer dizer "escravidão", mas sim que a missão
da mulher está abaixo, em seguida àquela do marido; que ela deve acompanhar a
vontade dele. A palavra submissão deve, ou deveria, significar juntos
na missão. Ou seja, o papel da mulher consiste em ajudar o homem na sua
missão de ser carinhoso e protetor para com ela. Por mais de uma vez, a
Palavra de Deus é clara a respeito do dever de cada cônjuge.
As mulheres sejam submissas ao seu próprio marido,
como ao Senhor; porque o marido é o cabeça da mulher, como também Cristo é o
cabeça da igreja, sendo este mesmo o salvador do corpo. Como, porém, a
igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo submissas
ao seu marido. Maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja
e a si mesmo se entregou por ela, para que a santificasse, tendo-a purificado
por meio da lavagem de água pela palavra, para apresentar a si mesmo igreja
gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, porém santa e sem
defeito. Assim também os maridos devem amar sua mulher como ao próprio
corpo. Quem ama a esposa a si mesmo ama. Porque ninguém jamais odiou a
própria carne; antes, a alimenta e dela cuida, como também Cristo o faz com a
igreja; porque somos membros do seu corpo. Eis que deixará o homem a seu pai e
a sua mãe e se unirá à sua mulher, e se tornarão os dois uma só carne. Grande é
este mistério, mas eu me refiro a Cristo e à igreja. Não obstante, vós, cada um
de per si também ame a própria esposa como a si mesmo, e a esposa respeite ao
marido (Efésios 5:22-33).
A
ordem de submissão ao marido é uma determinação bíblica que grande parte das
mulheres não aceitam. Acreditam ser coisa do passado e que não tem mais
validade. Todavia, tais mulheres estão enganadas. São levadas ao erro pelas
falsas mensagens do mundo e do inimigo de Deus. Provérbios 14:1 ensina:
A mulher sábia edifica sua casa, mas com as próprias mãos a insensata derruba a
sua. A mulher só será feliz se obedecer à Palavra de Deus. Quando ela
aceita o comando do marido, não estará se curvando a este, mas ao
Senhor. As Escrituras mencionam que até os votos que a esposa fizer a Deus
estão sujeitos à confirmação ou anulação pelo marido. Ou seja, o próprio Deus,
nas coisas sagradas que a mulher lhe promete, autoriza o homem a confirmar ou
não. É uma ordem, um estatuto bíblico. Observe como é significativo: até o
Criador abre mão daquilo que lhe foi prometido, se o ato da mulher solapar a
autoridade do marido. Confira o que diz a Escritura Sagrada:
Porém, se [a mulher] fez voto na casa de seu
marido ou com juramento se obrigou a alguma abstinência, e seu marido o
soube, e se calou para com ela, e lho não desaprovou, todos votos dela serão
válidos; e lhe será preciso observar toda a abstinência a que a si mesma se
obrigou. Porém, se seu marido lhos anulou no dia em que o soube, tudo
quanto saiu dos lábios dela, quer dos seus votos, quer da abstinência a que a
si mesma se obrigou, não será válido; seu marido lhos anulou, e o Senhor
perdoará a ela. Todo voto e todo juramento com que ela se obrigou, para
afligir sua alma, seu marido pode confirmar ou anular (Números 30:10-13).
O
homem também deve cumprir, de maneira constante, a lei sagrada e se dedicar à
sua mulher. Um marido e pai que permanece em bares ou em outros locais não
convenientes fica distante de Deus e sem condições para orientar a mulher e
corrigir os filhos. Um marido que chega alcoolizado em casa, que se dedica ao
consumo de drogas ou outro vício, cava seu próprio sepulcro. Outra grave falha:
preguiça ou irresponsabilidade em suas atitudes e negócios. O marido nessas
condições torna-se um fardo à esposa e aos filhos.
Mulheres, sede vós, igualmente, submissas a vosso
próprio marido, para que, se ele ainda não obedece à palavra, seja ganho, sem
palavra alguma, por meio do procedimento de sua esposa, ao observar o vosso
procedimento cheio de temor [...] Maridos, vós, igualmente, vivei a
vida comum do lar, com discernimento; e, tendo consideração para com a vossa
mulher como parte mais frágil, tratai-a com dignidade, porque sois, juntamente,
herdeiros da mesma graça de vida, para que não se interrompam vossas orações
(1Pedro 3:1-7).
Segundo
essas palavras, o bom agir da mulher transforma a vida do marido, e vice-versa.
A boa conduta do marido melhora a conduta da mulher. E, o mais importante, um
cônjuge que já herdou a graça divina, acaba trazendo o outro à condição de
herdeiro da mesma graça. Até hoje não encontrei nenhuma pessoa que viva feliz
contrariando a Palavra de Deus. Desobedecer é deixar-se levar pelo diabo.
Estarem os parceiros em atrito resulta na interrupção (não subida a Deus) das
orações de cada um.
A mulher
aprenda em silêncio, com toda a sujeição. Não permito, porém, que a
mulher ensine, nem use de autoridade sobre o marido, mas que esteja em silêncio.
Porque primeiro foi formado Adão, depois Eva (1 Timóteo
2:11-13).
A
rebeldia contra a Palavra nos afasta da paz do Senhor e, quando menos se
espera, leva à desgraça. O rebelde não deixa de ser um descuidado. Escutai,
povo meu, a minha lei; prestai ouvidos às palavras da minha boca (Salmos
78:1).
Bem-aventurado aquele que teme ao Senhor e anda
nos seus caminhos. Do trabalho de tuas mãos comerás, feliz serás, e tudo irá
bem. Tua esposa, no interior de tua casa, será como a videira frutífera; teus
filhos, como rebentos da oliveira, à roda da tua mesa (Salmo 128:1-3).
Faço
questão de repetir: segundo o plano de Deus, no seu reino, não existe rei sem
rainha, nem rainha sem rei. Muitas mulheres querem ser tratadas como rainhas,
mas não aceitam ter um rei comandando a casa e a vida dos que nela moram.
Muitos homens querem ser tratados como reis, porém colocam suas esposas na
condição de escravas. Não honram seus compromissos. Entregam-se ao vício e não
se comportam com dignidade. Invariavelmente, tais atitudes levam ao sofrimento
de todos na família, até porque elas violam as regras que o Senhor deixou,
claramente, para ambos os parceiros.
Santificar
Há três templos, neste plano terreno: o corpo
físico, a casa familiar e a casa de Deus. Nosso objetivo deve ser a busca
constante da salvação da alma, de modo a entrarmos no reino dos céus – Deus está fazendo a última chamada. Para
tanto, devemos primeiramente santificar, purificar e consagrar o corpo e o
lar. É no lar que tudo começa: a geração da vida e a formação da personalidade;
a salvação e também a perdição da alma; a obediência e a desobediência a
Deus.
O
corpo é o templo do Espírito Santo; o lar, um santuário. O culto se inicia em
casa. Homem e mulher devem fazer da moradia um templo de Deus e para Deus.
Palavras ruins expulsam os anjos que acampam no recinto e atraem as hostes do
mal. O lar não é lugar para se ter bebidas alcoólicas, material pornográfico,
armas de fogo, enfim, atos e coisas que desagradam ao Senhor. São mui
perigosos: programas de rádios ou TV violentos, imorais ou indecentes, que nada
transmitem de útil à família. Por igual, o uso indevido de computadores, jogos
e diversões com temas de violência ou erotismo. Não colocarás, pois,
coisa abominável em tua casa, para que não sejas amaldiçoado, semelhante a ela;
de todo, a detestarás e, de todo, a abominarás, pois é amaldiçoada (Deuteronômio
7:26). Em outra tradução da
Bíblia Sagrada, está assim redigido:
E não deves introduzir algo detestável na tua casa
e (assim) realmente tornar-te algo devotado à destruição, igual a ele. Deves
ter completa repugnância dele e absolutamente detestá-lo, porque é algo
devotado à destruição (Deuteronômio 7:26).
Consagre
seu lar a Deus. Frequente um templo religioso ao menos uma vez por semana, com
os demais membros da família. Louve e ore a Deus diariamente, dentro da sua
residência, ensinando a Palavra de Deus aos filhos, desde pequenos. Crie um
altar, um tabernáculo, um santuário para Deus. Êxodo 20:24 ensina: Um
altar de terra me farás [...] em todo lugar onde eu fizer celebrar a memória do
meu nome, virei a ti e te abençoarei. Deus mandou que muitos de seus
escolhidos fizessem um altar para ele. Todos cumpriram ordens, é claro, o que
não quer dizer que outras pessoas não possam repetir o gesto de maneira
espontânea, o que certamente agradará ainda mais ao Senhor. No Novo Testamento,
não encontramos nenhuma palavra que impeça essa prática.
Seguindo
a revelação que recebi, primeiro transforme a Mensagem Emoldurada em
altar. É o altar da aliança. Para tanto, basta você escrever o nome do
homem na primeira coluna e o da mulher na segunda. Diariamente, de joelhos e de
mãos dadas com seu par, ore ao menos um Pai-Nosso. Testemunhos comprovam
que quem assim o faz é tremendamente abençoado, iluminado. Outra atitude
imprescindível: ore a Deus diariamente intercedendo pelo seu cônjuge. Também
é relevante queimar as impurezas, santificar o corpo. Queimar é
extinguir, sepultar, abandonar, enterrar, renunciar. Comece pelos sentimentos
negativos: luxúria, vaidade, soberba, inveja, ira, vingança. Tais sentimentos
são verdadeiras maldições, das quais o ser humano só se liberta após se
envolver com as coisas de Deus. "Sem envolvimento não há libertação"
(pastor Cícero Pires).
É
preciso, ainda, renunciar ao passado e à vida na casa dos pais. Muitos, depois
de casados, comparam a vida a dois com o que recebia do pai ou da mãe.
Outros continuam a ter em mente a convivência ou ambiente de solteiros. Sonham
com quem se envolveram no passado ou nutrem fantasias amorosas, recordações e
até comentários sobre namoros na adolescência ou na juventude. Encantamentos
por artistas ou personalidades da mídia. Todos esses pensamentos são sementes
do mal para uma desgraça futura.
Atente-se para o texto sagrado:
Pois do interior do coração dos homens vêm os maus
pensamentos, as imoralidades sexuais, os roubos, os homicídios, os adultérios,
as cobiças, as maldades, o engano, a devassidão, a inveja, a calúnia, a
arrogância e a insensatez. Todos esses males vêm de dentro e tornam o homem
impuro (Marcos
7:21-23).
Em
obediência ao Senhor, cada cônjuge deve ter em mente que, ao renunciar as
emoções ou sentimentos negativos, não estará se curvando ao outro, mas sim a
Deus. Estará sendo fiel e confirmando a aliança com o Todo-Poderoso. O orgulho,
a ira, a arrogância e a soberba geralmente levam à pirraça, ao insulto, ao
desprezo. São comportamentos extremamente perigosos e que, quase sempre, findam
em adultério e na destruição do matrimônio. Tais atitudes, invariavelmente, são
praticadas com intuito de vingança. Erro grave, mas bastante comum entre os
casais.
A
situação fica mais séria quando vem a rejeição carnal. O apóstolo Paulo orienta:
Que os dois não se neguem um ao outro,
exceto se concordem em não ter relações por algum tempo a fim de se dedicar à
oração (1 Coríntios 7:5). Por norma, o ato revanchista de desprezo ou rejeição ocorre com
palavras ofensivas, ou injuriosas, pelo "virar de rosto", pela
negativa de relação. Uma vingança, por vezes, é seguida por outra. Basta a
pessoa atingida sair na rua e ouvir do sexo oposto uma palavra elogiosa para o
mal se instalar na família. Ou, então, após a ofensa, surge a ideia de
adultério ou divórcio, que, lentamente, vai sendo alimentada a cada briguinha.
Despontam lembranças e fatos passados, fantasias amorosas... No caso de
desprezo ou rejeição, não só o traidor terá contra si as consequências pelo
divórcio, mas também a outra parte.
O
gesto de vingança sempre traz resultado negativo, porque contraria a Palavra de
Deus. A Bíblia, por mais de uma vez, afirma que a vingança pertence ao
Senhor. Ó Senhor Deus, a quem a vingança pertence; mostra-te
resplandecente (Salmos 94:1). Aquele
que decide se divorciar, geralmente, está iludido por uma paixão (e toda paixão
é temporária) ou nutre rancor contra o cônjuge. Com isso, toma sua decisão cego
pelo encantamento (coisa diabólica) ou impulsionado pelo sentimento de
revanchismo. Portanto, age com a "cabeça quente", em estado
perturbado, o que, por si só, já é um erro, pois nunca devemos tomar decisão
quando nosso espírito está fora do normal. E ninguém está em sã consciência
quando vive em desavença com o seu par. Não tenha dúvida. Em Romanos
12:19, o apóstolo Paulo muito bem nos ensina: Amados, nunca procurem vingar-se, mas deixem
com Deus a ira, pois está escrito: Minha é a vingança; eu retribuirei, diz o
Senhor.
Controlar
a ira ou qualquer outro sentimento negativo não é tarefa fácil, principalmente
para as pessoas de espírito explosivo e que facilmente se sentem ofendidas. O
inimigo de Deus age nessa fraqueza e instiga o ser humano a desobedecer ao
Senhor, mostrando-lhe outra possibilidade, o próprio "fruto
proibido", como algo maravilhoso e espetacular, que dará grande
felicidade. Trata-se de propaganda enganosa, armadilha, laçada do inimigo. A
boa notícia é que todos têm defesa contra tal. Só existe um meio de transformar
um espírito explosivo: converter-se a Jesus, ele é o libertador.
O Senhor
está perto de todos os que o invocam, de todos os que o invocam com
sinceridade. Ele realiza os desejos daqueles que o temem; ouve-os gritar por
socorro e os salva (Salmos 145:18-19).
Manter
a privacidade
O lar deve ser um local privativo, quase secreto, onde se guarda grande tesouro. Onde se tem um tesouro, não se permite a entrada de qualquer um, de pessoas estranhas. Mantém-se a intimidade e não se mostra, sem os devidos cuidados, aquilo que nos é valioso. Estranhos, parentes ou amigos não devem se intrometer ou saber da vida conjugal. Em Gênesis 12:24, aprendemos: Portanto, deixará o homem seu pai e sua mãe, e unir-se-á à sua mulher, e serão ambos uma só carne. Descrito preceito, além de lembrar-nos de que tudo que um cônjuge fizer ao outro, de bom ou de ruim, estará fazendo a si próprio, evidencia que, em virtude do casamento, homem e mulher deixam completamente a casa dos pais.
A partir de então, os pais, por mais que mereçam,
e deve ser-lhes dado, carinho e atenção especial em razão da idade ou situações
especiais, tornam-se parentes. As famílias tornam-se independentes e autônomas.
Cada qual no seu quadrado. Observa-se que alguns, alheios ao regramento
sagrado, chegam ao absurdo de querer colocar regime “comunista” dentro do
relacionamento conjugal.
Causa
desavença no novo lar o hábito de pais, sogro ou sogra, cunhado ou cunhada,
interferirem na vida dos cônjuges. Estes, por sua vez, não devem levar seus
atritos a nenhum parente ou amigo. Costume que quebra a privacidade e a
cumplicidade no lar. Tudo deve ser solucionado em casa, entre as quatro
paredes. Bem diz um ditado popular que “roupa suja se lava em casa”.
Quando muito, e desde que haja segurança absoluta na lealdade e correção do pregador,
pode-se levar o caso a algum homem de Deus (padre, pastor, rabino, ancião...). Dê preferência àqueles que sejam severos em suas preleções
contra o divórcio. Lamentavelmente, nos dias atuais vemos alguns religiosos
fugindo da lei sagrada e dando apoio à extinção do vínculo. Muitas vezes, eles
próprios estão em pecado e praticando sexo fora dos ditames da Lei Sagrada.
Não
nos esqueçamos do que disse Jesus: Nem todo aquele que me diz: Senhor,
Senhor! entrará no reino dos céus, mas apenas aquele que faz a vontade de meu
Pai, que está nos céus (Mateus 7:21).
As
pessoas que se casam e permanecem com o umbigo grudado na casa dos pais estão
pedindo para que seus lares sejam destruídos. Pais que se intrometem, que vão
xeretear na casa dos filhos, estão levando infelicidade para eles. Deve-se
tomar cuidado também com aqueles que intervêm em sua casa a pretexto de dar
conselhos, pois Deus é que tem sabedoria e poder; a ele pertencem o
conselho e o entendimento (Jó 12:13). Todos os conselhos
úteis e verdadeiros encontramos nas Escrituras Sagradas. Toda a
Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a
correção, para a educação na justiça (2
Timóteo 3:16).
O
inferno está cheio de gente bem intencionada, de gente que gosta de dar conselhos.
Uzá, quando tocou na arca sagrada, estava bem-intencionado, mas tal em nada lhe
adiantou, não o livrou do castigo de Deus. A ordem do Senhor era para que
ninguém tocasse na arca, a não ser o sacerdote escolhido. Assim é o casamento,
algo intocável e inviolável. Não pode ser tocado, sob nenhum pretexto. As
eventuais desarmonias do casal devem ser resolvidas em casa, entre os dois, sob
a Palavra de Deus. Não busque ajuda de terceiros, mas sim na Palavra e nas
bênçãos de Deus, para resolver eventuais atritos no lar. Faça como o
salmista: Elevo a Deus a minha voz e clamo, elevo a Deus a minha voz,
para que me atenda (Salmos 77:1). Buscar ajuda de terceiros
é "descer ao Egito". Se cremos no Senhor, se acreditamos na sua palavra, então não devemos
procurar outros meios.
Ai dos que descem ao Egito em busca de socorro e
se estribam em cavalos; que confiam em carros, porque são muitos, e em
cavaleiros, porque são mui fortes, mas não atentam para o Santo de Israel, nem
buscam ao Senhor! Todavia, este é sábio, e faz vir o mal, e não retira suas
palavras; ele se levantará contra a casa dos malfeitores e contra a ajuda dos
que praticam a iniquidade [...] Convertei-vos, pois, ó filhos de Israel, àquele
de quem tanto vos afastastes (Isaías 31:1-2, 6).
Parentes
ou amigos não devem participar, não devem saber o que acontece entre o casal.
Noticiar atritos a outras pessoas só aumenta a discórdia. Faz com que terceiros
se enraiveçam injustamente contra o outro cônjuge e passem a apoiar a ideia de
separação. Outra norma: não dormir sem antes conversar e resolver o assunto.
Não levar a mágoa para a cama. O correto é solucionar a questão a sós, perante
o Senhor. Nunca se deve dormir separado, ainda que os ânimos não estejam bem.
Deixar a cama é chamar o inimigo para ocupar o espaço.
Interceder a Deus
Interceder, orar, clamar. Antes de tudo, um cônjuge deve interceder a Deus pelo outro. Deve agradecer a Deus pelo lar que tem e orar em prol de outros, diariamente. Oração mais oração, e até jejum, sem descansar. Frequente e participe de uma igreja cristã. A constância afasta as tentações. O Senhor disse: Então vocês clamarão a mim, virão a mim, e eu os ouvirei (Jeremias 29:12). Deve-se interceder ainda que o casal não esteja em conflito, pois os que estão em harmonia, da mesma forma, recebem "ataques". Carecemos de orar sempre pelos amigos e também pelos inimigos. Prática que agrada a Deus. Lembremo-nos de Jó: Mudou o Senhor a sorte de Jó, quando este orava pelos seus amigos: e o Senhor deu-lhe o dobro de tudo o que antes possuíra (Jó 42:10). É muito importante insistir na conciliação daqueles que já se separaram, a menos que um dos cônjuges já tenha constituído nova família.
A oração precisa estar constantemente no
lar. Orarás a ele, e ele te ouvirá; e pagarás os teus votos (Jó
22:27).Ore em casa com os filhos, com os netos... nas refeições e em outros
momentos escolhidos. Faça da prática um hábito familiar. Nossa vida devocional
consiste em fazer petições a Deus, agradecer-lhe e admirar os seus feitos.
Quando oramos, estamos nos lembrando do Senhor. Lembrando Dele, estamos sob sua
sombra, amparados contra as tentações que querem nos levar para o pecado, para
a desobediência.
11.3 Outras
atitudes recomendadas
Dar prioridade à família
É
fundamental priorizar a família e colocar o cônjuge em primeiro lugar. Abaixo
de Deus, as pessoas e as coisas do lar superam tudo o mais na vida. Família é
tesouro, o maior de todos, e de tesouro se cuida. Não custa relembrar que
familiares são os integrantes da casa. Primeiro o cônjuge, depois os filhos.
Parentes, inclusive os pais, amigos íntimos, igreja e trabalho vêm após o
marido e a mulher. Jesus afirma: [...] porque, onde está o teu
tesouro, aí estará também o teu coração (Mateus 6:21).
A
mulher não deve trocar o lar pelas amigas, por novelas, andanças, etc. Não deve
deixar sua casa para visitar os pais e levar seus problemas a eles ou a
qualquer outra pessoa. Sua obrigação é estar no lar, tornando-o um lugar
aprazível. A Palavra do Senhor diz:
A beleza é enganosa e a formosura é
passageira; mas a mulher que teme o Senhor será elogiada. Que ela receba a
recompensa merecida, e as suas obras sejam elogiadas à porta da cidade (Provérbios
31:30-31).
O
marido não deve frequentar botecos, jogatinas, festas masculinas etc. Nem levar
ou confidenciar seus problemas domésticos a parentes ou amigos. Ainda que muito
íntimos e confiáveis. A escritura adverte:
Não ande com os que se encharcam de vinho,
nem com os que se empanturram de carne. Pois os bêbados e os glutões se
empobrecerão, e a sonolência os vestirá de trapos (Provérbios 23:20-21).
O
lar merece ser o melhor ambiente, o mais agradável e o mais importante para
adorar e louvar a Deus. É onde nos alimentamos, abrigamos e descansamos. Na sociedade
moderna, não só o marido mas também a mulher trabalha fora de casa, viajam a
negócios ou para estudar. Todas essas atividades podem ser exercidas sem
nenhuma mácula ao pacto sagrado, desde que cada cônjuge tenha na mente e no
coração que seu lar e sua família estão em primeiro plano.
Marido
e mulher, estejam onde estiverem, carecem ter sempre dentro si as ordens do
Senhor. Se vier a tentação, a tática é cortar o mal pela raiz, eliminar de
imediato o perigo. A Palavra de Deus ensina: O prudente percebe o
perigo e busca refúgio; o incauto segue adiante e sofre as consequências (Provérbios
22:3). É salutar que homem e mulher limitem suas palavras e comportamentos
quando estiverem na presença de pessoas do sexo oposto. Pequenos descuidos
podem levar ao desrespeito e a outros pecados. A Palavra Sagrada nos diz
que devemos vigiar e orar. Vigiar, em primeiro lugar, cabe a
cada um de nós, individualmente. Orar é
pedir aquilo que nunca podemos fazer sozinhos.
Compartilhar e fazer planos
Um
grande segredo para o sucesso conjugal é dar, compartilhar, transferir – quanto
mais melhor – o amor-próprio (que se tem para si mesmo), para a pessoa ao seu
lado. Faça-a sentir que não está sozinha na caminhada. É sinal de
companheirismo, que significa "lealdade entre duas pessoas que se dispõem
a caminhar juntas; relacionamento, cumplicidade, fidelidade; lutar pelo mesmo
propósito; andar na mesma direção; almejar o mesmo sonho, o mesmo alvo; ter um
só coração, confiança, respeito, união, casamento, admiração" – Dicionário informal[3].
Talvez
falte nessa definição o vocábulo transparência. Com o advento
da internet e o uso de tecnologias nos relacionamentos, um
companheiro não deve esconder do outro os seus contatos. Ao contrário, ambos
devem ter "senha aberta" entre si. O casal cristão deve estar
aliado e "aberto", lutando abraçado em tudo. Compartilhando todos os atos
e acontecimentos, nos vários aspectos da vida. Sejam bons ou ruins. Um só
corpo; uma só comunhão de interesses.
É
ótimo que marido e mulher planejem e projetem juntos – cumplicidade –,
inclusive nas questões de ordem material ou de lazer. Afinal, Deus não é contra
a riqueza e a alegria. Tudo, porém, de maneira sigilosa, privativa, sem
divulgações. Lembremo-nos do que diz a Palavra de Deus: Você já viu
alguém que se precipita no falar? Há mais esperança para o insensato do que
para ele (Provérbios 29:20).
Divulgar
planos sem os devidos cuidados, além de quebrar a privacidade e a cumplicidade
do casal, atrai críticas, pensamentos negativos, inveja. A experiência de
muitos anos mostra que essa prática de projetar, sonhar junto, ainda que o
plano não venha a se concretizar, é ótima. Mantém a coesão e a
cumplicidade entre o casal.
Em verdade também vos digo que, se dois
dentre vós, sobre a terra, concordarem a respeito de qualquer coisa que,
porventura, pedirem, ser-lhes-á concedida por meu Pai, que está nos céus (Mateus 18:19).
Evitar o desvio da Palavra
A
experiência nos ensina que muitas mães e pais costumam colocar os filhos em
primeiro plano. Substituem a prioridade sagrada de se dedicar primeiro ao
cônjuge, e passam dar mais atenção ao filho, sob a seguinte alegação: "Ele
é meu sangue". Um grande engano, pois homem e mulher, uma vez casados, são
"uma só carne", como bem define a Palavra Sagrada. Filhos e filhas, a
partir da adolescência, começam a ter suas próprias opções, as quais, muitas
vezes, são avalizadas por apenas um dos cônjuges, contrariando o outro, o que é
um enorme e terrível erro. Tal situação leva a um grande desastre nas famílias,
chegando mesmo à sua extinção. O marido, geralmente, é a maior vítima. A mãe
passa a apoiar roupas e comportamentos da filha ou, então, a acatar mais as
posições do filho. Com isso, o chefe da casa se sente rebaixado, e começam os
atritos que, sabemos, levam à discórdia no lar.
Pregar
a conciliação
Não
aconselhe o divórcio a ninguém, por pior que esteja a situação. Mesmo em caso
de adultério, pregue, com ardor, o perdão e a reconciliação, sobretudo se o
casal tiver filhos. Não interfira na aliança entre Deus e o casal. Pode-se
pagar caro por isso. A penalidade pode até demorar, mas, com certeza, não
deixará de vir. É só uma questão de tempo. Quebrou o mandamento, a “fatura” é
emitida, resta saber que dia a conta vence. Diz o profeta Malaquias:
Eu odeio o divórcio, diz o Senhor, o Deus de
Israel, e também odeio o homem que se cobre de violência, como se cobre de
roupas, diz o Senhor dos Exércitos. Por isso, tenham bom senso; não sejais
infiéis (Malaquias
2:16).
Nunca
dê o golpe de misericórdia. Seja um atalaia e alerte aquele que estiver em
pecado.
A ti, pois, ó filho do homem, te constituí por
atalaia sobre a casa de Israel; tu, pois, ouvirás a palavra da minha boca e lhe
darás aviso da minha parte. Se eu disser ao perverso: Ó perverso, certamente,
morrerás; e tu não falares, para avisar o perverso do seu caminho, morrerá esse
perverso na sua iniquidade, mas o seu sangue eu o demandarei de ti. Mas, se
falares ao perverso, para o avisar do seu caminho, morrerá ele na sua
iniquidade, mas tu livraste a tua alma (Ezequiel 33:7-9).
Seja
firme e diga ao pretendente ao divórcio que ele cairá em um abismo de
maldição e sofrimento. Se houver violência, limite-se a comunicar o fato às
autoridades policiais. Proteja as crianças, mas, primeiro, clame a Deus porque
ele quer salvar todos os lares. Invoca-me, e te responderei; anunciar-te-ei
coisas grandes e ocultas, que não sabes (Jeremias 33:3).
Formalizar
o casamento
É
imprescindível formalizar o casamento, seja por ato civil, seja por ato
religioso, principalmente se o casal estiver vivendo sob o mesmo teto ou tenha
gerado filhos. Embora as doutrinas do homem permitam, e até incentivem,
relações sexuais fora do casamento não deveriam existir, pois são pecaminosas e
contrariam a lei de Deus. Documentar a união familiar cria benefícios,
materiais e espirituais, principalmente para as crianças. Sem o casamento,
haverá sempre um clima de incerteza e insegurança no lar, embora o casal
não perceba, propiciando "brechas" para o "inimigo"
agir.
[...] já que existe tanta imoralidade sexual, cada
homem deve ter a sua esposa, e cada mulher, o seu próprio marido. O homem deve
cumprir seu dever como marido, e a mulher também deve cumprir seu dever como
esposa. A esposa não manda no seu próprio corpo; quem manda é o seu marido.
Assim também o marido não manda no seu próprio corpo; quem manda é a sua
esposa. Que os dois não se neguem um ao outro, a não ser que concordem em não
ter relações por algum tempo a fim de se dedicar à oração. Mas depois devem
voltar a ter relações, a fim de não caírem nas tentações de satanás por não
poderem se dominar (1Coríntios 7:2-5).
Preparar
os filhos
Ainda
que seja difícil diante dos modismos profanos, prepare seus filhos para
respeitarem, e não banalizarem, o próprio corpo. Ensine-os que a prática da
união carnal é permitida somente após o casamento. Mostre a eles que é salutar
agir segundo a lei de Deus. Enfim, que obedeçam à Palavra Sagrada e, assim,
tenham um lar segundo a Bíblia. A relação sexual fora do matrimônio é
prostituição. Jacó teve de trabalhar sete anos para seu futuro sogro a fim de
que este lhe entregasse a filha em casamento. A mulher que se entrega
facilmente a um homem estará se degradando (o homem não valoriza a parceira que
consegue sem esforço; em consequência, banaliza a sociedade conjugal).
Quanto à preparação dos filhos, deve-se começar cedo e sem tréguas:
Estas palavras que, hoje, te ordeno estarão no teu
coração; tu as inculcarás a teus filhos, e delas falarás assentado em tua casa,
e andando pelo caminho, e ao deitar-se, e ao levantar-te (Deuteronômio 6:6).
O
pai que orienta, que educa seu filho conforme as leis do Senhor, está
entregando ao filho uma grande fortuna, uma herança de valor inestimável.
Lecione aos filhos para que primeiro busquem uma aliança com Deus, pois,
assim, o Senhor preparará um(a) companheiro(a) para um lar feliz para a vida
toda. É um erro pensarmos, com base nas primeiras impressões, que essa ou
aquela pessoa fará alguém feliz. Jesus nos ensinou: [...] buscai,
pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e estas coisas vos serão
acrescentadas (Mateus 6.33). Homem algum, nem mulher alguma,
consegue dar felicidade a outra pessoa. Quando assim acontece é por
determinação de Deus. Nunca se esqueça. O ser humano, cuja tendência natural é
a inconstância, por vezes, não está apto a proporcionar felicidade a ninguém,
mesmo a si próprio. Amar um ao outro, de forma permanente, é dádiva e milagre
de Deus.
Nunca
dar razão à pessoa queixosa
Quando você for procurado, leve a Palavra de Deus,
mas não opine sobre a briga conjugal, pois, como já foi dito, ela deve ser
resolvida entre o casal e Deus. Diz o ditado: “em briga de marido e mulher, não
se mete a colher”. A Escritura Sagrada ensina: Como alguém que pega
pelas orelhas um cão qualquer, assim é quem se mete em discussão alheia (Provérbios
26:17). Se alguém do casal trouxer o problema até você, a regra é não lhe
dar razão, mesmo sendo um filho seu. Ore pelo casal e o oriente a buscar no
Senhor a solução para os problemas. Os desentendimentos só vêm quando há falta
de conhecimento da Palavra ou de obediência ao Senhor. Se ainda não são
convertidos, tanto o homem como a mulher, oriente e insista pela conversão. Com
Jesus está a chave.
Acolher os reclamos de um dos briguentos o faz
"crescer" psicologicamente perante o outro, e, assim, mesmo sem
intenção, alimenta-se o desejo de ruptura conjugal. Cada discordante
tem sua própria versão dos fatos, porém a verdade só Deus sabe. O
primeiro a apresentar a sua causa parece ter razão, até que o outro venha à
frente e o questione (Provérbios 18:17). A razão é o
"cavalo do diabo", disse-me um bom amigo, grande colaborador na
edificação do Santuário, o Boaventura. Um amontoado de razões leva a grandes
tragédias. Dar razão a qualquer das partes é alimentar contendas. Em problema
conjugal, mesmo se ouvindo as duas partes, não é aconselhável, é um erro,
afirmar que esta ou aquela tem razão, mas sim incentivá-los a buscarem a
presença de Deus.
Nunca
dormir irado nem separado
Essa lição aprendi com a Eliane, uma amiga minha e
parente de minha esposa. Nunca vi o casal em atrito em seus muitos anos de vida
mútua. Certa feita, indaguei-lhe qual era o segredo. Ao que me respondeu:
“Minha mãe me falava que se dormirmos separados, o diabo entra no meio. Então,
ela me ensinou, e eu estou repassando às minhas filhas”. O casal nunca deve
dormir brigado, mas deve se reconciliar antes de terminar o dia. Sem dúvida,
uma grande verdade, que, inclusive, encontra respaldo na Bíblia Sagrada: Irai-vos e não pequeis; não se ponha o sol
sobre a vossa ira (Efésios 4:26). Em outra versão está assim: Mesmo na raiva,
não pequeis! A ira deve ser
superada imediatamente, pela reflexão e pela oração. Guardar a ira é
potencializar o veneno.
Perdoar
ao invés de acusar (não julgar - não condenar)
Assim como grandes incêndios começam com uma pequena
faísca, grandes tragédias familiares se iniciam com uma simples acusação, com
frases de um culpando o outro por pequenos erros ou enganos na casa. Acusar e
culpar é coisa do inimigo de Deus. Perdoar é próprio do Senhor, de quem está
com Jesus. Porém não custa insistir que, antes de tudo, é preciso
receber e ter o Salvador. Primeiro e principal requisito para a vitória. “Sem
Cristo não existo. Nenhuma parceria dura e nenhuma meta alcanço”. Lute que Jesus te dá vitória.
11.4
Resumo das regras sobre o casamento
Obediência
Viver sob o comando da
Palavra de Deus e não da própria vontade. Dever do homem: amar a esposa. Dever
da mulher: auxiliar (nunca confrontar) o marido. Bem-aventurado aquele
que teme ao Senhor e anda nos seus caminhos! (Salmos 128:1).
Comunhão
Aceitar e se entregar a
Jesus, caminhar com ele, purificar a casa, eliminando tudo que desagrada ao
Senhor. Nada de palavras, coisas ou atos impuros. Não colocarás coisa abominável em sua
casa, para que não sejas amaldiçoado como ela (Deuteronômio 7:26).
Privacidade
Não aceitar ingerências de terceiros na casa e na
vida familiar, nem divulgar coisas do casal a outras pessoas, parentes ou
não. O que guarda a boca conserva a sua alma (Provérbios
13:3).
Vigilância
Zelar e orar com o
cônjuge (Pai-Nosso, de mãos dadas) e para o cônjuge (interceder a Deus
por ele). O que você fizer ao seu cônjuge, a você mesmo estará fazendo (e
serão ambos uma só carne). Frequentar os cultos na igreja. Vigiai e orai para que não entreis em
tentação (Marcos 14:38). Não custa repetir: nunca dormir irado ou em
camas separadas. “Casa onde tem oração, não tem separação”. O inverso também é
verdadeiro. Selecionar os amigos. Más
amizades corrompem os bons costumes (1Coríntios
15:33). Ditado popular: Um porco sujo não quer o outro limpo.
Toda pessoa “desviada”, por vezes, representa perigo ao lar.
11.5
Decálogo do casamento
1)
O casamento – a família - é uma aliança sagrada, indissolúvel e intocável; não
a destrua nem interfira nela; o castigo pode demorar, mas com certeza virá. Portanto,
o que Deus uniu não separe o homem
(Mateus 19:6). 2- Deus é bondoso, mas não mudou nem muda sua Palavra;
ninguém a burla e permanece impune. Portanto,
amarás ao Senhor teu Deus, e guardarás a sua ordem (Dt 11:1). 3-
Sirva a Deus desde solteiro(a) para continuar servindo-o, com o cônjuge, depois
de casado. Eu e a minha casa serviremos ao Senhor (Js
24:15). 4- Antes de se casar, faça uma aliança com Jesus; após casado(a),
tenha Cristo no centro do seu lar e viva debaixo da sua Palavra. Eu sou o
caminho, a verdade e a vida (Jo 14:6). 5- Tenha intimidade com Deus,
afaste-se do álcool, da sensualidade e de outras tentações carnais (tiram o
entendimento e destroem a pessoa). Nem
deis lugar ao diabo (Ef 4:27). 6-
Seja, com a família, um cristão participante de sua igreja. Alegrei-me quando me disseram: Vamos à casa
do Senhor (Sl 122:1). 7- Um cônjuge é presente de Deus para o outro;
presente que não se preza se perde. Ore por ele e com ele. [...]
ninguém aja de forma traiçoeira contra a mulher da sua juventude (Ml
2:15). 8- Abaixo de Deus, coloque o cônjuge em primeiro lugar na sua
vida. Porque onde estiver o vosso
tesouro, aí estará também o vosso coração (Mt 6:21). 9- Trate o
cônjuge com carinho, respeito e admiração; perdoar e não acusar. E
sede amáveis uns para com os outros (Ef 4:32). 10- Faça de sua casa
um templo de Deus e para Deus; convide Jesus, o grande Amigo, para entrar e
morar nela. Eis que estou à porta e
bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e com
ele cearei (Apocalipse 3:20).
11.6 Textos
da lei divina para a família
1º)
Disse mais o Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma
auxiliadora que lhe seja idônea (Gênesis 2:18). Se Deus fala que
algo não é bom, temos que acreditar que ele está com a razão. É bom, portanto,
para o homem e para a mulher viverem em união matrimonial. Veja que já no
início da criação do mundo, o Senhor determinou que a mulher foi criada como
auxiliadora, colaboradora, apoiadora do homem. Deus qualifica ainda que a
companheira do homem há de ser idônea; ou seja, adequada, ajustada, harmoniosa.
Mas repito: o homem, da mesma forma, deve obedecer à Palavra do Senhor no
sentido de que lhe cabe a missão de proteger a casa e dar carinho à mulher. Ele
deve comportar-se como um rei e um sacerdote no lar. Um marido dado ao vício do
álcool ou de qualquer outra droga não estará em condições de bem comandar sua
família, nem poderá exigir bom desempenho da mulher. Tampouco, prover o lar,
material e espiritualmente.
2º)
Ao expirar, disseram as mulheres que a assistiam: Não temas, pois tiveste um
filho. Ela [mulher de Fineias], porém, não respondeu, nem fez caso disso. Mas
chamou ao menino Icabô, dizendo: Foi-se a glória de Israel. Isto ela disse,
porque a arca de Deus fora tomada e devido a seu sogro e seu marido. E falou
mais: Foi-se a glória de Israel, pois foi tomada a arca de Deus (1Samuel
4:20-22). Quando um casal se divorcia, homem e mulher perdem a glória de Deus
que reina no meio deles. A glória é representada pela honra, pela vitória, pela
paz e pelo conceito da família. Tudo se dispersa quando o divórcio acontece. Os
integrantes da casa ficam perdidos, desorientados, sem luz e sem rumo. Até os
parentes e amigos mais próximos são atingidos. Empresas têm prejuízos ou mesmo
vão à falência em razão de divórcios.
3º)
Ouviste que foi dito aos antigos. Não
cometerás adultério. Eu, porém, vos digo que qualquer que atentar numa mulher
para cobiçar já em seu coração cometeu adultério com ela (Mateus
5:27-28). A palavra adultério, na sua etimologia, conforme já mencionamos, não
significa traição, como estamos acostumados a pensar, mas modificação,
alteração da pureza, destruição. Logo, quem trai comete adultério porque
destrói o casamento, elimina a pureza da aliança sagrada. A pessoa que trai se
torna desleal não só para com o seu cônjuge, mas também para com Deus. Toda
deslealdade é, ao mesmo tempo, um ato de covardia.
4º)
Eu, porém, vos digo que qualquer que
repudiar sua mulher, a não ser por causa de prostituição, faz com que ela
cometa adultério (Mateus 5:32). Existem muitas formas de repúdio,
rejeição... No casamento, um cônjuge não deve praticar qualquer forma de
desprezo contra o outro, visto que tal comportamento pode levar ao adultério.
Nesse caso, ambos serão culpados pela destruição do lar. Por vezes, em razão de
ninharias, um dos cônjuges, em atitude vingativa, despreza (repudia) o outro,
evitando conversar ou mesmo dividir o leito. Usa uma maldita
"pirraça".
5º) “E
eles disseram: Moisés permitiu escrever carta de divórcio e repudiar. E Jesus,
respondendo, disse-lhes: Pela dureza de vosso coração vos deixou ele escrito
este mandamento; porém, desde o princípio da criação, Deus os fez macho e
fêmea” (Marcos 10:4-6). Deus não deseja a separação dos
casais em hipótese alguma, mesmo no caso de adultério. Ele quer que haja o
perdão. Além disso, a união que o Senhor prevê é aquela entre homem e mulher,
macho e fêmea. Trata-se de abominação aos olhos de Deus a união homossexual.
6º)
Para os já casados, tenho um
mandamento, que não é meu, mas do Senhor: que a mulher não se separe do seu
marido. Porém, se ela se separar, que não se case de novo ou então que faça as
pazes com o marido. E que o homem não se divorcie da sua esposa (1Coríntios
7:10-11). Bem clara é a Escritura Sagrada: separação e divórcio não são permitidos.
7º)
No Senhor, todavia, nem a mulher é independente do homem, nem o homem,
independente da mulher. Porque, como provém a mulher do homem, assim também o
homem é nascido da mulher; e tudo vem de Deus (1Coríntios 11:11-12). O
homem não é superior à mulher, e vice-versa. Um carece do outro para se
evoluírem.
8º)
Irai-vos e não pequeis; não se ponha
o sol sobre a vossa ira (Efésios 4:26). Como já
comentamos, o casal nunca deve dormir irado nem separado. O descanso, tanto
para si como para o outro (ou a outra), será incompleto; às vezes, horrível.
Capaz de trazer doenças e resultados negativos imediatamente, já no dia
seguinte.
9º)
Vós, filhos, sedes obedientes a
vossos pais no Senhor, porque isto é justo. Honra a teu pai e a tua mãe, que é
o primeiro mandamento com promessa, para que te vá bem, e vivas muito tempo
sobre a terra. E vós, pais, não provoqueis a ira a vossos filhos, mas criai-os
na doutrina e admoestação do Senhor (Efésios 6:1-5). Lições divinas
preciosas sobre o relacionamento com os filhos e sua educação.
10º)
É necessário, portanto, que o bispo seja irrepreensível, esposo de uma só
mulher, temperante, sóbrio, modesto, hospitaleiro, apto para ensinar; não dado
ao vinho, não violento, porém cordato, inimigo de contendas, não avarento; que
governe bem a própria casa, criando os filhos sob disciplina, com todo o
respeito (pois, se alguém não sabe governar a própria casa, como cuidará da
Igreja de Deus?) (1Timóteo 3:2-5). Os ensinamentos sobre o bom
proceder no lar, no comando da própria morada, não se aplicam somente ao
religioso, mas também ao homem de vendas,
ao líder comunitário, ao administrador público.
11º)
Digno de honra entre todos seja o
matrimônio, bem como o leito sem mácula; porque Deus julgará os impuros e
adúlteros (Hebreus 13:4). Esta carta do apóstolo Paulo, deixa bem
claro o caráter do casamento. Uma vez mais a Escritura Sagrada nos alerta para
a grandeza e a santidade do casamento, do recanto conjugal. O matrimônio carece
ser honrado por todos.
12º)
Se atentamente ouvires a voz do Senhor teu Deus, tendo cuidado de guardar
todos os seus preceitos que hoje te ordeno, o Senhor, teu Deus, te exaltará
sobre todas as nações da terra. Se ouvires a voz do Senhor, teu Deus, virão
sobre ti e te alcançarão todas estas bênçãos (Deuteronômio 28:1-2).
Resumindo: obediência = bênçãos; desobediência = maldições.
Invista no ser amado
Este
capítulo do livro estava pronto havia muito tempo, quando, ao passar algumas
horas de lazer na ponte do rio Apucarana Grande, na Gleba Aurora, município de
Tamarana, PR, tive um encontro, uma conversa inesperada e interessante.
Aprontando-me
para voltar para Apucarana, de repente, após atravessar a ponte, aproximou-se
de mim, no acostamento, uma camioneta de carga, dirigida por um homem de 35
anos. Disse que se chamava Valdecir. Na conversa, logo que ele soube de minha
missão, contou-me sua experiência de vida, bem marcante. Falou que, trabalhando
em uma região no interior do Estado de São Paulo, conheceu e trocou
correspondências com uma mulher de outra cidade. Depois de algum tempo,
decidiram morar juntos. Ele deixou seu trabalho e residência e foi morar na
terra dela. Lá chegando, depois de alguns dias, soube que ela era dependente de
álcool e de drogas. Antes disso, já vinha o casal recebendo críticas e ataques
de parentes da mulher, em razão da invejável situação financeira desta.
Ele era um trabalhador humilde, mas o julgavam como um interessado no
patrimônio da parceira. Todavia, o homem tinha certeza de que ela o amava.
Diante
desse quadro, decidiu lutar para livrá-la das dependências psíquicas. Primeiro
atacou o alcoolismo. Venceu essa primeira batalha e, em seguida, lutou e conseguiu
tirá-la das drogas. Uma história um tanto longa e que custou a ela todo o seu
patrimônio, inclusive imóveis rurais de valores significativos. Tudo havia sido
gasto na compra de drogas. Depois, livre do vício, passaram a uma vida feliz,
apesar da redução dos bens. Humildes, mas com Deus no lar e Jesus no
coração. As suspeitas dos parentes dela contra ele deixaram de existir. Tiveram
perdas materiais, porém a felicidade surgiu
O
rapaz terminou de narrar sua história, entrou em seu veículo e voltou pela
mesma direção de onde viera. Logo que saiu, passei a questionar: “O que
esse cidadão veio fazer aqui? Chegou, conversou e retornou”. Não precisei muito
esperar para concluir que o homem esteve lá, enviado por Jesus, para me ensinar
uma lição: se sua parceira o ama, “invista” nela, ajude-a naquilo que ela
precisa para se libertar. Você também sairá vitorioso (o mesmo se diga da
parceira para com seu parceiro). Procurei depois o tal homem, no lugar onde ele
disse morar, mas não o encontrei, ninguém o conhecia. Continuo tentando, mas
até agora não tive sucesso.
Parte
B – Salvando almas
“Poder para derrotar o mal e nos levar a Deus,
somente um tem: Jesus Cristo.”
11.7
Atuando como atalaia e mensageiro do reino
Todo
cristão convertido em cidadão do reino dos céus, ou seja, aquele que já recebeu
Jesus como Senhor e Salvador, pode e deve trazer outras pessoas –
independentemente da religião delas – a Deus. tal se faz, como vimos, mediante
a declaração de amor a Jesus Cristo, afirmando que o aceita ou o recebe.
Seguindo basicamente o roteiro adiante.
1º)
Perguntar se a pessoa já aceitou Jesus como Senhor e Salvador. Se já o
aceitou, pronunciando verbalmente, confirmar se está firme nos caminhos dele.
Se não estiver, oriente para que ela volte ao que era. Deus tem saudade do
tempo em que ela o servia e o adorava na igreja. Alerte-a de que Deus
está fazendo a última chamada. Se a pessoa ainda não aceitou Jesus,
mas mostra intenção de fazê-lo, proceda conforme o próximo passo. Se ela não
demonstrar interesse em aceitar Jesus, insista na advertência. Pode ser a
última oportunidade para ela.
2º)
Perguntar se a pessoa acredita, de coração, que Jesus é o Filho do Deus Pai,
que o ressuscitou dentre os mortos; se acredita que Jesus morreu pelos nossos
pecados... Respondendo "sim", perguntar se ela o aceita de coração e
o confessa como seu Senhor. Melhor ainda se, em vez de simplesmente responder
"sim", a pessoa fizer uma declaração mais ampla, nos seguintes
termos: "Jesus Cristo, Filho de Deus, eu te recebo, te aceito, como meu
Senhor e único Salvador". Essa manifestação de vontade coloca o
nome da pessoa no Livro da Vida, mas não custa orar nesse sentido.
Doe uma Bíblia ao novo convertido, se ele não tiver. Oriente-o a frequentar a
casa de Deus. A partir da declaração, a pessoa sai da condição de criatura
de Deus para a condição de filho de Deus. “Mas, a
todos que o receberam, foi-lhes dado o poder de se tornar filhos de Deus” (João
1:12). Poder ou direito, aqui os vocábulos se equivalem.
3º)
Após receber – ou aceitar – Jesus, convém à pessoa entregar-se cada dia mais,
renunciar às coisas do mundo e caminhar com Cristo. Buscar, chegar mais
perto e conhecê-lo. Ler a Bíblia e ir à casa de Deus. Orar e jejuar.
Adorar, pedir e agradecer somente à trindade divina. Santos e santas são dignos
de imitação e respeito. Poder para derrotar o mal e nos levar a Deus, somente
um tem: Jesus Cristo.
4º)
Quando for o caso, alerte sobre a santidade da família, que ela é indissolúvel
e intocável. Incentive a instalação de um canto de oração em casa. São atos que
ajudam na evangelização.
Parte
C – O Altar da Aliança e o Ambiente de Oração
11.8 A Mensagem Emoldurada
A
estampa da Mensagem Emoldurada, a qual, depois
que se grava os nomes, transforma-se em um altar (Altar da Aliança), recebeu e ocasionalmente ainda recebe muitas
críticas, colocando em dúvida sua origem sagrada. Com frequência, os ataques
partem de líderes religiosos que se dizem eruditos em teologia, os evangélicos
“letrados”. Os tais se esquecem da multiforme graça de Deus, de que o
Senhor usa de meios diversos para chamar ou converter cada pessoa. Por exemplo,
ele usou o código do DNA humano para converter cientistas ateus. Desnecessário
dizer que minha missão busca os mais humildes, os não evangelizados, jamais
terá vínculo com quem a repele. Ela não se destina aos “maiorais do templo”.
“Não fale disto – das colunas – a essa categoria de pessoa”, frase
revelada a um verdadeiro servo de Deus, que a entregou a mim num momento
próprio.
Em todo lugar onde eu
fizer celebrar a memória do meu nome, eu virei a ti, e te abençoarei (Êxodo 20:24).
Sobre
as colunas, o que importa é que muitos lares foram salvos a partir do momento
que o casal fez seu altar individual. Contar as experiências exigiria um livro
só para isso. Atualmente a Mensagem Emoldurada serve também para os que
aceitam Jesus, sendo utilizada para montar seu canto de oração. Com a pandemia
de Covid-19, os cultos nas igrejas foram suspensos, e as orações em casa se
tornaram mais usuais e necessárias. Fato que realmente interessa: o número de
líderes religiosos, católicos e evangélicos, defendendo a instalação de altar,
mesa ou ambiente de oração em casa é bem superior ao daqueles que criticam.
Ademais, para mim, fazer altar para Deus é uma ordem, um ministério.
Continuarei nele enquanto o Amigo Invisível me permitir, sem olhar ou ouvir opiniões
do mundo profano.
Há
denominação com o hábito de criticar a doutrina de outra, ou de outras. Algumas
chegam ao cúmulo de afirmar que só a sua é válida e leva à salvação. Assim, se
até nesse assunto há crítica, é normal até que a mensagem emoldurada não escape dos ataques. Releva observar que as
Escrituras Sagradas nos mostram que toda vez que Deus mandou o homem fazer
santuário, ou altar, para Ele, após concluída a obra, na forma especificada, ou
seja, obedecida a ordem, a glória do Senhor se manifestou no lugar. Maravilhas
que vemos no Livro de Êxodo, e também em Ezequiel, a partir do capítulo 40.
Pastor Ataíde Santos
(grande amigo e homem de Deus) com sua esposa, irmã Eliete.
É
preciso entender o significado de altar. Nas religiões pagãs
ou antigas, altar era uma espécie de mesa de pedra para os holocaustos. Nas
atuais, é o local central onde se realizam missas ou cultos. Os doutrinadores,
em geral, costumam definir o altar como um local de sacrifícios e ofertas, e
púlpito como o espaço destacado para a pregação da Palavra. Se dependesse de
mim, a Mensagem Emoldurada não seria definida nem como altar nem
como púlpito, mas sim como um objeto, um estandarte para formar um canto
(lugar) de oração, destinado
à prática do culto doméstico. Como, todavia, me foi dito que, após gravados os nomes, ela se
transforma em altar, Altar da Aliança, então assim a
qualifico. Particularmente, entendo que altar é todo lugar onde se destaca ou
se enaltece o nome do Senhor. Até um para-choque de caminhão pode ser um
altar. Em especial, gosto do texto
de Êxodo 20:24.O Livro Sagrado, no Velho Testamento, dá notícias de que
diversos homens de Deus ergueram altar para o Senhor:
(i)Levantou Noé um altar ao
Senhor e, tomando de animais limpos e de aves limpas, ofereceu holocaustos
sobre o altar (Gênesis 8:20). ii) E apareceu o Senhor a Abrão,
e lhe disse: À tua descendência darei esta terra. E edificou ali um altar ao
Senhor, que lhe tinha aparecido. E se foi dali a um monte ao oriente de Betel
[...] e edificou ali um altar ao Senhor, e invocou o nome do Senhor (Gênesis
12:7). iii) E levantou [Jacó] ali [em Siquém] um altar e lhe
chamou Deus, o Deus de Israel (Gênesis 33:20). iv) Disse
Deus a Jacó: Levanta-te, sobe a Betel e habita ali; faze ali um
altar ao Deus que te apareceu quando fugias de teu irmão, Esaú (Gênesis
35:1). v) E Moisés edificou um altar e lhe chamou: O Senhor
é minha bandeira (Êxodo 17:15). vi) Então, Josué edificou
um altar ao Senhor, Deus de Israel, no Monte Ebal, como Moisés, servo do
Senhor, ordenara aos filhos de Israel (Josué 8:30-31). vii) Então, Gideão edificou ali
um altar ao Senhor e lhe chamou de O Senhor é paz (Juízes 6:24).
viii) Edificou Saul um altar ao Senhor; este foi o primeiro
altar que ele edificou (1 Samuel 14:35). ix) Edificou ali Davi ao
Senhor um altar e apresentou holocaustos e ofertas pacíficas [...] e a praga
cessou de sobre Israel (2 Samuel 24:25). x) Tomou [Elias] doze pedras [...] Com aquelas
pedras edificou o altar em nome do Senhor (1 Reis 18:31-32). xi) Edificou [Manassés] altares na casa
do Senhor, da qual o Senhor tinha dito: Em Jerusalém porei o meu nome (2
Reis 21:4).
Comprova-se, pelos textos acima, que o altar era a
realização de um ato individual, algo direto entre a pessoa e Deus. Mas depois
de pronto o altar, segundo um amigo, torna-se coletivo. Tanto é assim, que
Abraão e Jacó passaram pelos mesmos dois lugares, Siquém e Betel, mas cada um
fez seu próprio altar. Afirmamos há anos em nossas redes sociais e em nosso
blog que a finalidade do Altar da Aliança é levar as famílias a
terem espaço (altar) e tempo (oração) para Deus em suas casas.
Em
artigo para a revista Impacto, A. Tadeu
Lança[4]
afirma:
Tudo começou em uma reunião de grupo caseiro em
1988 no momento em que o irmão Harold Walker estava ministrando uma palavra
sobre o livreto Espaço para Deus. Naquele dia, o Senhor falou, em meu coração,
que queria ouvir minha voz todos os dias. A partir daí, essa prática vem se
mantendo sem nunca falhar. Já faz 21 anos que a praticamos individualmente e em
família. A responsabilidade de sacerdote do lar levou-me a passar essa
bênção do Espaço para Deus para minha esposa e filhas. Nós entendemos que, sem
a prática da solidão, à qual o autor se refere, é impossível viver a vida
espiritual. Também entendemos que a disciplina de comunidade ajuda a manter a
disciplina da solidão. Precisamos estar intimamente ligados uns aos outros para
nos fortalecer. Deus revelou-nos que nosso casamento, nossa unidade em família,
nossa vida espiritual, os frutos que estamos colhendo de ver nossas filhas
comprometidas com o Senhor Jesus, tudo isso é resultado do Espaço para Deus em
nosso lar.
Em artigo para a revista Impacto, A. Tadeu Lança, bem afirma:
Tudo começou em uma reunião de grupo caseiro em
1988 no momento em que o irmão Harold Walker estava ministrando uma palavra
sobre o livreto Espaço para Deus. Naquele dia, o Senhor falou, em meu coração,
que queria ouvir minha voz todos os dias. A partir daí, essa prática vem se
mantendo sem nunca falhar. Já faz 21 anos que a praticamos individualmente e em
família. A responsabilidade de sacerdote do lar levou-me a passar essa
bênção do Espaço para Deus para minha esposa e filhas. Nós entendemos que, sem
a prática da solidão, à qual o autor se refere, é impossível viver a vida
espiritual. Também entendemos que a disciplina de comunidade ajuda a manter a
disciplina da solidão. Precisamos estar intimamente ligados uns aos outros para
nos fortalecer. Deus revelou-nos que nosso casamento, nossa unidade em família,
nossa vida espiritual, os frutos que estamos colhendo de ver nossas filhas
comprometidas com o Senhor Jesus, tudo isso é resultado do Espaço para Deus em
nosso lar.
Outro
ensinamento esclarecedor foi compartilhado pelo pastor Júlio Cezar S. Cindra[5]:
O chamado, aqui, é para mostrar, na prática,
como se deve fazer, é preparar a sua casa para se encontrar com o seu Deus.
Cumpra o que está escrito no verso 7, transforme
sua casa em um altar. Para isso, é preciso resgatar a comunhão e a intimidade
dentro de casa. Para os judeus, o momento de comunhão sagrado dentro da família
eram os momentos de refeição, onde a família se sentava e conversava enquanto
comia. Hoje cada um come em um lugar, em um horário, e não há mais diálogo, só
há um silêncio. Enquanto nossos olhos e ouvidos estão ouvindo o que a televisão
e a internet têm a dizer, tapamos os nossos ouvidos para o grito de socorro de
nossa família. Ainda há tempo de agir, faça da sua casa um altar, um lugar onde
Deus é adorado todos os dias!
No
âmbito católico, a Agência Católica de Informações – ACI[6],
da mesma forma, recomenda a instalação de altar no lar:
A Quaresma sempre foi um tempo para aumentar nossa
reflexão e oração, um tempo para fazer novos hábitos de oração que poderíamos
continuá-los passado este tempo litúrgico. Um altar familiar, ou mesa de oração
como alguns a chamam, ajudaria não só a criar na família o hábito da oração,
mas também lhes recordaria que seu lar deve ser um lugar de adoração.
O altar não tem que ser necessariamente algo muito
elaborado, pomposo ou custoso; menos ainda se o lar estiver cheio de pequenas e
inquisitivas crianças com dedos muito ocupados.
Por exemplo, há famílias que por muitos anos
utilizaram a parte mais alta do livreiro como mesa de oração. O essencial é que
seja um lugar visível onde a família se reúna para a oração. Uma pequena mesa
na esquina (por que não onde ficava a TV?), um espaço na parte da estante,
a sala...
O altar familiar também deverá incluir alguns
elementos que demonstrem que é um lugar especial. Uma toalha bordada ou de
alguma cor litúrgica dá ao altar familiar certa formalidade. [...] Uma
Bíblia, livros de oração e meditação. Ícones ou pinturas podem ser colocados em
prateleiras ou penduradas nas paredes atrás do altar familiar.
A
construção e a manutenção de um altar familiar é uma atividade simples, mas que
fará diferença na vida de oração da família, criando uma atmosfera apropriada
no lar. Embora não concorde, como evangélico, com o uso de imagens ou “ícones”,
a recomendação católica para o uso de altar no lar tem respaldo nas revelações
que recebi, pois agrada ao Senhor que, em cada lar, haja espaço (altar) e tempo
(oração) dedicados a ele.
O
pastor nordestino, Elinaldo Renovato de Lima[7],
da Igreja Assembleia de Deus, há longa data, defende o culto doméstico.
Desconheço se ele encontrou respaldo na sua denominação. Chegou o pastor, inclusive, a publicar um
trabalho a respeito, um autêntico manual e roteiro, o qual reproduzo a seguir:
“Introdução: No livro de Gênesis, cap. 3, e no Salmo 128, encontramos o
valor da adoração a Deus no lar. Deus deseja que, em cada lar, haja um ambiente
espiritual que honre e glorifique o seu nome. A maioria dos pais crentes
não tem
percebido a necessidade da adoração no lar, imaginando que só a igreja local
atende às necessidades espirituais de sua família. Mas isso é um engano.
Meditemos um pouco no assunto.
I - Deus quer
estar presente no lar
1. No primeiro lar, Deus estava presente:
· Deus visitava; Deus falava; Deus orientava o primeiro casal.
· Enquanto obedeceram à voz de Deus, havia um culto maravilhoso no lar
edênico.
· Quando desobedeceram, Satanás prevaleceu.
· Hoje acontece a mesma coisa: Deus no lar
= harmonia, paz, amor. Deus fora do lar = falta de amor, ciúmes,
contendas, brigas,
desunião.
II - Com Deus no lar, a família é feliz
1. O pai de família é feliz (Sl
128:1):
· Ele teme a Deus e anda nos seus caminhos.
· Adora a Deus; reparte felicidade com os seus.
· É companheiro e amigo dos filhos e da esposa, ajudando-os a serem bons
crentes.
· Ele ama a esposa e dá exemplo aos filhos.
· Tem cuidado e zelo pela família (1 Tm 5:8).
2. A Mãe, esposa e mulher é
feliz (Sl 128:3a):
· Ela é comparada a uma árvore frutífera.
· Dá fruto, dá sombra, dá abrigo, dá aconchego.
· A árvore precisa ser cuidada: amor, zelo, afeto, carinho.
· É diligente (Pv 31:27), é virtuosa (Pv 31:10-11).
· É admirada e elogiada pelo esposo e pelos filhos (Pv 31:28-29).
3. Os Filhos são abençoados (Sl
128:3b):
· São comparados a plantas de oliveiras.
· Dão fruto (Gl 5:22-23).
· Dão azeite (unção do Espírito Santo).
· Dão sombra (amparo, abrigo contra o desconforto).
· As plantas precisam ser regadas, cuidadas: amor, cuidado, afeto, tempo,
diálogo.
4. A Prosperidade no lar
cristão (Sl 128:2; 4-6;
Dt 28):
· Prosperidade em tudo (Sl 1:1-3).
· Bênção na cidade (Dt 28:3a).
· Bênção no campo (Dt 28:3b-4).
· Bênção na vida doméstica (Dt 28:5,8).
· Bênção dentro e fora de casa (Dt 28:6; Sl 121:8).
· Bênção diante dos inimigos (Dt 28:7; Sl 23:5).
· Bênção na parte financeira (Dt 28:12).
III - A adoração a Deus no lar é mandamento de Deus (Dt 11:18-21)
1. Os pais devem ter a Palavra
no coração (Dt 11:18):
· Do coração procedem as saídas da vida (Pv 4:21-22).
· A boca fala do que o coração está cheio (Lc 6:45).
· “A morte e a vida estão no poder da língua” (Pv 18:21).
2. Os pais devem ter a Palavra
de Deus nas mãos (v. 18):
· As mãos devem ser usadas de acordo com a Palavra de Deus todos os dias.
· O toque das mãos pode conduzir
bênçãos com a palavra. Jacó abençoou os netos, tocando neles (Gn 48:8-10;13-16).
3. Os pais devem ensinar a
Palavra cuidadosamente (Dt 11:19):
· Ensinar assentado em casa (Dt 11:19).
· Ensinar andando pelo caminho.
· Ensinar durante o dia.
4. O valor do culto doméstico:
4.1 Período: (deve ser feito
diariamente: durante 10 a 15 minutos apenas).
4.2 Providências: (providências preliminares: reunir a família e mostrar a necessidade do
culto doméstico).
4.3 Roteiro – pode variar:
1) Cânticos de corinhos ou de
hinos de que todos gostem.
2) Leitura de pequeno trecho da
Bíblia: cada dia, um membro da família pode ler; ou todos leem alternadamente os versículos (isso ajuda a uma participação maior).
3) Um comentário rápido e
significativo pode ser feito, enfatizando os pontos, aplicando-os à vida da
família.
4) Pedidos de oração: cada um
pede por seus problemas e pelos outros.
5) Oração: uma só, por um
membro da família ou fazem oração um após outro.
4.4 Obstáculos:
1) Desencontros dos horários da
família: o pai trabalha em um horário, a mãe em outro, os
filhos saem cedo para a escola, horários desencontrados.
2) Fadiga: o trabalho e os
estudos em excesso conspiram contra o culto doméstico.
3) Pouca importância: muitos passam horas e horas diante da TV, mas não encontram tempo para o culto doméstico.
Tudo isso dificulta, mas não
deve ser usado como desculpas para a não realização do culto doméstico. O
inimigo pode agir nessas coisas. É preciso colocar o culto doméstico como
prioridade no lar. Só traz bênçãos para a família. Os obstáculos podem ser
vencidos com o poder do Espírito Santo e o esforço de todos, principalmente dos
líderes do lar (pai e mãe). Há tempo para tudo (Ec 3.1). Podemos tudo naquele
que nos fortalece (Fp 4.13).
Conclusão: A adoração a Deus no lar precisa ser valorizada. A avalanche de pecados
jogados contra os lares, especialmente através da mídia (TV, rádio, literatura
pornográfica, etc.), só pode ser derrotada com a família unida em torno do
altar da adoração a Deus. É melhor desligar o altar da televisão e acender o
altar da adoração. Pai e mãe: não deem desculpas que agradem
ao inimigo. Realizem o culto doméstico com seus filhos. Que Deus nos abençoe
(Nm 6.24-26).”
11.9 Orações recomendadas diante do Altar da
Aliança
A primeira e principal oração (assim foi mandado
fazer)
Um Pai-Nosso (criado no plural
justamente para ser realizado por mais de um ser humano), de mãos dadas, diariamente,
pelo casal, principalmente. No entanto, nada impede, e é até recomendável, que
os demais da casa também participem. Veja mais informações nas recomendações do
pastor Elinaldo Renovato de Lima.
Segunda oração – um cônjuge interceder pelo outro
Todos os dias de convivência do
casal, um deve interceder a Deus pela vida do outro. O inimigo das nossas
almas, quando quer nos atacar, invariavelmente se utiliza da pessoa que mais
amamos,
daquela que mais constantemente precisamos para um amparo; quem mais está ao seu lado é o usado.
Oração de manhã - antes das atividades
cotidianas
Também
todos os dias, antes de sair do quarto para as atividades diárias, é salutar
que o casal ore em conjunto. Prática recomendada pelo irmão e Evangelista
Carlos Alves Miras (engenheiro civil), adotada pelo autor.
O autor com Mons. Roberto Carrara e o amigo Antonio Hannoun.
Outras orações
Costumo dizer que até nas
orações há hierarquia. O Pai-Nosso, ensinado por Jesus, indiscutivelmente é a oração de todos nós, cristãos. Quer
católicos, quer evangélicos. Todavia, o próprio texto sagrado apresenta outras.
Vejo como fortíssima, em um nível muito alto, a oração da mãe em prol de um
filho. No entanto, mais forte ainda, penso eu, é uma oração em que o casal – de mãos dadas – intercede a Deus pelos
filhos.
Sei de um caso em que a família, desesperada, não
saía do médico em razão das constantes enfermidades do filho. Até que certo
dia, o avô os aconselhou a orarem juntos pelo menino.
Bastou uma vez e pronto. Foi como tirar com as mãos. O drama constante, não
solucionado pelos médicos, desapareceu. Jesus resolveu.
Escritório
DINÂMICA CONTABILIDADE – Apucarana
(O “D” estilizado, visto em sonho, ninguém muda)
Oh! Quão bom e quão suave é, viverem os irmãos em união (Salmo 133).
Capítulo 12
JESUS, O ESPÍRITO SANTO E A COMUNHÃO COM ELE
Sabemos que o Espírito Santo é a terceira pessoa da
trindade divina. Assim como Jesus, penso ser ele um com Deus; tem poderes
outorgados por Deus Pai e pelo Deus Filho. Aprender sobre a sua função – se é
que alguém consegue ou conseguiu fazê-lo em sua totalidade – torna-se
fundamental para todo cristão.
“O
Espírito Santo tem muito poder. Foi ele que engravidou a virgem...”
12.1 Sempre
aprendendo
Até por volta do ano de 2010, eu não cria na divindade de Jesus e que ele também é Deus. Para mim, a frase “Eu sou o Senhor teu Deus” já dizia tudo. Na época, sempre me baseava em provas e experiências diretas.
Sobre o Espírito Santo, minha ignorância era maior ainda. Até que passei, nas minhas meditações, a buscar luzes para resolver essa questão. Queria ouvir diretamente do alto qual seria a verdade. Desejava uma resposta espiritual. Ler e estudar a Bíblia nunca foi meu forte. Quando lia, na época, cometia um grande erro: não orava pedindo discernimento e compreensão.
Certa vez, vindo do Santuário, em um trecho sem movimento e com menor velocidade, durante mais de uma hora um pregador falava das teorias a respeito da pessoa de Jesus. Teria sido ele um simples profeta iluminado por Deus, como muitos afirmam? Ou seria o próprio Deus, em manifestação humana? Por mais belas e demoradas que tenham sido as explicações do locutor, não consegui o que esperava.
Já em casa, dormi com o assunto na mente e desejoso por solução. Foi assim que, na madrugada, me disseram: “Jesus é igual a Deus, é um com Deus”. Foi ótimo. Estava quase completamente claro. Todavia, depois viria outra comunicação, direta e pessoal, usando e completando a frase antiga: Eu sou o Senhor teu Deus; eu sou Jesus. Mais recentemente, ouvi nova mensagem: Eu sou o Senhor teu Deus; eu sou Jesus; o meu Espírito fala contigo. No entanto, bem antes desta, aconteceu um encontro bastante interessante, quando eu ainda continuava sabendo pouco sobre a terceira pessoa da trindade divina.
Certo dia, ao ir para Londrina, chegando à cidade de Arapongas, resolvi pegar um trecho de leito natural e cheguei ao distrito de Caramuru, no município de Cambé (Atualmente está muito abandonado, com poucas casas, uma igreja e uns poucos estabelecimentos). Lá parei o veículo e conversei com um humilde cidadão católico, bastante iluminado. Perguntei-lhe: “O que é o Espírito Santo para o senhor? Ensine-me”. Disse-me, então: “O Espírito Santo tem muito poder. Foi ele que engravidou a virgem. Veja essas plantas. É o Santo Espírito que dá energia para elas crescerem e terem flores e frutos”. Falou um pouco mais e eu fiquei muito encantado com suas explicações e alegria ao falar. Dias depois, ouvi a voz direta do Amigo Invisível: “Ele é a voz de Deus”. E que voz?! Que pronunciamento! Então, para mim – e sei que a definição não é completa – além de ser o Consolador que veio após a ascensão de Jesus, o Espírito Santo é a voz e a manifestação do Senhor, Deus Pai e Deus Filho, em todos os seres e em todas as coisas. Ele é, ou comanda, a energia que emana de Deus e toca no visível e no invisível. Deus, como ouvi de um rabino, é tudo e está em tudo. Complemento eu que está em tudo através do seu Santo Espírito. Nos vegetais, nos minerais, nos gases, nas células, nas moléculas, nos átomos... Em tudo que se movimenta (e tudo se movimenta, mesmo que, para nós, pareça paralisado).
O grande segredo da vida
consiste em não perder a comunhão com o Senhor, através do seu Santo Espírito.
Perdeu a comunhão, pode-se perder tudo. Até a própria vida, a alma. Aprendi
algumas coisas a respeito e agora as repasso, principalmente aos meus
descendentes. Não sei qual deles tirará mais proveito. Nem todo filho aprende,
ouve, os ensinamentos do pai. Eu guardo bem e aplico o que o meu querido Adélio
me falou.
1º) O Santo Espírito é
belo, limpo e puro. Assim penso. Logo, ele não se manifesta, não brilha, onde
houver sujeira, como: palavrões, indecências, discórdias, disputas, torpezas,
ganâncias, imagens violentas ou eróticas, sob qualquer forma: vídeos, filmes,
programas televisivos, espetáculos etc.
2º) Ele se manifesta onde
e tanto mais quanto mais houver adoração ao Senhor. O Antigo Testamento ensina
que a glória de Deus encheu os templos construídos para Ele.
3º) Ele está com você
enquanto você estiver nos caminhos de Deus. Se a caminhada se alterar, esteja
certo de que você seguirá sozinho. “Eu caminharei contigo, enquanto você
estiver no meu caminho”. Caminhos diversos, rumos diferentes.
4º) O Consolador é também
seu anjo da guarda. Ele avisa você com toques e sinais preventivos. No entanto,
você precisa dedicar-lhe tempo e atenção. Acostume-se a conversar com o Amigo
para poder “ouvir a sua voz”.
5º) Quanto mais você
praticar o bem e a caridade, mais perto ele estará para ajudá-lo. Não se
esqueça de que o Senhor é essencialmente amor. Onde houver amor, o seu Santo
Espírito se manifestará, estará presente.
6º) Aquela indisposição ou
abatimento, perturbação mental ou ansiedade, que acreditamos ser depressão,
muitas vezes é o Santo Espírito nos incomodando para que saiamos de determinado
lugar, ou de uma situação que está desagradando a Deus. Ou ele de fato pode
estar se afastando até que sua voz seja ouvida.
7º) Certos alimentos
contaminam o corpo e a mente, tome cuidado. O jejum limpa o corpo e a mente. E
nos ajuda a entrar em comunhão com o Santo Espírito.
8º) Nosso corpo é o templo
do Espírito de Deus. Purifique-o com boa alimentação, boas palavras, bons atos
e bons pensamentos.
9º) A palavra tem poder de
vida e de morte. Ela tanto atrai como afasta o Espírito Santo.
10º) O principal objetivo
do inimigo de Deus é afastar você do Santo Espírito, das coisas e pessoas de
Deus.
12.2 Testemunho do agir do Espírito Santo
Certa feita, poucas horas após sair de um culto maravilhoso, cuja palavra ministrada me alcançou e me alegrou, fui até à casa de um amigo. Permaneci lá por uns minutos e saí em um estado emocional completamente diverso. Indisposição, dor de cabeça... Enquanto questionava a razão de tão súbita transformação, apareceu uma amiga (no momento certo) para falar-me do Espírito Santo de Deus. E, sem saber dos fatos, disse que uma imagem de TV pode afastar o Espírito Santo de nós. No mesmo instante, lembrei-me do que acontecera. Concluí que a causa de tudo foi o ato de assistir (na casa do amigo) cenas de violência na TV, em que havia sangue saindo do corpo de dois lutadores. Ambientes diferentes, reações emocionais diferentes. Em um, adoração ao Senhor; em outro, espetáculo de luta física. Não é preciso dizer qual dos locais agradou e qual desagradou ao Santo Espírito.
Com isso, aprendi que depende de nós e de nossas escolhas para termos ou não a presença e a manifestação do Espírito Santo de Deus em nossas vidas.
Muito me encanta o agir do Espírito Santo de Deus
nas revelações, autênticas, é claro. Principalmente através de crianças. Vimos
uma bem emocionante que aconteceu em uma
reunião de oração pelas famílias no nosso escritório de advocacia, quando lá
compareceu uma irmã para nos ensinar a Palavra Sagrada. Entre os presentes na
sala havia um menino com apenas 6 anos. Logo que a missionária terminou de
falar, o menino se dirigiu a mim e perguntou: “Eu posso falar?” Respondi que
sim, e ele, olhando para a pregadora, disse: Você sabia que Deus está triste com pessoas que falam dEle do jeito que
você fez hoje aqui? Eu quis interrompê-lo, mas ela, dizendo que não sabia,
pediu para ele continuar. Então o pequeno prosseguiu (vou resumir e citar o
essencial): Deus fica triste quando vocês
falam o que ele não mandou, e não falam o que ele mandou. Por isso você precisa
mudar, senão vai cair também, como outros já caíram. Em seguida, o menino
detalhou, palavra por palavra, quais foram os excessos e quais foram as
omissões que ela cometera durante a pregação da Palavra. Comovida, a
evangelizadora caiu de joelhos e, com o rosto no chão, passou a se penitenciar
a Deus diante de todos nós. Ela chorava; todos nós choramos. Um clima de
encantamento indescritível tomou conta da sala. Após um instante de silêncio, o
garoto, olhando meio assustado, perguntou: “Eu disse alguma coisa errada?” Seu
avô imediatamente lhe respondeu que não e o tranquilizou.
A convidada, admitindo que todas as palavras do menino eram verdadeiras, corrigiu seu pronunciamento. Ela já era uma excelente serva e se tornou melhor ainda a partir daquele dia. Deus corrige aqueles a quem ama. Daí que ele usou o infante para alertar sua escolhida. Todo pregador ou evangelizador pode incidir em semelhante erro. Um pequeno descuido e finda relatando demais ou de menos, fora dos limites traçados e desejados pelo Pai Celestial.
Santuário do
Livro (ou do Amor de Deus) – Portal de entrada (até as flores – lírio amarelo – estão de acordo com as
“ordens superiores”).
Não entristeçais o Espírito Santo de Deus (Efésios 4:30).
Capítulo 13
MAIS MANIFESTAÇÕES DO AMIGO CELESTIAL
Os testemunhos adiante não são todos, mas os principais. Creio que podem trazer luz para muito buscador de Jesus.
“Doutor, não sei se o senhor tem pacto com Deus ou com o diabo. A
verdade é que toda noite surge uma barulheira; uma assombração aqui no
acampamento.”
13.1 Maravilhas na Missão Deus no Lar
As experiências adiante são apenas uma amostra, dentre as inúmeras que aconteceram. Em respeito à privacidade dos envolvidos, nem todas serão aqui narradas. Além disso, por tantas, não caberiam nesta obra.
Já no primeiro dia, a primeira maravilha
O
meu amigo José Fernandes havia acabado de montar a peça
original da Mensagem Emoldurada. Foi na tarde de 12 de
novembro de 2004. Exatamente sete meses após o dia da visão. Base de mármore,
colunas de bronze e circunferência com a Palavra de Deus em vidro “jateado”.
Coloquei-a no meu carro, mas não pude levá-la para minha residência (naquele
tempo, a minha segunda esposa e a minha filha não moravam comigo). Minhas
chaves haviam ficado dentro do meu escritório, que estava fechado, e não
encontrava ninguém para abrir o local e pegá-las; meu filho que morava comigo
também estava ausente. Tentei levar para a casa do meu sogro, ou do seu filho,
que residia nos fundos, porém não encontrei nenhum dos dois. Não querendo
deixar o objeto no veículo, na rua e sem os devidos cuidados, visto que ia
entrar e permanecer num clube de dança por algumas horas, só me restou ir à
casa do meu irmão Adesio (de todos da família, era o mais
ligado em mim) e lá deixar o objeto, para pegar no outro dia. Saindo do clube,
após conseguir as chaves, fui para minha moradia, mas sem a escultura.
Acordei
com o telefonema do Adesio, dizendo: “Armando, você vem aqui buscar
as colunas? Quero contar a você o que aconteceu esta noite com elas. É coisa de
Deus”. Chegando à casa dele, detalhou-me: “Deixei as colunas em cima da mesa da
sala e fui dormir. Acordei várias vezes à noite. As luzes estavam apagadas,
mas, da minha cama, eu via sobre as colunas um facho de luz, que vinha não sei
de onde, e iluminava todo o espaço em que elas estavam. Mesmo não tendo dormido
direito, pois parece que eu era chamado para acordar e ver, ao amanhecer estava
completamente descansado, como se não tivesse interrompido o sono”. Peguei a
escultura e levei para o escritório, onde ficou até ser levada para o Marco
das Colunas, no ano de 2011, na Rodovia Castello Branco, SP, km 188.
No início, eu pretendia replicar as colunas para vender. Eram muito bonitas. Depois, diante de tantas evidências de que era algo sagrado, deixei de lado a ideia. Não se ganha dinheiro com aquilo que é divino e tem finalidade especial.
Marido deixa a bebida, e esposa deixa de fumar
O fato adiante aconteceu também no início da entrega da instalação do Altar da Aliança (na época, eu ainda não sabia que seria este o nome). No começo da história da Mensagem Emoldurada, eu entregava réplicas da peça original. Não eram fotos ou folder, como atualmente. Atendi um cliente na advocacia, o qual, ao ver um exemplar das colunas com a frase no meio, na minha sala, ficou muito empolgado. Achou muito bonito. Disse-lhe: “Providenciarei uma réplica e a levarei para você em sua casa”. Ele morava na zona rural de Sabáudia, um município um tanto distante de Apucarana.
Passados cerca de 60 dias da entrega do objeto, ele retornou ao escritório. Fiquei surpreso ao saber de sua presença anunciada pela secretária, porque já havíamos concluído seu trabalho, era um caso encerrado. Ele assim contou as razões para estar lá: “Doutor, eu vim lhe agradecer. Não contei antes, mas a minha esposa estava querendo ‘largar’ de mim porque eu tomava uns goles. Dias depois que o senhor deixou as colunas lá em casa, minha filha falou: ‘Pai, você e a mãe estão se dando bem esses dias. Está tão bonito’. Ao que minha esposa disse: ‘Está mesmo. Seu pai parou de beber’. Fiquei surpreso, pois, de fato, havia parado de ir na venda beber e não percebi. Nem sentia mais falta da bebida. Nunca mais bebi. Respondi para minha mulher: ‘É verdade, parei de beber e nem percebi’. Ela respondeu: ‘Sabe desde quando você não bebe mais? Desde o dia em que o doutor deixou essas colunas aqui’. Em seguida, olhei pra ela e falei: ‘Você também percebeu que não está mais fumando?’ Então, doutor, por isso vim aqui agradecer. O que o senhor tem e deu para nós é mesmo de Deus. Parei de beber, sem nenhum esforço, e minha esposa parou de fumar”.
Passado o tempo, voltei por mais duas vezes à casa da família. Reinava a mais perfeita harmonia. Foi o primeiro grande milagre na missão que Deus me deu, após colocar dentro de um lar as Colunas Sagradas, como eu as denominava no início. Na época, eu ainda não havia recebido a revelação para orar o Pai-Nosso de mãos dadas, mas pedia às pessoas que orassem em casa.
“Por que você tirou a aliança hoje?
Estávamos voltando do Santuário, eu e um amigo – o Joel – quando, de repente, resolvi mudar o roteiro. Saímos da Rodovia Castello Branco, no km 247, passamos por Avaré, Itaí, Taquarituba, Taguaí e Fartura, SP, para sair em Carlópolis, no Paraná. Um percurso que aumenta a distância e o tempo de viagem. A certa altura, resolvi parar em um posto de revenda de combustível para abastecer, mesmo não precisando, pois havia ainda meio tanque. O frentista fez a pergunta costumeira de quanto colocar de óleo diesel. Mas antes de lhe responder, e mesmo sem olhar para suas mãos, perguntei-lhe: “Por que você tirou a aliança hoje?” Ele levantou a mão e, assustado e mostrando os dedos da mão esquerda, respondeu: “Moço, como o senhor sabe que tirei a aliança hoje?” Disse: “Não sabia sequer que você estava sem a aliança; não vi. Na verdade, nem sei por que parei aqui, por que mudei de trajeto. Ainda tenho bastante combustível e meu roteiro é outro. Não falei por vontade própria. Por certo alguém lá de cima mandou; colocou as palavras em minha boca”. Desci do veículo e contei-lhe minha missão: alertar casais sobre os males do divórcio e orientá-los a fazer um altar para Deus; que todos os meses viajava mais de 400 km de minha cidade até o Santuário... Ele, por sua vez, confirmando que tirara a aliança na manhã daquele dia, contou-me o drama que estava vivendo com sua esposa e que não pretendia mais voltar para casa. Após repassar-lhe as costumeiras mensagens e alertas, entreguei-lhe uma Mensagem Emoldurada com os nomes dele e de sua companheira, porquanto de sua parte já estavam reconciliados. Abraçamo-nos e, após uma despedida emocionada, prossegui a viagem. Nunca mais me esqueci daquele encontro e do nome do casal, cujas iniciais são R e V.
Entra a luz divina e sai o mal, “fazendo rebuliço”
Eu e um companheiro de jornada, o Orlandino “Fortaleza” Bevilácqua, fomos, em um domingo, até uma cidade da região Norte do Paraná, para entregar as Mensagens Emolduradas (sempre preferi entregar, cumprir, minhas tarefas em outras cidades). No primeiro bairro residencial em que entramos, vimos um homem saindo de sua casa e lhe perguntamos se podíamos entrar para orar e entregar a estampa. Ele respondeu: “Por mim tudo bem, mas pergunta para minha mulher. Acabamos de brigar e nem quero voltar lá dentro”. Ponderamos com ele para aguardar ao menos nossa conversa com a esposa, visto desejarmos falar com os dois, em simultâneo, em casa. Obtivemos o consentimento do casal e entramos no lar. Peguei uma Bíblia e tirei do meio dela um exemplar da Mensagem Emoldurada. Momento em que ouvimos todos um barulho, um estrondo, acompanhado de um grito horrível. O espelho de um guarda-roupa estilhaçou, caindo ao chão em pedaços. Marido e mulher se assustaram, e até eu e meu amigo, que já tínhamos presenciado algo semelhante. Nisso, expliquei: “Fiquem calmos. O problema não está na moldura, mas naquele que estava aqui dentro fazendo vocês brigarem”. A luz não tem comunhão com as trevas. Não era aquela a primeira vez que o mal, ao observar a moldura com a Palavra de Deus, fazia “rebuliço” (como dizem os gaúchos) antes de ir embora. Orientamos o casal para orar, ler a Bíblia e ir à casa de Deus, senão o inimigo voltaria.
O Amigo Invisível cura uma mulher e depois uma criança
Ainda nos primeiros anos da Missão Deus no Lar, quando eu muito sofria em razão dos ataques ao meu trabalho para Deus e à “escultura” que também viera da parte dele, aconteceram outros dois fatos inesquecíveis.
Uma amiga minha chegou ao escritório, vindo de Campo Grande, MS, trazendo-me um presente e uma linda notícia: “Armando, você pensa que as colunas (apontando para uma réplica da Mensagem Emoldurada na minha sala) é apenas para não separar casais? Não é, não. Levei uma para a casa de tal pessoa (mencionou o nome) porque ela estava muito mal de saúde. O médico havia dito que o câncer no seu corpo não tinha mais possibilidade de cura e que ela devia voltar para morrer em casa. Coloquei as ‘colunas’ ao lado da sua cama e, imediatamente, ela parou de sentir dor. Foi ao médico alguns dias depois, e ele, surpreso, afirmou: ‘A senhora não tem mais nada. Está curada’. Razão porque mandou te agradecer. Ela recebeu um milagre”. No mesmo instante, lembrei que uma criança de minha íntima relação, com apenas dois meses de vida, estava em vias de ser submetida a uma cirurgia, visto vir padecendo de “refluxo” (vômito logo após ingerir o leite) e perdia peso.
Dizem que tal doença geralmente sara sem intervenção cirúrgica, mas casos há, como na perda de peso, em que a intervenção cirúrgica se mostra inevitável. Rapidamente, mal terminou a conversa com a pessoa que viera de outro Estado, peguei uma réplica da Mensagem Emoldurada, coloquei em um porta-retrato e fui até à casa da avó da criança, residente também na minha cidade. Pedi a ela e à sua nora (mãe do menino) – moradora de fora e que viera passar uns dias em Apucarana – que me permitissem instalar o presente de Deus na cabeceira do berço do bebê. Concordaram. Fiz minha oração e fui embora. Passaram-se uns dez ou quinze dias, não me recordo ao certo, e eis que comparecem em meu escritório a avó e a mãe da criança, informando-me, emocionadas: “Armando, isto (mostrando para as Colunas Sagradas) é de Deus. Você acredita que o bebê (disse o nome do garoto, que agora – 2022 - está com 15 anos) não vomitou mais desde o primeiro dia em que colocamos o quadro no berço dele?!” Glória a Deus!
O dia em que o fogo respeitou a Palavra de Deus
Certa feita, um homem esteve no meu escritório e dei-lhe uma estampa. Nessa época, já estava entregando a moldura na forma de folder tipográfico, porque havia muita gente querendo e eu não tinha condições de fazer réplicas, usando metal, mármore e vidro. O referido levou a estampa, com o seu nome e o da esposa gravados, à mão, com uma caneta. Passados alguns dias, tal homem retornou ao escritório, no sábado, na reunião de oração para os casais e, na presença de várias testemunhas, começou dizendo: “Doutor, o senhor não tem outro ‘cartão’ pra me arrumar?” Respondi que sim, mas intuitivamente perguntei: “O que houve com o primeiro?” Ele, no início, talvez um pouco envergonhado, ficou meio vacilante, porém depois confessou tudo: “Doutor, eu não queria dizer, mas aconteceu o seguinte: levei para casa e mostrei para minha mulher. Ela pegou e levou para o seu pastor. Ele falou-lhe para ‘dar fim’ na estampa porque aquilo era coisa do diabo, que o diabo também usa o nome de Deus. Então, escondido de mim, ela pegou o cartão e colocou dentro de uma lata grande, com outros papéis, e colocou fogo. Quando cheguei em casa, ela estava com a estampa na mão, chorando e pedindo perdão. Disse que as labaredas queimaram todos os outros papéis e até um pedaço da estampa, na parte com os nossos nomes, mas a frase com a Palavra de Deus (“Eu sou o Senhor teu Deus”) o fogo não atingia, dava voltas. Até que ela ‘se tocou’ e viu que aquilo era estranho. Quanto mais fogo colocava, mais a Palavra de Deus brilhava. Ela entendeu que havia errado em escutar o pastor. Foi o que aconteceu. Então, que o Senhor me perdoe também.” Todos ficamos emocionados com a narrativa, e prometi dar-lhe outra, porém queria que ele me trouxesse aquela que “o fogo respeitou”.
No sábado seguinte, o cidadão trouxe o que sobrou da estampa (foto). Todos nós, ao tocarmos no papel em cima da mesa, sentimos, ainda, depois de tantos dias do ocorrido, o calor do fogo. Essa sensação de calor do fogo ainda permaneceria por muitos meses, antes de se findar de vez.
O sorriso de Jesus na sala de oração
Fazia pouco tempo que havíamos iniciado as orações na sala de reunião do escritório de advocacia. Eu, sentado em uma das pontas da mesa de oito lugares, olhei para o lado direito, onde tem uma estante com livros e, acima dela, vi uma imagem indescritível para a compreensão comum. Nunca presenciara nada igual. Não se tem como explicar aquilo que não pertence ao plano humano. Só sei que me indicava, interiormente, ser um rosto, uma boca sorrindo. Era muito bonito. E mais bonito ainda ficou quando o Invisível me falou que aquilo era o “sorriso de Jesus”, alegre com aquelas pessoas em adoração a ele. É claro que ninguém pode ver o rosto, os dentes, o sorriso do Senhor. Aquilo foi uma visão para indicar que o Criador tudo pode; de tudo é capaz para dar algum sinal – uma cena espiritual – da sua emoção, da sua onipresença e onipotência. Ele assim fez para um pequeno mas dedicado grupo, que todos os sábados despendia parte do seu tempo para adorá-lo em uma pequena sala. Anos depois, eu veria fato semelhante dentro de uma igreja, quando observei o brilho de Deus no rosto dos presentes. Glória ao Senhor!
O Amigo nunca deixa quem lhe serve ser enganado ou
envergonhado – Ele nos honra
Como já contei, dias antes de ter a visão da Mensagem Emoldurada, por duas vezes desapareceu de minha mesa de trabalho um esboço para que um artesão, residente em Pinhais (Curitiba, PR), fizesse uma obra com base nele, um brasão com as iniciais do meu nome. Em um final de ano, na antevéspera do Natal, ao voltarmos de viagem – Guarulhos, SP – com o carro de minha esposa, constatamos haver desaparecido de dentro do veículo uma caneta importada (marca Lamy – foto), com a qual eu escrevia – e ainda escrevo – os nomes dos casais no Livro da Tradição. Eu, ela e meu enteado, Guilherme Henrique, bem como uma prima dela, a Kelly, procuramos o objeto no carro. Reviramos todos os lugares, inclusive o porta-malas, sem nenhum sucesso. Fiquei muito triste com o desaparecimento. Desistimos de procurar e demos a caneta – bonita e valiosa – por perdida.
Poucos minutos depois, minha esposa saiu sozinha com o mesmo carro para fazer compras. Ao voltar, entrou toda eufórica na sala: “Adivinhem o que encontrei? Olhem, achei a caneta”. Surpreso, indaguei: “Mas como? Dentro do carro? Em que lugar? Procuramos em tudo”. Respondeu ela: “Em cima do banco do passageiro”. Incrível, mas não era a primeira vez que coisas minhas desapareciam estranhamente.
À noite, antes de dormir, o acontecido não me saía
da cabeça: “Senhor, o que aconteceu de fato? O que o Senhor quer me mostrar com
o sumiço e o aparecimento? Éramos quatro pessoas! Eu, em especial, olhei bem em
cima de todos os bancos, e a caneta não estava”. Orei, pedi e adormeci. Na
madrugada, fui acordado com o Santo Espírito assim me dizendo: “Fiz por causa
dela (como que apontando para minha mulher dormindo ao meu lado). Você não
sabe, mas ela duvida, ri intimamente de seus relatos de que o desenho desapareceu
de dentro da gaveta. Acorde-a. Pergunte para ela se não é verdade o que estou
dizendo a você. Mas diz para ela também que eu sou Deus e faço desaparecer e
aparecer o que eu quero, na hora que quero”. Oh glória! Fiquei muito emocionado
com a revelação.
Chamei minha esposa e, quando ela acordou,
perguntei: “Me diz uma coisa, você duvida quando eu afirmo que o desenho
desapareceu de dentro da gaveta?” Ao que ela respondeu, de forma ambígua para
não me magoar, mas confirmando o revelado: “Não duvido, mas também não acredito
muito. Por que você está perguntando?” Ela não quis ser indelicada, mas
duvidava mesmo (quem não acredita, duvida). Ato contínuo, contei-lhe a
revelação que acabara de receber e transmiti-lhe o recado. No dia seguinte,
pela primeira vez, e após muito tempo da visão da Mensagem Emoldurada, ela falou: “Você não irá colocar nossos nomes
nas colunas?” Eu entregara a estampa para muitos casais, porém eu mesmo não
tinha nenhuma com o meu nome e o dela gravados.
A caneta, cuja tinta não seca e não termina, em uso desde de 2001
O Celestial é assim mesmo. Não deixa os seus serem enganados, envergonhados. Ele mostra o oculto e o escondido. No caso, apontou aquilo que minha esposa fazia contra mim, colocando em dúvida minha palavra. Constataria eu, depois de alguns anos dessa ocorrência, que Jesus é um com Deus e nunca abandona os seus.
Como surgiu o versículo no topo da estampa
Festa de final do ano de 2015, em Limeira, SP. Retornando da mesma chácara onde recebi o “recado” para dizer às pessoas que um amigo me pediu para entregar o cartão com a frase Deus está fazendo a última chamada, minha esposa disse que naquela noite teve um sonho, no qual, ao olhar para o céu viu a frase Eu e a minha casa serviremos ao Senhor. Paramos no Santuário e, logo que saímos na Rodovia Castello Branco, a camioneta começou a balançar na parte de trás. Imaginei que estivesse com algum pneu furado. Parei no primeiro posto de combustível (Posto Maristela). O borracheiro estava atendendo um cliente de Londrina, com quem iniciei conversa. Falei do Santuário e ofereci-lhe um exemplar da estampa da Mensagem Emoldurada. Ele olhou e disse-me: “Veio a mim agora que aqui em cima (no topo) está faltando um versículo bíblico. Não sei qual, mas você saberá logo”. Seu carro ficou pronto, e chegou a nossa vez. O borracheiro nos atendeu e constatou que os pneus estavam perfeitos, inclusive a calibragem. Nada viu de irregular na suspensão. Entramos no veículo e, estranhamente, não balançou, não sacolejou mais.
Achei aquilo esquisito. Antes, totalmente pendendo para um dos lados e, depois da parada, tudo perfeito. Durante a noite, pensei: “Que versículo deveria ser colocado na estampa?” Logo que acordei, lembrei-me do sonho da minha esposa e do versículo que ela viu. Assim, ao mandar imprimir novo lote das estampas, mandei acrescentar o texto de Josué 24.25: Eu e a minha casa serviremos ao Senhor. Nunca mais tive notícias do cidadão usado por Deus para me entregar o recado mandando acrescentar tal texto na Mensagem Emoldurada.
A reprodução da Mensagem Emoldurada em papel
Como disse antes, no início eu entregava réplicas da Mensagem Emoldurada, com base de mármore, colunas de metal e a circunferência em vidro. No entanto, a partir de algum tempo, era muita gente querendo e, devido ao custo, não estava conseguindo atender a todos. Também não tinha coragem de cobrar o dispêndio com as peças reproduzidas. Coloquei a questão diante do Amigo Poderoso e aguardei. A resposta veio rapidamente: “É simples, filho meu, faça fotografias. O importante é a mensagem e não o material em que ela está. Para quem acredita, pouco importa se é em metal ou em papel”. Grande alívio. Atualmente, trabalho somente com as gráficas. Menor custo e maior quantidade de mensagens em circulação. A partir de junho de 2022, no entanto, resolvi restringir a distribuição. Só entrego a quem se compromete a bem zelar por ela.
Como Jesus usou uma pessoa do grupo para me aliviar de ataques de outros do grupo
Certo dia, no início de minha missão com a Mensagem Emoldurada, eu e minha esposa fomos à casa de um casal amigo (pessoas muito queridas e, por isso, vou preservá-los e resumir o ocorrido). Ali se encontravam vários pastores e outros “entendidos” na Palavra Sagrada. Naquela semana, havia um congresso na denominação da qual faziam parte. Chegou um momento em que, logo após eu justificar que não podia aceitar o convite para ingressar na igreja deles, começaram a me questionar sobre o “sinal de Deus” que eu havia recebido: “Isto (a estampa) não é de Deus”, “o diabo também usa o nome de Deus”, “está escrito que no final dos tempos haveriam falsos profetas...” Na reunião, só eles (mais de dez) falavam e não me deixavam replicar. Somente no final, quando não havia mais tempo, disse-lhes: “Falar de Deus, fundar igreja e arrecadar é muito fácil. Deem-me um computador, a denominação, um endereço e os dados de alguns membros, que fundo uma igreja em meia hora. Tenho um estatuto memorizado, é minha profissão. Agora, quero ver fazerem o que faço. A pessoa me paga para fazer-lhe divórcio e eu abro mão do ganho, digo-lhe que Deus é contra. Que diabo é esse que fala comigo e me manda parar de atuar em divórcios, pois tal contraria a Palavra de Deus? Então ele está mudando de lado”. Contudo, o pequeno e último desabafo final não aliviou o sentimento de revolta que tomou conta de mim. Ter que ouvir tantos descalabros e não poder me defender. Senti-me em uma “roda de fogo”. Já estava na calçada para entrar no carro e quase explodindo de bravo, em razão dos ataques que me fizeram, surge alguém, também saindo da casa. A alguns metros de mim, gritou do portão para eu esperar porque desejava falar comigo. Disse-me: “O que você tem é de Deus, sim. Enquanto eles te questionavam – e você viu que não falei nada – busquei a direção de Deus e me foi dito: ‘Olhe para o que está escrito no meio da figura’. Foi então que te pedi a estampa pra ver. E tenho mais para lhe dizer: Você não deve falar da sua revelação (sobre a Mensagem Emoldurada) para tal de pessoas. Eles não estão preparados para receber o que você tem para entregar”. Não falar para aquele “tipo de pessoa”? Como? Eram todos pastores e teólogos. Não estão preparados para receber o que tenho “para entregar”? Foi o que ouvi. Minha filha e minha esposa, que assistiram a todo bombardeio, presenciaram o agir final do Senhor em mim.
A rápida conversa com o pastor e irmão – que nunca mais vi – transformou minha revolta e indignação em alegria e satisfação. Comecei a chorar de emoção, de alívio. Não consegui dirigir. Dei a chave do carro para a minha esposa. Mais uma vez o Amigo Celestial não me abandonou. Glória a Deus! Aleluia Jesus Cristo.
Joelho no chão e o barro não suja a calça
Estava me esquecendo do episódio, mas fui lembrado pelo Missionário Luiz Gracioli, em Ibema, PR. Fomos nós dois em missão, e eu sempre dando testemunho, na região de Guarapuava, PR, quando entramos na casa de um irmão morador no assentamento de Sem Terras, próximo àquela cidade. Na humilde residência (o assentamento era recente e não havia nenhum revestimento sobre a terra), meu companheiro, diria ele depois em um culto, pensou: “Quero ver se o doutor é mesmo homem de Deus. Ele diz que ajoelha e ora a Deus pela família em toda casa que entra. E agora, neste chão de terra molhada?” Havia chovido e eu usava uma calça branca. Porém não tive dúvidas, no momento certo dobrei os joelhos e orei pela família. No entanto, depois constataríamos que não havia um pingo de sujeira na vestimenta. Tanto é que fui com a mesma roupa, no mesmo dia, a um culto na cidade. Glória a Deus! O fato viria a se repetir uma vez mais, em Apucarana, PR, mas em situação diferente e sem o testemunho do pastor amigo de jornadas. Foi quando visitei um conhecido e pedi para orar pela sua casa, encontrando-me na parte da cozinha – em piso natural de terra – e em dia de chuva.
A visão do arco-íris em linha reta em dia de sol escaldante e sem nuvens no céu; o coincidente encontro com um viajante
Sobre o ocorrido, em uma das minhas viagens para o Santuário, e para manter a originalidade do meu pronunciamento, vou transcrever a seguir tal como publiquei em meu blog, site: (www.deusnolar.blogspot.com) após receber foto do viajante de Piracicaba. Quem não conhece a pessoa que fotografou, pode pensar que é uma montagem ou truque fotográfico... Ledo engano. Esta é uma daquelas coisas para as quais não tenho explicação. Foi em dezembro de 2008, dia de sol e céu claro, sem uma nuvem. De carro, estava próximo da Rodovia Castello Branco, SP, logo após passar pelo Posto Paloma, olho à frente e para o alto (na direção do Santuário), então vejo uma faixa no céu como um arco-íris, só que em linha reta, horizontal. Quando penso em chamar meu companheiro para ver, a imagem desaparece. Sigo em frente e paro no km 265 da "Castello", em um posto de combustíveis, e fixo o olhar em um senhor jovem, parado perto do seu carro; sinto uma "intuição" em ir falar com o desconhecido. Na conversa, informo-lhe das razões da minha viagem ao Santuário em construção. Ele, por sua vez, me mostra na tela do seu telefone celular um sinal que havia visto e fotografado em julho de 2007, em viagem pela mesma rodovia, num trecho próximo ao Santuário. À luz do sol, no pátio do posto, não vi a imagem com todos os detalhes, mas apenas a circunferência vermelha, com o ponto preto no centro e uma linha na vertical.
No domingo, após voltar para minha cidade no norte do Paraná, enquanto conversava com minha mulher, surge em mim um pensamento, quase uma voz, dizendo-me que eu não havia visto tudo na tela do celular. Não resisto e faço um telefonema ao homem do encontro. Peço-lhe que me envie as fotos por e-mail. Ele concorda, sob a condição de que seu nome não fosse revelado e, com elogiável presteza me remete as fotos, que são imediatamente impressas em papel fotográfico. Meu enteado Guilherme e minha secretária, Denise Martin, filha do José Carmo e da Fátima, levam as fotos até minha sala e tenho nova surpresa: nelas vejo um traço que não havia percebido quando vi a imagem pelo aparelho celular (foto): um arco-íris em linha reta horizontal, idêntico àquele que aparecera no céu, uma hora antes do encontro com o viajante no posto.
Em março de
2012, atendendo a pedidos de meus amigos do grupo de oração, faço novo contato
com o autor das fotos e lhe peço autorização para exibi-las no meu blog. Ele
anui, mas impondo a condição anterior; que seu nome continuasse no
anonimato. Hoje sinto muita saudade do tal viajante.
Foto com os estranhos sinais no céu, tirada por um piracicabano
Biblicamente o arco-íris é um sinal de aliança: “Disse Deus (a Noé): Este é o sinal da minha aliança que faço entre mim e vós e todos os seres viventes que estão convosco, para perpétuas gerações: porei nas nuvens o meu arco; será por sinal da aliança entre mim e a terra” (Gênesis 9:12/13). Acrescento que o cidadão do encontro era da cidade de Piracicaba e estava voltando de Maringá, PR, distante 60 km de Apucarana, Norte do Paraná. Até pouco tempo atrás, via suas publicações no facebook.
O sinal
(pingos brilhantes) nos braços e mãos da menina Fernanda, após sua entrada no
Santuário
No ano de 2018, Eu, o pastor Cícero, sua esposa, Dineci Volante (vitoriosa serva de
Deus) e sua neta, viajamos em dois carros para São Paulo, com um casal de
amigos nossos, e também pregadores da Palavra, Reginaldo e Fátima. Na ida paramos no Santuário. A pequena Fernanda,
quando saiu, trazia nos braços e mãos algo que maravilhou a todos: pequenas
pintas brilhantes (foto). O fato foi na tarde. Duas ou três horas depois, já de
noite, em Barueri, SP, na casa dos amigos onde pousamos, os sinais ainda
persistiam. Dois dias após, retornando da viagem, paramos outra vez e entramos
no Santuário. Novamente a menina entrou e o fenômeno se repetiu. Sua avó, Dineci, também entrou no Santuário e
saiu com as duas mãos untadas, como se tivesse passado óleo. Glórias a Deus! A
exemplo de outros acontecimentos, como da imagem do arco-íris em linha reta,
nunca tive explicação para tal.
Marcas no braço da menina ao sair do Santuário.
13.2 O Amigo mostrando como o inimigo ataca
Certa noite, horas antes de minha partida para o Marco das Colunas, tive uma discussão com minha esposa. Não me lembro do motivo. Eu me encontrava deitado no sofá da sala, já quase dormindo, e ela na sala contígua, próxima ao quarto. A certa altura da conversa, ela proferiu algo contra mim (não me recordo qual foi a palavra ou frase) que me deixou muito revoltado. Na mesma hora, já com a ira me dominando, ao tentar levantar para uma atitude ou resposta severa, senti uma mão tocando em meu peito, impedindo-me de agir, dizendo: “Não faça assim. Olhe o que está nela, quem está fazendo isto”. Olhei para a janela de vidro ao lado da porta e vi, do lado de fora, a parte superior de uma figura horrorosa, grotesca, mais para animal do que para homem (o lobisomem que tanto mostram alguns desenhos). Nele, o preto e o vermelho se destacavam, cabelos e pelos horríveis, olhos tremendamente vermelhos. Uma imagem indescritível, de tão feia. Claro que era o próprio “demo”. O Senhor mostrava para mim naquele.
instante uma coisa que nunca acreditei: seu inimigo, para nos atacar, sempre usa aquela pessoa ao nosso lado. Não era minha esposa propriamente quem desferia agressões contra mim, mas sim o “encardido” através dela. Na hora, fui até o quarto, já refeito e sem me lembrar (nunca mais lembrei) do que ela havia dito, dei-lhe um beijo no rosto e acabou o atrito.
Lembre-se desta lição: o inimigo de Deus
nunca vem diretamente contra você, mas usa outra pessoa, geralmente seu
cônjuge, amigo ou parente próximo. Aquele que Deus põe mais junto para te
ajudar, por vezes também é o mais usado para te afundar
13.3 A visão da segunda vinda de Jesus e a confirmação da Palavr
O fato aconteceu uns três anos antes de eu
escrever os esboços iniciais desta obra. Na época, eu já havia recebido a
mensagem para comunicar as pessoas que Deus está fazendo a última chamada.
Ocorre que os discursos dos meus pastores e amigos, além de outros pregadores,
sobre a vinda de Jesus me despertavam dúvidas. Seria mesmo como falavam?
Catástrofes, o céu se abre e anjos, cheios de glória, aparecem e descem? Com
essas questões na cabeça, de repente, quando me encontrava na casa de minha
irmã Neide, em uma quarta-feira, olhando para a direção do Santuário, levei os
olhos para cima e vi algo grande e fantástico, à altura das nuvens. Uma visão
impossível de ser explicada com palavras humanas; não há como descrever. Foi-me
dito que ela representava a segunda vinda de Jesus e que: “A palavra dele será
cumprida”. Não esqueço aquelas imagens no céu. Digo que as imagens
representavam a vinda de Jesus, porém não vi sua figura.
13.4 Os sinais de que “alguém” vinha nos
acompanhando
As orações no meu escritório sempre foram aos sábados. Como aquela sala era usada para reuniões de trabalho, todas as sextas-feiras à noite eu lá comparecia para preparar o local. Começava com a limpeza da mesa de oito lugares, retirando dela todos os livros e documentos usados durante a semana e ainda não arrumados nas pastas ou colocados no armário. Depois, ia até um setor da estante de livros, onde havia um pacote com 13 ou 14 jogos com folhas – tamanho ofício – grampeadas, contendo alguns hinos de louvor que o grupo selecionou para cânticos durante a reunião. Pegava-os e deixava um em cada lugar da mesa. Os que sobravam, em número de cinco ou seis, devolvia ao lugar de onde tirei. Ao contrário das Bíblias, eu não os contava, porque era um volume pequeno. Terminada a distribuição dos papéis, contava oito Bíblias (havia várias delas para doação) e colocava uma sobre cada bloco na mesa. Uma providência para a reunião de oração vinha se repetindo por aproximadamente 10 anos. Até que um dia, sexta-feira à noite, ao distribuir as Bíblias Sagradas sobre os hinários em papéis-ofício, faltou uma. O que me surpreendeu, pois nunca contara menos exemplares que o necessário. Voltei e peguei mais uma e completei a distribuição. Oito lugares com oito hinários e oito Bíblias sobre eles.
Na sexta-feira seguinte, repetindo os mesmos procedimentos, ao pegar as Bíblias, e lembrando que na semana anterior contei errado, uma vez que faltara uma, contei lentamente, com cuidado, as oito Bíblias a serem colocadas uma em cada lugar da mesa, sobre os hinários. Após circular pela mesa, ao chegar no último lugar, ocorreu algo muito mais incrível do que na semana anterior. Dessa vez, além de faltar novamente um exemplar da Bíblia, faltou o maço de folhas de papéis com os hinos; o lugar estava totalmente vazio e não tinha cabimento. Errar de novo na contagem das oito Bíblias, ainda vá lá, mas faltar também o jogo de hinos era absurdo, impossível, não tinha como. Sempre pegava o pacote todo e só devolvia a parte que sobrava, após fazer o círculo completo sobre a mesa de reunião. Parei o que estava fazendo. Era por volta de meia-noite e meia. Caí de joelhos: “Senhor, o que estás querendo me mostrar? Eu não contei as Bíblias errado de novo. Também nenhum maço de papel grampeado poderia faltar; pego o pacote todo e devolvo o que sobra”. O acontecimento na sexta-feira anterior ainda era plausível, mas dessa vez não. Era inexplicável. Comecei a orar, e a primeira coisa que me veio à mente foi um fato ocorrido algumas semanas antes, na mesma sala e mesa, em uma reunião de trabalho.
Sala de oração; outro ângulo (veja as bíblias sobre blocos de papéis com hinos de louvor).
Naquela ocasião, um cliente me disse ao final da conversa: “Doutor, vocês continuam fazendo orações aos sábados aqui?” Respondi afirmativamente, e ele continuou: “Cuide bem deste lugar. O Senhor pode não acreditar, mas, enquanto estávamos conversando, vi entrar pela porta uma pessoa, um vulto, todo de branco, que passou por detrás do senhor e se sentou naquela cadeira ali (indicou a mesma cadeira onde faltaram os dois objetos: Bíblia e maço com hinos de louvor). Ficou ali até agora, quando ficamos em pé para sair”. Na época não levei o assunto muito a sério. Mas, nessa oportunidade, o fato não só me veio à lembrança como também vi a mesma imagem: uma pessoa de branco circulando na sala e sentando no mesmo local. Todavia, logo após alguns segundos olhando para a figura, foi-me dito assim, na minha mente: “Ele não precisa de Bíblia”. Quem era ele? Não me foi dito.
Fui para casa e não conseguia dormir, tamanha a alegria e o contentamento. Havia passado das duas horas da madrugada, quando minha esposa acordou e perguntou: “O que houve? Você não consegue dormir?” Disse: “Estou muito emocionado. Hoje, enquanto preparava a mesa de oração, o Senhor me mostrou que alguém do ‘outro lado’ acompanha nossas reuniões”. Ao que ela, sempre discordando do que eu conto sobre meus encontros com o Invisível, respondeu: “Armando, isso é normal; onde tem dois ou três reunidos, Jesus está presente”. Ponderei-lhe: “Sim, mas quem o viu, fisicamente? Não estou falando que era Jesus. No entanto, ele – ou alguém por ele enviado – esteve lá esta noite ‘ao vivo’ e sentou em uma das cadeiras em volta da mesa”. Amanheceu e, no mesmo dia, durante a oração, comuniquei o fato aos irmãos presentes e determinei, com a anuência do meu filho e sócio – já na segunda-feira – que, a partir de então, não se usaria mais aquela sala para assuntos profanos (reunião de trabalho, debates, cafezinho, contar piadas etc.). O recinto, o maior do escritório, seria – e assim é até hoje – consagrado a Deus e usado exclusivamente para adorá-lo. O Orlandino Fortaleza de imediato sugeriu – e assim foi feito – que colocássemos uma cortina tampando as estantes contendo livros e documentos.
13.5 O abandono de coisas e hábitos não aprovados
Quando Deus escolhe alguém para algum chamado ou missão especial, ele também exige algumas renúncias. Ao menos comigo foi assim. No início das revelações, além de gostar de obras de arte, tinha eu outros divertimentos e lazer. Adorava tomar um bom vinho, jogar baralho, dançar, colecionar armas de fogo, fotografias... O afastamento do carteado se deu ao longo do tempo, paulatinamente. Assim como o entusiasmo para usar máquinas fotográficas. Em relação às outras coisas, levei algumas “cacetadas” para conseguir abandonar. Não é fácil deixar as coisas do mundo.
O fim do vinho e de outras bebidas alcoólicas
O pastor que me orientava, assim como meu irmão de sangue, nunca me censurou. Então, continuava eu tomando vinho. Eventualmente, outras bebidas alcoólicas. Assim fazia mesmo nos dias em que dava testemunho sobre a Mensagem Emoldurada. Eles nada diziam, porém o Invisível não aprovava, daí que me tirou da bebida alcoólica. 1º aviso: Fui convidado por um pastor e amigo para ir a sua igreja e dar testemunho (não era e nunca fui um pregador). Eu falaria a respeito das revelações sobre o casamento e o divórcio. Minutos antes de chegar para o ato, passei em uma churrascaria e tomei uma pequena jarra de vinho tinto. Já no templo, enquanto falava, adentrou um cidadão que, aparentando embriaguez ou vício em drogas, olhou para mim e começou a proferir palavras em voz alta, quase gritando: “Pastor, pastor... Isaías 28. Preste atenção. Pastor, e a bebida?” (Isaías 28 fala sobre o sacerdote que consome bebida forte). Não terminou seu “discurso” e pessoas da igreja foram até ele e o retiraram do recinto. Findo o testemunho, o pastor chegou até mim para pedir desculpas pelo ocorrido, ao que lhe respondi: “Não há porque se desculpar, irmão. Ele podia estar bêbado ou drogado, mas foi usado por Deus para me dar um recado. Tomei vinho antes de vir para cá, sou eu quem pede perdão”. 2º aviso: Continuei tomando vinho. Pensei: “Só não o farei quando eu for em algum culto para usar da palavra”. Até que certo dia, antes de ir a um encontro com amigos em uma área de lazer, passei no supermercado para comprar bebidas para levar. Ao tentar pegar uma garrafa de vinho que escolhi, tive um ataque, uma crise de alergia nunca experimentada. Comecei a espirrar continuamente. Lágrimas começaram a correr. Esperei passar e, ao levar as mãos para pegar o vinho, a crise recomeçou, mais forte. Desisti de comprar o vinho; entendi a razão do ocorrido. 3º aviso: Em uma festa de família, tempos depois, ingeri de novo alguns goles de vinho, ou melhor, muitos. Já um tanto alegre – e o vinho me deixava falador – em tom de brincadeira, proferi algumas frases que não deveria ter dito, naquele ambiente e diante de uma determinada pessoa. Ao voltar para casa, tomei consciência do erro e não dormi naquela noite. O peso e o arrependimento eram muito grandes. No dia seguinte, por pura obra do Amigo Celestial, fiquei sabendo que a pessoa que imaginei haver sido atingida pelas palavras, nada ouvira. Mas a dor dentro de mim foi tão grande e marcante que desde então deixei o hábito, ou vício de beber. Dei adeus ao vinho.
Fim da coleção de armas de fogo
Eu possuía uma verdadeira coleção de armas em casa. Certa feita, em um culto, sem saber, o pregador apontou para mim e disse: “Você tem uma coleção em casa que não agrada a Deus. O Senhor manda você se desfazer dela”. Logo entendi do que se tratava, pois coleção de vinho já não tinha mais, nem de qualquer outra coisa. Recebi o aviso, mas não queria atender. As armas eram muito bonitas. Algumas, caríssimas, outras, verdadeiras relíquias. Resolvi contornar o problema. “Se não é para ter em casa, então levarei para o escritório”. Tudo transportado para outro local, e, de repente, o ladrão apareceu e levou todas. O incrível é que uma das armas – um revólver – estava em cima de um pacote de dinheiro (na época, R$ 3.700,00), porém o bandido não pegou um centavo. Ao contar o detalhe para o delegado de Polícia Civil, este – sem saber dos “comunicados” que não atendi – falou-me: “Doutor, Deus não quer que o senhor fique sem dinheiro, mas sim sem as armas. Por isso o ladrão só tocou nelas”. Nunca mais quis saber de tal coleção. Uma arma basta, para segurança.
O abandono dos bailões
Os bailões no estilo gaúcho eram minha paixão,
mais ainda quando abrilhantados por: Os
Serranos, Os Monarcas, Gaúcho da Fronteira, etc. Ajudei a
fundar o “Clube dos 40” em minha cidade. Viajava mais de 400 km, ida e
volta, por sábado, especialmente quando o show era comandado pelo brilhante Porca Veia (falecido no final de 2020),
fundador do Grupo Cordiona. Certa
vez, por não encontrar companhia, fui de Apucarana até Ibaiti sozinho. Nos
últimos anos, ia com minha esposa. Antes de casarmos, ia mesmo só quando
não tinha ninguém para me acompanhar.
Recebi muitos sinais “indiretos” indicando dever eu deixar as noitadas.
Entretanto, a exemplo do vinho e das armas, a renúncia estava difícil. Era uma
atividade saudável e relaxante, sentia-me muito bem quando fazia. Fui enrolando,
até que em um final de semana, após ir ao baile, tive um sonho terrível. Nele
vi o Santuário do Livro, ou Santuário do
Amor de Deus (nome dado pela minha filhinha), totalmente destruído, no
chão, arrasado. Acordei em desespero. Logo em seguida, entrei em oração e pedi
a Deus o significado daquele sonho. O Amigo do Além me respondeu: “Aquelas
imagens do Santuário daquele jeito era você, aos meus olhos, nos salões de
baile”. Parei. Nunca mais dancei. O corpo também é um templo (do Espírito
de Deus).
13.6 O milagre nos choques entre veículos
Certo dia senti uma vontade muito grande de ir até a cidade de Assaí, PR, distante cerca de 100 km de Apucarana. É um município criado e desenvolvido por imigrantes e descendentes de japoneses. Estava imaginando comprar um lote de terras em um condomínio no local, pois tenho gratidão e admiração para com essa gente. Na minha adolescência, quando meus pais voltaram a morar no sítio, e eu não, eles muito me ajudaram. Creio que muito dos meus valores morais e personalidade devo aos nipônicos; dispensaram muito carinho à minha pessoa. Lá chegando, em Assaí – com meu neto Carlos Eduardo (o Kadu) –, no pátio de um posto de revenda de combustível, uma senhora engatou a marcha à ré em seu carro e acelerou para sair do local. Nesse exato momento, apareceu o frentista para falar com ela e retardou seu deslocamento por poucos segundos, o suficiente para outro veículo pequeno vir e parar atrás dela. A motorista, um tanto apressada, sem olhar novamente no retrovisor, acelerou e recuou, atingindo em cheio a frente do automóvel recém-chegado. Ela saiu do carro desesperada e o outro condutor também. Saí de minha camioneta, a poucos metros do acidente, e o que constatamos: salvo um pequeníssimo arranhão no para-choque traseiro de plástico do veículo causador do impacto, não havia danos. Fato inacreditável para quem presenciou os dois automotores balançando, com a força da batida. Indaguei à motorista se ela possuía seguro; disse que não. Então lhe afirmei: “Dê glória a Deus. Isto é um milagre”. Depois do ocorrido, não tive mais nenhum interesse em comprar o terreno. Imagino até que foi obra do meu Amigo Invisível para eu presenciar uma espécie de milagre até então nunca visto. Milagres com pessoas saindo ilesas de acidentes graves, a começar por mim mesmo, sim, mas maravilhas onde o próprio bem material não registra estrago, jamais. Alguns anos depois, fato semelhante aconteceria comigo.
No mês de agosto de 2020, ao manobrar minha camioneta para estacionar e depois entrar em uma farmácia na minha cidade, escutei um barulho na parte traseira, quando dava marcha à ré. Então observei o carro atrás (um Fiat branco) chacoalhando (a câmera de ré e o alarme sonoro estavam desregulados). Ao sair da cabine, examinei os carros e não vi nenhum sinal de batida. Entrei no estabelecimento e, ao sair, deparei-me com a motorista do veículo menor olhando e passando a mão nas peças da parte dianteira do seu carro. Indaguei qual era o problema. Ela me disse: “Estou vendo aqui, porque o senhor dessa loja (mostrou onde estivera) me disse que você bateu com sua camioneta ao dar ré, contudo não vejo nada”. Ao que eu lhe disse: “Também achei haver atingido”. Antes de ir embora, pedi à mulher que, se encontrasse algo, me avisasse. Outro milagre sui generis do Amigo Celestial! Ele é também espetacular. Lembrei-me do acidente em Assaí, PR, no passado.
13.7 Quando os invasores de terras foram embora por “ordem superior"
Certa feita, tive uma propriedade agrícola
invadida pelo pessoal do grupo Sem Terra.
Entraram na minha área em um domingo e, em menos de uma semana, foram embora. O
fato marcante está na forma como desistiram de seu intento, principalmente o
primeiro grupo de famílias invasoras. Três dias após o ocorrido, numa
quarta-feira, ao retornar à propriedade, um dos líderes do grupo que já estava
partindo, cerca de trinta famílias (o restante foi embora três dias depois - no
sábado), dirigiu-se a mim e disse: “Doutor, não sei se o senhor tem pacto com
Deus ou com o diabo. A verdade é que toda noite surge uma barulheira. Não deixa
ninguém dormir. Não sabemos de onde vêm. Muitas pessoas estão com medo”. Claro
que era a mão do Amigo Invisível. Só ele tem poder. Somente ele poderia dar
ordem para a justiça de Jesus entrar em ação e mandar a turma embora. Não
precisei tomar nenhuma providência; nenhuma ação judicial. Não precisei atuar
em causa própria nem contratar outro advogado.
Quem não acredita no poder e nas providências de Jesus, buscará outros motivos para a saída dos invasores. Sei, porém, que houve uma “desocupação forçada”, por mandados cumpridos pelos anjos celestiais; ou saíam, ou não dormiriam. Quem quis ficar? Ninguém. Nenhuma família.
Em tempo, respondi ao líder do grupo que “meu pacto” sempre foi e será com o Todo-Poderoso, o Senhor nosso Deus, Pai do nosso Senhor Jesus Cristo. A ele toda honra e toda glória.
13.8 O Amigo me curando de doenças incuráveis
Quando surgiu a visão da Mensagem Emoldurada, no ano de 2004, encontrava-me com a saúde deplorável, no “bico do urubu”, como se diz na gíria. Com tantos órgãos vitais comprometidos, não havia nenhum tratamento humano possível ou capaz de me devolver a saúde plena. Eram demais as minhas dores.
O fígado não podia nem ver comida gordurosa. Tudo que comia fazia o órgão inchar, doer a barriga e a cabeça. Bebida alcoólica? Nem pensar. Os sintomas eram de cirrose, tumor maligno. Os pulmões também estavam com funcionamento horrível. Nada de coisas geladas nem frias. Os exames clínicos me deixaram tão assustado que não quis saber de fazer os demais para confirmar a gravidade (sabia que não viria coisa boa). Os dois rins estavam funcionando, mas com muitas dores, havia cálculos em ambos.
Com os três órgãos “bichados”, comecei a sentir dores na próstata. Fui ao médico e, após os exames, recebi a péssima notícia: tumor. Foi, então, recomendada uma biópsia. Não quis fazer. Já vinha sofrendo demais e resolvi me entregar para morrer o quanto antes. Cheguei em casa e joguei todos os medicamentos que tomava no lixo (ocupavam uma grande caixa de papelão). Mas não blasfemei nem parei de servir a Deus. Estava disposto a cumprir suas ordens.
Senti quando foram curados os pulmões e a próstata. Os pulmões foram curados no escritório, na sala de oração, quando meu irmão de sangue, o Adesio, e o irmão José Alves, o Zé das Multidões, oravam por mim. Senti um frescor, um “refrigério” no local, e a dor cessou, por completo. A cura da próstata senti em casa, numa madrugada, algo me tocou na região e me aliviou da dor. As curas dos rins e do fígado não sei quando ocorreram. As dores e os sintomas desapareceram lentamente. (As dores só voltariam no fim de 2015, mas por poucos dias e logo desapareceram, porém. tal se deu em razão de minha desobediência em ouvir o Senhor e Amigo, que desejava de mim outro trabalho para a sua causa).
Muitos anos depois, ao realizar um check-up, não havia mais nada. Nos rins, não apareceu nenhuma pedra. Meus últimos exames gerais foram ao início da pandemia de Covid-19 (primeiro semestre de 2020), em razão de uma crise de ansiedade. Tudo na mais absoluta normalidade. Além de curas de doenças do corpo (nos rins, no fígado, nos pulmões, na próstata), Deus me curou de uma terrível doença da alma: a depressão profunda, como disse antes. Assim, repito sempre: se eu não falar de Jesus, se não der testemunho dos seus milagres em minha vida, serei a pessoa mais ingrata e covarde deste mundo.
13.9 As curas em meu filho e minha filha (pequenos)
Meu primeiro filho, quando ainda não tinha cinco anos, em algumas noites, dormia o primeiro sono e acordava gritando com dores nas pernas. Eu o levava ao hospital e, até o médico chegar, era só choro. O pediatra indicava alguns analgésicos, mas não conseguia identificar a causa. Dias depois, meu filho reincidia no sofrimento. Certa noite, antes de dormir, orei e pedi a Deus que curasse meu filho. Em sonho só ouvi uma voz: “Dê vitamina C para ele”. Assunto resolvido. Nos dias em que ele brincava um pouco mais, à noite sentia muitas dores nos ossos da perna, certamente por falta de cálcio ou da própria vitamina no organismo. A partir de então, teríamos sempre o produto em casa. Mal ele acordava com o início do sintoma, ou mesmo antes, quando brincava demais, já ingeria o medicamento e não vinham as dores tão cruéis.
Tal filho, posteriormente, foi acometido por uma hérnia e estava para ser operado. Meu sogro sabia de uma “simpatia” e fez o ritual de recomendado. O garoto recebeu a cura (os evangélicos são contra o uso desse método). No entanto sei que a bênção veio em razão da atuação do Celestial. Ele é tudo e está em tudo.
Quanto às “simpatias”, penso que também foram deixadas por Deus. Somente faço ressalvas quando são usados nomes de santos ou santas, guias etc., pois tudo deve ser pedido para Jesus, ou a Deus em nome dele.
Minha filha vivia constantemente com as amígdalas inflamadas (ou infeccionadas). Sua médica sempre indicava antibióticos. Eu já sabia que referido medicamento resolvia a situação no momento, mas dentro de trinta a sessenta dias os sintomas voltavam. Orei e, novamente, em sonho, foi-me dito o nome de uma planta natural (malva) para o tratamento. Assim fiz e ela não tomou mais remédio de laboratório, só aquele indicado pelo meu Amigo Invisível. No entanto, a cura definitiva ainda não ocorrera. Até que, certo dia, quando pensávamos em marcar uma cirurgia, apareceu em nossa casa um senhor, amigo da família, que gostava muito da menina. Pedi-lhe: “Oscarzão (assim o chamávamos), a Bia está com febre, muita dor na garganta, outra vez. Como sei que você tem fé, entra lá no quarto e ora a Deus pela sua cura”. Ele orou e a menina recebeu as bênçãos de Jesus. Salvo uma vez ou outra, nos anos seguintes nunca mais teve inflamação, ou infecção. Hoje tem mais de vinte anos. Obrigado Senhor.
13.10 O Amigo mostrando que só sua lei e justiça são perfeitas
Denúncia criminal (absurda e emporcalhada); os desmandos do sistema acusatório federal
Deus queria me ver trabalhando na sua obra, todavia eu muito relutava, titubeava em abandonar meus negócios, mesmo parcialmente. Então, ele me colocou no “deserto”. Fiquei durante três anos em uma situação de perder todo patrimônio e ainda ser preso.
Determinado dia, já com quase 60 anos de idade, ao chegar de manhã ao meu escritório de advocacia, deparei-me, na porta, com um elemento adulto, jovem e forte. Ele queria entrar à força, gritava com outros dois indivíduos (VM e PH) que já estavam na sala de recepção. Tentei contê-lo, mas ele me empurrou. Entramos em luta corporal e o golpeei, pondo-o ao chão. Em desvantagem, levantou-se e saiu fazendo ameaças contra mim e seus dois desafetos. Estes, indagados por mim, não disseram a verdade sobre os fatos e a pessoa do agressor, apenas que era um envolvido com drogas e crimes de estelionato. Anos depois do entrevero no escritório, recebi uma intimação da Polícia Federal de Maringá, PR, para prestar depoimento. Lá fiquei sabendo o que realmente acontecera entre os três homens: dívidas e dinheiro sujo. Os dois que estavam dentro do escritório usaram o nome do “visitante” (vulgo Carlão) e de outras pessoas, como “laranjas”, para legalizar uma firma de compra, curtimento e venda de couros bovinos (salgadeira). Não pagaram o combinado nem tampouco os tributos ao governo.
Descoberta a fraude pela fiscalização fazendária, coube à Polícia Federal apurar quem seriam os criminosos, os verdadeiros donos do empreendimento comercial. O nome da empresa era Comercial Ponte Nova Ltda. Foi aberta em Apucarana, PR, e posteriormente transferida para a cidade de Campo Mourão, PR, onde correu o processo na Justiça Federal. O delegado relatou o Inquérito Policial e não me indiciou, em que pese Carlão haver dito que eu era o dono da empresa. Já o representante do Ministério Público Federal/MPF, com base apenas no depoimento do meu inimigo, apresentou denúncia criminal e envolveu meu nome como sonegador. Processou também o próprio Carlão e VM (o outro indivíduo, o PH, falecera). O interessante é que o MPF acreditou em Carlão, na parte em que ele mentiu – quando disse que eu era dono da empresa –, mas não acreditou na parte em que ele disse a verdade, que foi um simples sócio “laranja”.
Mal começou o processo criminal (outubro/2012) e a Procuradoria da Fazenda Nacional já moveu ação civil para a cobrança dos tributos e penhora de meus bens. Depondo em Juízo, Carlão se retratou, disse que mantinha suas acusações contra as demais pessoas (VM e PH), mas não contra mim; que me envolveu no inquérito por vingança. O MPF, insanamente, alegou que ele voltou atrás porque possivelmente foi ameaçado, ou subornado, por mim. E, o mais incrível, desprezando todas as provas (ou falta delas), o juiz acatou a tese da acusação e me condenou (e também Carlão e VM) por crime de sonegação fiscal. Apresentei Recurso de Apelação perante o Tribunal Regional Federal - 4ª Região - Porto Alegre.
Como cheguei aos sonegadores e às provas contra eles
Após a sentença, no início de 2016, bastante revoltado e descrente na Justiça, imaginei: “Só serei inocentado se encontrar os donos verdadeiros da firma. Ou faço o que a acusação não fez, ou pagarei por um crime que não cometi”. Carlão era simples sócio “laranja”; VM e PH não tinham tanto capital para tamanha movimentação financeira (só de tributos eram milhões de reais). Coube a eles tão somente arrumar os sócios fictícios.
Desde quando moveram o processo criminal, eu tentava descobrir os criminosos, porém não lograva êxito; não achava sequer o local onde a firma se instalou em Apucarana. Da mesma forma, não conseguia eu encontrar um dos sócios “laranjas” – o qual nem a Polícia Federal havia localizado – para saber como ele entrou no contrato da firma. Até que na quinta-feira da Semana Santa de 2016, poucos dias após a sentença, apareceu na calçada do meu escritório um cidadão que, ao me ver na porta, disse: “Doutor Armando (ele já me conhecia), o senhor pode me atender?” Convidei-o para entrar. Quando ele mostrou sua identidade, fiquei pasmo ao ver que era a pessoa que eu procurava havia mais de dois anos; o sócio “laranja” que estava sumido.
Perguntei ao visitante: “Carlinhos (nome simplificado), você já teve firma no seu nome? Uma salgadeira? Essa empresa sonegou milhões e estão me acusando de ser o dono. Eu te procuro há muito tempo pra saber o que houve”. Ele disse que não sabia de nada; que certa vez seus documentos foram extraviados etc. “Só se usaram meus papéis”, ponderou. Então orientei-o: “Se você é inocente, vá à Delegacia de Polícia e faça um Boletim de Ocorrência. Diga que ficou sabendo só agora que abriram firma usando o seu nome”. Passaram-se uns quatro ou cinco dias e o Carlinhos voltou ao escritório: “Doutor, o senhor é inocente; eu não consigo dormir. Quero dizer a verdade. Fui, sim, ‘laranja’ dessa tal firma. Quem me colocou nela foi o falecido PH, mas ele não disse que era para sonegar imposto, falou que seria só por uns dias e já me substituiria. Tem mais, o senhor não acha o barracão porque o endereço não é aquele que está nos papéis. Não é no nº 10 da Av. Governador Roberto da Silveira (região da Barra Funda), mas sim no nº 1.360 (na saída para Maringá)”.
Localizei o barracão onde funcionou a firma. Seu dono era um conhecido meu de longa data, o qual disse de imediato quem foram seus inquilinos e donos da salgadeira, os empresários MLR e RAF. Fiz mais ainda; consegui encontrar outras pessoas que trabalharam para a dupla. Um deles, sem carteira assinada, foi o valoroso Décio Tavares, contratado com mais dois filhos seus. Depois encontrei e conversei com o Sr. João Vicente, empregado com carteira assinada. Localizei o Sr. Tobias de Oliveira, sócio e gerente de uma firma transportadora que fez fretes para a salgadeira; confirmou seus donos.
As novas
provas e o resultado do recurso
Juntei novas provas no recurso, e a sentença que me condenou teve vida curta. Não poderia mesmo prevalecer, era um arremedo. Em 10 de julho de 2017 (data do acórdão e dia do meu aniversário oficial) fui absolvido por unanimidade. Julgamento relatado pelo Des. Federal Leandro Paulsen, cujo voto foi seguido por seus colegas, João Pedro Gebran Neto e Victor Luiz dos Santos Laus. Entenderam que não haviam provas para me condenar.
Durante a tramitação do recurso no Tribunal Federal, iniciou-se uma 2ª ação criminal contra mim, VM e Carlão, no mesmo Juízo de Campo Mourão, relativa a um segundo ano de sonegação fiscal. A empresa apresentou duas Declarações falsas à Receita Federal, e não consideraram uma continuidade delitiva, mas sim crimes autônomos. Os dois donos verdadeiros – MLR e RAF – foram chamados e prestaram depoimentos. Como era de se esperar, negaram tudo. Porém um deles admitiu que de fato teve uma firma de curtimento de couros, naquele mesmo endereço da Ponte Nova, mas não com este nome. Indagado, então, qual teria sido a denominação da sua empresa, afirmou que “funcionou na informalidade”, sem firma organizada. Pela primeira vez na vida, encontramos alguém que, em um barracão tão grande (conforme afirmado pelo locador), conseguiu instalar uma salgadeira de couros “na informalidade”. Ao que parece, o MPF acreditou na estória deles, pois não tomou nenhuma medida para apurar suas responsabilidades. Preferiu manter o pedido de condenação contra mim, Carlão e VM.
Nesse processo, a decisão veio a meu favor. O
Juízo Criminal (agora sob o comando de outro magistrado) absolveu a mim e aos
outros dois acusados, em agosto de 2017. O Ministério Público não
recorreu. Viram, por fim, que suas denúncias eram de fato absurdas e emporcalhadas. Somente após esta segunda
declaração de inocência (o Tribunal já havia me absolvido da 1ª acusação), a
Justiça me liberou da dívida, mandando-me pagar um valor ínfimo a título de
honorários, na defesa cível. Mas tudo bem. No mais, o Juízo Federal Cível, sob
o comando do Dr. Alexandre Zanin Neto, foi impecável. Carlão (sócio “laranja”) e
VM (contratante dos sócios “laranjas” para MLR e RAF) também findaram
absolvidos nas duas ações penais. Os processos, criminais (por crime de sonegação)
e cíveis (para cobrança dos tributos), constando meu nome no polo passivo,
encontram-se arquivados no Juízo Federal de Campo Mourão, PR
A tensão emocional antes do julgamento no tribuna
Na antevéspera do julgamento em Porto Alegre, encontrava-me muito tenso. Se o recurso não tivesse sucesso, perderia eu todos os meus bens para a Fazenda Nacional. E, o que é pior, iria para a cadeia. Isso, repita-se, com base na palavra de uma só pessoa no Inquérito na Polícia Federal, mas que, depois, em Juízo e acompanhado por advogado, negou tudo. Em tal clima de medo da Justiça, o Amigo Invisível disse-me, quando ainda em casa, antes de viajar: “Eles (o tribunal) vão julgar conforme a vontade de Deus”. Respirei com bastante alívio, e o pânico foi substituído pela esperança. A justiça divina é perfeita. Não tem falha alguma. Ansioso, não quis assistir ao julgamento. Na estrada, indo de Porto Alegre para Santa Maria com meu amigo Homero Lopes Ribeiro, recebi a notícia da minha absolvição, dada pelo meu enteado Guilherme Henrique. Paramos o veículo, saí e agradeci a Deus. Aqueles que transitavam pela rodovia por certo achavam meu gesto estranho; ajoelhado e levantando as mãos para o alto. Era mesmo para comemorar a grandiosa vitória dada por Jesus.
Outra barbárie do MPF (deixaram os patrões de lado e mandaram instaurar inquérito contra o empregado)
Em que pesem todas as inúmeras provas, inclusive documentais, indicando quem eram os verdadeiros donos da empresa sonegadora, o MPF, como antes dito, nada fez contra eles. Ao contrário, determinou a instauração de Inquérito Policial, pela Polícia Federal, em Maringá, PR, contra o pobre trabalhador com carteira assinada, o João Vicente, por “falso testemunho”; por ter afirmado uma coisa na Polícia e outra em juízo (onde disse a verdade). Eita Republiqueta das bananas, este nosso Brasil. Sempre querem arrumar um pretexto para condenar um inocente.
João Vicente, logo após depor na Polícia Federal, ficou em completo desespero emocional e não viria nunca mais a se recuperar. Ao que parece, não apresentaram denúncia criminal contra ele, o que em nada mudou seu estado de temor e insegurança. Já havia visto um inocente responder por crime que não praticou e passou a imaginar que ele seria o próximo a cair nas garras do MPF. Um clima de incerteza que, sem dúvida, arrebentou ainda mais com sua saúde, física e mental, vindo a falecer pouco tempo depois.
13.11 O Celestial mostrando mais uma vez que nos quer reunidos para adorá-lo
Como antes relatado, por duas vezes no mínimo o Grande Celestial havia me mostrado que ele se alegra quando seu povo se reúne para orar e adorá-lo. Primeiro, o episódio mandando eu dizer “Deus te ama”, àqueles que fossem no sábado na reunião de oração. Depois, no mesmo lugar, a visão mostrando-me o sorriso de Deus. Porém outro acontecimento viria a respeito desse assunto. No dia 13 de outubro de 2019, meu cunhado Robson estava ao volante da camioneta e voltávamos de Salto Del Guiará – Paraguai, onde fomos fazer compras. Ainda lá, veio-me à mente que, se nos apressássemos, eu chegaria a tempo de ir ao culto de domingo, à noite. Contudo, pensei no risco de aumentar a velocidade. Instante em que, na dúvida sobre como agir, ouvi uma voz a me dizer: Quem quer encontrar Jesus precisa ir onde ele está. Na incerteza se a mensagem era de Deus ou do “lado oposto”, para me induzir em erro (um dia, em passeio fora do país, ouvi uma vozinha meiga me dizendo para fazer algo, que pensei de início ser coisa do amigo, depois constatei que não era), falei comigo mesmo: “Pararei adiante e verei na Palavra se há confirmação, se é de Deus a frase. Se sair em algo sobre encontrar Jesus, ou onde ele está, tudo bem, acelero; caso contrário, não”. Mais adiante parei. Abri a Bíblia a esmo e meus olhos se fixaram justamente em Lucas 4:42 - Sendo dia, saiu e foi para um lugar deserto; as multidões o procuravam, e foram até junto dele, e instavam para que não os deixasse. Pronto. Revelação confirmada, corri um pouquinho e cheguei ao culto na Tenda Missionária. Foi então que o Senhor me mostrou, de modo espetacular, que ele de fato se alegra com a nossa presença na sua casa para adorá-lo. Encontrava-me em pé, cantando um louvor, e ouvi: “Pare e olhe”. Dirigi meus olhos para um primeiro irmão à minha frente e vi um brilho intenso em seu rosto, uma linda luz prateada na parte frontal de sua cabeça. Olhei para outro, e outro, para cada um, até o último atrás de mim e, em todos, o mesmo sinal divino. Algo forte falou em meu interior que aquilo era o sinal da alegria de Deus.
Lição: devemos ir, sim, à casa do Pai. É uma das formas de adorar a Deus “em verdade” (além de “em Espírito”). A partir da referida data, nunca mais tive má vontade, preguiça de ir à igreja. Por isso, insisto: ore em casa, sim, diariamente, mas vá à Casa de Deus. Ao menos uma vez por semana. Ele, o Senhor, está, sim, em todo lugar, todavia onde tem mais filhos seus reunidos é ali que ele mais manifesta sua glória, seu Espírito Outra maravilha do Grande Amigo; comprimidos no lixo mais uma vez.
Na pandemia (2020), fui obrigado a consultar um cardiologista. Tudo porque, ao ficar em casa vários dias e mesmo escrevendo este livro, meu coração passou a sinalizar que não estava bem. O médico determinou que eu tomasse comprimidos para combater a ansiedade e, assim, conseguir dormir. Por vezes quis dormir sem ingerir o medicamento, mas não logrei êxito. Com alguns dias em tal situação, vi que o remédio (tarja preta) estava afetando meus rins. As pernas estavam inchando e as costas doendo, na região lombar. O que fazer, então?
Com dúvidas, em uma noite, no final de setembro de 2020, antes de dormir, conversei com Jesus (nas noites em que quis dormir sem tomar nada, não me lembrei de pedir-lhe). Pedi, clamei: “Senhor, estou em suas mãos. Faz muitos anos que testemunho às pessoas que o Senhor me livrou de doenças graves, que joguei fora todos os medicamentos, porque recebi cura milagrosa de ti. Atualmente, além de não poder mais falar que não tomo remédios, o que ingiro está me fazendo mal. Ajude-me, estou em suas mãos. Não tomarei o remédio e peço que me faça dormir”. Joguei longe o tablete com os comprimidos; entreguei-me e dormi normalmente nos braços do Invisível. Adeus “tarja preta”. Glória a Deus! Mais uma vitória de Jesus, meu Senhor e Amigo.
13.13 Curado da Covid pela Palavra de Deus
Essa maravilha ouvi de um cidadão de Curitiba, PR, em junho de 2021, que encontrei ocasionalmente em uma lanchonete, em Mauá da Serra, PR. Ele me falou que havia contraído Covid, mas já estava curado. Ao ser indagado por mim sobre como ocorrera seu tratamento, disse-me: “A Palavra de Deus me curou”. Perguntei-lhe: “Como foi?” Ele explicou: “Estava na UTI, com mais de 50% dos pulmões afetados e em vias de ser entubado. Então ouvi uma voz dizendo bem forte: ‘Salmo 30:2 (Senhor, meu Deus, clamei a ti, e tu me saraste), e me recitou as palavras. De imediato me senti melhor. Mais alguns minutos e de novo voltou a mesma voz e palavras. Até que, após outras repetições, senti-me completamente bem. Quando vieram medir minha saturação, o médico constatou a melhora rápida e surpreendente. Aguardaram algumas horas e me deram alta. Fiz novos exames e os pulmões estavam, e estão, limpos. Faz trinta dias hoje”. Glória a Deus! Aleluia.
13.14 O fogo (outra vez), o calor e a água respeitam
a Palavra
Bíblia encontrada dentro do carro incendiado
Por volta de 2010, indo na concessionária
Volkswagen, em Arapongas, PR, vi um veículo de passeio (que depois soube
pertencer a uma parente de amiga minha) completamente destruído pelo fogo, mas,
dentro dele, havia algumas Bíblias Sagradas completamente intactas, salvo
sujeira pela água e fumaça (foto). As chamas
queimaram lataria, estofados, todos os componentes do carro, porém não
danificaram as Bíblias. Seus pequenos danos foram em consequência da água sobre
o automóvel. Achei aquilo incrível, um milagre. Pedi para ficar com um Livro,
no que fui atendido, após o responsável pela oficina conversar com a
proprietária. Muito tempo depois do incêndio do carro com a Bíblia dentro, no
dia 9 de outubro de 2020, tive uma experiência semelhante e mais incrível
ainda, com outro incêndio em uma casa de madeira em um sítio em Califórnia/PR.
O incêndio destruiu toda a residência, ocupada por uma família, e tudo que
havia dentro. Todavia, no meio dos escombros, por verdadeiro milagre, foi encontrada
uma bolsa preta, que era da moradora, Sra.
Ivone, e dentro dela uma Bíblia (foto), sem sofrer nenhum dano, que eu havia
doado a ela dias antes. Nem sequer os jatos de água usados pelos Bombeiros –
para rescaldo das chamas e proteção das construções vizinhas – atingiram a
Bíblia. Esta ficou ainda menos danificada do que aquela no carro carbonizado.
Em suma, nem o fogo, nem os escombros do telhado (madeiras e telhas), nem o
calor, nem a água atingiram o Livro Sagrado. Todas as coisas respeitaram o
papel com a Palavra Sagrada. Glória ao Todo-Poderoso. Deus Pai, Deus Filho e
Deus Espírito Santo.
A bolsa queimada e a Bíblia – que estava dentro dela – intacta, sobre entulhos do que sobrou da casa incendiada.
[...] mas aquele que bebe da água que eu lhe der
nunca terá sede, porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água a
jorrar para a vida eterna (João 4:14).
Capítulo 14
QUESTIONAMENTOS - Críticas e ataques
A publicação a seguir, quase um desabafo, foi feita em nosso blog há muito tempo [www.deusnolar.blogspot.com.]. São respostas específicas aos ataques que eu e minha missão vínhamos recebendo.
“O pregador invejoso tem o hábito de pôr em dúvida ou questionar a razão de haver Deus entregue algo belo, diferente, a uma pessoa que, na sua opinião, não é merecedora.”
14.1 As críticas e rejeições iniciais
Logo que tive a primeira visão/revelação mostrando-me a Mensagem Emoldurada pressenti que aquilo causaria muito impacto e provocaria polêmicas, pois até eu mesmo me espantei. Tanto é que permaneci calado durante os primeiros dias e só concordei em revelar o ocorrido a um irmão meu. Ainda assim porque ele veio me dizer que recebera uma revelação do Espírito Santo durante a noite, mandando-lhe falar comigo e me ajudar, pois algo havia sido entregue a mim, mas eu estava escondendo, com medo de falar (e era verdade). Não fosse a visita do meu irmão, não sei quando ou a quem contaria o fato.
O tempo passou e as coisas mudaram. As críticas diminuíram bastante com o natural avanço da missão. Porém, no início, sofri muito com os ataques. Hoje essas palavras são apenas para registro histórico sobre os questionamentos do passado. O tempo se encarrega de tudo, é o senhor da razão, como diz um axioma.
As rejeições quase sempre foram contra a Mensagem Emoldurada. Nada falavam contra o Livro da Tradição ou contra o Santuário. Mas quando observavam a estampa (a figura das duas colunas com a frase no meio), o bombardeio era total. Diziam ser coisa do mal.
Certo dia, a pretexto de que desejavam convidar minha esposa e eu para ingressarmos na sua igreja, colocaram-me em uma verdadeira roda de fogo. Alguns teólogos, designados para um “congresso” da denominação, como “entendidos” na Palavra, fulminaram-me com as mais diversas alegações.
Chamei os ataques de “festival de disparates” e, após os discursos, classifiquei os críticos em quatro tipos: invejosos, presunçosos, mercenários e cautelosos. Estes últimos, na verdade, não são teólogos nem críticos. Já os demais tinham, e ainda têm, em comum o hábito de complicar e desqualificar o ocorrido. Assim, colocam em dúvida tudo o que Deus entregou a alguém, mas não a eles. Tais pessoas, os teólogos, acabam afastando os mais humildes de uma melhor comunhão com o Senhor.
Vejamos o primeiro tipo: os invejosos. A inveja espiritual impera entre muitos evangelizadores. Com tristeza descobri este fato. O pregador invejoso tem o hábito de pôr em dúvida ou questionar a razão de haver Deus entregue algo belo, diferente, a uma pessoa que, na sua opinião, não é merecedora. Como o questionador não pode revelar a verdadeira causa da sua insatisfação, lança suspeitas e acusações. Atribui ao revelado a pecha de fantasiador ou mentiroso, e, ao objeto, a marca de coisa do diabo. Essa espécie de pessoa assim se manifestava em seus ataques contra mim: "Eu, que sempre oro e dobro o joelho a Deus, nunca vi um sinal, como pode ele ter vista? Não é possível; não é de Deus; é do diabo". Ou, então: “É tudo mentira. Ele não teve nenhuma revelação. É coisa da sua cabeça”. E vai por aí afora sua metralhadora giratória de impropérios. O invejoso nunca admite que vive no erro.
Tipo número dois, os presunçosos. Essa categoria de teólogo, ou religioso, não tem dentro de si o dom da humildade ou da modéstia. Ele se julga sábio, o mais instruído e inteligente entre todos os pregadores. Padece do complexo de superioridade. É aquele líder que, ao ser indagado por um membro da sua igreja sobre um tema qualquer, sente-se obrigado a dar explicação imediata. Imagina que, se não lecionar ao fiel, será (e às vezes de fato é) um falso conhecedor da Palavra. Dessa forma, o seu seguidor procuraria outro mestre. Então, quando não tem elementos para esclarecer a questão, em vez de admitir seu desconhecimento, sai pela tangente, atribuindo à coisa questionada a condição de obra do demônio. Chega, inclusive, a mencionar textos bíblicos para ilustrar suas palavras. O presunçoso não percebe que quanto mais ele se aprofunda nos estudos, mais seu ego cresce e sua espiritualidade diminui.
Confira a maneira de agir do presunçoso com o seguinte exemplo: alguém lhe pergunta sobre instituições como Maçonaria, Rosacruz, Gnósticos, Seicho-No-Iê, PL, Mahikari etc. Ele nunca leu um livro sequer a respeito do assunto, mas, mesmo assim, emite opinião dizendo ser coisa do maligno. Trata-se, é claro, de um mestre mentiroso, de um enganador de inocentes discípulos. Até hoje, só tive notícia de um único religioso, um padre, que, ao ser indagado sobre a Maçonaria, respondeu de maneira humilde, porém elogiável, ao seu fiel: “Não sei o que é, por isso não posso te explicar”. Gesto lindo, não?
Tipo número três, os mercenários. Tipo, que não é movido pela inveja ou pela prepotência, tem outro motivo principal. Sua preocupação está no crescimento material e nas finanças de sua igreja. Um mercenário vê um novo ministério e já sente medo de perder fiéis; de ver diminuída sua arrecadação porque estaria surgindo um concorrente contra si. Então, para se eliminar concorrente, nada melhor que o timbrar com maus rótulos, como alguém usado pelo diabo.
Por fim, na quarta categoria de contenciosos aparecem os cristãos cautelosos (medrosos, meticulosos ou inflexíveis). Os cautelosos não abrem contenda em razão da inveja ou por falta de humildade, nem por medo de perderem fiéis. A causa de sua discordância ou rejeição ao revelado é outra, e até mais honesta, diria eu. Eles são um tanto rígidos e se limitam à observância estrita da lei. Ficam apreensivos e assustados frente a qualquer fato novo. São pessoas reservadas que têm uma visão fixa no texto bíblico, e não no contexto. Para o pregador meticuloso, aquilo que não está previsto ou explicado nas Escrituras Sagradas não é de Deus. É um princípio do qual ele não abre mão. Tudo que é diferente ou inovador assusta-o. Assemelha-se àqueles judeus que atacaram seus irmãos, as duas tribos e meia (Josué 22:10-34), quando estes montaram um altar junto ao Jordão.
Aos cautelosos, eu diria que todo enunciado bíblico é, sim, de Deus, mas nem todas as suas maravilhas ali estão detalhadas. Se tal não for verdade, estaríamos, então, limitando os poderes do Senhor, pois é impossível colocar em um só livro todas as suas grandezas e realizações. Aliás, a própria Escritura Sagrada afirma que nela não cabe tudo: [...] há, porém, ainda muitas outras coisas que Jesus fez. Se todas elas fossem relatadas uma por uma, creio eu que nem no mundo inteiro caberiam os livros que seriam escritos (João 21:25).
Confira agora alguns dos comentários mais comuns que recebi e minhas rápidas respostas:
a) Deus não dá sinal para
ninguém. Com a vinda de Cristo, não existe mais sinal algum. O sinal é o
próprio Cristo.
Ora, pura inverdade. Se, após Jesus, não virá mais sinal, então o que está
escrito no livro do Apocalipse não será cumprido, pois o que
há de vir será antecedido por sinais. Deus nos dá sinais desde a criação do
mundo, mesmo depois de Cristo, como aconteceu com o apóstolo Paulo. É
certo que um sinal físico tão belo como o da Mensagem Emoldurada não
se constata a todo instante, mas diariamente Deus mostra sua presença a muita
gente através de sinais. Na minha cidade mesmo, em grupos de orações nos
bosques durante a noite, comandadas por um pastor pentecostal, incontáveis
pessoas já observaram os mais incríveis sinais de Deus. Visões, curas,
libertação... As maravilhas aconteceram várias vezes, mas como não poderia
deixar de ser, tal pregador também foi atacado por muitos. Falaram ser magia
negra, truques...
b) Isso é idolatria. Pode até ser. A figura
da Mensagem Emoldurada, a escultura divina, o estandarte celeste da
família ou o sinal do pacto entre Deus e o casal, o nome não importa, talvez
represente, sim, uma idolatria, mas do casal para com Deus, o que evidentemente
não é pecado. Idolatrar significa: prestar culto, adorar,
venerar, amar, admirar com exagero.
c) No final dos tempos,
aparecerão falsos profetas operando grandes sinais . É uma citação de
Mateus 24:24, mas é uma comparação errônea, absurda. Não se aplica a mim. Não
sou nenhum profeta nem estou operando sinal algum. Não estou falando sobre
coisas que virão, mas sim daquilo que aconteceu; daquilo que me entregaram para
retransmitir. Não sou sequer um pregador. Falo somente sobre o que está escrito
no Livro de Deus para a família. No mais, o que faço é dar testemunho do
que o Altíssimo fez na minha vida. Eu ganhava dinheiro com separações e
divórcios, duvidava da existência do Senhor, gostava de quadros e
esculturas. Somente após vários anos veio a ordem para dizer que Deus está fazendo a última chamada.
Todavia, a frase não é nenhuma profecia; é alerta, aviso.
d) Isso é coisa do diabo, ele
também usa o nome de Deus. Posso até concordar que o inferior também usa o nome de
Deus, mas com a finalidade de produzir coisas contra o Senhor, de destruir as
obras de Jesus Cristo, ou algo semelhante. Pergunto: a quem favorece uma ordem
para não se atuar mais em divórcios? Para lembrar aos casais de que Deus é
contra a separação? Beneficia ao diabo interceder, orar a Deus pela família?
Quem é louvado quando se faz um altar para Deus em casa? A quem interessa uma
orientação para santificar o lar, eliminando de dentro de casa coisas e
palavras impuras? Se for obra do imundo,
então até ele agora trabalha para Deus. Certa vez, apareceu um pastor –
bastante soberbo – na cidade de Campo Mourão, PR, com uma opinião esquisita: Deus
só faz revelações aos que estão em constante comunhão com ele.
Creio que tal religioso se
esqueceu de como foi a conversão do apóstolo Paulo. Pense um pouco: se, pelas
revelações, viessem ordens para eu contrariar as leis de Deus, as rejeições
teriam cabimento; até eu suspeitaria das mensagens. Mas não, tudo o que surgiu
ao longo dos anos é no sentido de alertar a todos que Deus não mudou sua
palavra e que ela deve ser cumprida. A lei que de fato tem validade é a Divina.
É este o grande recado a ser entregue.
Quanto ao fato de as revelações e visões terem vindo a um “advogado perdido” e não a um crente encaminhado ou pregador da Palavra, a explicação também só pode ser dada pelo próprio Autor das Maravilhas, não por mim. Superficialmente, foi-me mostrado apenas que aquele encontro com Alguém do Além tinha relação com aquele outro, dias antes, que eu tivera com o casal que pretendia se separar judicialmente e que me procurou, trazendo com eles o filho de apenas seis anos, mas tal fato não explica tudo.
Pergunto: seriam as visões e revelações meras ferramentas usadas por Deus para me converter aos seus caminhos? Será que vieram em razão do fato de que eu só lidava com a lei humana, sem olhar para a lei de Deus? Seria uma resposta ao meu pedido, após atender o casal com o filho pequeno, quando clamei ao Senhor que gostaria de ajudá-los? Seria uma resposta às minhas perguntas a Deus? Seria porque eu gostava de obras de arte, e o Senhor queria que eu gostasse de suas obras? Não sei. Creio que, ao menos em parte, pode-se responder afirmativamente, em especial, à primeira questão. Deus tem uma forma especial para tocar no coração de cada pessoa e, assim, convertê-la aos seus caminhos.
Lembro que, em certa ocasião, ao ver um cidadão entregando móveis com seu caminhão em uma casa à beira da estrada, almejei outro meio para obter minha renda. Queria ser como aquele vendedor, que, além de conseguir dinheiro com a mercadoria, vê, de imediato, a outra pessoa feliz. Com um advogado, nunca acontece a mesma coisa. Ao fim das demandas, sempre desponta a raiva ou a tristeza, já que uma ou outra parte sai perdendo, ou não ganha o que espera. A justiça nunca é plena aos olhos do demandante. Com os casos de divórcio, era ainda pior. Eu ganhava dinheiro, mas, pouco tempo depois, recebia notícias ruins, de fatos tristes com algum dos divorciados ou com ambos, às vezes com os filhos.
Com a Mensagem Emoldurada, entregue gratuitamente, vejo de imediato a satisfação nas pessoas. Muitas ficam felizes em recebê-la. Algumas, inclusive, a colocam em um quadro formando um altar para Deus (depois me foi dito – em 2015 – que é o Altar da Aliança). Antes da visão, havia muito tempo, eu sentia certa revolta e questionava a Deus pedindo-lhe explicações para as causas de tantas desgraças familiares. Por que tudo começa bem entre marido e mulher, mas, de repente, aparecem as desavenças? Por que tantas brigas, findando em tristezas e, às vezes, até em tragédias? Tem de haver um meio, um instrumento para se evitar tanta dor. Por que Deus permite tais transtornos no lar? Ver crianças sofrendo com a separação dos pais era o que mais doía, e ainda dói, em mim.
Na Mensagem Emoldurada está a resposta às perguntas que eu fazia sobre as causas dos atritos familiares. Pode ser que fazer altar (e também orar) para Deus seja um preço que devo pagar pelos meus pecados do passado. Assim, colocar os nomes no Livro seria um gesto de lembrança ou gratidão para com aqueles que colaboram com minha missão. O presbítero Bruno, da Igreja Assembleia de Deus, afirmou que tudo é fruto da multiforme graça de Deus.
Uma coisa é certa. Falar ou debater textos bíblicos, defender doutrinas religiosas, são atos muito fáceis. Em especial quando a perspectiva de arrecadação do dízimo mensal se mostra interessante, com boas receitas para o futuro. Difícil é fazer o que Deus gosta. Abdicar do dinheiro e da vaidade que sua profissão lhe rende e falar da Lei do Senhor, nosso Deus, a quem deseja se divorciar. É útil pôr freios na língua... Não devemos ser sábios frente ao que ainda é mistério. Se a mim não foram explicadas as razões, se ainda não entendo muita coisa, como alguém pode se julgar em condições de definir a origem ou a razão de fatos extraordinários?
Quem é sábio e tem entendimento entre vocês? Que o demonstre por seu bom procedimento, mediante obras praticadas com a humildade que provém da sabedoria. Contudo, se vocês abrigam no coração inveja amarga e ambição egoísta, não gloriem disso, nem neguem a verdade. Esse tipo de sabedoria não vem dos céus, mas é terrena; não é espiritual, mas é demoníaca (Tiago 3:13-15).
“Eu sou uma fonte inesgotável de amor, e muito
mais do que isto, também”, assim disse Deus a um “chegado” meu. Onde há amor,
não há espaço para atuação do inimigo; e o que não são obras divinas são a
desconfiança e a soberba. Tudo o que me foi revelado mostra o amor de Deus para
com a família; que ele quer estar conosco em nossa casa (o ser humano está
afastando Deus de dentro do lar). Devemos obedecer às suas leis para podermos
entrar em sua morada, em seu reino. Essa obediência para a salvação da nossa
alma começa em casa. Eu, que tanto duvidei e murmurei contra Deus, hoje afirmo:
Deus existe e é bondoso, mas ele não mudou sua palavra. Não pense que podemos
quebrá-la sem sofrermos as consequências. Em nada importa o fato de as leis
humanas e as doutrinas mundanas permitirem e até incentivarem as pessoas a
desobedecerem a Deus. O acerto de contas virá. O preço haverá de ser pago.
No ano de 2013, após a postagem do artigo acima,
dois homens de Deus, um de cada vez e em locais e épocas diferentes, disseram-me
que não devo falar sobre referido assunto (Mensagem Emoldurada) a
toda e qualquer pessoa. Uma vez que muitos não estão preparados para
receber o que tenho para entregar. Tais homens são daqueles que, como costumo
dizer, têm sobre si o manto branco. Muitos religiosos, lamentavelmente, abandonaram a humildade que
tanto embeleza o verdadeiro mensageiro.
14.2 Perguntas e respostas sobre a Mensagem Emoldurad
1) Qual sua religião, sua igreja? Nasci em lar católico e, depois de três experiências marcantes, pelas quais recebi a ordem divina para me batizar, desci às águas em 15 de novembro de 2008, mas em ato próprio comandado pelo meu irmão de sangue, Adesio. Nunca me filiei na sua ou qualquer outra igreja. Respeito, no entanto, todas as denominações e religiões que adoram o nosso Deus e o Senhor Jesus. Considero-me um cristão independente. Colaborei, inclusive, com a elaboração dos Estatutos para a fundação de diversas entidades religiosas. Tenho um laço forte com a Igreja Evangélica Pentecostal Deus é Um Só, a qual, através do seu fundador, o missionário Luiz Gracioli (não somos parentes), sempre me deu apoio desde o início das revelações. Foi antecedido pelo Adesio, na época presbítero da Igreja Presbiteriana Renovada. Depois deles vieram outros líderes me auxiliar, como o pastor Cícero Pires (fundador da Comunidade Cristã Projeto Vida - Apucarana) e o missionário Nestor Frey (presidente da Tenda Missionária Cristo Liberta), de quem recebi boas lições, ligadas à segunda etapa de minha missão: apelar e exortar as pessoas a aceitarem Jesus como Senhor e Salvador; falar da última chamada de Deus. Além desses: pastor Ataíde (Igreja Evangélica Rocha Viva Eterna); irmão José Alves; pastor Antoninho (Cambira, PR); pastor Milton Cubines (Ortigueira, PR); irmão José Maria (Congregação Cristã do Brasil); pastor Joel; Airton Fernandes (irmão de sangue – in memoriam); pastor Antonio (Apucarana); pastor Artur Escobar (Igreja Avivamento Pleno); pastor Flaviano de Souza (Igreja Batista do Brasil); Reginaldo e Fátima (missionários); padre Douglas Felipe. Meu carinho e gratidão eterna a todos.
2) Para quem você faz entrega da Mensagem Emoldurada? Não faço nenhuma distinção de pessoas. Desde que o casal goste e aceite a estampa (um presente), meu prazer é entregar. Depois de 17 de agosto de 2019, dou também a todos que aceitam Jesus. Adoro falar e dar testemunho do ocorrido aos meus irmãos católicos, aos evangélicos não radicais, aos espíritas. No início sofri muitos ataques de certos doutores em teologia. Eles desconheciam os fatos e colocavam em dúvida a origem da estampa. Todavia, registro com prazer que também já encontrei teólogos que acolheram a mensagem. Atualmente minha primeira e principal atuação é ganhar almas; perguntar se a pessoa já aceitou (ou recebeu) Jesus. Se ainda não, peço a ela a declaração, uma manifestação de vontade (ato jurídico divino), para ter o presente de Deus ao mundo. Depois, sim, sugiro-lhe instalar o Altar da Aliança em casa, como local e ambiente de oração. Para quem já se encontra completamente evangelizado, talvez seja dispensável. Contudo, para quem busca constantemente maior comunhão com o Santo Espírito, só ajuda. Para todas as atividades nesta vida, faz-se necessário um lugar apropriado. Não se toma café em farmácia, nem se compra remédio em bar. O mesmo se dá com as orações no lar. É salutar ter seu próprio ambiente
3) A Mensagem Emoldurada não é idolatria? Inicio a resposta com outra pergunta: idolatria a quem? Só se for a Deus, pois o que ela mostra, com os nomes do casal nas colunas, é que as duas pessoas estão aceitando que Deus é o Senhor delas. Ora, não se deve olhar só para o objeto, mas sim para a frase, para a palavra em destaque na figura. As críticas me lembram que muitos atacam a cruz cristã dizendo que ela lembra o sofrimento de Jesus, que deveria ser esquecida, pois é como alguém guardar a faca que matou seu irmão, etc. Respeito, mas discordo dessa tese. A cruz é um símbolo, um desenho, uma matéria como outra qualquer. Depende de como você a vê ou usa. O que importa é a mensagem que a cruz leva a todos os homens, em especial aos não evangelizados: lembrar que alguém derramou seu sangue por nós. Diz um provérbio chinês que uma imagem vale por mil palavras. Os primeiros e perseguidos cristãos deixavam o desenho da cruz de Cristo nas paredes das prisões e em outros lugares por onde passavam. Era uma forma de levar adiante a notícia da vinda e do martírio do Filho de Deus. A humanidade sempre usou símbolos para se comunicar. As letras e os números foram criados pelo homem para a comunicação, e não deixam de ser sinais, figuras. Muitas igrejas possuem sua “logomarca”. Seriam elas, então, “idolatria”? Óbvio que não.
4) O que a Mensagem Emoldurada lhe trouxe de útil? Para que ela serve? A primeira visão/revelação me levou a estudar mais a Palavra de Deus (fui rapidinho fazer pesquisas na Bíblia Sagrada). Onde estaria a frase “Eu Sou o Senhor teu DEUS”? Fui gradualmente me convertendo aos caminhos do Senhor. Depois, com novas experiências, aceitei Jesus no momento em que desci às águas. A estampa serve para fazer um altar para Deus, é o Altar da Aliança (revelação), e ajuda a criar um espaço de oração para consagrar a casa a Deus (Êxodo 20:24). A partir de dezembro de 2015, comecei a divulgar outra advertência: que Deus está fazendo a última chamada. O primeiro passo para atender a essa ordem é aceitar Jesus (vim a saber em 31 de agosto de 2019), como Senhor e Salvador, com uma declaração verbal.
5) Você está certo de que a estampa, o estandarte, é mesmo uma coisa sagrada? Sim. Sua origem é divina. Ela foi usada primeiro para me converter aos caminhos de Deus. Somente uma pessoa pode afirmar como ela surgiu. Eu mesmo. Não estava delirando ou com problemas mentais. Veja uma constatação: com as revelações, chegaram as ordens para que eu não atuasse mais em casos de divórcios e alertasse as pessoas que o casamento é uma aliança sagrada indissolúvel e intocável; que aquele que se divorcia cai em um abismo de maldição e sofrimento; que Deus não mudou sua palavra; que um cônjuge é presente de Deus para o outro. Como pode ser coisa do inimigo? Ora, que inimigo de Deus é que manda dizer que Ele não mudou sua lei? Que mandaria eu descer às águas? Que manda avisar as pessoas que Deus está fazendo a última chamada? Se o revelado fosse do mal, a revelação não teria sentido. Uma coisa contradiz a outra. Certas pessoas e doutrinadores querem dizer a Deus como se comunicar com um filho seu.
6) Por que você sugere que se coloque a Mensagem Emoldurada em lugar próprio dentro de casa? Primeiro, porque penso que todos devemos ter um lugar especial, um ambiente, um setor apropriado, para orar e louvar a Deus. Muitos e iluminados líderes dizem isso. Diversos padres e pastores pregam essa prática. Segundo, porque penso que é também para tanto (ter um local especial para louvar) que ela surgiu. Depois da pandemia de Covid-19, no início de 2020, tenho ainda mais convicção de dita orientação, pois os cultos nas igrejas foram restringidos. É minha obrigação entregar as mensagens, na forma de avisos e na própria moldura. Lembro que, em uma madrugada, quando eu olhava para o objeto na parede e lembrava das críticas, veio-me a ordem para abrir a Bíblia em Josué 22:10-34 (Altar do Testemunho – Altar junto ao Jordão). Lá vemos que parte do povo de Israel se revoltou com algumas tribos (duas tribos e meia) porque elas criaram um altar próprio, para uso exclusivo, distante do templo principal. O grupo maior não queria aceitar o gesto como algo também sagrado, e quase houve luta. Muito tempo depois, outras coisas aconteceram, sempre falando de altar..
Outro fato marcante se deu no dia 5 de outubro de 2014. O caso da menina Greice, com 9 anos, indicando-me que a estampa na moldura é, sim, um altar para Deus. A pequena Greice falou para mim: “O senhor pode dar um papel (a estampa) para eu fazer um altar para Deus? Eu lhe disse: Abre a Bíblia (eu não costumava doar para crianças), se sair em alguma parte que fala de altar, é confirmação de Deus. Ela abriu aleatoriamente e leu em 2Samuel 24:18ss – Davi ergue um altar na eira de Araúna. Finalmente, em 16 de janeiro de 2016, foi-me dito, em revelação, que, depois que se grava os nomes do casal, a estampa se torna altar; é o Altar da Aliança. Fazer um altar é louvar, reverenciar, glorificar o nome do Senhor. Quando colocamos um salmo ou um versículo bíblico em destaque, em casa ou em outro lugar, nosso gesto, na prática, é o mesmo: louvar e dar testemunho de nossa adoração, glorificar o nome do Senhor. O altar com o nome e a palavra de Deus é um ato físico para nos lembrar de algo espiritual e, principalmente, da obediência e reverência ao Senhor. É melhor obedecer do que sacrificar (1 Samuel 15:22). Por essa razão – obediência à Palavra –, após a inauguração e consagração do Santuário, passei a entregar a estampa da Mensagem Emoldurada junto com a Bíblia, aos que não possuem.
7) Qual é o significado do Livro da Tradição e do Santuário no Marco das Colunas? Não sei. Recebi explicações somente sobre a Mensagem Emoldurada, que simboliza o casamento, o lar, a família. Fiz o que me mandaram fazer. “Manda quem pode, obedece quem tem juízo”, diz o ditado popular. Deduzo muita coisa, porém não tenho certeza de nada. Talvez seja um ponto inicial, uma referência para aquilo que ainda há de vir. Quiçá para servir como memorial. Todavia pense um pouco: o que consta no livro? Não são somente os mesmos nomes dos casais que também os têm gravados na Mensagem Emoldurada? Assim sendo, o normal, quando o casal aceita e grava seu nome na estampa, é colocá-la em um quadro que fica exposto em casa. Logo, fazem um altar para Deus. Dessa maneira, como já disse, penso que Deus quer, ordena, que seja levado ao altar no Santuário o nome daqueles que fizeram um altar para ele em suas casas. Seria a confirmação do pacto. Tanto é que lá no Santuário foi mandado escrever: Eu amo os que me amam (Provérbios 8:17). Hoje, depois de quase 20 (vinte) anos, hoje pode-se dizer que o Marco das Colunas é um lugar especial, escolhido não somente para guardar os nomes, mas também para o atalaia missioneiro orar em favor das famílias. Não basta ele orar na sua casa ou na sua cidade, tem que ser na Tenda Sagrada (é daqui que suas orações são ouvidas).
8) Por que não podem ser feitos
cultos (coletivos) religiosos no Santuário? Primeiro, porque assim me foi
determinado, por revelação a uma pessoa que depois me transmitiu a ordem em
Apucarana. Segundo, porque o local não é uma igreja, embora pareça, mas sim uma
edificação destinada a guardar o Livro da Tradição, e onde devo sempre orar. As três
obras, conjuntamente, transmitem uma mensagem aos casais que acreditam em Deus,
porém não configuram nenhuma religião, instituição ou seita.
Mais recentemente, admito outra forma de extinção
do casamento, além da morte e do adultério, ao observar um caso concreto na
República Dominicana. O casal vivia em regime de concubinato, não eram casados,
civil ou religiosamente, mas eram como uma verdadeira família. A mulher servia
a Deus, levando a Palavra Sagrada, mas seu companheiro a importunava,
maltratava-a rotineiramente e debochava de sua missão. Até que certo dia, no
início do ano, um profeta do Senhor revelou para ela: “Até o mês de abril, seu
jugo será retirado”. Ficou preocupada.
Sabia que se referia ao seu par, todavia amava-o e não queria que Deus o
levasse. Um dia antes da data marcada, ela chegou em casa e o homem havia
retirado suas coisas e partido. No mesmo instante, sentiu o amor por ele
desaparecer do seu coração. Sim, no caso, foi Deus quem separou o casal, e não
o homem. No entanto, alerto ser preciso ter muito cuidado. Por vezes, para
justificar um divórcio, a pessoa admite um fato ou uma situação como “vontade
de Deus” para extinção do matrimônio. Na verdade, a vontade é exclusivamente dela,
do “inimigo”. Quando é o Criador que atua, tudo acontece de maneira natural,
sem interferência humana, exceto por orações e súplicas.
Homem ou mulher, quando se esquecem de Deus como seu Senhor, aceitam outras coisas como comandantes de suas vidas: vaidade, orgulho, avareza, luxúria, ira, preguiça, ego, inveja, suspeita etc. As quais vão crescendo até a derrocada completa. O maligno trabalha de maneira lenta, porém persistente, em cima de algum ponto fraco da pessoa, provocando sua derrota e humilhação, para depois fazer festa com a desgraça ocorrida.
Por exemplo, no caso do orgulho: pequenas pirraças levam a pequenos gestos de vingança. O bate e rebate vai aumentando (como uma ferrugem ou infiltração não combatidas) até a tragédia final, com o divórcio. Em outras situações, o casal deixa o dinheiro (avareza) ser o senhor de suas vidas, a prostituição (luxúria), a vaidade, o vício etc. A chave, a arma contra tudo é uma só: Jesus Cristo. Sem ele, nenhuma aliança permanece, nenhuma família prospera. Em suma: a causa e o causador são sempre os mesmos, nunca mudam. A solução, igualmente: está sempre em um só: Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo.
12) E a solução para se evitar o divórcio estaria, por acaso, na Mensagem Emoldurada? A chave, a solução é a proteção divina; é aceitar Jesus. Um escudo disponível somente para os que estão em comunhão constante com Deus, através da obediência à sua Palavra e da resistência às tentações do inimigo, cujo objetivo é levar o homem para fora dos caminhos do Criador e atraí-lo para o império das trevas. Só Jesus derrota o mal porque todo o poder lhe foi dado (só a ele). A ferramenta principal, e foi minha falecida irmã Anita Gracioli quem deu o primeiro sinal para encontrá-la, consiste em não se esquecer de Deus. Ela, logo no primeiro momento que olhou para a Mensagem Emoldurada, disse-me: “Deus deu isso para você porque quer que as pessoas não se esqueçam dele”. Se sempre nos lembrarmos de Deus, manteremos a comunhão (em comunhão, estamos mais sensíveis e ouvimos a voz do Senhor) e resistimos às tentações. A Mensagem Emoldurada, transformada em altar (é o Altar da Aliança) após a gravação dos nomes nas colunas, constitui-se em um instrumento para a formação de um canto de oração no lar. Para tudo neste plano terreno existe um ambiente. Um local propício para praticar ou desfrutar algo. Para todos os atos humanos, em que se pretende frequência ou repetição, necessita-se formar um clima favorável e atrativo
13) O que mais você aconselha
fazer para se evitar os atritos conjugais? A solução está na Palavra Sagrada.
Melhor, ela, a Palavra de Deus, é a solução. Veja o versículo na moldura. Não
está dito que Deus é o nosso Senhor? O Senhor é digno de todo o louvor. Exaltar
seu nome, com certeza, traz bênçãos para o lar. É bom que ter um altar em casa
com a Mensagem Emoldurada. É o olhar para não esquecer e,
assim, obedecer. É mostrar ao mundo nosso compromisso; que nossa casa
servirá ao Senhor. Se ele é o nosso Senhor, então devemos
obedecer-lhe, mesmo que implique em contrariar nosso ego, matar nossos desejos
carnais, renunciar à vaidade, ao orgulho, aos atos de vingança, repreender a
tentação do adultério.
Como já escrito em outra parte, adulterar não significa, a rigor, trair o cônjuge, mas sim destruir o pacto que o casal tem com Deus. Outras providências: não colocar coisas malditas em casa, para não ser amaldiçoado como elas (Deuteronômio 7:26), purificar o lar, vigiar e orar. Buscar o reino de Deus, orar no lar e em família. Selecionar amizades e programas televisivos. Tirar de perto de si (cortar pela raiz) coisas que contaminam o corpo e a mente, em especial o alcoolismo e a pornografia. O primeiro pode levar ao consumo de drogas e às decisões erradas; o segundo, ao adultério.
Deve-se, ainda, dar à outra pessoa ao menos um pouco do amor que se tem para consigo mesmo, para que ela nunca se sinta só na caminhada. Ser fiel, em especial ao Senhor, obedecendo sua Palavra, Ainda que se esteja emburrado com o cônjuge, tal não muda o dever de obediência ao Senhor. Servir a Deus, crer no Senhor Jesus, tomar cuidado com frases maliciosas vindas de outras pessoas (com interesses imorais), não deixando o assunto prosseguir. Insinuações que chegam quando o cônjuge está em situação de baixa autoestima representam sério perigo ao casamento. É o inimigo de Deus agindo na brecha, no ponto fraco. Precisamos frear a língua em qualquer debate familiar e não dar espaço para o mal. Ninguém ganha nada com discussões, mesmo fora do lar. Ao contrário, só perde, principalmente aquele que pensa que ganhou. Diz o ditado: “quem bate esquece; o que apanha, não”. Quanto maior a ofensa, mais tempo o ofendido leva para esquecer. Enquanto isso, uma série de pensamentos ruins lhe vêm à mente, os quais, se forem alimentados, levam à desgraça familiar. Portanto, não agrida o seu cônjuge. Ele pode encontrar acolhimento nas palavras de outra pessoa, com segundas intenções, iniciando aí o caminho para a destruição do lar.
14) Não é melhor se divorciar do que brigar, principalmente quando se causa tristeza nos filhos? Nenhuma das duas atitudes são boas. Ambas trazem desgraças para a pessoa. No entanto, para os desentendimentos, há solução: basta invocar a ajuda de Deus. Todavia, o ser humano distante do Senhor caminha com a rebeldia, com o orgulho e com a vaidade. Tais situações, ou comportamentos, impedem marido e mulher de se humilhar, de dobrar os joelhos e, assim, com humildade, buscar a presença de Jesus em sua vida conjugal. Quando nosso carro ou qualquer objeto se quebra, o normal é buscarmos aquele que os conserta. Já no casamento, quando o casal está em atrito, nenhum dos dois busca reparo para sanar o mal. Cada um dos cônjuges abraça seu orgulho, sua pirraça e começa a atacar o outro como se este fosse seu maior inimigo, esquecendo-se de que está cavando a própria sepultura, pois ambos são uma só carne. Para o divórcio, ao contrário das brigas, não há solução. Uma vez concretizado, dificilmente tem volta. É só esperar pelas tristezas e desgraças que virão. Nas brigas de casais, cada um se acha com a razão, mas ambos estão errados. A briga representa a ausência de Deus. A razão é cavalo do cão. Quando um não quer, dois não brigam
15) Você não pensa que as visões e revelações é uma coisa entre só você e Deus, e não para ser divulgada a outras pessoas? Antes fosse. Meus trabalhos e minhas tarefas estariam acabados após as três obras, mas não. As revelações são muito claras no sentido de que a Mensagem deve ser levada a outras moradas, a outros cristãos, principalmente àqueles que pensam em se divorciar. É minha obrigação repassar o alerta que me foi dado: aquele que se divorcia cai em um abismo de maldição e sofrimento; casamento é coisa sagrada, em que não se pode tocar ou dar causa à sua destruição. Tudo são ordens que recebi e, se não as cumprir, estarei sendo faltoso para com aquele que as comunica a mim. Se a pessoa acatará ou não o aviso, é problema dela. Faço minha parte. Relembro que, no início da missão, como já narrei, quando eu estava pensando em abandonar tudo, um dia, logo pela manhã, apareceu em meu escritório um evangélico metodista, o Mansidão. Ele nada sabia do drama que eu estava vivendo em razão dos comentários maldosos. Segundo ele, por revelação do Espírito Santo de Deus naquela noite, deveria ser lido para mim o texto “o atalaia de Israel” (Ezequiel 3:16-21). O fato me comoveu muito e deixei de me importar com as agressões. Em resumo: Deus escolhera aquele homem para me confortar e, em simultâneo, para me avisar que repassar as mensagens era um encargo do qual eu não devia me esquivar. Imagino que seja também obrigação minha erguer altares para Deus (e orar pelas famílias). Cometi muitos pecados graves no passado, e ele me perdoou de todos. Se for assim, quem coloca um altar para Deus em seu lar estará me ajudando a cumprir essa missão (o casal ora no lar e eu no santuário). Hoje sei que a frase “Eu sou o Senhor teu Deus” tem tudo a ver com a última mensagem que me foi transmitida: “Deus está fazendo a última chamada”. E o primeiro passo para atender a essa ordem é aceitar Jesus como Senhor e, também, Salvador. “O que tem a ver o divórcio com a vinda de Jesus?”, perguntava eu. Assim me foi respondido pelo Espírito: tudo começa no lar, inclusive a salvação. A boa saúde, o sucesso financeiro...
16) E aos que estão divorciados,
sentindo-se abandonados, o que você tem a lhes dizer? Como eu disse, o
divórcio é a queda do casal. Um ou outro, ou ambos, em algum momento (ou em
vários) da vida conjugal, esqueceram-se do Senhor e das suas leis. O que não
quer dizer, penso eu, que pagarão o preço por um tempo sem fim. Deus não quer
ver seus filhos em eterno sofrimento, imagino. Ele quer que reconheçamos, que
enxerguemos nossas falhas e busquemos o perdão divino. Na minha modesta
opinião, a primeira e principal providência é a reconciliação, um concerto com
Deus, aceitando e se entregando a Jesus. Depois disso, identificar os erros
cometidos durante a relação desfeita e pedir perdão ao Senhor e ao cônjuge
ofendido. A partir daí, esperar em Cristo por uma nova aliança conjugal, ou
mesmo pela reconstituição da antiga, sem cometer os mesmos erros do passado. No
entanto, alerto: arrepender-se difere de se culpar. Culpar-se é um
comportamento desastroso porque leva a pessoa a imaginar que merece o castigo,
que merece sofrer. O que gera depressão e suas sérias consequências, como
doenças e suicídio. Arrepender-se é abrir o coração para Deus, reconhecendo que
tomou decisões erradas no passado e, com humildade, pedir uma nova chance. Às
vezes, nós não conseguimos ver o erro, mas, pedindo a Deus, até isto ele faz:
mostrar em que erramos. Jesus, com todo o seu poder, está constantemente à
nossa disposição
17) Tudo o que aconteceu (as mensagens, as obras...) foi só para falar sobre o casamento e o divórcio? Não. E o restante só soube através de três revelações ocorridas a partir do ano de 2012 e confirmadas em 2015, quando me foi deixado claro que tudo que estava sendo entregue não era só para reconciliar casais; havia muito mais a ser feito. Depois, ficou bem definido que era para eu falar do reino dos céus, da vinda de Jesus e que Deus está fazendo a última chamada. Em 31 de agosto de 2019, foi esclarecido que a chamada é para irmos até Ele, e o primeiro passo para tanto é aceitar, receber Jesus. Depois, após receber, é preciso ter Jesus, o que é feito se entregando a ele. Renunciando ao mundo e caminhando com Cristo. Vou reprisar porque é mui importante esta mensagem, recebida na Suíça: busque, chegue mais perto e conheça Jesus. Somente ele recebeu todos os poderes do Pai. Só ele derruba o mal que nos impede de ir para o lado do Deus Altíssimo.
18) Como você realiza essa segunda parte de sua missão? Como você procede para levar a pessoa a aceitar Jesus? Como disse, para fazer os primeiros contatos a respeito do casamento e do divórcio, em 2004, o Amigo Invisível agiu através da minha profissão e naquilo que era minha distração, as obras de arte. Muitos anos depois, para me levar a salvar almas, o Celestial falou comigo usando a minha linguagem de advogado. Explicou-me que Jesus é um presente de Deus à disposição da humanidade; é, da mesma forma, um direito de todos que querem se tornar filhos de Deus (João 1:12). Para ter essa dádiva, porém, necessário se faz manifestar tal vontade. Para aceitar ou receber Jesus é preciso praticar um ato; ato jurídico divino. Assim como acontece no Direito secular, onde existem requisitos e formas para a prática de atos previstos em lei, no reino de Deus se dá o mesmo. Requisitos: a pessoa que pratica o ato carece ter vontade livre e consciente, ou seja, saber com quem e por que está celebrando a solenidade. Forma: declaração verbal; no caso, se a pessoa acredita de coração que Jesus é o Senhor, o Filho de Deus que ressuscitou dos mortos, que morreu para nos salvar... Enfim, se ela crê no seu nome e a ele está se entregando, deve confessar com a boca (Romanos 10:9): Eu o recebo, Jesus Cristo, como meu Senhor.
19) Basta aceitar Jesus para a pessoa se tornar filho de Deus? É tão simples assim? E depois dessa declaração aceitando (ou recebendo) Jesus, o que se faz? Sim, basta a declaração de vontade, manifestada livre e conscientemente. É simples. As coisas de Deus são simples. Contudo, é a declaração mais importante que um ser humano faz durante a vida. Assim é porque, se recebe Jesus como Senhor, o nome da pessoa fica inscrito, imediatamente, no Livro da Vida (a exemplo do que ocorre quando a pessoa recebe a estampa/ altar de presente e os nomes do casal são escritos no Livro da Tradição, no Santuário). Depois, o comportamento do declarante deve ser o de se entregar cada vez mais: buscar, chegar mais perto e conhecer Jesus. O que envolve aceitar também o evangelho do reino e viver conforme os seus ensinamentos; confiar em Cristo. O aceitante deve tomar posse de sua nova condição de cidadão do reino, acreditar não só na salvação, mas também na sua vitória em todas as batalhas na terra.
20) Depois de obter a declaração, o que mais o atalaia faz? Quem irá continuar a sua evangelização? Depende de cada pessoa. A primeira pergunta é se ela tem a Bíblia Sagrada. Se não tiver, faço-lhe doação. Depois, ela é aconselhada a ter tempo e espaço para Deus; altar e oração em casa, se possível usando a Mensagem Emoldurada. Encareço ao aceitante que frequente uma casa de Deus, se ainda não faz. Escrevo o nome dele no meu livro (faço orações por todos que ali estão inscritos). Esclareço ao declarante sobre o seu novo marco de vida; que, a partir de então, ele é de Jesus; que deve colocar sua vida nas mãos dele e confiar sempre. Deve adorar, pedir e agradecer somente a ele, ou a Deus em nome dele.
21) Por que você gosta de falar que Jesus é amigo? Jesus é, antes de
tudo, amigo. Amigo de todos nós e não só meu. O homem precisa aprender isso.
Certa vez, um pregador, em uma conversa amistosa, disse-me: “Doutor, sou amigo
de Deus. Deus é meu amigo”. Ele demonstrou as razões para assim se intitular:
suas experiências, seus pedidos atendidos etc. Uma narrativa bonita. Eu, àquela
altura, já um tanto deslumbrado, encantado com suas palavras, recebi um toque,
um despertar do Espírito de Deus me relembrando que me foi dada também a mesma
condição. Melhor dizendo, foi dito a mim direta e pessoalmente que ele, o
Celestial, era meu amigo. Isso foi feito levando-me para o passado,
em uma festa de final de ano, em 2015, em Limeira, SP. Como já narrei no Capítulo 8.
Uma
pergunta, a última, com uma resposta inesquecível:
Será que na Bíblia fala de alguma coisa igual à mensagem das colunas, onde
alguém escreveu o que Deus mandou? Essa pergunta foi feita a mim pela mãe
de minha filha, a Rosângela (uma abençoada que tudo acompanhou desde o seu
início, mas que de vez em quando colocava em dúvida as revelações). Instante em
que – sem conhecer ainda a passagem – respondi a ela: “Ora, pega a Bíblia e
abre. Deus sempre tira todas nossas dúvidas”. Ela abriu o livro sagrado,
aleatoriamente, e saiu em Habacuque 2:2: O
Senhor me respondeu e disse: Escreve a visão, grava sobre tábuas, para que a
possa ler até quem passa correndo.
Jesus não somente tira as dúvidas, mas também honra os seus. Glória a
Deus!
“O adultério é loucura” - Texto de Hernandes Dias Lopes[8]:
‘O que adultera com uma
mulher está fora de si; só mesmo quem quer arruinar-se é que pratica tal
coisa’ (Provérbios
6:32). Adultério é um relacionamento sexual fora do casamento. É infidelidade
conjugal. É quebra do sétimo mandamento. É um atentado contra a aliança firmada
no matrimônio. É a apostasia da honra, a quebra do pacto, a traição mais
amarga, uma punhalada nas costas do cônjuge. A Bíblia diz que somente quem está
fora de si comete adultério. Somente quem quer destruir-se comete tal loucura.
O adultério é um prazer imediato que produz tormento permanente. É uma paixão
crepitante que destrói a confiança. O caminho do adultério é uma estrada de
morte. A infidelidade conjugal é um atentado terrorista contra a família, um
colapso do casamento, uma porta de entrada para o divórcio. A mídia hedonista e
secularizada estimula o adultério. As telenovelas fazem apologia da
infidelidade conjugal. Os valores morais estão sendo atacados na imprensa, nas
cortes e nas ruas. O que estamos assistindo é uma inversão de valores. Chamam
luz de trevas e trevas de luz; o doce de amargo e o amargo de doce; o bem de
mal e o mal de bem. O adultério é hoje a principal causa de divórcio, e o
divórcio é alimentado pelo mito da grama verde. Está provado que 70% das
pessoas que se divorciam e se casam de novo descobrem dez anos depois que o
segundo casamento se tornou pior do que o primeiro. De fato, o adultério é uma
loucura.
Chegai-vos a Deus, e Ele se chegará a vós
(Tiago 4:8).
Capítulo
15
CASOS EMBLEMÁTICOS DO AGIR DE DEUS
Dúvida não resta de que, na 1ª onda, não havia cura nem vacina para a Covid. Cada médico indicava um tratamento para os sintomas, mas não existe droga alguma criada pela ciência capaz de evitar a morte. Somente o agir de Deus ou a mão do Senhor para curar o doente. O mundo, a imprensa, fala das mortes, porém não cita os milagres.
“Por acaso eu te deixei sofrer enquanto você
estava lá”?
15.1 A Covid veio, mas Jesus não abandona os seus
Contraí o vírus. Do dia 8 a 14 de janeiro de 2021, estive internado, pois descuidei-me do tratamento em casa. A Ilair Godoy cuidou de mim, mas não tomei os remédios nas horas e doses certas. Depois que saí do hospital, um fato muito interessante passou a me intrigar. Lá eu tomava duas, às vezes três, injeções diariamente. Nada absurdo, se não fosse eu uma pessoa que sempre teve medo até de fotografia de seringa e agulha. Entretanto, em nenhum momento, sentira medo ou dor. Permaneci calado, porquanto não sabia ao certo a razão do ocorrido. Chegando o dia 10 março 2022, as coisas se clarearam. Antes, no dia 8, meu aniversário, comentei em casa: “Queria receber um presente de Jesus. Faz tempo que ele não fala comigo”. Momento em que, ouvi: “Você já recebeu o presente e ainda não percebeu”. Pensei: “Uai, o que já ganhei e ainda não vi?” Dois dias depois, fui conversar com uma amiga, a Débora Regina, sobre a Covid-19; as dores que ela trouxe para tantas famílias... Quase que questionando a Deus, comecei a falar da minha tristeza em ver tanta gente sofrendo no hospital, sem que eu nada pudesse fazer. Meu irmão foi internado, entubado, muito padeceu e faleceu. O mesmo aconteceu com um sobrinho-neto e outro sobrinho de Curitiba (entubados e também faleceram). A Débora, da mesma forma, citava o sofrimento de uma criança. Enfim, nossa postura era de inconformismo, até que, no mesmo instante, uma voz interior assim falou para mim: “Por acaso eu te deixei sofrer enquanto você estava lá (no hospital)?” Fiquei muito emocionado. Com certeza, não senti nenhuma dor porque ele, Jesus Cristo, nosso Rei, anestesiava meu corpo no momento em que a agulha penetrava. Foi o presente; uma imunidade Celestial. Certamente meu irmão Airton e outros filhos do Senhor, igualmente, não sentiram dor, mesmo ao serem recolhidos para a eternidade.
Conclusão: Jesus Cristo não abandona os seus, por piores que sejam as situações pelas quais passarem. Penso que foi para me mostrar que ele permitiu que eu contraísse o vírus e fosse levado ao hospital. Glória a Deus
Confirmando que o Senhor não abandona os seus, no dia 17 abril 2022, meu filho mais novo, que comanda nosso escritório de advocacia e meu principal auxiliar na administração dos bens e assuntos materiais, testou positivo para a Covid-19. Dez minutos antes de ele me comunicar o fato, o Todo-Poderoso usou um grande amigo, o Antonio Hannoun, para me preparar emocionalmente. Falou-me que sua filha possuía informações muito valiosas para o tratamento precoce da doença. Dois dias depois, para me deixar mais tranquilo ainda, o Celestial, através de outra pessoa, o meu enteado, revelou-me que tal paciente não teria nenhum sintoma além do que já tivera: febre. E, de fato, ratificando que Deus é fiel e verdadeiro, a cura se deu em casa e nem sequer houve tosse ou falta de ar, mesmo a doença atingindo grande parte dos pulmões (saberíamos depois).
Cerca de trinta dias após o isolamento em casa, já
trabalhando, meu filho foi a um médico da cidade e fez uma série de exames
(estava ele preocupado com algum possível, e não confirmado, problema
urinário). O médico, surpreso, constatou que grande parte do pulmão (mais de
cinquenta por cento) havia sido contaminada e não via explicação para o fato de
o paciente se curar em casa, sem sequer receber oxigênio. Assustado com o
quadro pulmonar, mesmo não tendo sintomas, meu filho foi a São Paulo e
consultou uma médica especialista, para nova avaliação, a qual também ficou
abismada. “Cinquenta por cento da área pulmonar afetada”, disse a doutora,
“está sendo mostrada no exame atual. Na época, nos dias de Covid, por certo foi
acima de sessenta por cento”. No entanto, ele não sentia nenhum sintoma próprio
de quem mostrava tão horrível desgaste no aparelho respiratório. Por
segurança, ela submeteu o paciente a um novo exame dos pulmões, para, depois,
sim, liberá-lo para viajar de volta. Glória a Deus! Só ele é capaz
de tantas maravilhas.
15.2 Cruz na terra ou ponte para o céu?
Aquela pessoa por quem você tanto se desgasta, sobre a qual você até pensa: “Que cruz pesada!”, na verdade, nada mais é que a ponte para te levar para o céu, para o lado do Senhor.
“Através das filhas, ela, a
mãe, vai obter a passagem para o céu”.
Devo contar mais dois outros casos, distintos, mas correlacionados. O primeiro envolve uma mãe e duas filhas especiais. O segundo, trata dos desentendimentos entre um homem e sua esposa. Ambos de gênio muito forte, mas sem atos de infidelidade. Ainda bem, pois quando esta acontece, a reconciliação torna-se muito difícil.
Certa senhora, um tanto cansada de sua luta, em um distrito (Figueira) próximo à cidade Engenheiro Beltrão, PR, pediu-me para orar em favor de suas duas filhas (portadoras do Transtorno do Espectro Autista), desejando que fossem curadas. Antes que iniciasse a oração, veio-me a seguinte explicação: “Através das filhas, ela, a mãe, conseguirá a passagem para o céu”. Ufa! Que mensagem do Amigão! Em suma: o que imaginamos ser uma cruz, na verdade, é uma ponte, que propicia nossa ida junto a Jesus e ao Deus Pai. Tal mulher possivelmente questionava por que teria ela que arcar com duas filhas naquela condição. Não poderia ser apenas uma? Tantas mães não têm nenhuma filha em tal situação
Depois do fato acima, entendo melhor por que o Senhor, às vezes, não atende ou posterga o atendimento de um pedido nosso. Jesus usa a situação difícil em prol da salvação da alma do próprio interessado, imagino. O Senhor tem suas razões para e quando deferir, ou não deferir, nossos pedidos. Não conseguimos entender no momento. Sua Justiça, no entanto, é perfeita e nunca atrasa.
15.3 Bênção ou maldição? – Marido recebe ordem para salvar a esposa
Aquela mulher ou aquele homem que o cônjuge imagina ser uma maldição em sua vida nada mais é que alguém carente de ajuda para a salvação; que precisa ser liberta das garras do mal para se transformar em bênção. Observe o diálogo entre um homem e o Criador, e o inimaginável recado que o primeiro recebeu do alto.
“Eu, não, você tem que salvá-la”.
Você acredita que Deus mandaria uma pessoa
salvar a outra? Parece impossível, porque ele é o único dono da salvação, mas
aconteceu. Trata-se de um fato inacreditável que envolve um homem, bastante
desanimado na ocasião da conversa com o Pai Celestial, em vista de suas
desavenças com a esposa. Seu estado de ânimo durou até o dia do forte encontro
com Jesus, quando pensava em abandonar sua mulher. Antes, porém, havia tido um
sonho em que via a esposa sendo arrastada por vários demônios. Em desespero,
ela pedia socorro, chamando-o pelo nome e gritando que a salvasse, que a
livrasse dos seus algozes.
O esposo encontrava-se aflito com a situação
e em grande dúvida quanto ao que fazer. O casal tinha uma linda filha e muitos
momentos felizes. No entanto, de uma hora para outra, surgiam as desavenças. Em
sofrida convivência, o marido clamou ao Senhor para que lhe desse luzes e
esclarecesse se ela era bênção ou maldição na vida dele. Carecia de resposta
para definir se continuava ou desfazia o relacionamento, pondo fim ao seu
dilema. Enquanto assim se colocava diante do Senhor, foi-lhe dito: “Depende. Se
ela for salva, é bênção. Caso contrário, maldição”. Em seguida, o buscador
respondeu, ponderando: “Ora, então salve-a, Senhor”. Para o que lhe foi
replicado: “Eu, não. Você tem que salvá-la”. Nada mais lhe foi dito nem
perguntado.
A mensagem o surpreendeu. Como pode um ser
humano, mortal e pecador, salvar outra pessoa? Sempre se espera que a salvação
venha (e com certeza vem) do Altíssimo. Ou, como muitos dizem, a
salvação é individual. Também me disseram quando comentei a revelação:
“Ninguém salva ninguém; só o sangue de Cristo salva, etc.” No entanto, muito
tempo depois, ainda com dúvidas sobre o recebido espiritualmente, em um
instante de oração, quando ainda procurava respostas, explicações, foi-lhe dito
em sua linguagem profissional, forense: Outorga de poderes.
Portanto, tudo explicado em duas palavras. O Senhor é o único com poder,
inclusive o de salvar, mas ele pode – quando bem entende e para quem quiser –
conceder, transferir, o mesmo poder. Os dons que as pessoas recebem,
independentemente da espécie, não deixam de ser uma outorga de poder, parcial,
é óbvio. O único que recebeu outorga total do Deus Pai foi o Filho Unigênito, o
qual, da mesma forma, faz outorgas parciais.
Ao dizer: “Eu não, você deve salvá-la”,
estava Deus transferindo, outorgando, parte do seu poder ao próprio marido.
Relembro que certa vez, um pregador me disse que, no casamento, um cônjuge é
responsável pela salvação do outro. Não entendi bem, na ocasião, porém, ele
estava certo.
Ainda que inacreditável, foi assim que aconteceu.
Todavia, até hoje o marido não sabe ao certo como e o que fazer para executar
referida atribuição. Em busca de ajuda, recebeu muitas explicações de outras
pessoas. Contudo, ainda lhe restam muitas dúvidas (não sobre a revelação, mas
sim como cumprir a ordem). Deduz-se que devemos nos transformar primeiro, para
que, isto feito, a outra pessoa veja Cristo em nós e se transforme também.
Entretanto, não é uma conclusão exata ou definitiva. Talvez a solução esteja
mesmo nas orações.
15.4 Sonho inesquecível e tranquilizador
Há diversos tipos de sonhos. Alguns, creio que produzidos pelo “inimigo”, causam temor; outros, vindos do Pai Celestial, alertam ou nos trazem boas mensagens.
Meados do ano de 2016. Minha única neta ainda não
completara 8 anos, quando tive um sonho com ela e que nunca esqueço. Mais uma
demonstração de como age o Amigo Jesus em nossas vidas para nos orientar e
manter a necessária paz interior. Encontrava-me em outro momento difícil, com
fortes lutas.
Altar da Aliança, no lar de casal amigo da missão.
Sonhando, repito, vi nossa pequena Maytê brincando no meio da Rua Irmã
Eleutéria, Vila Formosa, Apucarana, PR, em um cruzamento. Nisso, descendo a rua
Pirahi, aparece um caminhão em alta velocidade, indo direto para cima dela. No
instante em que o veículo ia tocar seu corpinho, Jesus apareceu (vi e senti que
era ele), bem alto como um gigante, que se abaixou e a tirou ilesa do lugar. O
auto de cargas passou reto e sumiu. Com a menina no colo, bem segura com um dos
braços, com o outro erguido e a mão aberta, olhou para mim sorrindo e fez o
tradicional sinal e movimento que quer dizer “calma”. Por certo me dizendo: Calma,
fique tranquilo. Está tudo sob meu controle; está tudo em minhas mãos. Acordei
aliviado. Desde de então, ao invés de me preocupar em demasia com os problemas,
lembro do gesto de Jesus. Por pior que esteja a situação, por mais perto que
esteja o mal, o Senhor do impossível aparece e nos salva, nos livra. Penso que
assim será – e dentro em breve – na hora do arrebatamento. Quando o mal chegar
próximo, em vias de atingir o povo de Deus, o Grande Amigo por certo aparecerá
e livrará todos os seus. Colocar-nos-á no colo. Longe e acima do flagelo, que
desaparecerá sem sabermos para onde foi.
Homero Lopes Ribeiro – Amigo e companheiro, em frente a Igreja Matriz de Bofete/SP, onde foi
batizado.
Senhor, meu Deus, clamei a ti, e tu me saraste (Salmo 30:2).
Capítulo 16
FRASES INESQUECÍVEIS
As frases adiante são para mim princípios e lições de vida. Também, uma homenagem aos seus autores, visíveis e invisíveis, nominados e anônimos. Todas me marcaram muito. Este registro é ainda uma expressão da minha gratidão.
“Você não sabe do que Eu
Sou capaz”.
16.1 Lições e recordações
1. Filho, cada vez que a pessoa conta uma mentira, o diabo joga uma laçada nela. Uma hora ele pega. Orientação de Adélio Gracioli, meu querido e saudoso pai, grande homem. Nunca vi herói igual. Palavras que, por si só, dizem tudo. Não é preciso acrescentar nada. O mentiroso, mais dias, menos dias, findará se tornando uma presa de Satanás. Mais uma lição do velho guerreiro: Filho, às vezes na vida, ou a gente enfrenta o touro, ou corre dele a vida inteira. Em certas situações, ou enfrentamos o inimigo e agressor, ou passamos a vida toda correndo dele. Frase dita em um momento delicado de minha jornada. Entrei numa enrascada. Em razão de minhas “estrepolias”, acabei recebendo uma ameaça de dois irmãos. Se eu não me afastasse de certa pessoa, iria apanhar deles. Estava com 32 anos, já casado e com dois filhos. A ameaça deles não tinha cabimento; eu era inocente na história... No entanto, depois da intimidação, caso recuasse, eles iriam imaginar que foi por temor, e essa vergonha eu não queria carregar; pensei nos meus filhos. Meu pai viu-me preocupado e disse a frase acima, sem nada saber da causa da minha inquietação (eu só disse que estava numa enrascada). Então, com o seu conselho, mesmo contrariando meus objetivos e já prevendo os riscos que corria, resolvi enfrentar a “parada”. Não me afastei; fiz o contrário e eles não tiveram coragem de cumprir a ameaça; nada fizeram. Fosse hoje, conhecendo a Palavra, agiria de forma diferente, porém gosto da mensagem de meu amado. Correr, passar por covarde não era a melhor solução, ao menos para mim, naquele momento. “Melhor morrer do que viver de joelhos”. Também é do grande Adélio: não se perde amigo por causa de dinheiro; o alheio chora seu dono.
2. Eu acho, doutor Armando, que Deus está de braços abertos para a gente. Nós é que não vamos ao encontro dele. Mensagem que me foi passada por um saudoso músico de Apucarana/PR. Faleceu muito novo (tumor maligno), o Laurindo Gaiteiro. Era integrante do grupo musical “Os Campesinos”, que se apresentava no Clube dos 40. Dei-lhe uma bela sanfona, um acordeon da marca Todeschinni. Sempre que eu pedia ele vinha tocar para mim. Apareceu em meu escritório em um momento (mais um) dramático da minha vida, por não buscar o Altíssimo. Creio que ele foi enviado por Deus. A frase tocou muito forte em meu coração.
3. Armando, ser bonzinho é muito fácil, difícil é ser justo. Essa frase me foi dita por um grande e valoroso homem, um empresário de sucesso, Osmar Amaral, com quem, em diversos foros e tribunais (inclusive superiores e no Congresso Nacional), com a ajuda de Jesus, obtive as mais brilhantes vitórias que um advogado do meu nível poderia conseguir. Ele estava se referindo principalmente à educação dos filhos. De fato, em nada adianta sermos bons se não formos justos. É fácil colocar a mão no bolso e entregar dinheiro ao filho. Difícil é termos o dinheiro, querermos dar, mas ver que, se assim o fizermos, estaremos sendo injustos, não só para com outras pessoas, mas também com quem recebe o dinheiro.
4. Armando, haja o que houver, não saia dos caminhos de Deus. Frase que me foi pronunciada também em um momento de luta, por uma estimada amiga, a querida Izaura Beletatto. Veio no momento certo, ao me aconselhar sobre como enfrentar uma crise de relacionamento. Sem dúvida, como não poderia deixar de ser, foi o Amigo Celestial que, uma vez mais me ajudando, enviou-a até meu escritório naquele dia. Necessitava eu ouvir algo tão marcante. Referida mensagem, hoje, faz parte dos meus panfletos; o decálogo da minha missão. Eu a uso para aconselhar outras pessoas. Todos nós, indiscutivelmente, em todas as ocasiões, ainda que difíceis, não podemos, não devemos sair dos caminhos de Deus. Nessas ocasiões, aparecem os fortes e fiéis a ele.
5. Armando, apegue-se a Deus. Essas palavras foram ditas por meu amigo Homero Lopes Ribeiro, quando eu, a exemplo de outras vezes, passava por dias tristes. Sempre estivemos um ao lado do outro em diversas passagens, desde as noitadas em bailes gaúchos. Ele também foi gaiteiro e conhece como ninguém os bons conjuntos gaúchos e cantores sertanejos. Um amigo fiel e dedicado. De todos os que tenho em Apucarana, e em outras regiões, é o único nascido na cidade de Bofete, município onde foi construído o Santuário. É uma frase que também retransmito muito, dizendo nesses termos: “Nos dias difíceis, apegue-se com Deus, com Jesus”.
6. Dr. Armando, separação é uma grande tragédia na vida de um homem. Essa frase veio do meu amigo palestino Azem Abdulah Said Mood. Não segui seu bom conselho. Na época, eu era bem mais jovem e não conhecia a Palavra. Entretanto, o tempo mostrou que, de fato, quase todas (senão todas) as separações matrimoniais são seguidas por tragédias. O que muda é o tempo e o tamanho delas.
7. Está bom assim? Está do jeito que o senhor quer? Palavras de um menino (ele não quer que divulgue seu nome), na época com apenas 11 anos (tenho saudade dos seus tempos de guri), na hora que veio apresentar-me um balancete contábil de uma empresa. O primeiro elaborado pelo sistema eletrônico. Serviço perfeito e sem borrões. Eu vivia desesperado porque estava entrando no ramo da advocacia e não encontrava um contador que fizesse o trabalho sem rasuras (sou do tempo em que a escrita contábil não podia conter borrões). Pensava em vender o escritório. Foi quando o menino apareceu e disse: “Se o senhor comprar o computador, faço a contabilidade, e o serviço sai limpinho" (a impressora, ao contrário da máquina de escrever e da caneta, não borra). Comprei o computador duvidando que daria certo, porque muita “gente grande” já havia tentado, mas sem sucesso. Ele, porém, comandando o então bem moderno aparelho, honrou sua promessa, colocou os trabalhos na computação, com o auxílio de minha sobrinha Denise Corrêa e de outros funcionários que conheciam a técnica contábil. Uma vez mais, estou certo, foi a mão de Deus me amparando e pondo pessoas suas no meu caminho. Meu escritório contábil foi o primeiro na cidade, em 1985, a implantar esse sistema. Por muito tempo havia a máquina, mas não se conseguia profissionais para operá-las. Dois grandes escritórios tentaram antes e desistiram em razão da falta de mão de obra capaz de executar o programa.
8. Pai, todo mundo erra. Frase de minha filha, Bianca Giulia, quando pequenina, ao receber uma pequena bronca do papai por causa de um pequeno erro. Cortou-me o coração ouvir sua voz meiga e ver seu rosto triste. Por isso, nunca esqueci do episódio. Ela e seus irmãos são pedras preciosas do meu tesouro, dado por Jesus. Dela também é outro enunciado que gosto de repetir: Deus não tem nada com isso. Dito em uma noite que nós, os dois, estávamos meio emburrados na hora da nossa oração diária em casa. A frase, uma grande verdade, esclarece que o compromisso com Deus deve ser cumprido, não importa o nosso estado de espírito.
9. Tio, você foi absolvido! Meu enteado Guilherme Henrique das Neves Martin, dando-me a notícia mais alegre dos últimos tempos. Uma euforia total: minha absolvição criminal pelo Tribunal Regional Federal, em Porto Alegre. Por telefone, quando eu e meu amigo Homero estávamos na estrada, indo para Santa Maria, RS. Ele ficou encarregado de acompanhar o julgamento, porque preferi ir embora e não ver o resultado, que poderia ser uma desgraça para mim, se o recurso não mudasse a sentença (derrubada por Jesus).
10. Pai, o senhor está muito pessimista com
essas coisas sobre o 'fim do mundo'. Fale de coisas para edificar a pessoa.
Autor: meu filho Dr. Giancarlo Gracioli, em
novembro de 2020, ao me dar uma bronca, no bom sentido, sobre a minha prática
(na missão) de falar que Deus está
fazendo a última chamada, que o tempo acabou. Sem
querer, ele estava me ajudando, pois, ao chegar em casa, orei: “Senhor, que
missão dura me foi dada”. É difícil ser um atalaia, aquele que avisa do perigo.
Ninguém gosta de saber que o perigo vem, que está próximo o fim. Foi quando
recebi a seguinte luz: “Não fale só do perigo, fale também do escudo, da
proteção contra o perigo. Fale da luz...” E assim o fiz. Mudei meus testemunhos
e a forma de transmitir os alertas: confirmo tudo que falei, da necessidade de
ter altar e oração em casa, que Deus está fazendo a última chamada... Contudo,
falo com mais veemência do Libertador e Salvador, da premência de o
recebermos e nos entregarmos a ele, Jesus. O Dr. Gian também gosta de usar esta
frase: Quem não aprende a lição, repete
de ano. Para se referir àquele que leva bordoadas na vida e não aprende
nada com o erro, ou por que está apanhando. Ou seja, volta a apanhar de novo.
11. Armando, temos que aceitar as coisas que não podemos mudar, senão sofremos mais. Autoria do meu querido mentor e inesquecível fundador da Advocacia Gracioli (na época, Gracioli & Tucci – Advogados), o saudoso Dr. Egydio Genaro Tucci. Um dos mais brilhantes profissionais do Direito que conheci. Sabia, literalmente, um a um, todos os artigos da Constituição Federal, dos códigos civil e penal, de processo civil e processo penal. A frase mencionada foi dita quando ele soube haver contraído diabete senil. Disse-me ainda: Podemos advogar até sem talento, mas sem dignidade, jamais. Sem dúvida, um advogado sem honra, sem dignidade, é ultrajado por qualquer serventuário público. Não consegue se impor, como patrono da causa.
12. A maior norma do Direito é o bom senso. Autor: Dr. Ivan Neves Pedrosa, grande advogado em Maringá e meu professor de Direito Civil, em vários períodos na Universidade Estadual de Maringá – UEM. Com essas palavras, ele falava que, em toda aplicação da lei, o juiz, o advogado ou qualquer agente do processo deve considerar essa norma não escrita: bom senso. Muitos a designam como princípio da razoabilidade. Tudo que não é razoável, ou foge do bom senso, não é justo.
13. Dr. Armando, nós precisamos do senhor aqui. Frase muito confortadora, naquele dia, proferida por minha grande parceira no escritório de contabilidade, a contadora Rosangela Longhi. Bem propícia para o momento em que estava eu vivendo. Dias de provação, enfrentando a opressão maligna conhecida pela medicina como depressão. Uma profissional dedicada e competentíssima, esposa e mãe de conduta e moral ilibadas. Colaboradora de valor inestimável. Estivemos juntos em muitos embates difíceis na jornada contábil. Muita luta porque o sistema tributário brasileiro é imbecil.
14. O senhor precisa contemplar e desfrutar de tudo, de todas as coisas que Deus lhe deu. Palavras de incentivo ditas pela minha sócia na advocacia, Dra. Daniela Altran Valério Ramos, outra figura querida e aliada de jornadas, no mesmo período de opressão citado. Uma mulher virtuosa e adoradora de Deus.
16. Armando, se alguém quer que você faça algo, é só te ameaçar. Frase dita por meu estimado amigo, verdadeiro irmão, personagem brilhante e marcante na minha vida, Osvaldo Zacaria. Grande homem, pai e empresário. Sempre me auxiliou e amparou, em todos os sentidos. O melhor chefe e professor que tive no aprendizado profissional como contabilista. Foi rigoroso e disciplinador, para o meu próprio bem. Ele disse a frase ao comentar um fato em que estive envolvido porque me ameaçaram. Meu gênio rebelde, na época, não aceitava palavras de intimidação. Partiu cedo para o lado de Deus.
19. Seja homem. É o enunciado favorito do meu outro neto, na época com apenas sete anos, Carlos Eduardo Gracioli, o Kadu, que ainda o usa sempre quando quer exigir o cumprimento de algo que lhe foi prometido, em especial por seu pai ou pelo avô. Diria eu: “Seja homem no seu pacto com Deus; nas promessas ou propósitos que você faz a Ele. Cumpra com sua parte, pois o Senhor, com certeza, cumprirá a dele”. Em outra oportunidade, ele disse: Vô, se as pessoas não obedecem ao Deus, então ele não é Deus. Tenho mais uma frase famosa do Kadu (então com 12 anos), quando discutia eu com um jovem e ateu (hoje são muitos), ao seu lado. Perguntei porque ele, ao contrário do outro, acreditava em Deus: Porque Ele me dá tudo o que eu peço. Mui lindo! Penso que o meu querido Kadu criou um mantra, um comando espiritual.
20. “Mi Hermano, perdone me olvide la diferencia de horario (Meu irmão, perdoe-me, mas esqueci da diferença de horário). Não esqueço tal frase, dita por um querido amigo e irmão da República Dominicana, Novel Oraniel Yuden, na madrugada do dia 1º de janeiro de 2021. Ele se desculpava porque havia se esquecido da diferença de horário, quando lhe disse que eu já estava dormindo no momento em que ele me ligou para me desejar feliz Ano Novo. Seu telefonema (por obra do Amigo Invisível com certeza) salvou-me. Sozinho em casa (isolado em razão da Covid-19), esqueci a “boca do fogão” aberta e o gás vazou por toda a casa. Senti o cheiro no quarto no instante em que acordei com a ligação. Imediatamente, fechei o vazamento e abri portas e janelas. Agradeci e esclareci o designado por Deus para me dar livramento. Não fosse seu telefonema, com certeza, meu estado de saúde se agravaria, podendo até me levar a óbito, por asfixia do gás tóxico. Relembro que todos os meus contatos daquele país haviam me enviado mensagens escritas de fim de ano, somente ele resolveu telefonar-me.
21. Tudo só depende de você. Essa frase ouvi de uma brasileira, irmã Thaís Gomes, quando estava eu em Paris, no final de 2018, ao falar de sua vida para mim e outras pessoas. Contava ela os momentos de provação pelos quais passou e que, a certa altura, sentiu em seu coração (ou lhe foi dito pelo Espírito Santo) que a solução de todos os seus problemas só dependia dela mesma. Hoje penso que aquela frase veio encher-me de luz, para meu próprio aprendizado. Sem dúvida, muitas vezes, senão todas, a superação de nossos obstáculos depende só de nós mesmos. São atitudes e decisões que cabem somente à própria pessoa; ninguém pode interferir ou segurar, seja para o que for. O grande e único Libertador está à disposição de todos, mas a nenhum ser humano ou espiritual cabe suprir, substituir, a vontade do interessado. Entendo ser essa uma frase de vital importância para o nosso caminhar. Só depende de você aceitar Jesus, estar em comunhão com o Espírito Santo, obedecer à Palavra de Deus, não deixar o mal prevalecer, etc.
23. Armando, Deus te deu isso porque quer que as pessoas não se esqueçam dele. Autoria da minha irmã mais velha e já falecida, Anita Gracioli. Já mencionei o fato, mas repito para homenageá-la. Ela assim disse quando viu pela primeira vez a Mensagem Emoldurada. Muitos meses depois, numa época em que eu indagava o porquê da frase “Eu Sou o Senhor Teu Deus”, veio a confirmação. Foi-me dito pelo próprio Fabuloso: Lembra-te sempre que Adão e Eva só caíram em sofrimento porque se esqueceram de quem era o Senhor deles. Sem dúvida, Deus não quer que nos esqueçamos dele. Anita tinha uma profunda bondade em seu coração. Nunca foi uma religiosa assídua, mas adorava ouvir e falar de Deus. Creio que desfruta da eterna glória do Senhor.
24. A glória de Deus é a gente, que vira vexame quando faz coisa feia, coisa errada. Quem disse assim foi o meu querido Antonio Carlos de Araújo, tio da Áurea, o Tonho Baiano (homem íntegro e sincero, por quem tenho grande estima), quando estávamos lendo o Salmo 4:2, em um sábado de oração no escritório. Iluminado pelo Espírito de Deus, penso eu, pois ele nunca foi de comentar textos bíblicos. Na sua bela humildade, sempre que participou, nunca foi de pedir a palavra. A tudo assistia calado, sem nada dizer. Mesmo sua oração era em silêncio. Resumindo o que ele disse: envergonhamos nosso criador, quando cometemos erros.
25. O problema não pode ser maior que Deus na minha, na nossa vida. Frase preferida da minha querida irmã de sangue, a guerreira Neide Maria Gracioli. Ela a mencionou para me confortar em um dia de grande luta – mais uma – e provação. Outra frase de que ela gosta muito é a do versículo 10 do Salmo 46: “Aquietai-vos e sabei que eu Sou Deus”.
26. A voz que você ouviu quando estava viajando não era dEle (de Deus), não. Em agosto de 2009, meu filho mais velho me levou para Las Vegas, EUA. No início da madrugada da antevéspera para retornar ao Brasil, na janela do hotel (Monte Carlo) onde estávamos, olhava eu para outros prédios e cassinos (normalmente funcionando com shopping´s e hotéis no mesmo conjunto). Momento em que uma voz suave sussurrou ao meu ouvido: “Fique aqui. Tudo o que você está vendo é meu. Escolhe qual desses prédios (referindo-se aos grandes hotéis e cassinos) você quer e eu te darei. Aquilo que você faz lá (as colunas), outro fará no seu lugar”. Não fiz a menor ideia de que era o mal que falava (até imaginei ser do bem, pela mansidão das palavras). Respondi: “Não, não quero ficar aqui. Nessa cidade não tem ninguém para falar de Deus para mim...”. Voltando para casa (cheguei num domingo), na quarta-feira, na garagem onde fazíamos oração em grupo todas as semanas, meu irmão Adesio, ao pregar a palavra, falou da tentação de Cristo (Mt 4:8-11), disse: “Não sei por que estou falando dessa parte. Tinha preparado outra coisa. Mas deve ser porque alguém aqui precisava ouvir”. Pensei: “Acho que é para mim. Aquela voz não era de Deus, não”. Fiquei quieto, mas na semana seguinte, para confirmar minhas suspeitas, uma missionária, de passagem por Apucarana, e no mesmo culto, começou a revelar e já se dirigiu a mim. Sem que eu nada lhe houvesse dito, usada pelo Espírito, deixou-me claro que a proposta naquela noite no hotel era do inimigo; a voz não era do Altíssimo. Nem poderia ser diferente. Desde quando o Senhor, com uma missão tão especial para minha vida, iria querer que eu ficasse por lá, como dono de um grande prédio, onde imperam os jogos e a prostituição? O inimigo tem suas estratégias, mas nunca tira o escolhido do caminho do Celestial. Pode até tentar, porém não consegue. Ele se levanta contra o servo e a obra de Deus, todavia é para cair de novo.
27. A razão é o cavalo do diabo. Uma frase que nunca esqueço. O inimigo de Deus, para provocar desgraça entre dois ou mais seres, enche-os de razão, e, assim, começa a “guerra”, a disputa que leva à desgraça... Motivo pelo qual não se deve dar razão a nenhuma das partes nos atritos entre casais. Tal provérbio me foi dito por outro morador vizinho do Santuário, o Boaventura “da Guida”. Homem bom e íntegro, que tenho sempre no meu coração. Não poderia deixar de mostrar minha gratidão através desse singelo registro. Ele, como verdadeiro compositor, ainda me presenteou com a letra de uma música sobre a história do Santuário e das colunas. Esteve sempre ao meu lado auxiliando na construção, até o dia que pode, que teve forças.
29. Assim é adorar em verdade. De autoria do Amigo Celestial. Havia anos que eu pedia explicações para entender o versículo bíblico que afirma que devemos adorar ao Senhor em espírito e verdade. Em Espírito eu já sabia. Tinha minha própria conclusão de que é adorar a Deus a sós, no nosso íntimo, em pensamento, em silêncio; nós e Ele. Mas, e em verdade? O que viria a ser? Ouvi, li, muitas explanações a respeito, porém nenhuma me convencera até então. A solução aconteceu no mês de outubro de 2021, quando, ao aconselhar minha esposa para que orasse de joelhos no chão logo ao levantar, ela então me perguntou, ainda debaixo das cobertas: “Mas não pode ser apenas em pensamento, em espírito, aqui deitada mesmo?” Porém, antes que eu lhe respondesse, ela levantou e ficou de joelhos ao redor da cama. Nisso, e implicitamente mostrando a figura dela naquela posição, veio uma voz do além, tirando minhas dúvidas: Assim é adorar em verdade. Bingo! Assunto encerrado, esclarecido.
Adorar ao Senhor em verdade é praticar atos,
gestos, atitudes... de maneira que outras pessoas, o mundo, testemunhem nosso
comportamento. Na cama, embaixo da coberta e em silêncio, somente ela e o
Senhor saberiam da sua adoração (em
espírito). Mas quando ela se inclinou, não somente eu, mas também minha
filha presenciou o gesto. É lógico que existem outras maneiras, todavia entendo
que a melhor de todas, para mostrar que adoramos a Deus em verdade, é ir à sua casa e
assistir, participar dos cultos, em comunhão com outros adoradores.
30. Se você brilha, eu não brilho. Não obstante incrível este episódio - para quem não conhece o transcendental de Deus - estava eu me esquecendo de falar sobre o ocorrido. Certa feita resolvi colocar no pilar na entrada do escritório de advocacia, um vidro em circunferência, com a frase Eu sou o Senhor teu Deus, a exemplo daquela no escritório de contabilidade. Ao lado e um pouco mais à frente do luminoso e placa com o nome do nosso escritório, “GRACIOLI”. Este, feito com chapas metálicas e lâmpadas fluorescentes, em cima da porta de vidro de correr.
Escritório
da GRACIOLI ADVOGADOS ASSOCIADOS – Apucarana, PR.
Depois que instalamos um refletor para iluminar o pilar e o vidro azul redondo, surgiu um problema. Quando acendiam as luzes da placa “Gracioli”, não acendia a do refletor para clarear a frase; e vice-versa. Ou era um, ou era o outro ponto de luz funcionando, mas nunca os dois, simultaneamente. Convocamos o eletricista, que fez o serviço e, após tudo revisar, informou que nada podia fazer; não sabia o que causava o defeito. Convidamos outro eletricista, e a mesma resposta; desconhecia a causa do problema. Intrigado, e já suspeitando de que a questão era espiritual, entrei em oração. A resposta logo veio: Se você brilha, eu não brilho. Ou seja, quando o nome Gracioli ficava iluminado, não brilhava a palavra de Deus. Então atentei que, naqueles dias, eu gostava muito de conceder entrevistas e fazer comentários na imprensa falada, escrita e televisionada (no passado fui comentarista esportivo). Perdia muito tempo com minhas aparições ao público. Era minha vaidade que falava mais alto. Logo, dedicava menos tempo à minha missão. Cabia só a mim desviar e dar mais atenção ao meu ministério. Entendido o “recado” e decidido a deixar a imprensa de lado, os dois setores de iluminação passaram a funcionar normalmente. ~==
Fica a lição para todo e qualquer mensageiro de Deus. Quem deve brilhar é o nome, a palavra do Senhor, e não a nossa pessoa. Quantos não desejam aparecer mais que Deus? Jesus é o Senhor da glória, e não seus servos, que, por vezes, surgem na mídia como autênticas “vedetes gospel”. Cobram cachês por suas pregações. As denominações por eles comandadas se tornaram pessoas jurídicas com finalidades lucrativas. Jesus deu exemplo de humildade. É impossível servi-lo sem renunciar ao ego. ==
Fachada da GRACIOLI
ADVOGADOS, com os dois setores acesos.
31. Queira Eu, tenha Eu, primeiro. Quem, nos momentos de
crise graves no relacionamento, não pensou em substituir a pessoa atual por
outra? Assim estava acontecendo com certo cidadão. Pensava ele: “Não dá mais,
não tem mais jeito. Não tem volta e não ficarei sozinho. Vou atrás de outra.
Mas quem? A, b, c...?” Veja como muitas vezes agimos errado na relação amorosa.
Nem terminamos uma e já estamos pensando em outra. Então, surgiu a voz do
Amigão dizendo que primeiro devemos querer Ele; tê-lo em nosso coração. Só o
Invisível tem amor perfeito e nunca nos decepciona. No mesmo instante, o homem
parou de se preocupar com o amor ou a companhia de mulheres. Passou a buscar
Jesus, para ter paz e alegria. Buscou e encontrou. Mais uma vez, Jesus deu a solução. Em poucos dias, seu coração estava
tranquilo e nunca mais ficou só, nem tampouco sofreu em razão de seus contatos
amorosos. Lição: tenha-o primeiro, queira primeiro
Jesus, antes de querer alguém como grande amor ou solução para sua vida.
Entregue-se primeiro ao Mestre. Este, sim, providenciará alguém para você.
32. Mas você não fez, não ia levar, para o Armando? Um amigo querido e de
longas jornadas – o Orlandino Fortaleza Beviláqua
- trazia dentro de si, por muito tempo, o desejo de ouvir uma mensagem, a voz
de Deus, como eu e muitos já ouviram. Até que, um certo dia, depois de preparar
um suco de acerola (sempre delicioso), a fim de levar para mim no meu
escritório, como já fizera outras vezes, no meio do caminho mudou de ideia.
Resolveu levar para uma outra pessoa também sua amiga. Nesse momento, quando ia
virar a esquina, ouviu uma voz: “Mas você não fez, não ia levar para o Armando?”
No mesmo instante, e emocionado, voltou para o plano inicial, chegou ao
escritório e me contou o ocorrido. Chegou em um momento em que eu estava muito
preocupado com o risco de perder todos os meus bens, em razão da calúnia que
sofri e da atuação desastrosa do Ministério Público Federal ao me denunciar
criminalmente, com base apenas na palavra de uma só pessoa, como antes contei.
O amigo invisível, Jesus, com uma só
paulada, derrubou dois bichos, como
se diz na gíria. Atendeu ao amigo que buscava uma revelação (ouvir a voz de
Jesus) e ao mesmo tempo deu a mim uma enorme confiança na batalha judicial.
Ora, se ele estava cuidando do meu suco
de acerola, como não iria cuidar do meu patrimônio e da minha liberdade?
E de fato cuidou. Fui absolvido no processo criminal (por absurda e mentirosa
alegação de sonegação) e a ação de execução fiscal foi extinta.
33. Você não sabe do que Eu Sou capaz. Já está dito quem é o autor da frase, o Eu Sou. Assim ele falou a uma pessoa, cujo nome não posso citar, que em poucos dias precisava estar em outro país para aproveitar uma oportunidade que há muito tempo esperava. Ou ia, ou perdia a vez. Era um projeto que, em razão das circunstâncias, aparentava ser de impossível realização. No entanto, o Poderoso apareceu em sonho – só pela voz – e perguntou o que ele queria. O cidadão falou – depois de desistir de outro pedido – e então o Celestial respondeu: “Isso é bom para você; vou te levar lá” (ao outro país para estudar). O pedinte, ciente de que naquele momento era difícil, pois não tinha como resolver todos os obstáculos e viajar imediatamente, perguntou: “Mas como!?” Daí lhe adveio a frase em destaque (Você não sabe do que Eu Sou capaz). Deus falou e cumpriu. Fez coisas, providências, tocou corações... que somente ele, o Altíssimo, poderia fazer. Muitos anos depois, essa mesma pessoa se mostraria ingrata. Tornou-se socialista e, como é de praxe, ateu. Hoje, afirma que o sonho foi “coisa da sua cabeça” e que tudo não passou de fatos normais, acidentais, coincidências... Todavia, é uma outra história; fiquemos só com a parte bonita. Não posso falar em detalhes o que Deus fez para honrar sua palavra (“Isso é bom para você; vou te levar lá”), inclusive com ações das quais eu participei. O que, sem dúvida, caberia em mais um capítulo desta obra.
I) - Falei antes, no item 14.1, e agora repito. Esta mensagem de Deus me foi repassada por uma pessoa de minha íntima relação e confiança. Vinha ela, havia muito tempo, questionando a Deus e indagando como ele era. Em suma, assim falando: “Uns falam que você é amor; outros, que é uma luz... Afinal, quem, como, você é?” Até que um dia, quando o inquiridor menos esperava, ele respondeu: Eu Sou uma fonte inesgotável de amor, mas sou também muito mais que isso. Respondeu, mas deixou um enigma, o ‘muito mais’.
II) - Recentemente, talvez para ampliar ou explicar a frase da moldura (v. foto), veio a mim, mesmo sem eu perguntar, mais esta linda mensagem: Eu Sou o Senhor teu Deus. Eu Sou Jesus. O Meu Espírito fala contigo (item 12.1). O Senhor, Todo-Poderoso, em três pessoas: Deus Pai, Deus Filho (Jesus) e Deus Espírito Santo. Este é o que fala conosco, o único. Outras vozes, em nome de Deus, não são do Senhor. São vozes alheias e não confiáveis. Creia nisso.
III) - Diga para ele: ‘Você é de Jesus’. Precisava eu estar na capital paulista no dia 11 de fevereiro de 2022, para encontrar alguém muito especial na minha vida. Um dia antes, 10 de fevereiro (quinta-feira), acordei com esta frase em minha mente (não sei se sonhei com ela ou a ouvi ao acordar): Diga que ele (a pessoa) é de Jesus. Na parte da tarde, fui até a Tenda Missionária Cristo Liberta e, ao avistar o pastor Nestor Frey, este, ao saber da minha viagem e encontro no dia seguinte, sem saber o que eu havia “ouvido” de manhã, disse-me, literalmente: “Chegando lá, diz pra ele que ele é de Jesus”. Em São Paulo, disse muita coisa onde fui e à pessoa do encontro (que por certo teve bênçãos), mas em especial e com convicção: Você é de Jesus. Hoje tenho plena certeza de que o pronunciamento teve penetração e efeitos no mundo físico e espiritual. Por isso, a partir de então, sempre a uso nas minhas jornadas, nas minhas evangelizações para a pessoa aceitar Jesus.
IV) - Resumo de duas conversas com o José Martin “da Fátima” (na época, ainda não convertido à religião evangélica), irmão do João Carlos Martin, falecido pai do meu enteado, Guilherme Henrique Martin: Caminho mais longo. Certa feita, quando falávamos sobre o sistema católico de usar santos como intercessores, eu mencionei, ponderei ao José, que, enquanto focamos em outros personagens, deixamos de nos dedicar espiritual e integralmente à Trindade Divina. O que - tese que sempre defendo - de fato atrapalha, dificulta, a busca de uma comunhão ampla com o Espírito Santo de Deus. Ou seja, retarda nosso objetivo maior: ter Jesus. Ao que ele me respondeu, e não esqueço da frase: Deixa o caminho mais longo, não é mesmo? O José, em poucas palavras, resumiu o que acontece quando as pessoas, ao invés de buscarem a Trindade Divina, ficam invocando, glorificando ou rogando a outros personagens, bíblicos ou não, usando-os indevidamente, pois eles, embora mereçam todo respeito, quando muito, devem servir como exemplo de vida. Sim, o caminho fica mais longo porque a mentalização fica dividida, esparsa. A mente humana tem mais resultado quando atua com propósito específico. Ademais, está escrito: (a) que há somente um Mediador entre nós e o Deus Pai; (b) que, com a morte de Jesus, o véu se rasgou – estamos ligados diretamente a ele; (c) [...] não darei a outro a minha glória.
V) - Por isso você colocou doze raios de luz em cima e doze em baixo? (da
Palavra Deus na circunferência da Mensagem
Emoldurada). Também essa frase é de autoria do José
“da Fátima”, pronunciada em um momento em que eu comentava com ele o vínculo da
minha missão com o dia e número 12. Por exemplo: a primeira visão e revelação
(dia 12 de abril de 2004); quando ficou pronta a primeira peça original (12 de
novembro de 2004); a inauguração do Santuário (12 de novembro de 2011); a
relação para as pessoas orarem pelos casais deve conter 12 parceiros, etc.
Porém, antes de referido encontro com o José, eu nunca observara que havia doze
raios de luz em cima e doze em baixo.
VI) - Altar de acordo com as ordens: Com início nos dias 4 e 5 (em Apucarana) e conclusão em 14 e 15 de março de 2022 (no Santuário), o Senhor me alegrou – pois tudo vem dele – com acontecimentos confirmando as maravilhas que são o Santuário, a Mensagem Emoldurada (o Altar da Aliança) e outros atos decorrentes das revelações sobre a família. Primeiro com a leitura da Palavra Sagrada, no livro de Ezequiel, onde fala que a glória de Deus se manifestou no templo visualizado de acordo com as suas ordens. Depois, nos dias seguintes as complementações deixando claro que assim também se dá, e se deu, com a Mensagem Emoldurada (o Altar da Aliança) e o Santuário do Amor de Deus (a Tenda Sagrada para guardar o Livro).
VII) - Ouvi de um evangélico, recentemente: Você sabe que isto (as colunas – o Altar da Aliança) não tem base bíblica? (Pergunta em tom afirmativo). Ao que lhe respondi: “Então ir à igreja adorar a Deus diante do púlpito também não tem. Qual é a diferença entre o templo da igreja e a casa de moradia? Qual é a diferença entre o púlpito e o altar (lugar alto, elevado) familiar? As colunas? Talvez, mínima, mas estas são apenas figurativas, representam os sustentáculos do lar. O homem e a mulher unidos pelo Pai e sua Palavra. E, além de tudo, foi Deus quem me deu, quem as fez, para, com elas, edificar altar. Muitos lares, inclusive o meu, foram reconstruídos após a instalação do canto de oração para adorar ao Senhor. Entretanto, não se deve olhar somente para a figura da moldura, mas sim à palavra nela escrita. Os púlpitos, da mesma forma, costumam ter desenhos, figuras, palavras, frases... A Mensagem Emoldurada é inovadora e, a exemplo do altar do testemunho, no Velho Testamento (Josué 22:10-34), em princípio traz polêmica a quem não procura resposta no Espírito. Constata-se também que, quando Salomão concluiu o templo, e este ficou cheio com a glória do Senhor, os sacerdotes não conseguiram entrar. Por que será? Difícil a resposta. No entanto, pergunto: Será que os religiosos de então acreditavam que Deus falava com Salomão? Será que também não se sentiram repelidos? Será que não duvidavam da missão do rei? Por que o encargo foi entregue a alguém não encarregado da parte espiritual do povo? Certos religiosos muitas vezes não aceitam que Deus atribui missões a quem ele quer, aprove ou não este ou aquele entendido ou executor da Lei Sagrada.
Novel Oraniel Yuden, morador na República Dominicana que, ao fazer um telefonema, evitou um grave acidente doméstico, em razão de vazamento de gás.
[...] Não se vanglorie o sábio na sua sabedoria,
nem o forte na sua força, nem o rico nas suas riquezas. O que tiver que se
vangloriar se vanglorie em me conhecer e saber que eu sou Deus, que faço misericórdia
e justiça na terra, porque dessas coisas me alegro (Jeremias 9:23-24).
Epílogo
A missão de um atalaia, ou porta-voz de Deus, não é tranquila. As pessoas não querem aviso algum. Um alerta aponta o perigo que se avizinha (se não houvesse perigo, não haveria alerta). O ideal seria anunciar que vêm coisas boas, que tudo só irá melhorar, que o vírus desaparecerá etc. No entanto, pressinto que nada será como antes. As palavras das Escrituras Sagradas se cumprirão. Estão se cumprindo. Em que pesem os pequenos relances de alegria e beleza, o mundo, mais do que nunca, jaz no maligno. O império do mal ataca o reino de Deus, causando dor e sofrimento.
Escrevi em um dos meus folhetos: Deus chama para nos livrar do mal e salvar; para irmos a ele, através de Jesus. Logo, ao contrário do que muitos pensam, os sinais e acontecimentos não devem ser encarados como tragédias, mas sim como indicativos de livramento e libertação. Não nos esqueçamos de que Jesus Cristo veio para anunciar as boas-novas, o seu evangelho: Arrependei-vos, porque o reino dos céus está próximo (Mateus 3.2). O tempo de dor e morte está no fim, para o povo de Deus (um povo zeloso e de boas obras). Os fatos evidenciam que a segunda vinda de Jesus está por um piscar de olhos. Com ela virão glorificação e vida eterna para os escolhidos.
Com o sinal de perigo, temos, por outro lado, os
instrumentos pelos quais se pode enfrentar o mal e fazer a travessia que leva
ao reino dos céus. Daí que não devemos temer, mas sim ter fé em
Jesus e no seu imenso poder, dado pelo Deus Pai. Dê as mãos a ele, caminhe com
ele e para ele. Siga, olhando para o seu universo de glória e descanso. Ele
disse: Eu sou o caminho, a verdade e a vida (João 14.6).
Creia nas suas palavras. Não há erro. Lute porque a vitória é certa.
Preocupe-se tão somente em ter Jesus, em ser cidadão do seu reino. Quanto mais
pensamos em algo, em alguém, mais ele faz parte de nós. Pense em Jesus, nas
suas palavras, nas suas ações, no seu povo... Não está escrito que ele, Jesus, levou consigo todas as nossas dores,
nossas enfermidades, nossos pecados?
Então, por que ainda sofremos? Por que há dor no mundo? Talvez seja porque o mundo não o recebeu. E aqueles que o receberam, ainda, por
certo, não o têm (são coisas
distintas: receber [aceitar/confessar] e ter Jesus). Todavia, por ora, fiquemos
no campo das hipóteses, das conjecturas. As respostas não são conclusivas.
Decálogo do Missioneiro # 1 - O mundo flameja, mas não temas; tenha
Jesus como Senhor e amigo. 2 - Ele é um com Deus e nunca abandona os seus. 3 -
Confie nele e na sua Palavra. 4 - Reconheça o imenso poder de Deus em Cristo
Jesus (todo poder lhe foi dado). 5 - Haja o que houver, não saia dos caminhos
do Senhor. 6 - Não deixe o mal prevalecer sobre ti (só depende de você). 7 –
Lute, que Jesus te dá vitória. 8 - Ouça sua voz (seu Espírito fala com você). 9
- Leia a Bíblia e vá à Casa de Deus (a fé vem por ouvir sua Palavra). 10 - Não
deixe as coisas de Deus para depois (quanto mais nele pensamos, mais ele faz
parte de nós); tenha seu canto de oração.
Prescrições Divinas/selecionadas # I) PARA TER MUITAS BÊNÇÃOS (inclusive vitórias contra os
inimigos e abundância de bens materiais): Ouvir a voz de Deus e obedecer seus
mandamentos (Deuteronômio 28:01/14); II) PARA TER VIDA LONGA: Honrar pai e mãe;
obedecer a Deus (Êxodo 20:12 – Deuteronômio 4:40). III) PARA NÃO TER ENFERMIDADES (além de receber bênçãos sobre o pão e a
água): Servir a Deus (Deuteronômio 23:25). IV)
PARA SER BEM SUCEDIDO NA JORNADA:
Fazer o que é reto (certo) e bom aos olhos do Senhor, nosso Deus
(Deuteronômio 6:18). V) PARA NÃO SER AMALDIÇOADO: Não
colocar coisa abominável dentro de casa (aquilo que o Senhor detesta); eliminar
objetos, imagens e palavras imundas. (Deuteronômio 7:26). VI) PARA CAMINHAR NA
PRESENÇA DE DEUS: Ser íntegro, honesto, justo (Gênesis 17:01). VII) PARA RECEBER MISERICÓRDIA: Ser misericordioso (Mateus 5:7). VIII) PARA TER O PERDÃO DE DEUS: Perdoar as ofensas; quem não
perdoa, não é perdoado (Mateus 6:14/15); IX)
PARA TER UM CORPO CHEIO DE LUZ: Ter bons olhos. Olhos maus tornam o corpo
cheio de trevas (Mateus 6:22/23). X)
PARA TER ENERGIA E VIDA ETERNA: Crer e caminhar com Jesus (João 6:47/48).
Pedidos do autor: Colabore com a nossa missão e ajude-nos a salvar lares e almas. Divulgue a Receita da Salvação (ter um altar e fazer oração em casa; aceitar Jesus, declarando de viva voz que o recebe como Senhor; com ele caminhar). Contribua para melhorar nossos relatos enviando seus comentários e sugestões através dos endereços eletrônicos. Por exemplo: o que você faria para salvar sua esposa, ao receber essa ordem do Espírito Santo (cf. item 15.3)? Se Jesus disse que levou com ele doenças, dor e sofrimento, por que, na sua opinião, ainda há essas coisas na terra?
Ad Gloriam Dei
[1] André Sanches. O que era o Sinédrio citado na Bíblia
e qual era a sua função? Disponível em:
https://www.esbocandoideias.com/ 2019/01/sinedrio-na-biblia.html.
[2] Daniel Conegero. O que significa Sinédrio na
Bíblia? Disponível em: https://estiloadoracao.com/
sinedrio-significado.
[3]
Disponível em: https://www.dicionarioinformal.com.br/companheirismo.
[4] A. Tadeu Lança. Testemunho de Impacto – Espaço
para Deus: Um Altar no Lar. Revista Impacto. Disponível em:
https://www.revistaimpacto.com.br/biblioteca/espaco-para-deus-um-altar-no-lar/.
[5] Júlio Cezar S. Cindra. Meu lar, um altar! Memórias
Teológicas. Disponível em: http://memoriasteologicas.blogspot.com/
search?q=.+Ainda+h%C3%A1+tempo+de+agir,+fa%C3%A7a+da+sua+casa+um+altar,+um+lugar+onde+Deus+%C3%A9+adorado.
[6] ACI Digital. O altar familiar. Disponível em:
https:// www.acidigital.com/ fiestas/semanasanta/altar.htm.
[7] Elinaldo Renovato de Lima. Estudo Bíblico: O
valor da adoração a Deus no lar. Disponível em:
https://www.estudosgospel.com.br/ estudo-biblico-familia-pais-filhos-marido-esposa-jovens-teen/o-valor-da-adoracao-a-deus-no-lar.html.
[8] LOPES, Hernandes Dias. Gotas de alegria para a
alma. São Paulo: Hagnos, 2013, p. 60.
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